sábado, 24 de abril de 2010

É Jesus o único caminho para o Céu?

Pergunta: "É Jesus o único caminho para o Céu?"

Resposta:
Basicamente eu sou uma boa pessoa, então eu vou para o Céu.” "OK, então eu faço algumas coisas ruins, mas eu faço mais coisas boas, então eu vou para o Céu.” "Deus não vai me enviar para o inferno só porque eu não vivo de acordo com a Bíblia. Os tempos mudaram!” “Apenas pessoas realmente más como molestadores de crianças e assassinos vão para o inferno.”

Todas estas são conclusões comuns entre a maioria das pessoas, mas a verdade é que elas são todas mentiras. Satanás, que tem poder sobre o mundo, planta estes pensamentos nas nossas mentes. Ele, e qualquer um que segue os seus caminhos, é um inimigo de Deus (1 Pedro 5:8). Satanás sempre se disfarça como bom (2 Coríntios 11:14), mas ele tem controle sobre todas as mentes que não pertencem a Deus. “...[Satanás, ] o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).

É uma mentira acreditar que Deus não se importa com pecados menores, e que o inferno é destinado às “pessoas más”. Todo pecado nos separa de Deus, mesmo uma “pequena mentirinha”. Todos pecaram, e ninguém é bom o suficiente para ir ao Céu por sua própria conta (Romanos 3:23). Entrar no Céu não se baseia no nosso bem superar o nosso mal; todos perderemos se este for o caso. "E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça." (Romanos 11:6). Não há nada bom que possamos fazer para ganhar a nossa entrada no Céu (Tito 3:5).

"Entrai pela porta estreita: porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela" (Mateus 7:13). Mesmo que todo mundo esteja vivendo uma vida de pecado, e crer em Deus não seja popular, Deus não vai perdoar isto. "nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, o espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Efésios 2:2).

Quando Deus criou o mundo, este era perfeito. Tudo era bom. Então ele fez Adão e Eva, e deu a eles o seu próprio livre arbítrio, de forma que eles teriam a escolha de seguir e obedecer a Deus ou não. Mas Adão e Eva, as primeiras pessoas que Deus fez, foram tentados por Satanás a desobedecer a Deus, e eles pecaram. Isto os impediu (e a todos os que vieram depois deles, incluindo a nós) de ter uma relação íntima com Deus. Ele é perfeito e não pode estar no meio do pecado. Como pecadores, nós não poderíamos chegar lá pela nossa própria vontade. Então, Deus criou uma forma pela qual poderíamos estar unidos com Ele no Céu. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 6:23). Jesus nasceu para que Ele pudesse nos ensinar o caminho e morrer por nossos pecados para que nós não o tivéssemos que fazer. Três dias após a Sua morte, Ele ressuscitou do sepulcro (Romanos 4:25), provando a Si mesmo vitorioso sobre a morte. Ele completou o caminho entre Deus e o homem para que este pudesse ter uma relação pessoal com Ele, precisando apenas acreditar.

"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3). A maioria das pessoas acredita em Deus, até Satanás acredita. Mas para receber a salvação, é preciso se voltar para Deus, formar uma relação pessoal com Ele, voltar-se contra os nossos pecados e seguir a Ele. Devemos acreditar em Jesus com tudo o que temos e em tudo o que fazemos. "Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem; porque não há distinção" (Romanos 3:22). A Bíblia nos ensina que não há outro caminho para salvação a não ser através de Cristo. Jesus diz em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Jesus é o único caminho para a salvação porque Ele é o Único que pode pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 6:23). Nenhuma outra religião ensina a profundidade ou seriedade do pecado e das suas conseqüências. Nenhuma outra religião oferece o pagamento infinito que só Jesus poderia dar pelo pecado. Nenhum outro “fundador religioso” foi Deus vindo como homem (João 1:1,14) – a única forma pela qual um débito infinito poderia ser pago. Jesus tinha que ser Deus para que Ele pudesse pagar nosso débito. Jesus tinha que ser homem para que ele pudesse morrer. A salvação está disponível apenas pela fé em Jesus Cristo! “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

Papa conclama fiéis a lerem a Bíblia

Em sua audiência geral, realizada sempre nas quartas-feiras, como forma de catequese aos fiéis, o Papa Bento XVI, citando São Jerônimo, o grande tradutor da Bíblia no início da Igreja, conclamou os fiéis católicos ao contato com a Palavra de Deus diariamente.

“Em sua intervenção, o pontífice apresentou os ensinamentos deixados por São Jerônimo (347-419/420), um dos maiores biblistas de todos os tempos, tradutor da versão em latim das Escrituras, cuja biografia já havia ilustrado em sua anterior reunião semanal com os peregrinos.

«Enamorado» da Palavra de Deus, Jerônimo se perguntava: «Como é possível viver sem a ciência das Escrituras, através das quais se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos crentes?», recordou o bispo de Roma.

A Bíblia, instrumento «com o qual cada dia Deus fala aos fiéis», indicou o Papa, «converte-se dessa forma em estímulo e manancial da vida cristã para todas as situações e para toda pessoa».

O pontífice recordou que para Jerônimo «um critério metodológico fundamental na interpretação das Escrituras era a sintonia com o magistério da Igreja».

Aproximar-se dos textos bíblicos, sobretudo ao Novo Testamento, é essencial para o crente, pois «ignorar a Escritura é ignorar Cristo», explicou o Papa, recordando uma célebre frase de Jerônimo, citada pelo Concílio Vaticano II na Constituição «Dei Verbum».

«Por nós mesmos nunca podemos ler a Escritura. Encontramos muitas portas fechadas e caímos em erros. A Bíblia foi escrita pelo Povo de Deus e para o Povo de Deus, sob a inspiração do Espírito Santo», explicou Bento XVI.
«Só nesta comunhão com o Povo de Deus podemos entrar realmente com o ‘nós’ no núcleo da verdade que o próprio Deus quer nos dizer.»

«Para ele, uma autêntica interpretação da Bíblia tinha de estar sempre em harmonia com a fé da Igreja Católica», indicou.


«Dado que Jesus Cristo fundou sua Igreja sobre Pedro», segundo Jerônimo, todo cristão «deve estar em comunhão ‘com a Cátedra de são Pedro’», pois «‘eu sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja’». Portanto, o santo declarava: «Estou com quem estiver unido à Cátedra de São Pedro».

«Ler a Escritura é conversar com Deus», explicou. E para ser mais claro, citou novamente o santo: «Se rezas – escreve a uma jovem nobre de Roma – falas com o Esposo; se lês, é Ele quem te fala».

A leitura da Escritura leva o santo a entregar-se aos demais: é necessário, diz, «vestir Cristo nos pobres, visitá-lo nos que sofrem, dar-lhe de comer nos famintos, acolhê-lo nos que não têm um teto».

A Palavra de Deus, concluiu o Papa, sintetizando a vida e os ensinamentos de Jerônimo, «indica ao homem os caminhos da vida, e lhe revela os segredos da santidade»".

Paz e família







A defesa da família e a construção da paz marcaram as intervenções proferidas por Bento XVI nesta Terça-feira, 1 de Janeiro de 2008, dedicado pela Igreja à celebração do Dia Mundial da Paz.

No ano em que se celebram o sexagésimo aniversário da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, o quadragésimo da instituição desta Jornada Mundial e o vigésimo quinto da “Carta dos Direitos da Família” adoptada pela Santa Sé, o Papa dirigiu um convite a toda a humanidade.





“Convido cada homem e cada mulher a assumirem uma consciência mais lúcida da pertença comum à única família humana e a empenharem-se para que a convivência na terra reflicta cada vez mais esta convicção, da qual depende a instauração de uma paz autêntica e duradoura”, disse na homilia da Missa celebrada na Basílica de São Pedro.


Posteriormente, no primeiro Angelus de 2008, Bento XVI recordou “o empenho de fazer da humanidade uma verdadeira comunidade de paz”


“Quem, mesmo inconscientemente, combate a instituição familiar, debilita a paz na comunidade inteira, nacional e internacional, porque enfraquece aquela que é efectivamente a principal agência de paz”, disse o Papa, citando a sua mensagem para este dia, que tem como tema “Família humana, comunidade de paz”.


Falando de uma “estreita ligação entre família, sociedade e paz”, Bento XVI disse que “o mesmo amor que constrói e mantém unida a família, célula vital da sociedade, favorece o instaurar-se entre os povos da terra daquelas relações de solidariedade e de colaboração que correspondem a membros da única família humana”.


“Este ano, na mensagem para o Dia Mundial da Paz, quis sublinhar a estreita ligação existente entre a família e a construção da paz no mundo. A família natural, fundada no casamento entre um homem e uma mulher, é o berço da vida e do amor e a primeira e insubstituível educadora da paz”, afirmou.


Bento XVI defendeu que “a família é a principal agência de paz e, assim, a negação ou restrição dos direitos da família, ocultando a verdade do homem, ameaça os próprios fundamentos da paz”.


Após considerar “importante que cada um assuma as suas próprias responsabilidades perante Deus”, o Papa invocou “Maria, Mãe do Príncipe da paz”:


“Maria, Mãe do Príncipe da paz, sustente a Igreja no seu agir incansavelmente ao serviço da paz, e ajude a comunidade dos povos, que em 2008 celebra o sexagésimo aniversário da Declaração universal dos direitos do homem, a percorrer um caminho de autêntica solidariedade e de paz estável”, pediu.


Nas saudações pronunciadas em diversas línguas, não faltou o português: “A todos os peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação com votos de feliz Ano Novo, cheio das bênçãos do Céu que Jesus Cristo nos trouxe e oferece a todos”.


Mãe de Deus

Logo de manhã, na Missa celebrada na Basílica de São Pedro, o Papa evocou a bênção referida na primeira leitura, do Livro dos Números: “o Senhor te conceda paz”.


“O Senhor dê paz a cada um de vós, às vossas famílias, ao mundo inteiro. Todos aspiramos a viver na paz, mas a verdadeira paz, anunciada pelos anjos na noite de Natal, não simples conquista do homem ou fruto de acordos políticos; é antes de mais dom divino a implorar constantemente e, ao mesmo tempo, empenho a concretizar com paciência, sempre dóceis ao mandamento do Senhor”.



Recordando que foi o Papa Paulo VI a transferir para este primeiro dia do ano a festa da Divina Maternidade de Maria, que dantes se celebrava a 11 de Outubro, Bento XVI observou que “o título de Mãe de Deus é, juntamente com o de Santa Virgem, o mais antigo e o fundamento de todos os outros títulos com que Nossa Senhora foi e continua a ser venerada de geração em geração, no Oriente e no Ocidente”. E convidou a contemplar Maria, “mãe sempre virgem do Filho unigénito do Pai”, aprendendo com ela a “acolher o Menino que para nós nasceu em Belém” e reconhecendo nele “o Filho eterno de Deus”, “o nosso único Salvador”.


A concluir, uma referência ainda ao Evangelho do dia, quando sublinha que Maria meditava no seu coração, em silêncio, os acontecimentos em que Deus a tinha envolvido. O Papa observou que a palavra grega usada significa literalmente, “juntar” (pôr em conjunto) e leva a pensar num “grande mistério que há que descobrir pouco a pouco”. Há-de ser “na escola de Maria” que se poderá “captar com o coração aquilo que os olhos e a mente por si só não conseguem advertir nem podem conter”…


“Queridos irmãos e irmãs, só conservando no coração, isto é, juntando os diversos elementos e encontrando a unidade de tudo o que vivemos podemos penetrar, seguindo Maria, no mistério de um Deus que, por amor, se fez homem e nos chama a segui-lo no caminho do amor. Amor que há que traduzir cada dia num generoso serviço aos irmãos”.


(Com Rádio Vaticano)

Grande Reportagem: HAITI o caos depois do desastre



Grande Reportagem: HAITI o caos depois do desastre





Como num cenário pós-apocalíptico, o Haiti consome-se depois do terremoto. Os fracos se encolhem, os fortes se enfrentam e os mortos alimentam fogueiras humanas. No meio de tudo, cada resgate reacende as esperanças.



Sob as trevas da noite o pavor aumenta. Os raros focos de luz são dos faróis de carros, dos postes de quartéis com geradores e das fogueiras... Assustadoras fogueiras alimentadas por escombros e corpos. Do Hospital-Geral de Porto Príncipe emergem urros de dor de pacientes. Com os primeiros raios de sol chega a notícia do resgate de uma criança com vida e a esperança renasce.



Abarrotado pelo volume colossal de feridos em estado grave, o Hospital-Geral tornou-se o maior centro de amputação de Porto Príncipe. Um lugar de horrores, onde se aguarda a vez de morrer, ao lado de cachorros, lixo e do odor onipresente da gangrena. No pátio do hospital, feridos tentam sobreviver em colchonetes, ao ar livre e sob tendas. Num deles, Widlyn Pierre, uma jovem e bela haitiana, grita de dor.



Em Porto Príncipe, os vivos dormem nas ruas; os mortos, nos escombros. Os números da catástrofe já parecem não fazer nenhum sentido. Foram 75 000 corpos lançados em fossas, mas quem os contou? Praticamente inexistente, o governo anuncia planos de transferir 400 000 desabrigados da capital para acampamentos organizados nas imediações da cidade destruída. Como? Quando? Por enquanto, dorme-se sob o céu negro e o calor asfixiante do Caribe, sentindo-se o cheiro fétido das fogueiras humanas. São os momentos mais perigosos para a sobrevivência dos haitianos, quando os mais fortes encontram a cumplicidade da noite para atacar os mais fracos.



Brigam por comida, água, remédios – ou mesmo por bonés e óculos velhos, o tipo de farrapo que alguns haitianos ainda possuem. Há troca de socos até por restos dos destroços. Nenhum haitiano parece aceitar que outro tenha mais do que ele, ainda que esse mais se resuma a lixo. Em regiões miseráveis, como o bairro de Delmas, os desabrigados acampados nas praças e ruas improvisaram fogueiras, feitas de tudo o que se pode encontrar: lixo, corpos, pedaços de madeira. Em outras, como Bel Air, a escuridão da noite mistura-se com a poeira dos destroços ainda pairando no ar. O Haiti, que sempre viveu próximo da barbárie, agora se queima por completo nela.



Quem tem parentes ou um fiapo de esperança fora da capital se amontoa em ônibus ou barcos superlotados, num êxodo esfarrapado rumo ao interior. A maioria não tem nada e vaga pela cidade. A sobrevivência agora se dá nas ruas, na grande lixeira na qual se tornou a capital haitiana. Praças viraram favelas, campos de várzea transformaram-se em camas. Os poucos motoristas andam na contramão, buzinam sem motivo. Emergiram duas classes de haitianos: os tendistas, aqueles cidadãos mais afortunados, que conseguiram estender seus pertences em uma lona nas praças, e os demais, que dormem direto no asfalto ou em calçadas. Os tendistas levam vantagem na luta pela sobrevivência. Por concentrarem grandes massas humanas, estão mais protegidos dos ataques de gangues – e se tornam mais visíveis aos voluntários que distribuem água e comida.



Porto Príncipe queima diferente em diferentes lugares. A Praça Boyer, em Pétion-Ville, bairro menos devastado da capital, é um condomínio classe A para os padrões haitianos pós-terremoto. Ali, como em outras praças, há crianças e bebês chorando, filetes de esgoto nas calçadas, dejetos. Há, porém, vendinhas de batata e banana verde, que podem ser compradas por poucos gourdes, a moeda haitiana. Alguma água chega por intermédio de doações internacionais. Num gesto que ilustra a formidável capacidade de resistência do ser humano, um grupo de professores e voluntários criou uma escolinha na praça. Eles cuidam de 270 crianças, dando aulas de francês, matemática e ciências, intercaladas com atividades lúdicas de canto e dança. As crianças sentam-se num chão de pedra para participar das atividades. Muitas têm sede e fome – 39 delas são órfãs. Diz Clarénce Johnny, coordenador da escolinha improvisada: "É uma forma de ocupar a cabeça das crianças e tentar fazer com que elas olhem para frente". Eram 17 horas, e ele estava dando aula em jejum.



As praças do centro da cidade, região onde só há ruínas, oferecem menos regalias aos haitianos. De longe, a Champ de Mars, que fica diante do que restou do Palácio Presidencial, assemelha-se a uma imensa feira de ambulantes, tal a profusão de lonas e barracas coloridas. De perto, é um pestilento amontoado humano. Há crianças tomando banho com água do esgoto, mães prostradas em pedaços de papelão, fezes e urina pelo chão, cachorros e porcos revirando o lixo a céu aberto. Vez ou outra, explodem discussões e brigas – sempre por comida. Noutra praça, em Delmas, Marie Therese tentava proteger Kevensson, sua filha de 6 meses, de uma chuva miúda que atravessou as cortinas de calor. Ela usava as mãos como guarda-chuva, mas sem sucesso: o bebê gritava. Therese estava sentada numa toalha. "É tudo o que me sobrou", ela disse, observando a filha. O que ela esperava para o futuro de Kevensson? "Nada", ela respondeu, os olhos vazios.



Crianças como Kevensson constituem o futuro perdido do Haiti. Não se sabe com exatidão quantas morreram desde o dia 12, mas certamente muitas mais ainda perecerão. Andando pelos escombros da cidade, depara-se com pequeninos corpos, que se confundem com as telhas e os tijolos. Ao lado, perambulam crianças sem família, desprotegidas, vítimas de uma catástrofe que não podem entender. Caminham sem direção aparente, vestindo trapos – a maioria só de camisa, imunda em razão da falta de banho e do acúmulo de poeira dos escombros. John Guerrie Dovillien, um menino mirradinho de 5 anos, vagava pelas ruas de Delmas em busca do pai. Acabou sendo acolhido no pátio de uma igreja evangélica, onde divide colchonete com outros órfãos. Ninguém sabe o que vai acontecer com eles.



A fome e a sede levaram multidões de haitianos a invadir lojas, supermercados, casas. Moralmente, parece existir uma divisão: pegar comida, água ou qualquer coisa para colocar entre o corpo e o mundo devastado onde vivem é aceitável. Quem não faria o mesmo no maior de todos os estados de necessidade? Já saquear com o objetivo de revender é condenável e pode ser punido com a justiça das ruas ou os tiros dos policiais que, aleatoriamente, tentam estender um esgarçado véu de ordem sobre o caos.



Alguns policiais usam lenços ou máscaras no rosto – proteção contra o cheiro que tudo invade e garantia de anonimato. Num supermercado que havia desabado no bairro de Delmas, pessoas desesperadas disputavam os destroços com uma retroescavadeira. Bailavam a dança da fome. Os mais atirados arriscavam-se entrando nos escombros, sob o risco de novos desabamentos, em busca de alimento e água. Segundos depois, a escavadeira retomava seus trabalhos, e os haitianos afastavam-se às pressas, escorregando pela pequena montanha de destroços, como se fossem moscas.



Pelas ruas dos bairros mais pobres, havia poucos socorristas. Moradores pedem ajuda. "Há pessoas vivas lá dentro", era o que mais diziam. Numa dessas ruas, a Monsieur Guiyour, houve na terça-feira à tarde uma operação de resgate coordenada por chineses e mexicanos. Existia a possibilidade de que um haitiano ainda estivesse vivo, soterrado dentro dos restos de um prédio de dois andares. Dois cães farejadores confirmaram a suspeita. "Bem, então nos encontramos amanhã, às 7 horas", comunicou o chefe chinês ao colega mexicano. "Combinado", ele respondeu. A reportagem indagou por que não prosseguir com as buscas. "Deu 6 horas", o mexicano disse, no meio de uma rua vazia e silenciosa. "É uma questão de segurança e organização."



As grandes catástrofes têm um aspecto surreal. O que é mais necessário parece óbvio: água, comida, energia, socorro médico. De repente, alguém pensa: dinheiro também, como a sociedade vai se manter sem ele? E lá foram forças da ONU, incluindo militares brasileiros, resgatar os cofres dos bancos – num momento em que ainda se conseguia resgatar sobreviventes. No Hotel Montana, onde se hospedavam diplomatas e funcionários da ONU, as operações nos escombros prosseguiam sem parar. Depois de sete dias de soterramento, como se emergisse de 2 000 anos sob as ruínas de Pompeia, foi tirada uma senhora de 66 anos, Ena Zizi. Cantava, firme e forte. O pequeno Kiki, que virou o rosto feliz da mais infeliz das tragédias, aguentou oito dias e saiu rindo para a mãe. No pátio de uma das muitas igrejas evangélicas de Delmas, via-se uma multidão de desabrigados que entoava alegremente músicas cantadas em crioulo, o dialeto local, que nada tinham de religiosas. Mulheres descalças dançavam em rodopios, homens erguiam os braços e crianças faziam trenzinhos. A mensagem nada secreta parecia ser: o desejo de vida vence a pulsação da morte.



Num oceano de necessidades absolutas, brotavam pequenos gestos de ajuda. Julien Kossi é do Benin, trabalha para a Unicef e agora está colaborando na distribuição de água para os sobreviventes. "Mesmo que eu possa fazer pouco, vale a pena", ele diz. Na última quarta-feira, Julien foi até a base brasileira em Porto Príncipe, para coletar garrafas de água doadas por uma cervejaria. Depois, seguiu para levá-las a hospitais da cidade. Desde o terremoto, os militares brasileiros distribuíram 125 toneladas de alimentos e 84.000 litros de água. A freira Zelinda Caversan recebeu mantimentos do Exército. Irmã Zelinda mora há dez anos no Haiti e estava ao lado da missionária Zilda Arns quando o terremoto aconteceu.



"A força do impacto jogou-a no chão. Vi quando o concreto caiu em cima dela", relembra a freira. Irmã Zelinda é diretora da Escola João Paulo II, que veio abaixo na tragédia. Quase 1 000 alunos carentes estudavam e comiam lá. Ela e as demais 36 irmãs estão dormindo em barracas improvisadas no pátio da escola, para ajudar a quem podem. "Enquanto eu tiver forças, vou ajudar. Quem sobreviveu é privilegiado."


No Hospital-Geral de Porto Príncipe, Widlyn Pierre continua gritando de dor.



A enfermeira ajoelha-se no colchonete, liga uma lanterna e pede que ela respire. Suando muito, Widlyn segura-se no tronco de uma árvore e emite um longo e agudo uivo. Um bebê sai lentamente de seu ventre. Widlyn sorri. O nome de seu filho é Cristopher – e o Haiti é o seu futuro.



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como nós conhecemos a Deus?



Como nós conhecemos a Deus? Só existe uma maneira de conhecer a Deus que é através de Jesus, o único e vivo caminho que nos conduz ao Pai.

A palavra diz que todos se extraviaram, o homem natural pela sua própria força, pela sua própria vontade não pode conhecer a Deus. Por isso o mundo está cheio de religião. Até mesmo na igreja existem pessoas religiosas. Mas através de uma experiência pessoal de salvação, de redenção e de entrega de vida, de um nascer de novo, de entrar pela porta, de trilhar o caminho e andar para o alvo, assim nós podemos conhecer a Deus. Por isso cantamos tanto: "Senhor, eu quero te ver", "Senhor, quero te tocar", para podermos chegar mais perto de Deus. E Deus está preparando a sua igreja, o Senhor está preparando a noiva, para que a revelação de Cristo chegue à vida da igreja. Para que esta se torne cada vez mais íntima de Deus.

Somente através de Jesus nós conhecemos a Deus. E, conseqüentemente, conhecemos a Deus através da sua palavra. Conhecemos a Jesus pela fé e recebemos a verdade. O conhecimento de Deus vem através do verbo revelado pela fé ao nosso coração e o verbo revelado através da palavra. A palavra de Deus é revelada ao homem de Gênesis a Apocalipse. Na Bíblia está a revelação de Deus. Quem quer conhecer a Deus precisa conhecer a Bíblia. Quem quer conhecer a vontade de Deus precisa ir para a palavra.

Conheci um pastor no Marrocos que me contou como ele conheceu a Deus. Era um radical fundamentalista do Islamismo, mulçumano roxo. Fazia Letras na faculdade e numa disciplina ele precisava se corresponder com alguém de outro país e se comunicar na língua desta pessoa. E ele começou a se corresponder em francês com uma moça da França. Nesta troca de correspondência ela perguntou se ele gostaria de conhecer alguma coisa sobre a pessoa de Jesus. Ele respondeu que gostaria de conhecer se ela também se dispusesse a conhecer sobre Alá. E essa moça cheia do Espírito Santo disse: "Eu topo! Eu quero conhecer Alá." Então, prosseguindo nesta conversação, ele escreveu informando uma parte de um texto do alcorão que ela deveria ler. E ela respondeu imediatamente enviando o evangelho de Lucas para ele ler. Ele então começou a ler o evangelho de Lucas e quando terminou de ler, ele se rendeu a Jesus.

Isso aconteceu porque Deus é revelado através da sua palavra. Por isso que o diabo nos tira da palavra constantemente. Uma de suas estratégias é nos desestimular a ler a Bíblia. Tem muito cristão que não lê a palavra. Porque o diabo quer roubar a revelação de Deus. E quanto mais se lê a palavra, mais Deus vai se revelando.

Certa vez em um dia de chuva indo para o aeroporto, ficamos atrás de um fusca que não andava de jeito nenhum e estávamos com muita pressa, então pudemos ler no vidro do fusca um adesivo onde estava escrito: "queremos Deus". E aquela frase contristou tanto nosso coração que começamos a louvar e agradecer a Deus dizendo: "é isso mesmo que queremos, queremos Deus." E ficamos ali atrás daquele fusca louvando ao Senhor sem se importar com a chuva, com a pressa. A palavra de Deus vivifica. Ela vai revelando Deus. O verbo se fez carne, a palavra se fez carne e habitou entre nós. E essa palavra tem poder. Tem poder de transformação, a bíblia é o poder de Deus revelado à igreja. Por isso que toda a nossa vida tem que estar de acordo com a palavra de Deus.

Tenho ouvido testemunhos poderosos da palavra. Outro testemunho que me tocou muito também vem do Oriente Médio. Em uma vila no interior do Irã. Toda aquela vila era convertida ao cristianismo e um missionário se interessou em saber como toda aquela vila tinha se convertido no interior do Irã, um lugar tão inóspito ao cristianismo. E entrando em contato com os líderes locais, eles informaram que tinham conhecido a Jesus por intermédio de algumas folhas de papel. E aquele líder mostrou ao missionário algumas folhas e pedaços da Bíblia. "Foi através destas folhas que conhecemos a Deus." E aquele missionário ficou intrigado porque eles tinham pedaços do livro de Salmos, pedaços do livro de Reis, pedaços do evangelho, partes da Bíblia. Então esse missionário ficou sabendo que há muitos anos atrás um carregamento de Bíblias foi confiscado no outro lado do deserto onde essa vila existia. Os guardas que fizeram o confisco e descobriram as Bíblias, começaram a rasgá-las e as jogaram numa fogueira. Um vento forte soprou sobre aquela fogueira e espalhou as folhas rasgadas das Bíblias por todo aquele deserto e chegou neste lugar, nessa vila. E aquelas pessoas quando viram aqueles pedaços de papel, começaram a ler e lendo aqueles fragmentos da palavra se converteram.

A palavra é o poder de Deus que nos leva a conhecê-lo. Essa palavra que está aí a nossa disposição, nas nossas casas, na nossa mesa de trabalho, no nosso computador. Essa palavra é o poder de Deus revelado ao homem.

Quero incentivá-los a lerem a Bíblia, a meditarem na Bíblia, a chorarem sobre a palavra e conheceremos dia a dia mais de Deus e de seu propósito.

Deus abençoe

Perdoar para ser perdoado



"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." Mt. 18:21,22

Deus quer nos falar neste dia sobre um assunto tremendamente importante. Eu diria essencial para que os relacionamentos em família possam gozar de inteira comunhão. Refiro-me ao perdão. Por desconhecermos as implicações do ato de perdoar e ser perdoado é que vemos a cada dia lares se desfazendo, filhos abandonando os seus pais, casais se divorciando, irmãos brigando contra irmãos. De fato existe muita falta de perdão.


A Bíblia é bem clara ao afirmar “que por se multiplicar as iniqüidades o amor de muitos se esfriariam.” Infelizmente vivemos um caos principalmente dentro do âmbito familiar. São famílias que não se entendem. Pessoas vivendo debaixo do mesmo teto mas se agredindo mutuamente com palavras agressivas e também fisicamente. Filhos desrespeitando os seus pais, pais com total falta de temor a Deus irritando por sua vez os seus filhos e trazendo discórdias no seio da família. Enfim feridas na alma que são abertas a todo instante e que parece não ter solução para sua cura, para a sua total cicatrização. O que está acontecendo afinal? Como acabar com isso? Como fazer que a paz possa voltar ao lar que está mergulhado em desencontros? Como fazer com que os valores morais e sobretudo espirituais cheguem ao coração de nossos amados? A reposta para estas questões está centralizada na pessoa de Jesus Cristo.


Conhecendo Jesus e tendo uma experiência com Ele tudo pode mudar. Infelizmente existe uma tendência de grupos religiosos que insistem em atribuir ao diabo tudo o que acontece de ruim em nossa vida e na vida de nossas famílias. Mas o fato é simples de entender. Quando abrimos as nossas mentes, os nossos corações na direção daquele que tem as respostas, Isto é quando nos voltamos em sinceridade para Deus. Ele sim, Jesus, tem as respostas para as nossas inquietações pessoais e familiares. Tiago nos diz claramente: “Ninguém ao ser tentado diga, sou tentado por Deus, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele a ninguém tenta. Mas cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” Tg 1:14,15


De fato somos nós mesmos, com nossas decisões e escolhas erradas é que atraímos as conseqüências imprevisíveis e muitas vezes irreversíveis em nossa vida nesta terra. Existe um fator que trava toda e qualquer possibilidade de comunhão intensa com Deus e com os nossos semelhantes. É a falta de perdão. Não perdoar aquele que nos agride, aquele que tem traído a nossa confiança fará com que os céus se fechem para nós. Pedro argüiu Jesus “até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” Talvez seja esta a sua pergunta nesta oportunidade. Na mente de Pedro surge um número, o número sete que estava condicionado a lei dos judeus. Porém ao responder a inquietação de Pedro, Jesus o surpreende dizendo-lhe : “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.“ Isto representa no meu modo de pensar que quatrocentos e noventa vezes devo perdoar o meu irmão por uma mesma ofensa recebida.


Em outras palavras. Se o seu filho lhe fez algo que o chateou, aquela ofensa deverá ser perdoada 490 vezes. Se o seu cônjuge o magoou em alguma área, 490 vezes o perdão deve entrar em ação. O perdão é Divino, é de Deus mas para praticá-lo também devo estar em Deus. Hoje é tão comum pensarmos que basta apenas pedirmos perdão a Deus e resolveremos a questão pendente com o nosso irmão.(a) Não é assim que o problema será resolvido. Eu tenho que ter aquela consciência que se eu pequei eu devo procurar a pessoa que está sendo alvo de minha inquietação pessoal e pedir-lhe perdão. Depois eu terei liberdade de ir perante Deus para pedir-lhe perdão também. Tantos relacionamentos rompidos principalmente nas famílias por falta do temor do Senhor.


Cria-se na mente várias justificativas que anulam a atitude correta de tomar a decisão para resolver de vez o problema. A oração que Jesus nos ensinou, a tão conhecida oração do Pai Nosso, Jesus é bem positivo para conosco quando diz: “Que se não perdoarmos o nosso próximo, não seremos perdoados por Ele.” Se não tivermos a atitude de resolvermos o problema que está pendente com o nosso próximo, Deus também não poderá nos perdoar. Amado(a) você conhece alguém assim? Quem sabe o Espírito Santo neste momento está lhe revelando que existe alguém em sua própria família com quem você tem algum problema não resolvido. Será que você tem dificuldade de perdoá-la? Sabe o que você vai fazer? Eu quero lhe dar alguns conselhos práticos e tenho a certeza absoluta que vai ajudá-lo(a) neste dia.


1. Verifique em oração diante de Deus se existe alguém cujo perdão você tem retido.
2. Se você identificar pessoas ou situações, peça a Deus que lhe dê coragem e estratégias vindas da parte Dele para resolver a situação.
3. Dirija-se a esta pessoa ou pessoas na primeira oportunidade e peça-lhe perdão. Se estiver longe lhe escreva uma carta, e-mail ou use o telefone mas lembre-se: “Não é um simples pedido de desculpas. É pedir perdão de coração.” Não é hora de fazer discursos. Não é hora de aproveitar da situação para achar erros na(s) pessoa(s) em questão. É hora de resolver os problemas com seu pedido de perdão.
4. Ore junto com esta pessoa. Agradeça a Deus por estarem tentando se entenderem novamente diante de Deus. Obs. Se a pessoa não lhe der o perdão. Você está liberado diante de Deus, pois tentou fazer a sua parte e você poderá ter agora a sua consciência livre de culpa.


Amigo(a) Talvez você tenha razões de sobra para a sua atitude de afastamento e retenção do perdão. Mas lembre-se: A vitória com certeza chegará a sua vida quando você derrubar esta parede de separação. Alguém disse “Que perdão é a habilidade de começar tantas vezes quanto forem necessárias” Uma das coisas que Jesus bateu mais de frente quando estava aqui nesta terra, foi contra os religiosos e hipócritas de sua época. Volta e meia Ele estava frente a frente com as pessoas que gostavam de fazerem intrigas e que traziam tantas perturbações, tanta falta de paz no meio das famílias. Que adianta ir a Igreja, cantar no coro ou pertencer a uma banda de louvor, ouvir os sermões do pastor, participar das celebrações e não ter a motivação de ter um coração limpo, um coração transparente perdoando e sendo perdoado.


Deus está em nossos dias e principalmente na família mostrando-nos que para alcançarmos a paz, a alegria, harmonia de pensamentos e comunhão com Deus e uns com os outros o perdão se faz necessário sempre, todos os dias, todas as horas, todas as pessoas, todas as situações. Somente com o coração livre, sem rancor, sem ódio é que teremos famílias abençoadas e felizes no Senhor. Agora um detalhe muito importante. Quem sabe você deve estar com este pensamento “ Você está dizendo isto pastor Nélson, porque não conhece o meu problema? Não conhece a minha dor, não conhece o meu sofrimento. Não sabe o que meu cônjuge me fez. Não sabe o que o meu filho, o meu pai, o meu irmão aprontou comigo” De fato muitas coisas estão chegando à sua mente neste instante de confronto com a Palavra de Deus.


Eu não sei a dimensão do seu problema, mas eu sei de uma coisa e eu quero que você esteja atento(a) para isto. “Eu sei que Jesus não só conhece o seu problema, como também Ele conhece você. Sabe por que? Porque Jesus Cristo lhe ama. por isso o entende e posso lhe garantir que você não está sozinho(a) nesta situação. Jesus é o único que pode ajudá-lo(a) a se ver livre da culpa, do medo, dos transtornos, da revolta, do ódio, do rancor e da amargura que provavelmente está em seu coração.” Jesus é o único que pode lhe dar esperança, pode lhe dar alento, pode trazer-lhe a paz e mostrar-lhe perfeitamente o caminho que você deve seguir. Jesus lhe diz neste instante “Vale a pena liberar perdão” “ Vale a pena pedir perdão” “Vale a pena deixar o comando de sua vida em minhas mãos” Na verdade o que quero lhe dizer é quando você caminhar na direção daquela pessoa que de fato lhe prejudicou um dia, não é você que estará ali levantando a bandeira paz, é Jesus que estará fazendo isto por meio de você.


Amigo(a) vamos resolver aquela situação pendente? Quero orar para que você se sinta encorajado de resolver esta tarefa tão difícil porem gloriosa. Quem sabe hoje o Espírito Santo lhe trouxe na memória uma situação que exige de você um posicionamento inadiável. Hoje é o dia, o momento é agora.


NASCE O MINISTÉRIO VIVOS!

"Os vivos, somente os vivos, esses
Te louvam como hoje eu o faço."

Is 38.19

Setembro de 2001, era noite e dirigia-me à igreja para estarmos em vigília, quando o Espírito de Deus envolveu-me e encheu meu coração de ardor pela Internet; foram momentos de intensa satisfação e gozo, era o Senhor comissionando-me para servi-lo no meio virtual, não relutei, não permitir que meu total desconhecimento a respeito da Internet ou sobre o desenvolvimento de uma página fosse empecilho no obedecer à vontade do Senhor Deus. Louvei ao meu Amado pelo chamado, por falar comigo!

Desconhecia totalmente a Internet, nunca havia navegado antes! Quanto a desenvolver um Site era uma missão "meio" complicada, não tinha a mínima idéia sobre “web design” e não conhecia nenhum programa usado para este fim. Inclusive, não tinha computador. Mesmo assim, continuei firme no propósito do Senhor!

Lembrei-me do amado Hefraim, um irmão muito querido -Ele possui grande conhecimento técnico na área de informática- expus a ele o desejo do Espírito; era a mão do Senhor que agia e iniciava a abertura de portas! O amado conhece e domina um programa chamado “MS Publisher” e com a bondade que lhe é peculiar, orientou-me, mostrando-me os passos básicos para executar o programa.

Como não tinha computador, fui ao Cláudio e fiz uma exposição da idéia do site, ele prontamente colocou o seu computador à disposição, inclusive, deu-me uma chave do escritório, fazia uso do PC após o expediente. O Cláudio foi uma bênção, proporcionou o meio para que o "Vivos!" viesse à existência.

Sou grato aos irmãos (Hefraim e Cláudio), pois, foram extremamente úteis. Declaro sobre eles as mais preciosas bênçãos de Deus.

Em 2001, não tínhamos "provedor de Internet" local, as conexões eram ligações interurbanas para uma cidade vizinha. A conta telefônica era assustadora!

Todas as portas foram-se abrindo de uma forma maravilhosa. Era a mão do Eterno!

Iniciava assim, as atividades do "Ministério Vivos!" O primeiro Site -era pequenino, apenas 6 mensagens- ficou hospedado no HPG, o domínio era: www.vivosnafe.hpg.com.br. Foi publicado no dia 15/09/2001 e funcionou no HPG entre: setembro de 2001 a dezembro de 2002. Foram mais de 20 mil visitas! Sinceramente, não esperava tanto!

A visão que o Senhor deu-me sobre o Ministério Virtual Vivos!, não podia ficar presa ao HPG, era preciso um domínio próprio que definisse de uma forma taxativa a condição de vida do servo de Deus (Vivos!) e despertasse confiança nas pessoas que o acessasse.
O domínio "Vivos.com.br" foi finalmente registrado em Dez/2002 para a honra e glória do Mestre.


"Vivos!"
Um nome que traduz a visão do Senhor para nossos dias. Tempos nos quais, certamente, precisamos estar vivos e firmes numa inabalável, para não nos contaminarmos com o mundo.
Inclusive, não trata-se de um aparente plágio à "Operadora de Celular Vivo", esta empresa surgiu em 2003.

O "Ministério Vivos!" Tem auxiliado e abençoado a muitos, através das mensagens contidas no site, pelos louvores e mensagens (web-rádio) e ainda pelo contato on-line (MSN/Messenger: vivos@vivos.com.br) ou via e-mail. Os amados são ouvidos e recebem uma orientação espiritual ungida, segundo o Espírito de Deus.

A média diária de acessos em 2008 ultrapassou a casa dos 24.000. Apenas nos últimos 2,5 anos, foram mais de 10 milhões de page view. O Senhor seja louvado!

A Visão dada por DEUS não se resume apenas ao que já tenho feito. Ela é muito mais extensa. Os planos de Deus para esta obra estão sempre em expansão.

Hoje
o Ministério Vivos! oferece gratuitamente:

Ø Web-Rádio Vivos! transmitindo a Palavra de Deus 24 h dia

Ø Contas de e-mail - seunome@vivos.com.br - Solicite o seu.

Ø Um canal on-line para orientação espiritual. Via MSN (vivos@vivos.com.br)

O "Vivos!", é um Ministério Virtual independente, sem vínculos com igrejas e/ou entidade religiosas. Não possui uma equipe à disposição, prédios e ou dinheiro.

Veja a "Declaração de Fé" do Ministério Vivos! Clique Aqui

O Espírito de Deus tem capacitado-me a desenvolver o site e a escrever algumas mensagens e estudos.
O Ministério Vivos! recebe uma média de 30 e-mails diariamente, os quais respondo pessoalmente, aconselhando, orientado e oferecendo um ombro às vidas machucadas.

Irmã (o), necessito de vossa cobertura de oração. Pois creio que a oração do Justo é eficaz!

Rádio Vivos! Está no ar o programa "Vivos ao Vivo!", a visão que Deus tem concedido-me nesta área é a criação de um programa voltado à edificação, com a veiculação de mensagens que refletem a visão que o Senhor tem nos concedido. Ouça diariamente, das 15 às 18 horas. Ouça e divulgue.

Vivos! Mail O Ministério Vivos! disponibiliza aos interessados contas de emails Vivos! (seunome@vivos.com.br), gratuitamente. Solicite o seu ainda hoje!

Camisa "Vivos!
" ainda é um plano que visa compensar ao irmão querido que movido pelo Espírito Santo colaborar com uma determinada quantia, a exemplo do que é feito com a Bíblia. Como é uma obra sem vínculos com igrejas ou outras instituição qualquer, não disponho de muitos recursos para suprir as despesas, que são elevadas. Através do repasse das Camisas "Vivos!" A minha expectativa e captar fundos para honrar os compromissos financeiros. Manutenção do site no ar; manutenção do PC; assinatura do provedor, etc.

Cartaz "Vivos!" O Ministério Vivos! está colocando à disposição um cartaz, para você imprimi-lo (tamanho A-4) e fixá-lo em locais aos quais o público tenha acesso.
Por exemplo:
Mural da Igreja; Congressos; Shows gospel; Acampamentos;
colégios; lojas; etc.
Esta é uma forma prática, através da qual, você divulga esta obra.
Clique Aqui

Amados do meu Amado Senhor, eu preciso que homens e mulheres cheios do Espírito Santo se envolvam com esta visão e sejam colaboradores diretos, orando, divulgando e dentro do possível colaborando com ofertas, se você possui um site coloque um link ou banner "Vivos!"; se editas um jornal ou revista, tenha a liberdade de publicar o endereço; Se és locutor de um programa radiofônico, fale do "Vivos!", inclusive, se desejar poderei participar ao vivo do programa via fone ou Skype.

Vivos! Quem ama, ora e divulga!

Veja a "Declaração de Fé" (Em que Cremos) do Ministério Vivos!

terça-feira, 20 de abril de 2010

CAMPANHA SOLIDÁRIA PARA AS OBRAS SALESIANAS NO HAITI







A AJUDA DE TODOS É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA A RECONSTRUÇÃO DAS OBRAS SALESIANAS NESTE PAIS.






QUERA AJUDAR ENTRE EM CONTATO COM RAFAEL



(84)8834-4674/3207-3484






A FÉ CRISTÃ



A simples fé implica uma disposição de alma para confiar noutra pessoa. Difere de credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso.
A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como "uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras". A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração.

II- A Fé no AT
A atitudes para com Deus que no NT a fé nos indica, é largamente designada no AT pela palavra "temor". O temor está em primeiro lugar que a fé; a reverência em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no AT, sendo isso particularmente entendido naquela parte do AT, que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não es está longe da verdade, quando se sugere que o "temor do Senhor" contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no NT. As palavras "confiar" e "confiança" ocorrem muitas vezes; e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15.6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática.

III- A Fé, nos Evangelhos
Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do NT. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e a palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9.29; 13.58; 15.28; Mc 5.34-36; 9.23; Lc 17.5,6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder; é a fé que opera maravilhas. Na passagem de Mc 11.22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no NT, uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros Evangelhos (Mt 9.2; Lc 7.50): é a fé salvadora que significa salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome "fé" não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo "crer". Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6.44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3.15-18; 4.41-53; 19.35; 20.31, etc). Em cada um dos evangelhos, Jesus proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em João do que nos evangelhos sinóticos, mas é bastante clara no último (Mt 18.6; Lc 8.12; 22.32).

IV- A Fé, nas Cartas de Paulo
Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não tem valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é uma causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nos realmente estamos sendo justificados, somos santificados ela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai por meio de Jesus. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do E. Santo (Ef 3.16-19).

V- Fé e Obras

Tem-se afirmado que há contradição entre Paulo e Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4.2; Tg 2.21).
Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que Paulo ensina a respeito sa fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem, e não meramente na cabeça; é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele; e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata duma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5.6).
Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias; ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta; Paulo louva uma fé viva. Não há pois, contradição. A fé viva, a fé que justifica e que se manifesta por meio daquelas boas obras, agradáveis a Deus, pode ser conhecida naquela frase já citada: "a fé que atua pelo amor".

VOCAÇÃO RELIGIOSA



A Vocação Religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. Os religiosos são consagrados a Deus para servi-lo e para servir os irmãos e irmãs. Este serviço se dá através de um jeito próprio, ou seja, de acordo com o Carisma de cada Congregação religiosa e de cada membro da mesma como um dom, como um modo próprio de ser e agir. Esse dom dado pelo Espírito torna a pessoa apta a realizar determinada missão.
O jovem vocacionado ingressa em uma família religiosa conforme o carisma pessoal e de acordo com o Carisma da Instituição que ele escolhe para uma missão específica.



Os Religiosos são homens e mulheres que ouviram um dia o chamado de Deus para colocarem suas vidas a serviço, em total entrega a Deus e aos irmãos e irmãs. São chamados a deixarem tudo: casa, família, propriedade, bens, e livremente ingressam numa Congregação ou Ordem religiosa. Professam os Votos de pobreza, castidade e obediência.

Pobreza aqui quer ter o significado de capacidade de desprendimento de si mesmo, não ter nada de próprio, para que, livre dos bens materiais, na liberdade interior, possa ter Deus como o Tudo, único bem, o Absoluto de sua vida.

Castidade é, além da renúncia livre do matrimônio, ser capaz de ofertar seu coração e todo o seu ser a Deus, numa abertura de amor mais ampla, livre, um amor oblativo, a Deus e nele, a todas as pessoas, numa entrega amorosa na missão que assume como projeto de Deus para sua vida.

Obediência: Busca constante da vontade de Deus, para melhor servir. A obediência a Deus passa por mediações: A Igreja, a Congregação religiosa na pessoa dos superiores e à fraternidade.
Ela se dá através de um íntimo relacionamento com Deus, na abertura e confronto aberto, maduro e sincero entre os membros.


A Origem da Vida Consagrada

O Fundamento da Vida Consagrada é Jesus Cristo. Ele que sendo de condição divina não quis viver segundo a glória que tinha, mas se esvaziou, veio a este mundo, tornando-se um de nós, e em atitude de humildade se entregou até à morte e morte de Cruz (cf fil 2, 1-11s). É Ele próprio quem faz apelo para o seu seguimento: “Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis escolher e foram até Ele” ( Mc3,13); Constituiu o grupo dos doze para que ficassem com Ele... e os enviou a pregar, com poder de expulsar os demônios e realizar a mesma missão que Ele realizava.



Além do apelo aos discípulos e aos doze, lança convite ao jovem rico, e como condição da vida em perfeição manda deixar tudo, vender os bens e dar aos pobres, isso seriam as condições para o seguimento. E Fala de alguns que renunciam à vida conjugal e abraçam o celibato por causa do Reino de Deus (Mt 19, 12 a 21).
Também São Paulo Apóstolo fala que escolheu viver sem casar para facilitar a missão (1cor 7, 7)
Nos primeiros tempos do Cristianismo temos o testemunho de homens e mulheres que viviam sem casa em vida de oração e serviço a Deus e aos pobres, bem como o testemunho dos mártires e das virgens que escolhiam morrer preservando a virgindade.



A Vida Religiosa surge como sua primeira forma, no séc III e IV com os Monges do Deserto que buscam viver em oração,silêncio, penitência, jejum e trabalho (Santo Antão, São Basílio, São Pacômio), Mais tarde, São Jerônimo, Santo Agostinho, São Bento. No Séc.XII e XIII São Francisco de Assis e São Domingos, chamadas Ordem dos Mendicantes e a Ordem Feminina, com Santa Clara de Assis.



Assim a Vida Consagrada se expandiu sempre mais através das Congregações Religiosas de Vida contemplativa e ativa. Hoje a ela é chamada a viver sempre mais comprometida com o profetismo, no anúncio, na denúncia, na renuncia e no testemunho, assumindo a fidelidade dinâmica e criativa que lhe é própria, vivendo a radicalidade do batismo, dentro dela mesma, na Igreja, na sociedade através de sua opção preferencial, audaciosa e atualizada pelos empobrecidos e excluídos da sociedade,vivendo a missão de Jesus, sendo sinal para o mundo, anunciando o Reino de Deus. Por sua natureza ela é profética e sempre é chamada a radicalizar seu jeito de viver e anunciar o Evangelho com seu próprio jeito de ser.



É Jesus a sua força, seu sustento, seu alento, sua luz; por isso o Consagrado busca na palavra de Deus, na oração contínua e na Eucaristia o vigor e as graças necessárias para continuar servindo a Deus e aos irmãos e irmãs com alegria, coragem e esperança.


VOCAÇÃO SALESIANA



Cada um de nós é chamado por Deus a uma vocação pessoal. Além disso, não fomos chamados todos a viver da mesma maneira a vocação salesiana. Alguns são chamados a serem "Salesianos Clérigos", outros a serem "Salesianos Leigos" (ou Salesianos Coadjutores). Os Salesianos Clérigos são aqueles que se dedicam ao serviço dos jovens através de seu ministério sacerdotal ou como Diáconos Permanentes, ou como Padres (a palavra clérigo indica quem está se preparando para a ordenação como diácono ou padre). O Salesiano Leigo é aquele que se dedica, com a mesma vocação, a servir os jovens continuando no estado laical como irmão entre os irmãos.


"Cada um de nós é responsável pela missão comum e dela participa com a riqueza de seus dons e das características laical e sacerdotal da única vocação salesiana.


O salesiano coadjutor leva para todos os campos educativos e pastorais o valor próprio de sua laicidade, que o torna de modo específico testemunha do Reino de Deus no mundo, mais próximo dos jovens e das realidades do trabalho.


O salesiano presbítero ou diácono leva ao trabalho comum de promoção e de educação para a fé a especificidade de seu ministério, que o torna sinal de Cristo pastor, principalmente com a pregação do Evangelho e a ação sacramental. A presença significativa e complementar de salesianos clérigos e leigos na comunidade constitui um elemento essencial de sua fisionomia e completeza apostólica". (Const. 45)


O SALESIANO PRESBÍTERO OU DIÁCONO


As especificidades salesianas sacerdotais são:



  • a colocação em evidência da figura de Cristo pastor, do qual o Salesiano, como Dom Bosco, é testemunha para os jovens necessitados, especialmente na pregação do Evangelho e na administração dos sacramentos;

  • o aprofundamento do sentido eclesial de unidade e comunhão com a Igreja, particularmente com o Papa e os Bispos; a docilidade na acolhida do seu magistério, ajudando também aos jovens e fiéis a acatar os seus ensinamentos;

  • a experiência vital do ministério sacerdotal no interior e a partir do interior da comunidade local e inspetorial em complementaridade recíproca com o salesiano leigo;

  • a promoção da capacidade de discernir a vontade de Deus nos acontecimentos e pessoas a fim de preparar-se para a animação e direção espiritual, especialmente dos jovens;

  • o desenvolvimento de uma especial sensibilidade, própria do espírito salesiano, pela dimensão catequética, vocacional e mariana no exercício de seu ministério sacerdotal;

  • o crescimento na consciência de que o sacerdócio é uma dimensão específica da sua vocação salesiana, presente em todas as suas atividades, sendo ele, como Dom Bosco, padre ou diácono sempre e em todos os lugares.

  • A Congregação Salesiana conta, hoje, com 11.069 sacerdotes e 17 diáconos, que trabalham lado a lado com os Salesianos Leigos em comunidades a serviço dos jovens do mundo todos.(Fonte. CG26, 21)

O COADJUTOR SALESIANO


As especificidades do salesiano coadjutor são:



  • A resposta à vocação de batizado chamado por Deus a doar-se totalmente a Ele em Cristo, para servi-lo come ‘religioso leigo’ na Congregação salesiana.

  • A realização da missão específico de promover a educação integral cristã dos jovens, especialmente dos mais pobres, com o espírito de Dom Bosco, em comunhão com o Salesiano sacerdote, dentro de uma comunidade religiosa.

  • O viver com as características próprias da vida religiosa a sua vocação de leigo que busca o Reino de Deus cuidando das coisas temporais e orientando-as segundo Deus.

  • A realização da missão de evangelização e santificação não sacramental com a intensidade que deriva da sua consagração específica e por mandato da Igreja.

  • Hoje, a Congregação Salesiana conta com 2.317 Coadjutores Salesianos que trabalham lado a lado com os sacerdotes na comunidade, a serviço dos jovens de todo o mundo. Atuam como educadores que animam e coordenam ou dirigem obras e atividades várias da missão salesiana, como escolas, albergues, institutos técnicos, centros de promoção agrícola, centros editoriais no âmbito da imprensa, da rádio, da TV, centros de desenvolvimento social, legislativo e econômico, etc.

Os leigos podem ser salesianos? Um salesiano pode ser leigo?


Dom Bosco previu um grande exército de leigos a serviço do reino de Deus. Em 1883 falou expressamente desta idéia inovadora a 22 noviços que se preparavam para ser salesianos coadjutores.


“Vou falar-lhes de dois pontos. O primeiro, para explicar a vocês a idéia que tenho sobre Coadjutor Salesiano. Nunca tive o tempo e a ocasião de explicar-lhes bem. Vocês estão reunidos aqui para aprender a arte e a prática da religião e da santidade. Por que? Porque necessito colaboradores. Há coisas que nem os sacerdotes nem os clérigos podem fazer; mas vocês as farão.


Preciso dispor de algum de vocês e colocar em uma tipografia dizendo-lhe: ocupe-se das coisas e cuida para que tudo ande bem. E a um outro mandar em uma casa e dizer-lhe: toma conta do laboratório e dos trabalhadores e cuida para que o trabalho se realize na forma devida. Preciso de alguém a quem confiar encargos de maior responsabilidade, como a gestão do dinheiro, os despachos legais ou a representação da casa com os externos... Gente à qual se possa confiar verdadeiramente no trabalho normal da cozinha e da portaria: que providenciem o necessário para a casa de forma que não falte nada... etc.


Preciso de gente a quem confiar coisas como estas, e vocês devem ser estas pessoas. Numa palavra, vocês não devem ser somente gente que trabalha, mas que sabe dirigir. Devem ser encarregados e supervisores de outros trabalhadores, não empregados. Tudo isto, portanto, de acordo com algumas normas e dentro de precisos limites: mas todos devem inserir-se no processo diretivo como se fossem os responsáveis pelos trabalhadores. Esta é a idéia do salesiano coadjutor. E sinto a premente necessidade de ter muitos que venham e nos ajudem neste sentido.


E agora desejo falar-lhes do segundo ponto que é mais urgente, precisamente porque vocês devem ajudar-me a levar adiante com iniciativas vitais o vosso trabalho que será também muito delicado. Devem adquirir muitas virtudes. Se devem supervisionar outros, vocês devem, antes de tudo, saber dar o bom exemplo. A presença de qualquer um de vocês deve ser garantia de ordem e de moralidade e do fato que fazemos o bem. Porque se o sal perde o seu sabor...


E agora deixem-me concluir: Nolite timere, pisullus grex. Não tenham medo: vocês aumentarão em número mas sobretudo aumentem em bondade e em energia. Então serão vistos como leões invencíveis capazes de fazer um bem imenso”.