quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O que é mesmo confiança?

Quando Jesus diz a Santa Faustina que o único vaso pelo qual se colhem as graças do seu coração é com o vaso da confiança (D. 1578), me vem a pergunta: O que é mesmo confiança?
Indo ao Catecismo da Igreja Católica encontrei a seguinte explicação:
Primeiro é acreditar que Deus não nos abandona: “§301 Com a criação, Deus não abandona sua criatura a ela mesma. Não somente lhe dá o ser e a existência, mas também a sustenta a todo instante no ser, dá-lhe o dom de agir e a conduz a seu termo. Reconhecer esta dependência completa em relação ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade, alegria e confiança:
“Sim, tu amas tudo o que criaste, não te aborreces com nada do que fizeste; se alguma coisa tivesses odiado, não a terias feito. E como poderia subsistir alguma coisa se não a tivesses querido? Como conservaria a sua existência se não a tivesses chamado? Mas a todos perdoas, porque são teus: Senhor, amigo da vida! (Sb 11,24-26)

Segundo, é uma maneira de lembrar o Primado de Deus: “§304 Assim vemos o Espírito Santo, autor principal da Escritura, atribuir muitas vezes ações a Deus, sem mencionar causas segundas. Esta não é uma “maneira de falar” primitiva, mas uma forma profunda de lembrar o primado de Deus e o seu senhorio absoluto sobre a história e o mundo e de assim educar para a confiança nele. A oração dos Salmos é a grande escola desta confiança”.

A Confiança consiste em entregar-se nas mãos da Providência: “§2115 Deus pode revelar o futuro a seus profetas ou a outros santos. Todavia, a atitude cristã correta consiste em entregar-se com confiança nas mãos da providência no que tange ao futuro, e em abandonar toda curiosidade doentia a este respeito. A imprevidência pode ser uma falta de responsabilidade”.

De modo que desconfiar da Misericórdia de Deus é uma maneira de tentar a Deus: “Tentar a Deus consiste em pôr â prova, em palavras ou em atos, sua bondade e sua onipotência. Foi assim que Satanás quis conseguir que Jesus se atirasse do alto do templo e obrigasse Deus, desse modo, a agir. Jesus opõe-lhe a Palavra de Deus: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Dt 6,16). O desafio contido em tal “tentação de Deus” falta com o respeito e a confiança que devemos a nosso Criador e Senhor. Inclui sempre uma dúvida a respeito de seu amor, sua providência e seu poder”.
Você tem vivido a confiança dessa maneira?
Padre Antônio Aguiar

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