quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Esperança não decepciona, não abandona, não despreza…

“Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração”(Jeremias 29:13).
É uma promessa revitalizante!
Nestes dias de fim de ano temos vivido a busca da felicidade, da Paz, de trabalho, de estabilidade…etc…



Nas situações graves e requerem muito cuidado, todos buscamos a esperança e a fé neste Amor de Deus que se deixa encontrar.

Na união da família e na força e carinho dos amigos encontramos a presença de Deus!
Testemunho que nos momentos mais angustiantes nossa família experimentou (e experimenta) o Amor e o cuidado do Senhor! Esta força chamada esperança que nasce e fica dentro de nós.

E isso podemos sentir em todas as circunstâncias da vida.
Meus amigos(as): “A esperança não decepciona” (rom 5,5)

Não decepciona, não abandona, não despreza… Porque vem de Deus!
Procuremos à Deus nas dificuldades, busque nas tristezas e decepções, nas vitórias e nas perdas. Deus jamais nos abandona! Ele revitaliza, dá forças e restaura nosso coração.
Neste tempo de oitavas de Natal e de recomeçar um novo ano, peça um “coração-manjedoura”, onde Jesus nasce para vencer e reinar.

Peça ao Espírito Santo que renove sua Fé e sua Esperança.

Deus jamais Se afasta de nós. Devemos buscá-Lo com todas as nossas forças.
Um abraço carinhoso pra você! Deus te abençoe!

Feliz e Santo 2012!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Senhor nos escolheu para sermos testemunhas d’Ele

Esta estranha entrada em cena de um ser que se tornará um dos mais importantes da realização dos planos divinos é muito do estilo do Antigo Testamento. Todos os seres vivos deviam ser destruídos pelo dilúvio, mas Noé e os seus foram salvos na arca. Isaac nasce de Sara, já em idade avançada para dar à luz. Davi, jovem e sem técnica de combate, derruba Golias. Moisés, futuro guia do povo de Israel, é encontrado em uma cesta e salvo da morte. Desta maneira, Deus quer destacar que Ele mesmo toma a iniciativa da salvação de Seu povo. O anúncio do nascimento de João é solene. Realiza-se no marco litúrgico do Templo.

Desde a designação do nome do menino: “João” – que significa “Deus é favorável” – tudo é concreta preparação divina do instrumento que o Senhor elegeu. Sua chegada não passará despercebida e muitos se alegrarão com seu nascimento (cf. Lc 1,14); abster-se-á de vinho e bebidas embriagantes, será um menino consagrado e, como prescreve o livro dos Números (6,1), ele não beberá vinho nem licor fermentado. João já traz um sinal de sua vocação de asceta. O Espírito habita nele desde o seio de sua mãe. A sua vocação de asceta une-se à guia de seu povo (cf. Lc 1,17). Precederá o Messias, papel que Malaquias (3,23) atribuída a Elias. Sua circuncisão, fato característico, mostra também a eleição divina: ninguém em sua parentela tem o nome de João (cf. Lc 1,61), mas o Senhor quer que ele seja chamado assim mudando os costumes. O Senhor foi quem o escolheu. É Ele quem dirige tudo e guia o Seu povo.

O nascimento de João é motivo de um admirável poema que, por sua vez, é ação de graças e descrição do futuro papel do menino. A Igreja canta este poema todos os dias – no final das Laudes – reavivando sua ação de graças pela salvação que Deus lhe deu e em reconhecimento porque ele [João] continua mostrando-lhe “o caminho da paz”.

João Batista é sinal da irrupção de Deus em Seu povo. O Senhor o visita, o livra, realiza a aliança que havia prometido. O papel do precursor é muito precioso: prepara os caminhos do Senhor (cf. Is 40,3), dá a Seu povo o conhecimento da salvação. Todo o afã especulativo e contemplativo de Israel é conhecer a salvação, as maravilhas do desígnio de Deus sobre Seu povo. O conhecimento dessa salvação provoca nele a ação de graças, a bênção, a proclamação dos benefícios de Deus que se expressa no “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel”.

Esta é a forma tradicional de oração de ação de graças que admira os desígnios de Deus. Com estes mesmos termos, o servidor de Abraão bendiz a Deus (cf. Gn 24,26). Assim também se expressa Jetro, sogro de Moisés, reagindo ao admirável relato do que Deus havia feito para livrar Israel dos egípcios (cf. Ex 18,10). A salvação é a remissão dos pecados, obra da misericordiosa ternura de nosso Deus (cf. Lc 1,77-78).

João deverá, pois, anunciar um batismo no Espírito para remissão dos pecados. Mas este batismo não terá apenas esse efeito. Será iluminação. A misericordiosa ternura de Deus enviará o Messias que, segundo duas passagens de Isaías (9,1 e 42,7), retomadas por Cristo (cf. Jo 8,12), “iluminará os que jazem entre as trevas e sombra da morte” (Lc 1,79).

O papel de João é o de “preparar o caminho do Senhor”. Ele sabe disso e designa a si mesmo, referindo-se a Isaías (40,3), como a voz que clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor”. Mais positivamente ainda, deverá mostrar “Aquele que está no meio dos homens, mas que estes não O conhecem” (cf. Jo 1,26) e a quem chama, quando o vê chegar: “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).

João corresponde ao que foi dito e previsto sobre ele. Deve dar testemunho da presença do Messias. O modo de chamá-lo indica o que o Messias representa para ele: Ele é o “Cordeiro de Deus”.

Como João, a Igreja e seus fiéis têm o dever de “não cobrir a luz”, mas de dar testemunho dela (cf. Jo 1,7). A esposa, a Igreja, deve ceder o posto ao Esposo. Ela é testemunho e deve ocultar-se diante d’Aquele a quem testemunha. Papel difícil é o de estar presente no mundo, e firmemente presente até o martírio como João, sem impulsionar uma “instituição” em vez de impulsionar a Pessoa de Cristo. Papel missionário sempre difícil é o de anunciar a Boa Notícia e não uma raça, uma civilização, uma cultura ou um país: “É preciso que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30).

Anunciar a Boa Nova e não uma determinada espiritualidade, uma determinada ordem religiosa, uma determinada ação católica especializada. Como João, mostrar a seus discípulos onde está para eles o “Cordeiro de Deus” e não cercá-los como se fôssemos nós a luz que vai iluminá-los. Esta deve ser a minha e a sua meta: apresentar o Cordeiro de Deus aos outros.

Senhor, dai-me a graça de ser uma verdadeira testemunha, a fim de que com palavras e obras eu Vos leve a todos os povos e nações que não Vos conhecem.

Padre Bantu Mendonça
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Espiritualidade: O mundo inteiro espera a resposta de Maria

Ouviste ó Virgem, que vais conceber e dar à luz um filho, não por obra de homem – tu ouviste – mas do Espírito Santo. O Anjo espera tua resposta: já é tempo de voltar para Deus que o enviou. Também nós, Senhora, miseravelmente esmagados por uma sentença de condenação, esperamos tua palavra de misericórdia.

Eis que te é oferecido o preço de nossa salvação; se consentes, seremos livres. Todos fomos criados pelo Verbo eterno, mas caímos na morte; com uma breve resposta tua seremos recriados e novamente chamados à vida.

Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado aos teus pés.

E não é sem razão, pois de tua palavra depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a liberdade dos condenados, enfim, a salvação de todos os filhos de Adão, de toda a tua raça.

Apressa-te, ó Virgem, em dar a tua resposta; responde sem demora ao Anjo, ou melhor, responde ao Senhor por meio do Anjo. Pronuncia uma palavra e recebe a Palavra; profere a tua palavra e concebe a Palavra de Deus; dize uma palavra passageira e abraça a Palavra eterna.

Por que demoras? Por que hesitas? Crê, consente, recebe. Que tua humildade se encha de coragem, tua modéstia de confiança. De modo algum convém que tua simplicidade virginal esqueça a prudência. Neste encontro único, porém, Virgem prudente, não temas a presunção. Pois, se tua modéstia no silêncio foi agradável a Deus, mais necessário é agora mostrar tua piedade pela palavra.

Abre ó Virgem santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as nações bate à tua porta. Ah! Se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama! Levanta-te, corre, abre. Levanta-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem, a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra (cf. Lc 1,38).

São Bernardo, abade e doutor da Igreja, séc. XII.
(Das Homilias em louvor da Virgem Mãe, Hom. 4,8-9: Opera omnia, Edit. Cisterc. 4 [1966], 53-54).

Lembra da matéria Você conhece os personagens do Advento? Clique aqui e leia novamente e veja o papel desta Mulher extraordinária que foi e é Maria de Nazaré, seu sim mudou a história da humanidade abriu as portas da Salvação para todos os homens de boa vontade. Que a Virgem Maria nos ensine a ser dóceis e obedientes aos planos de Deus: “faça-se em mim segundo a tua Vontade!”.

Prefácio do Advento II-A (Maria, a nova Eva).

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Nós vos louvamos, bendizemos e glorificamos pelo mistério da virgem Maria, mãe de Deus. Do antigo adversário nos veio à desgraça, mas do seio virginal da Filha de Sião germinou aquele que nos alimenta com o pão do céu e garante para todo o gênero humano a salvação e a paz. Em Maria, é-nos dada de novo a graça que por Eva tínhamos perdido. Em Maria, mãe de todos os seres humanos, a maternidade, livre do pecado e da morte, se abre para uma nova vida. Se grande era a nossa culpa, bem maior se apresenta à divina misericórdia em Jesus Cristo, nosso salvador. Por isso, enquanto esperamos sua chegada, unidos aos anjos e a todos os santos, cheios de esperança e alegria, nós vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz…

A vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezais as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos ó Virgem gloriosa e bendita.

Clique em comentários e abra também o seu coração a vontade de Deus.

Oração: Senhor Deus, ao anuncio do Anjo, a Virgem Imaculada acolheu vosso Verbo inefável e, como habitação da divindade, foi inundada pela luz do Espírito Santo. Concedei que ao seu exemplo, abracemos humildemente a vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

Matéria relacionada: O que fazer para viver um Natal diferente?

Natal feliz é Natal com Cristo!

Fonte: Blog Padre Luizinho

A gravidade da traição no namoro

Sinal de imaturidade e de falta de responsabilidade

Embora no namoro não exista o compromisso definitivo como no casamento, e não seja um sacramento, a traição realizada nesse relacionamento não deixa de ser uma falta grave, especialmente se envolveu um relacionamento sexual com outra pessoa. Neste caso, além da falta da traição, há o grave pecado de fornicação, sexo antes ou fora do casamento vivido por duas pessoas que não são casadas. Não custa lembrar o que disse São Paulo sobre a gravidade desse pecado: “Nem nos entreguemos à fornicação, como alguns deles se entregaram, de modo a perecerem [...]” (1 Cor 10,8).
Mas, mesmo que não tenha havido fornicação e a traição tenha sido de outra forma, por exemplo, começar a namorar outra pessoa sem terminar o primeiro namoro, a falta é grave, pois trair alguém é ferir profundamente a pessoa que lhe confiou a intimidade e de certa forma a vida. Toda traição, por menor que seja, deixa marcas e traumas no coração da pessoa enganada.
Muitos jovens têm medo de partir para um novo namoro porque experimentaram a dor de uma traição e temem ser novamente traídos e enganados e sofrem muito por isso. “Será que eu não serei decepcionado (a) novamente?”.
É preciso dizer a essas pessoas que foram duramente machucadas, que lutem contra esse sentimento de medo e de derrota e que enfrentem um novo relacionamento com coragem e sensatez. Não é porque você foi traído uma vez que obrigatoriamente o será novamente; não; as pessoas são diferentes. Aproveite a experiência que você acumulou com essa traição; sabemos que mesmo do pior mal Deus sabe tirar algum bem para os que O amam.
O namoro é um tempo de conhecimento e de escolha, no qual cada um precisa se revelar ao outro e mostrar de certa forma o seu interior. Mas isso há que ser feito num ambiente de fidelidade para que possa acontecer com sinceridade e transparência. O compromisso de namoro pode ser rompido de comum acordo ou mesmo somente por apenas uma das partes, pois não é uma aliança definitiva.
Penso, contudo, que, como todo pecado, a traição também possa ser perdoada se, de fato, o culpado se arrepender sinceramente e der provas disso, mas precisa saber que “o vaso de cristal foi trincado”; a confiança do outro não será mais a mesma porque a marca ficou gravada no coração. Sempre poderá surgir no pensamento da pessoa traída a pergunta: “Será que ele (a) não me trairá novamente?”
Então, se desejamos um namoro belo e íntegro, neste deve haver fidelidade; não pode ser comprometido com sinalizações afetivas para com outra pessoa, mesmo de maneira disfarçada. Ninguém é obrigado a namorar, mas todo (a) namorado (a) é obrigado (a) moralmente a ser fiel ao outro, sob pena de se diminuir diante de si mesmo; é uma questão de caráter, algo que infelizmente hoje não é muito cultivado.
Quem trai no namoro é alguém que não sabe ainda a importância desse relacionamento e que, por isso, faz dele apenas um meio de diversão ou de busca de prazer ou outras aventuras. Traição é sinal de imaturidade e de falta de responsabilidade. É prova de que não se sabe amar; é sinal de egoísmo que aceita destruir o sentimento do outro para viver uma nova aventura amorosa.
Se alguém acha que não está satisfeito com o namoro, então, este pode romper com o compromisso, sem problemas, mesmo que a outra parte queira continuar o relacionamento. Mas o que não deve acontecer é a traição.

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Como nasceu o “Stille Nacht” (“Noite Feliz”)

Em 24 de dezembro de 1818, a canção “Stille Nacht” (“Noite Feliz”) foi ouvida pela primeira vez na aldeia de Oberndorf (Áustria). Foi na Missa de Galo na minúscula capelinha de São Nicolau.

Estavam presentes o pároco Pe José Mohr, o músico e compositor Franz Xaver Gruber com seu violão, e o pequeno coro da esquecida aldeia. No fim de cada estrofe, o coro repetia os dois últimos versos.

Naquela véspera de Natal nasceu a música que passou a ser como um hino oficial do Natal no mundo todo. Hoje se canta nas capelas dos Andes e no Tibete, ou nas grandes catedrais da Europa.

Há muitas histórias sobre a origem dessa canção. Entretanto, a verdadeira é simples e risonha como a canção ela própria.

O Pe. Joseph Mohr, jovem sacerdote, compôs a letra em 1816. Ele estava encarregado da igreja rural de Mariapfarr, Áustria. Seu avô morava perto e é fácil imaginar que ele criou o texto enquanto caminhava para visitar seu ancião parente.

Nenhum evento particular inspirou o Pe. José para escrever a poética canção do nascimento de Jesus.

Em 1817 ele foi transferido para Oberndorf.

Na véspera do Natal de 1818 o Pe. José visitou seu amigo, o professor de música Franz Gruber, que morava num apartamentinho acima da escolinha da vizinha aldeia de Arnsdorf. Mostrou-lhe o poema e pediu-lhe uma melodia para a Missa de Galo daquela noite.

Quando aqueles dois homens acompanhados pelo coro cantavam por vez primeira em pé diante do altarzinho da capela de São Nicolau, o Stille Nacht! Heiligen Nacht! não faziam idéia da repercussão que o fato teria no mundo.

Karl Mauracher, mestre construtor e reparador de órgãos viajou várias vezes a Oberndorf para consertar o órgão. Numa das viagens obteve a partitura e a levou para sua terra. Foi assim, também despretensiosamente, que começou a difusão.

De início, nem tinha nome e era chamada de “canção folclórica tirolesa”.

Duas famílias que viajavam cantando canções populares do vale de Ziller incorporaram a peça a seu repertório e a entoaram em dezembro de 1832 em Leipzig num concerto de música folclórica. A partir de então a difusão progrediu como mancha de azeite.

Por fim, a família Rainer cantou o Stille Nach na presença do imperador da Áustria Francisco I e do czar da Rússia Alexandre I. A canção natalina passou a ser a preferida do rei Frederico Guilherme IV da Prússia.

O Pe. José morreu pobremente na cidadinha de Wagrain, nos Alpes, como pároco. Ele doou todos os seus bens para a educação das crianças.

O inspetor escolar de São Johann, num relatório ao bispo, descreve o Pe. José como um amigo dos fiéis, sempre perto dos pobres e um pai protetor. Seu nome foi esquecido por todos até ser recuperado posteriormente.

A família de Franz Xaver Gruber conservou alguns dos humildes móveis do músico e o violão daquela noite abençoada, hoje peça histórica. O túmulo de Franz é decorado com uma árvore de Natal todos os meses de dezembro.

A imagem dos dois co-autores está nos vitralzinhos da capelinha de São Nicolau.

Assim é a riqueza insondável da Igreja: faz nascer no coração dos humildes e despretensiosos frutos de graça, perfeição e beleza que os gênios naturalmente mais dotados do mundo jamais conseguem superar.

Essa é a causa sobrenatural do insondável mistério que faz da Civilização Cristã a obra prima por excelência sobre a face da Terra e o bem supremo dos homens logo abaixo, e só abaixo, da Igreja Católica, Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, única Igreja verdadeira.

Fonte:

http://cidademedieval.blogspot.com/2010/12/como-nasceu-o-stille-nacht-noite-feliz.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ACidadeMedieval+%28A+cidade+medieval%29

Temos sido coerentes com nossas palavras?

A parábola está unida à pergunta dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo com a pergunta: “Com que autoridade fazes estas coisas?” ou seja, “Quem te concede essa autoridade?” (cf. Mt 21,23). Jesus não a responde diretamente, mas indica que Seus inimigos não estão em condições para aceitar essa autoridade. Já que negaram a João como profeta de Deus, seria difícil que O aceitassem também como profeta.

A vontade de Deus, para eles, resultava secundária diante dos fins particulares que se ocultavam sob a aparência de religiosidade. O texto de hoje distingue o verdadeiro do falso e simboliza, nas duas condutas contraditórias, o que na realidade estava ocorrendo entre os judeus da época.

Cristo começa o seu discurso com a pergunta: “Que vos parece?” A pergunta é uma chamada de atenção para um exemplo que imita, em breves parágrafos, a realidade vivida nesses instantes. Vejo aqui não uma proposta, mas sim um mandato a trabalhar na vinha. Os dois respondem a esta ordem.

A resposta do primeiro filho foi um “não quero”. Mas logo se arrependeu e foi. Legalmente ele não cumpriu seu dever; mas, na realidade, ele acatou a vontade do pai e fez o que devia ter feito.

A resposta do segundo filho – aparentemente – foi de total conformidade. Mas seus atos desmentiram sua palavra.

Qual dos dois fez a vontade do pai? Evidentemente, a resposta não poderia ser outra a não ser a daquele filho que finalmente foi trabalhar na vinha. E Jesus agora responde à pergunta com que autoridade Ele havia expulsado os vendedores do Templo, pois comenta a resposta dos chefes dos fariseus e dos anciãos afirmando rotundamente: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele”.

Tendo em vista que os publicanos e as prostitutas acreditaram em João e se converteram. Basta saber a pergunta dos publicanos que vieram a ser batizados por João: “Mestre, que devemos fazer?” (Lc 3,12). A palavra “Mestre” indica que eles acreditavam na palavra de João. Nada temos sobre as prostitutas. Sabemos, sim, que muitos publicanos e pecadores escutavam com agrado as palavras de Jesus como declara o Evangelho de Mateus 9,10 e, especialmente, em Lucas 15,1: “Todos os publicanos e pecadores estavam se aproximando para ouvi-lo”. Isso indica que estavam, no mínimo, interessados no Reino através de Jesus; o que não acontecia com os dirigentes judeus, escribas e fariseus, que só buscavam uma desculpa para poder condená-lo (Lc 6,7).

A parábola indica que os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos da justiça humana. Segundo esta, não haveria muitas possibilidades para um arrependido se tornar um novo homem. Tudo indica que os bons têm posto e lugar preferível na sociedade em todos os tempos. São os privilegiados. Porém, segundo os planos de Deus, talvez sejam os mais afastados os primeiros a escutar o Seu convite, que logicamente oferece o desejo de uma conversão: “Não vim chamar os justos; mas sim os pecadores ao arrependimento” (Lc 5,32).

Os que se consideram bons são como o fariseu que Jesus compara com o publicano na sua parábola: agradecem por serem diferentes dos demais homens numa sociedade constituída por ladrões, malfeitores e adúlteros (cf. Lc 18,11). Mas são estes últimos os que recebem a luz da fé e a justiça da conversão, os que realmente se veem a si mesmos à luz da verdade divina, que nos olha a todos como pecadores (cf. Rm 5,19) e busca nosso remédio de modo paternal (cf. Lc 15,20). Por isso, aqueles serão rejeitados e estes últimos, que imploram o perdão, serão justificados (cf. Lc 18,14).

A verdadeira justiça é um dom de Deus dado a quem sente necessidade desta virtude. Se temos dúvidas sobre a conduta divina é bom escutar as palavras de Jesus em Mateus 23, 13ss: “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas…” Muitas dessas maldições talvez possam se dirigir a todos nós que estamos no lugar de destaque como correspondia às classes dirigentes na época de Jesus. Que devemos fazer? Admitir que nossa conduta deve se guiar pelos caminhos de Deus, ou seja, pelos caminhos da justiça.

Somos coerentes com a nossa palavra, ou pelo contrário, o nosso ‘sim’ pode ser ‘não’ e o nosso ‘não’ pode ser ‘sim’? Agir desta forma é exatamente o oposto do que fez Jesus. Ele que disse ‘sim’ ao ‘sim’ e ‘não’ ao ‘não’ (cf. Mt 5,37). Porque, se uma coisa má em si não pode ser boa apesar das boas intenções, uma intenção distorcida pode converter uma boa ação em pura hipocrisia (cf. Mt 5,2) ou em corrupta iniquidade (cf. Mt 23,28).

Agora eu lhe pergunto: com qual dos filhos você se identifica? Que autoridade você dá a Jesus em sua vida? Sua palavra é a Palavra de Deus ou a sua própria palavra é a última em suas decisões? Pense nisso. Especialmente em questão dos sete pecados capitais. Não basta dizer ‘sim’ à Palavra de Deus. É sobretudo fundamental que o meu ‘sim’ seja ‘sim’. E o meu ‘não’ seja ‘não’.

Padre Bantu Mendonça

Fonte: Homilia Diaria

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Você conhece o Milagre do Manto de Nossa Senhora de Guadalupe?

Em 1531 uma “Senhora do Céu” apareceu a um pobre índio Juan Diego de Tepeyac, em uma montanha a noroeste da Cidade do México; Ela identificou-se como a Mãe do Verdadeiro Deus, instrui-o a dizer ao Bispo que construísse um templo no lugar, e deixou Sua própria imagem impressa milagrosamente em sua Tilma, um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos, mas não mostra sinais de deteriorização depois de 474 anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem.
Aparentemente parece refletir em seus olhos o que estava a Sua frente em 1531! A Virgem Maria quer olhar para você e para sua vida.

Anualmente, Ela é visitada por 10 milhões de fiéis, fazendo de Sua Basílica no México, O Santuário Católico mais popular do mundo depois do Vaticano. Ao todo 24 Papas tem honrado, oficialmente, à Nossa Senhora de Guadalupe. O servo de Deus o Papa João Paulo II, visitou seu Santuário por 3 vezes: Em sua primeira viagem como Papa em 1979 e novamente em 1990 e 1999. Ele ajoelhou-se diante de Sua imagem, invocou Sua assistência maternal e dirigiu-se a Ela como a Mãe das Américas.

A figura no manto é cheia de sinais, entre palavras, imagens e símbolos. Aqui destacamos apenas alguns:

* Nossa Senhora está diante de uma Luz Brilhante: os índios veneravam o deus sol. Ela está vestida de sol, o que mostra que Seu Deus é mais poderoso.

* Manto Azul: azul era sinal de realeza, virgindade e a cor que as deusas vestiam. As estrelas no manto estão como no céu da noite de 12 de dezembro de 1531. Os índios viviam sob as estrelas e aqui Ela as veste, mostrando que Seu Deus é mais poderoso que as estrelas. Cabeça curvada: na cultura indígena, os deuses e deusas olhavam diretamente nos olhos para mostrar seu poder e eram representados com olhos grandes. Maria, com Sua cabeça abaixada, mostra que não é um deus ou uma deusa, mas que há um poder maior acima dela.

* Lua: os índios veneravam Quetzalcoatl (serpente de pedra), representado por uma lua encrespada. Os pés de Maria estão firmemente apoiados sobre a lua, simbolizando que Ela está esmagando o deus deles.

* Coração nas costas da mão: o Coração Imaculado de Maria, como representamos, com chamas. Somente nas aparições de Guadalupe e Fátima esse sinal apareceu, o que mostra que são eventos relacionados.

* Chave entre as mãos postas: a oração é a chave para o Céu Outros sinais representam: o Espírito Santo; Abraão; os Reis Davi e Salomão; o profeta Daniel; a maternidade de Maria; Maria, Mãe de Deus; Natividade de Jesus; apresentação do Menino Jesus no Templo; a Última Ceia; um rosto de duas caras: Judas e o demônio; agonia de Jesus no Horto; flagelação de Jesus; a Cruz; a Sagrada Face.

Hoje a Virgem Maria diz para você, como disse a Juan Diego:

“Escuta-Me e entende bem, meu caçula, nada deve te amedrontar ou te afligir. Não deixes teu coração perturbado. Não temas esta ou qualquer outra enfermidade, ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é tua Mãe? Não estás debaixo de minha proteção? Eu não sou tua saúde? Não estás feliz com o meu abraço? O que mais podes querer? Não temas nem te perturbes com qualquer outra coisa. Não te aflijas por esta enfermidade de teu tio, por causa disso, ele não morrerá agora. Tem a certeza de que ele já está curado”.

Oração: Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se vive. Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva,te buscamos e te clamamos. Escutam com piedade nosso pranto, nossas tristezas. Cura nossas penas, nossas misérias e dores. Tu que és nossa doce e amorosa Mãe. Acolhe-nos no aconchego do teu manto,no carinho de teus braços.

Que nada nos aflija nem perturbe nosso coração. Mostra-nos e manifesta-nos a teu amado Filho, para que Nele e com Ele encontremos Nossa salvação e a salvação do mundo. Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, faz-nos mensageiros teus, mensageiros da Palavra e da vontade de Deus. Amém.

A Nova Era cresce de maneira silenciosa…

“Onde a fé diminui aumenta a superstição.”

A humanidade de uma forma ou de outra sempre foi atraída pela busca do sobrenatural, seja o sobrenatural voltado ao único Deus verdadeiro, seja a busca a outros deuses ou crenças pagãs.

Por isso, e nesta busca pelo sobrenatural, muitas pessoas se extraviaram da verdade ensinada por Deus, e se afastaram de Deus. Padre Gabriele Amorth diz que: “Onde a fé diminui aumenta a superstição.” E por esta afirmação na qual considero verdadeira é que também o movimento da Nova Era vem crescendo de maneira espantosa, muito me surpreende que quase não mais falamos dela, quase não mais falamos dos seus efeitos devastadores, sendo que ela esta avançando e atingindo nossa sociedade. A Nova Era cresce de maneira silenciosa, e os seus efeitos são nefastos!

A Nova Era também criou suas simbologias que representam os costumes e as práticas ligadas a ela. O problema destes símbolos é a cultura e a filosofia que esta sorrateiramente embutida neles.

Mesmo que pareçam símbolos inofensivos, e que você os use sem nenhuma intenção de compactuar com a Nova Era, isso nos influencia, não podemos esquecer que a realidade espiritual nos envolve, é como se nós estivéssemos confirmando que acreditamos naquilo que estamos expondo, naquilo que estamos usando.

Se usarmos uma Cruz em nosso peito queremos dizer que cremos em Jesus Cristo e em tudo aquilo que Ele ensinou.

Se usarmos uma Cruz suástica (símbolo adotado pelo movimento Nazista) estamos querendo dizer que apoiamos todos os ideais nazistas e concordamos com aquilo.

Imaginem agora a influencia espiritual que nos envolve quando assumimos a postura de concordarmos com algo que tem como inspirador, Satanás!

Quero aqui de maneira simples expor alguns símbolos no Movimento Nova Era e os seus significados. Em outro momento explanarei filosofias, pensamentos, ideais, etc…

domingo, 11 de dezembro de 2011

Abramos a porta do nosso coração à luz do Redentor

João Batista é o profeta do Advento e, à semelhança de Isaías, faz ressoar o anúncio de um tempo decisivo que se aproxima. A presença dele é destacada com características semelhantes ao profeta Elias, razão pela qual foi interrogado se era Elias. Depois de um longo silêncio profético em Israel, desponta o Batista anunciando por primeiro a irrupção do Reino de Deus e preparando uma nova aliança: “Eu sou aquele que grita assim no deserto: preparem o caminho para o Senhor passar”. Nesta sequência, João apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. Acreditava-se que o Messias só se manifestaria quando Israel fosse, de fato, a comunidade santa de Deus.

Para tornar-se o povo santo, Israel deveria percorrer o caminho da conversão. João faz ecoar o apelo à conversão, à mudança radical de vida, comportamento e mentalidade. Quem se dispunha a acolher o Messias era convidado para iniciar-se na comunidade messiânica, na vida nova, própria dos que aguardavam a chegada do Messias.

A pregação de João Batista, como um último apelo de Deus ao Seu povo, encontrou ampla adesão: “Iam ter com ele toda Judeia, toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados”. A preparação para a vinda do Messias passa pela mudança radical que se concretiza numa nova atitude de vida e na opção de uma nova escala de valores.

Esse grande santo ressalta a força do Messias e define Sua missão como batizar no Espírito: “Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, diante do qual não sou digno de me prostrar”. O Messias terá a força de Deus e Sua missão será comunicar o Espírito do próprio Deus, que transforma, renova e recria os corações. O batismo com o Espírito (cf. Mc 1,8) revela que o Messias concederá a capacidade de discernimento no que diz respeito às exigências dos caminhos que conduzem a Deus.

Alegremente hoje contemplamos a figura de João Batista. É o domingo da alegria: “Alegrai-vos sempre no Senhor. O Senhor está perto!” Este homem, como dissemos, dá o maior testemunho sobre Jesus diante dos emissários das autoridades judaicas.

Os israelitas viviam dias difíceis sob o jugo dos romanos, explorados pela classe de dirigentes e escravizados pelo sistema religioso, que era ritual e legalista. Para a felicidade dos israelitas e a inquietude das autoridades, do deserto “apareceu um homem enviado por Deus, que se chamava João”. Na pessoa de João, Deus intervém em favor do povo.

O ambiente messiânico vivido pelo povo inquietava a hierarquia religiosa. Uma comissão de sacerdotes e levitas desloca-se de Jerusalém para investigar a ortodoxia de João Batista. Interrogado, o homem enviado por Deus descarta a hipótese de ser o Messias: “Eu não sou o Messias”. Também nega ser Elias ou um profeta. O Batista não se deixa seduzir pelas falsas opiniões que circulavam sobre ele e que deixavam preocupadas as autoridades. Na realidade, ele rejeita tudo o que o coloque no centro das atenções. Sua missão é ser testemunha da luz, para a qual deviam se voltar os olhares.

Não satisfeitos, diante das negativas de João, os representantes das autoridades religiosas perguntam: “Quem você é?” Ao que o precursor responde: “Sou uma voz gritando no deserto”. Novamente, ele se esquiva de ocupar o centro das atenções. “Sou uma voz”. Uma voz que pede aos ouvintes que acolham esta mensagem: “Aplainem os caminhos do Senhor”.

Desconcertados e inquietos, os membros da comissão tornaram a perguntar: “Por que você batiza?” João evitou responder à objeção dos enviados dos fariseus. Mais que isso, minimizou seu rito batismal e ressaltou que ele não se considerava digno nem mesmo de desatar as correias das sandálias d’Aquele que estava por vir. Apesar de desconhecido, este será a luz que iluminará e libertará o povo da cegueira, da escravidão, da mentira e instaurará um novo tempo.

João tinha consciência de que o batismo com água era apenas sinal de conversão e acolhida diante d’Aquele que já estava no meio do povo. Infelizmente, a Boa Nova trazida por Cristo e os novos céus e a nova terra podem passar despercebidos aos olhos dos acomodados e instalados numa vida de privilégios à custa do sofrimento do povo. Mas ontem como hoje, a missão de João Batista é minha e sua. Somos nós que devemos abrir as portas de par em par ao Redentor, Luz das nações e glória de Israel, Seu povo, para que todos possam ver a manifestação da glória de Deus.

Padre Bantu Mendonça

O que fazer?

Tenho ouvido cada vez mais a frase: “Cada um faz da sua vida o que quiser e ninguém tem nada com isso!” Estaria certa esta afirmação? Então, como agir ou o que fazer quando vejo que um irmão não está caminhando dentro do caminho de Deus? O que faço com frases da Palavra de Deus como esta: “Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados.” (Tg 5,19-20); ou ainda de frases de Jesus como esta: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Mc 16,15-16).
Quando se faz tal afirmação entende-se o motivo pelo qual falar em Jesus e na sua vinda a este mundo incomode tanto as consciências, pois Jesus nos veio tirar da cegueira em que o demônio nos colocou. Além do mais quando corrijo um irmão que está errado e ensino o ignorante estou praticando uma obra de misericórdia. Não fazer isso seria cometer um grave pecado de omissão. Jesus em Lc 15 diz que se uma ovelha se desviar do rebanho ele é capaz de ir atrás dela para a trazer de volta, pois ele é responsável por ela. Não podemos agir como Caim a quem o Senhor perguntou: “Onde está o teu irmão?” “Acaso sou guarda de meu irmão” – respondeu desaforado ao Senhor. Você teria coragem de ver o seu irmão no erro e deixar que ele se perca?
O que você pensa disso?
Padre Antônio da Misericórdia

Fonte: Blog Pe. Antônio Aguiar

sábado, 10 de dezembro de 2011

Espírito natalino ou consumismo no natal


Estamos acostumados a ver o Natal apenas como um encantavel menino que sorri (ou chora). E então a unica motivação que se pode vir é o retorno à inocencia verdadeira da infancia. Mas esta infancia muitas vezes é confundida com uma transferencia de sentimentos ou situações confundidas e marcadas ao longo da nossa historia. Ou seja, no Natal, queremos nós muitas vezes voltar a ser crianças, no atraente mundo das compras e gastos, onde a desculpa, ou o culpado é sempre o famoso “espírito natalino”.
Eu sempre me perguntei, quem é este famoso espirito natalino que sempre enche as lojas, os shopings, os magazines? Como pode alguem se aventurar em mergulhar num mar de gente, por exemplo, os grande centros de uma cidade como São Paulo, na rua 25 de março, nas ultimas horas antes da ceia natalina? Realmente ele é muito bondoso, pois sempre dá presente para todos e principalmente para nós mesmos. É ou não é verdade que motivado pelo espírito natalino queremos ficar mais bonitos, mais bem vestidos, mais chierosos, mais fofinhos, pois queremos comer bem e melhor….e tantas outras coisas, que fazem parte do mundo encontado das crianças.
Voltemos ao presepio de Belem. Ali, muito mais que falta das coisas materiais, o verdadeiro espírito natalino se fez pobre, para que os pobres pudessem ser ricos. Não neste mundo, mas herdeiros do verdadeiro tesouro que não passa: o Reino dos ceus. Com isto eu não estou dizendo que não podemos nos presentear com um natal cheio de coisas belas, mas convidando a conhecer mais profundamente quem é este espírito natalino
A primeira coisa que posso dizer, que este espírito natalino não está nas lojas, não está festas, não está na ceia, não esta na roupa nova, ou no sapato novo. Então onde está este espírito natalino, para que o possamos conhecer?
Com certeza ele está no coração de cada um que reconhece que o natal só terá sentido se for cheio de, primeiramente gratidão por um Deus que, amando tanto a pessoa humana, se fez pessoa. A gratidão nos leva à um segundo sentimento, a partilha. A partilha não é apenas uma troca de presentes feita no popular “amigo secreto”. Mas é um saber presentar. Não com aquilo que o outro quer, mas com aquilo que o outro precisa. Por exemplo, tem tantas pessoas ao nosso lado, as vezes na nossa propria casa, que muito mais que um par de sapatos novos, precisaria de um abraço de reconciliação. Do sentimento que nos leva à partilha, nasce uma postura, aquela da comunhão. Muitas vezes, no natal temos mais comunhão com as pessoas que estão conosco nas filas gigantescas das grande lojas, do que com Aquele que realmente nos chama à verdadeira comunhão, que nada mais é que um pertencer a um Outro, e isto experiemtamos maravilhosamente na missa de natal. Esta comunhão com Deus, nos convida à uma comunhão com os irmãos. Que sentido tem dar um monte de presente frios para todos, se não sou capaz de dar o calor do meu coração aos irmãos?
Com algumas destas pistas podemos buscar conhecer o verdadeiro espirito do natal, que vai muito além do chamado consumismo natalino. O cristão é chamado a ser luz para os povos, mostrando em tudo que faz, sua verdadeira alegria: Jesus Verbo encarnado de Deus.
 


 

A Nova Era cresce de maneira silenciosa…

A humanidade de uma forma ou de outra sempre foi atraída pela busca do sobrenatural, seja o sobrenatural voltado ao único Deus verdadeiro, seja a busca a outros deuses ou crenças pagãs.

Por isso, e nesta busca pelo sobrenatural, muitas pessoas se extraviaram da verdade ensinada por Deus, e se afastaram de Deus. Padre Gabriele Amorth diz que: “Onde a fé diminui aumenta a superstição.” E por esta afirmação na qual considero verdadeira é que também o movimento da Nova Era vem crescendo de maneira espantosa, muito me surpreende que quase não mais falamos dela, quase não mais falamos dos seus efeitos devastadores, sendo que ela esta avançando e atingindo nossa sociedade. A Nova Era cresce de maneira silenciosa, e os seus efeitos são nefastos!

A Nova Era também criou suas simbologias que representam os costumes e as práticas ligadas a ela. O problema destes símbolos é a cultura e a filosofia que esta sorrateiramente embutida neles.

Mesmo que pareçam símbolos inofensivos, e que você os use sem nenhuma intenção de compactuar com a Nova Era, isso nos influencia, não podemos esquecer que a realidade espiritual nos envolve, é como se nós estivéssemos confirmando que acreditamos naquilo que estamos expondo, naquilo que estamos usando.

Se usarmos uma Cruz em nosso peito queremos dizer que cremos em Jesus Cristo e em tudo aquilo que Ele ensinou. Se usarmos uma Cruz suástica (símbolo adotado pelo movimento Nazista) estamos querendo dizer que apoiamos todos os ideais nazistas e concordamos com aquilo.

Imaginem agora a influencia espiritual que nos envolve quando assumimos a postura de concordarmos com algo que tem como inspirador, Satanás!

Quero aqui de maneira simples expor alguns símbolos no Movimento Nova Era e os seus significados. Em outro momento explanarei filosofias, pensamentos, ideais, etc…

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

“Óh, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vos!”


Há 150 anos em Lourdes, na França, Nossa Senhora apareceu para a menina Bernadette. Era o ano de 1858. Em 1854 o Papa Pio XI tinha proclamado solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Então, quatro anos depois, a própria Virgem Maria, em pessoa, quis confirmar este dogma. Foi quando em 25 de março de 1858, na festa da Anunciação, revelou seu Nome a Santa Bernadette nas aparições de Lourdes. Disse-lhe ela:

“Eu sou a Imaculada Conceição”.

A partir daí, o padre Peyramale, que era o Cura de Lourdes, passou a acreditar nas aparições de Maria à pobre Bernadette, e com ele toda a Igreja.

“Na plenitude dos tempos”, diz o Apóstolo, “Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher” (Gl 4,4). No ponto central da história da salvação se dá um acontecimento ímpar em que entra em cena a figura de uma Mulher. O mesmo Apóstolo nos lembra: “Não foi Adão o seduzido, mas a mulher” (1Tm 2,14); portanto, devia ser também por meio da mulher que a salvação chegasse à terra.

Para isso foi preciso que Deus preparasse uma nova Mulher, uma nova Virgem, uma nova Eva, que fosse isenta do pecado original, que pudesse trazer em seu seio virginal o autor da salvação. A Mãe de Deus não poderia ter o pecado original.

Como nenhum ser humano era livre do pecado e de Satanás, foi então preciso que Deus preparasse uma mulher livre, para que Seu Filho fosse também isento da culpa original, e pudesse libertar Seus irmãos.

Assim, o Senhor antecipou para Maria, a escolhida entre todas, a graça da Redenção que seu Filho conquistaria com Sua Paixão e Morte. A Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto que Jesus conquistou com Sua morte. E Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, sem o pecado original.

Como disse o cardeal Suenens:

“A santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte” .

O cardeal Bérulle explica assim:

“Para tomar a terra digna de trazer e receber seu Deus, o Senhor fez nascer na terra uma pessoa rara e eminente que não tomou parte alguma no pecado do mundo e está dotada de todos os ornamentos e privilégios que o mundo jamais viu e jamais verá, nem na terra e nem no céu” (Con. Vidigal, Temas Marianos, p. 307).

O Anjo Gabriel lhe disse na Anunciação: “Ave, cheia de graça…” (Lc 1,28). Nesse “cheia de graça”, a Igreja entendeu todo o mistério e dogma da Conceição Imaculada de Maria. Se ela é “cheia de graça”, mesmo antes de Jesus ter vindo ao mundo, é porque é desde sempre toda pura, bela, sem mancha alguma; isto é, Imaculada.

Em 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio IX declarava dogma de fé a doutrina que ensinava ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha por um especial privilégio divino. Na Bula “Ineffabilis Deus”, o Papa diz:

“Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis”.

É de notar que em 1476 a festa da Imaculada foi incluída no Calendário Romano. Em 1570, o papa Pio V publicou o novo Ofício e, em 1708, o papa Clemente XI estendeu a festa a toda a Cristandade tornando-a obrigatória.

Neste seio virginal, diz S. Luiz, Deus preparou o “paraíso do novo Adão” (Tratado da Verdadeira Devoção , n. 18).

Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja e ardoroso defensor de Maria, falecido em 1787, disse:

“Maria tinha de ser medianeira de paz entre Deus e os homens. Logo, absolutamente não podia aparecer como pecadora e inimiga de Deus, mas só como Sua amiga, toda imaculada” (Glórias de Maria, p. 209). E ainda: “Maria devia ser mulher forte, posta no mundo para vencer a Lúcifer, e portanto devia permanecer sempre livre de toda mácula e de toda a sujeição ao inimigo” (idem, p. 209).

S. Bernardino de Sena (†1444), diz a Maria: “Antes de toda criatura fostes, ó Senhora, destinada na mente de Deus para Mãe do Homem Deus. Se não por outro motivo, ao menos pela honra de seu Filho, que é Deus, era necessário que o Pai Eterno a criasse pura de toda mancha” (GM, p. 210).

Diz o livro dos Provérbios: “A glória dos filhos são seus pais” (Pr 17,6); logo, é certo que Deus quis glorificar Seu Filho humanado também pelo nascimento de uma Mãe toda pura.

S. Tomas de Vilanova (†1555), chamado de São Bernardo espanhol, disse em sua teologia sobre Nossa Senhora:

“Nenhuma graça foi concedida aos santos sem que Maria a possuísse desde o começo em sua plenitude” (GM, p. 211).

S. João Damasceno, doutor da Igreja (†749), afirma:

“Há, porém, entre a Mãe de Deus e os servos de Deus uma infinita distância” (GM, p. 211).

E pergunta S. Anselmo, bispo e doutor da Igreja (†1109), e grande defensor da Imaculada Conceição:

“Deus, que pôde conceder a Eva a graça de vir ao mundo imaculada, não teria podido concedê-la também a Maria?”

“A Virgem, a quem Deus resolveu dar Seu Filho Único, tinha de brilhar numa pureza que ofuscasse a de todos os anjos e de todos os homens e fosse a maior imaginável abaixo de Deus” (GM, p. 212).

É importante notar que S. Afonso de Ligório afirma:



“O espírito mal buscou, sem dúvida, infeccionar a alma puríssima da Virgem, como infeccionado já havia com seu veneno a todo o gênero humano. Mas louvado seja Deus! O Senhor a preveniu com tanta graça, que ficou livre de toda mancha do pecado. E dessa maneira pode a Senhora abater e confundir a soberba do inimigo” (GM , p. 210).

Nenhum de nós pode escolher sua Mãe; Jesus o pode. Então pergunta S. Afonso: “Qual seria aquele que, podendo ter por Mãe uma

rainha, a quisesse uma escrava? Por conseguinte, deve-se ter por certo que a escolheu tal qual convinha a um Deus” (GM, p. 213).

Quando Deus eleva alguém a uma alta dignidade, também o torna apto para exercê-la, ensina S. Tomás de Aquino. Portanto tendo eleito Maria para Sua Mãe, por Sua graça a tornou digna de ser livre de todo o pecado, mesmo venial, ensinava S. Tomás; caso contrário, a

ignomínia da Mãe passaria para o Filho (GM, p. 215).

Nesta mesma linha afirmava S. Agostinho de Hipona, Bispo e doutor da Igreja (†430), já no século V:

“Nem se deve tocar na palavra “pecado” em se tratando de Maria; e isso por respeito Àquele de quem mereceu ser a Mãe, que a preservou de todo pecado por sua graça” (GM, p. 215).

Pergunta S. Cirilo de Alexandria (370-444), bispo e doutor da Igreja: “Que arquiteto, erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse inteiramente e habitasse?” (GM, p. 216).

S. Bernardino de Sena ensina que Jesus veio para salvar a todos, inclusive Maria. Contudo, há dois modos de remir: levantando o decaído ou preservando-o da queda. Este último modo Deus aplicou a Maria.

Podendo o Espírito Santo criar Sua Esposa toda bela e pura, é claro que assim o fez. É dela que fala: “És toda formosa minha amiga, em ti não há mancha original” (Ct 4,7). Chama ainda Sua Esposa de “jardim fechado e fonte selada” (Ct 4,12), onde jamais os inimigos

entraram para ofendê-la.

“Ave, cheia de graça!” Aos outros santos a graça é dada em parte, contudo a Maria foi dada em sua plenitude. Assim “a graça santificou não só a alma mas também a carne de Maria, a fim de que com ela revestisse depois o Verbo Eterno”, afirma S. Tomás (GM, p. 220).

O´ Maria concebida sem pecado; rogai por nós que recorremos a Vós!

Prof. Felipe Aquino – Fonte: formação.cancaonova.com

Cristão eu sou!: Não perca este lindo vídeo em homenagem ao Mons. Jonas Abib

Que Deus lhe abençoei sempre e Maria Santíssima cuja solenidade é hoje possa lhe cubre com seu manto sagrado.

Este é um lindo vídeo em Homenagem ao Mons. Jonas Abib fundador da Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora da Imaculada Conceição


Mais do que memória ou festa de um dos santos de Deus, neste dia estamos solenemente comemorando a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Rainha de todos os santos.

Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.

A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant'Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: "Ó Mariaconcebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".

No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: "Maria isenta do pecado original".

A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: "Eu Sou a Imaculada Conceição".

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dê hoje o seu ‘sim’ a Deus

Nenhum personagem causou tanto impacto na história humana quanto Jesus de Nazaré. A vida, as palavras, os ensinamentos e e as obras d’Ele mudaram dramaticamente os rumos da humanidade. Nenhum outro Homem na história tem ecoado Suas palavras e ensinamentos e permanecido no coração de tantos em tantas gerações como as palavras e doutrinas do Senhor Jesus. Ele é Deus. Ele é Homem. Esta espantosa unidade faz da vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo o mais fascinante ser que entre nós viveu.

Entremos nas páginas da Bíblia a fim de não somente conhecer o que a respeito d’Ele está registrado, mas especialmente a fim de ter um maravilhoso relacionamento de paz, amor e fé com o Filho de Deus.

O nascimento de Jesus Cristo e Sua obra se distinguem pelo fato de que haviam sido amplamente anunciado nas profecias bíblicas do Antigo Testamento. O povo de Israel, o povo de Deus, vinha recebendo inúmeras mensagens proféticas detalhadas dos profetas acerca da esperança messiânica. “O Messias virá!” Esta é a voz que ecoa em todo o Velho Testamento.

A vinda de Cristo havia sido amplamente anunciada pelos profetas de Deus. Nas palavras inspiradas pelo Espírito Santo ao apóstolo Paulo, temos: “vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de Mulher,…” (Gálatas 4,4). Assim, conforme as promessas, o Messias vem ao mundo para a salvação de todo o que n’Ele crer.

Encontramos no Evangelho de hoje que o anjo Gabriel anunciou a Virgem Maria que ela conceberia por obra sobrenatural do Espírito Santo (cf. Lucas 1,26-38) e, exatamente como foi anunciado, cumpriu-se com o nascimento de Cristo Jesus.

A Sua obra diante dos homens tem como aspecto principal a restauração. Esta restauração pode ser vista em várias áreas das necessidades humanas, conforme lemos em Lucas 4,17-19: Ele veio para curar. Ele veio para libertar. Ele veio para reconciliar. Ele veio paraperdoar. Ele veio para salvar eternamente.

Com o “sim” de Nossa Senhora, em Jesus, Deus assume a humanidade conferindo-lhe a filiação divina e a eternidade. Diga também o seu “sim”, para que Cristo nasça no coração dos seus e todos verão a salvação vinda de Deus.

Padre Bantu Mendonça

Advento: João é a voz, Cristo, a Palavra.

João era a voz, mas o Senhor, no princípio, era a Palavra (Jo 1,1). João era a voz passageira, Cristo, a Palavra eterna desde o princípio. Suprimi a palavra, o que se torna a voz? Esvaziada de sentido, é apenas um ruído. A voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração.

Entretanto, mesmo quando se trata de alimentar nossos corações, vejamos a ordem das coisas. Se penso no que vou dizer, a palavra já está em meu coração. Se quero, porém, falar contigo, procuro o modo de fazer chegar ao teu coração o que já está no meu.

Procurando então como fazer chegar a ti e penetrar em teu coração o que já está no meu, recorro à voz e por ela falo contigo. O som da voz te faz entender a palavra; e quando te fez entendê-la, esse som desaparece, mas a palavra que ele te transmitiu permanece em teu coração, sem haver deixado o meu.

Não te parece que esse som, depois de haver transmitido minha palavra, está dizendo: É necessário que ele cresça e eu diminua? (Jo 3,30). A voz ressoou, cumprindo sua função, e desapareceu, como se dissesse: Esta é a minha alegria, e ela é completa (Jo 3,29). Guardemos a palavra; não percamos a palavra concebida em nosso íntimo.

Queres ver como a voz passa e a palavra divina permanece? Que foi feito do batismo de João? Cumpriu sua missão e desapareceu; agora é o batismo de Cristo que está em vigor. Todos cremos em Cristo e esperamos dele a salvação: foi o que a voz anunciou.

Justamente porque é difícil não confundir a voz com a palavra, julgaram que João era o Cristo. Confundiram a voz com a palavra. Mas a voz reconheceu o que era para não prejudicar a palavra. Eu não sou o Cristo (Jo 1,20), disse João, nem Elias nem o Profeta. Perguntaram-lhe então: Quem és tu? Eu sou, respondeu ele, a voz que grita no deserto: “Aplainai o caminho do Senhor” (Jo 1,19. 23). É a voz do que grita no deserto, do que rompe o silêncio. Aplainai o caminho do Senhor, como se dissesse: “Sou a voz que se faz ouvir apenas para levar o Senhor aos vossos corações. Mas ele não se dignará vir aonde o quero levar, se não preparardes o caminho”.

O que significa: Aplainai o caminho, senão: Orai como se deve orar? O que significa ainda: Aplainai o caminho senão: Tende pensamentos humildes? Imitai o exemplo de João. Julgam que é o Cristo e ele diz não ser aquele que julgam; não se aproveita do erro alheio para uma afirmação pessoal. Se tivesse dito: “Eu sou o Cristo”, facilmente teriam acreditado nele, pois já era considerado como tal antes que o dissesse. Mas não disse; pelo contrário, reconheceu o que era, disse o que não era, foi humilde. Viu de onde lhe vinha à salvação; compreendeu que era uma lâmpada e temeu que o vento do orgulho pudesse apagá-la.

Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja, Séc. IV -V
(Sermão 293, 3: Patrologia Latina. 38 1328-1329).
Prefácio do Advento II (A dupla espera de Cristo)

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por são João Batista. O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu Natal, para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os seus louvores. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz…

O Tempo do Advento nos chama a conversão, a mudança de vida, rever as nossas posturas principalmente como me preparo pra encontrar o Senhor que veio que vem e virá. Hoje eu quero ter um encontro com Deus e você?

Oração: Senhor quero me encontrar contigo. Durante este dia desperta o meu coração para esta vigilante expectativa, pois o Senhor pode chegar a qualquer hora, que eu não esteja distraído mesmo tendo que fazer muitas coisas, que eu não esteja despreparado. O meu coração esta alimentado por esta alegre e viva esperança do Senhor que vem. Trago comigo muitas pessoas e situações que quero te apresentar, te entregar e principalmente minha pessoa, minha vida: Vem Senhor Jesus!

Somos imagem e semelhança de Deus

Na criação, Deus amou-nos de tal modo que nos fez à Sua imagem e

semelhança; mas na redenção, amou-nos até ao extremo de se fazer Ele mesmo

semelhante a nós.

O Natal é a festa do amor por excelência; do amor que se manifesta não

somente no sofrimento da cruz, mas na amabilidade de um Menino, nosso Deus,

que estende para nós os Seus braços para nos fazer compreender que nos ama.

Cada família cristã é convidada a preparar um ambiente favorável para que

Jesus possa nascer. Ele se fez simples, nascendo num presépio, pois não

tinha mais lugar na estrebaria.

Com esse gesto de pobreza, cada um de nós precisa observar como está sendo

preparado o coração para que o Menino Deus possa nascer.

Vai muito além de uma Ceia de Natal, com ricas iguarias, uma roupa nova,

um carro zero…

Natal é tempo de conversão, seu lar precisa ser visitado; comece

participando da Santa Missa, busque a reconciliação com Deus e com os

irmãos através do Sacramento da Confissão, e tenha na sua casa um Presépio,

orientando os da sua casa que estamos nessa expectativa do Senhor que vem!

Tenho a certeza de que o seu Natal será repleto da alegria do Cristo

Ressuscitado, que veio a nós, vem e virá.

Jesus, o Filho de Deus vindo a este mundo, também teve uma família.

Fazendo-se homem, quis seguir o caminho dos homens: Ele quis ter uma pátria

e uma família terrena que em nada se distingui-a das outras famílias

israelitas.

Quando uma família crer firmemente no amor e se inspira em semelhantes

princípios, nela tudo é correto: a obediência a Deus e sua lei induz os

filhos a honrar os seus pais e estes amam-se e compreendem-se mutuamente,

amam e educam seus filhos no respeito pelos direitos de Deus sobre eles.

O único amor que perdura em meio aos contrastes no seio da família, é

aquele que tem o seu fundamento no Amor de Deus.

Busquemos o Senhor, enquanto há tempo;

Ó Deus; Vós quisestes dar-nos um modelo de vida na Sagrada Família de

Nazaré; concedei que em nossas famílias imitemos as suas virtudes e vivamos

unidos pelo Vosso amor; reunidos depois na Vossa casa, gozaremos as

alegrias eternas. Amém
Fonte: Blog Canção Nova Curitiba

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Perguntas e Respostas

Caso queira fazer a sua pergunta ou tirar uma dúvida sobre os assuntos tratados ou relacionados a este Blog, me adicione ao seu TWITTER @rafaelleo10 e deixa lá a sua pergunta.

Na medida do possível estarei postando as mesmas aqui em meu Blog.

PERGUNTAS:

1) Pode – se fazer um exorcismo para uma pessoa distante, sem ela saber?
“Pode. Já disse que frequentemente, exorcizo pelo telefone e com eficácia; outras vezes, faço exorcismos (isto é, orações) por aquelas pessoas mais atingidas que se dirigem a mim, embora não saibam, sobretudo a noite. O que não se pode fazer é exorcizar uma pessoa contra a sua vontade: o Senhor oferece seus dons, nunca os impõe.” (Pe. Gabrielle Amorth – Novos Relatos de um Exorcista)

2) Há exorcistas mais fortes e exorcistas mais fracos, ou todos são iguais?
“É inegavél que há diferença entre os exorcistas. Depende de fatores de índole espiritual (a intensidade da oração, de união com Deus, de sacrificios; ouso dizer, depende da santidade) e de fatores humanos como a experiencia, a inteligencia, a cultura especifica, a intuição…Contudo, não é facil avaliar estes fatores e seria errado pretender fazer comparações porque só Deus é juiz. A propósito, um exorcista francês, respondendo ao seu bispo esta mesma pergunta, apresentou – lhe a lista das coisas novas que tinha aprendido, ano após ano, durante o exercício deste ministerio. Em suma, ele quis dizer: só posso comparar – me comigo mesmo e vi que tenho sempre que aprender, mas também vi as vantagens da experiência.

Além disso, não podemos nos esquecer de que, neste setor, influenciam muitos outros fatores: o desempenho da fé e da oração da pessoa atingida e dos seus familiares; a fé na Intercessão da Igreja e, consequentemente, a exigência de ver, no exorcista, um instrumento de Deus, designado pelo bispo. Também notei que há exorcistas que são mais eficazes com determinados tipos de malefícios e outros com outro tipo de males. Mas depois, é o Senhor quem decide concede – como quer – a graça do resultado a um e ao outro, para que só a Ele se dê graças.” (Pe. Gabrielle Amorth – Novos Relatos de um Exorcista)

3) Qual é a causa para que o demônio permaneça mais ou menos tempo na mesma pessoa?
“A expulsão do demônio depende de uma intervenção extraordinária de Deus. Ou seja, cada expulsão do demônio constitui um verdadeiro milagre. E Deus pode praticá-lo a qualquer momento. Nós, exorcistas, podemos prever, através de algo que nos oriente, quanto tempo ser-nos-á necessário para expulsar o demônio de uma pessoa. Por exemplo, uma criança. É mais fácil expulsar o diabo de uma criança que de um adulto. O mesmo passa-se em relação a uma pessoa que nos procura logo após ter sido possuída, uma vez que o demônio ainda não teve tempo de deitar raízes naquela pessoa. O primeiro exorcismo fala em “erradicar e expulsar o demônio”.

Ao contrário, torna-se muito mais difícil quando sou procurado por pessoas de 50, 60 anos, e ao fazer-lhes exorcismos falando com o demônio – pois eu falo diretamente com o demônio quando a pessoa está endemoninhada -, descubro que às vezes a pessoa era criança ou ainda se encontrava no próprio seio materno quando sofreu os primeiros ataques do Maligno.” (Pe. Gabrielle Amorth)

4) Os demônios têm nomes?

“Quando constringidos pelo exorcista a dizer seus nomes, costumam apresentá-los. Os que têm nomes bíblicos ou de tradição bíblica, são demônios fortes e é muito mais trabalhoso exorcizá-los. Continuamente dão nomes como Satanás, Asmodeu, Lilite, denominações igualmente importantes. O nome Lúcifer é de tradição bíblica e não um nome bíblico. Ou seja, nós o atribuímos à Bíblia, mas esta não cita Lúcifer. Encontramos freqüentemente um demônio de nome Zabulom. O nome Zabulom, encontramo-lo na Bíblia, mas nunca como demônio. Zabulom é uma das 12 tribos de Israel. Há um demônio, porém, que tomou posse desse nome e é um demônio fortíssimo.

Encontramos nas Sagradas Escrituras o demônio Asmodeu. Deparo-me muitíssimas vezes com ele, porque é o demônio que destrói os casamentos. Ele rompe os matrimônios ou os impede. É tremendo!

Uma pessoa possuída ou possessa, in genere, pode estar dominada por muitos demônios. Temos um exemplo no Evangelho, quando Nosso Senhor interroga os endemoninhados de Gerasara e pergunta: “Como te chamas?” E o demônio responde: “Legião”, porque são muitos.

Lembro o caso de um demônio fortíssimo que possuía uma freira, uma possessão tremenda (às vezes, são vítimas que se oferecem pela conversão dos pecadores e sofrem esta espécie de possessão). Quando eu lhe perguntava o número, respondia-me: “Milhares!” “Milhares!” “Milhares!” (Pe. Gabrielle Amorth)

5) Qual o rosto de Satanás? Ele tem forma?

“Satanás é um puro espirito. Somos nós que, para imaginá – lo damos uma representação física a ele; quando aparece, assume um aspecto sensível. Por mais feio que o possamos representar, é sempre imensamente mais feio; não se trata de feiura física, mas de perfídia e afastamento de Deus, o sumo bem e o cume de toda beleza. Penso que a representação com chifres, rabo e asas de morcego quer significar a degradação a que chegou este ser espiritual que, criado bom e esplendoroso se tornou arrepiante e pérfido. Deste modo, nós, consoante a nossa mentalidade, vamos imaginando – o um pouco como um homem, que foi mortificado ao nível animal (cornos, cascos, rabo, asas…). Mas trata – se da nossa imaginação. Como também o demônio, quando quer se tornar visivelmente presente, assume aspecto sensível, falso, mas é para se mostrar: poderia ser um cavalheiro elegante; varia segundo o efeito que quer provocar: de modo ou atração.

Quanto aos cheiros (enxofre, queimado, estrume…), trata – se de fenômenos que o demônio pode provocar, como também pode provocar fenômenos físicos sobre a matéria e males físicos no corpo humano.

Pode ainda agir na nossa psique através de sonhos, pensamentos e fantasias; e podem nos transmitir os seus sentimentos: ódio e desespero.

São tudo fenômenos que se verificam nas pessoas atingidas por males satânicos e, sobretudo, nos casos de possessão. Mas a verdadeira feiura deste ser espiritual é superior a qualquer imaginação humana e a qualquer possibilidade de representação.” (Pe. Gabrielle Amorth)

6) Existem possessões mais ou menos graves? O demônio pode dar poderes, benefícios?

“Existe uma vasta série de possessões diabólicas, diferentes em intensidade e em manifestações. Existe diferença de intensidade.

Veio me procurar, uma jovem de 15 anos, que há alguns dias tinha ido assistir, por curiosidade, a um ritual satânico. De volta para casa, ficou furiosa, dava pontapés e arranhava os familiares que procuravam detê-la, cuspia neles.

Foram suficientes poucos minutos de exorcismos para que fosse completamente libertada. Outras vezes, somam-se várias causas, em diferentes idades da vida, e quando a pessoa vem procurar o exorcista é necessário sanar toda uma série de feridas, exigindo, deste modo, um tratamento de muitos meses, frequentemente muitos anos, para atingir a plena libertação.

Existem também grandes diferenças nas manifestações externas. Cito dois casos extremos. Há pessoas que se tornam furiosas, com uma força sobre-humana, gritam e procuram se atirar contra os presentes; contudo, também já tive casos de absoluta imobilidade e silêncio, com uma total falta de reações externas, que exigiram grande esforço e a colaboração de muitos elementos para compreender que se tratava realmente de uma possessão diabólica. Entre estes casos extremos, há espaço para uma série de variações intermediarias.

Outra situação é a de quem consegue realizar completamente os seus compromissos profissionais e familiares, e afazeres de modo que ninguém tome conhecimento do seu mal; diferente é a condição de quem não é capaz de fazer nada, de quem tem necessidade de assistência contínua e, por isso, sente um tédio mortal para com a vida.

Passando à outra pergunta: sim, o demônio pode dar poder e benefícios. É o que faz, por exemplo, com todos os magos e bruxos: o poder da adivinhação e de provocar perturbações; pode também dar vantagens materiais de riqueza, sucesso, prazeres.

Mas uma vez que o demônio apenas pode fazer mal e querer o mal, combina sempre estes dons com grandes sofrimentos. Por isso, aqueles que pedem dons a satanás fazem um péssimo negócio: vivem o inferno já nesta terra e, se não se converterem, irão vive-lo na outra vida também.” ( Padre Gabriele Amorth)

7) Deus e o demônio falam entre si?

Temos na Bíblia que Satanás por vezes quer censurar Deus pelos pecados que cometemos, nos acusando diante Dele, mas isso não pode ser considerado um diálogo autêntico.

Ainda que Deus e Satanás sejam seres espirituais, e isso poderia fazer com que a comunicação entre si fosse válida, estas conversas não acontecem!

Satanás não tem interesse de iniciar nenhum tipo de diálogo com quem ele odeia com todas as suas forças. E da parte de Deu não há interesse de falar com aquele que Lhe odeia, com aquele que Lhe insulta e blasfema, pois Deus tem Sua Dignidade! E Deus também não quer falar porque na realidade não há nada sobre o que falar com Satanás, uma vez que tudo já foi dito!

8 ) Qual a diferença entre tentação e fraqueza humana?
Nem sempre é possível termos uma noção clara de que aquilo que estamos sentindo provém da tentação do Diabo ou provém da nossa concupiscência.

Uma coisa é certa, a diferença principal entre uma e outra é de onde as mesmas nascem.

Uma provém diretamente do Diabo, que quer com a mesma nos seduzir e arrastar ao pecado nos retirando da graça de Deus.

A concupiscência é aquela inclinação que nasce de nós mesmos, dos desejos da nossa carne que um dia foram corrompidos por consequência do pecado original. Não tem a sua fonte ligada diretamente ao Diabo!

Escrevi um artigo chamado “De onde vem a tentação que estou sofrendo?” que nos ajuda a entender um pouco mais e discernirmos se o que estamos sentindo provém do Diabo ou de nós mesmos.

9) Existe algum problema de eu utilizar incenso dentro de casa?

Na teoria não existe problema utilizar incenso dentro de casa no sentido de deixar somente a casa com um bom cheiro! O problema entra quando as pessoas começam a confundir o uso do incenso com superstição! Quando utilizam o incenso para “trazer bons fluídos” ou “espantar maus espíritos”…

É necessário portanto saber onde você esta comprando este tipo de material e para qual utilidade ele esta descrito em sua embalagem! Existem comércios que vendem o incenso e são comércios totalmente exotéricos e por vezes consagrados a determinadas entidades! Assim como também as descrições nas embalagens dos incensos: Encontramos muitas vezes nas embalagens descrições como: “Para trazer paz”…”Para trazer alegria”e assim por diante! Conheci pessoas que trabalhavam com comércios voltados ao exoterismo e que consagravam tudo o que estavam em seus comércios a entidades voltadas a sua crença!

Portanto cuidado onde se compram estes produtos! Existe muitas lojas religiosas Católicas que trabalham também com o comércio de incenso e sabemos que não há nenhum tipo de contaminação ou algo voltado ao exoterismo!

Fonte: Livres pra todo Mal 

Será que o único pecado no Natal é o consumismo?

Li um comentário num folheto da missa de domingo (04/12/2011), segundo do Advento, quando a liturgia da Palavra coloca a preparação de João Batista para a chegada do Salvador. O Precursor vem pedir a conversão do coração; deixar o pecado.

Neste comentário o autor falou apenas do pecado do CONSUMISMO. É certo que é um grave pecado, mas está longe, muito longe, de ser o único que João veio denunciar e combater. Ele denunciou os pecados das prostitutas, dos soldados, dos fariseus e doutores da lei… Os Apóstolos do Senhor, e o próprio Jesus, colocaram imensas listas de pecados; penso que seja importante recordar algumas delas:

“Porque é do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias” (Mt 15,19).

“Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus”. (1 Cor 6,9-10).

“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” (Gl 5,21).

“Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção. Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia”. (Ef 4,30-31).

“Nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!” (2Tm 3, 1-5).

“Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça, que é uma idolatria. Dessas coisas provém a ira de Deus sobre os descrentes”. (Cl 3,5-6).

“Baste-vos que no tempo passado tenhais vivido segundo os caprichos dos pagãos, em luxúrias, concupiscências, embriaguez, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias”. (1Pe 4,3)

“São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade. São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.” (Rm 1, 29-31)

“Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros”.(Tt 3,3).

“Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte”. (Ap 21,8).

Será que não há mais esses pecados no meio do povo?

Por que no Natal escutamos apenas a mesma cantilena do consumismo? Será que esta “evangelização” não está esvaziada daquilo que Jesus e os Apóstolos pregavam? Será que a sociologia e a ideologia não estão esvaziando o Evangelho? Será que assim o povo não vai continuar buscando as seitas e as comunidades protestantes para se saciar de Deus?

Fonte: Prof. Felipe Aquino

Vacilei com meu amigo e agora?



Quero começar esse post com uma pergunta: Qual a qualidade da sua oração?

Tá…não responde ainda. Quero levar você primeiramente a uma reflexão.

O Catecismo Jovem (conhecido como Youcat – Youth Catechism) no número 469 nos ensina que “Estamos em oração quando o nosso coração se dirige a Deus. Quando uma pessoa ora, entra numa relação viva com Deus.”

Pois bem, partindo desse ensinamento de que a oração é a nossa relação com Deus podemos quantificar e qualificar a nossa oração!

Tenho certeza que você tem um melhor amigo (ou amiga) e sabe me dizer qual foi a última vez que ele te ligou, ou então que vocês tomaram um sorvete juntos. Tenho certeza que você pode me dizer também qual o dia que você chorou no ombro dele, ou ainda qual foi o último mico que ele te fez pagar.

Sinceramente, a amizade tem algumas coisas bem particulares que muitas vezes não percebemos. Momentos simples, mas que porque eu perguntei você deve estar aí se relembrando. Isso não é tão bom?

Fazer memória desses momentos realmente fazem a diferença na nossa vida! Ter pessoas com que compartilhar esses momentos “bobos” nos faz querer ser melhor, nos motiva a conversão. Com certeza você já sacou o que eu to querendo te dizer!

Com Deus é a mesma coisa.

Precisamo desses momentos “bobos” com Deus também. Tenha certeza de que isso vai fazer muita diferença na sua vida. Momentos em que precisaremos chorar no ombro de Deus, outros que vamos ter que somente confiar n’Ele, e quem sabe, até pagar o maior mico ao lado d’Ele. Momentos de altas risadas, de falar asneira, de contar segredos, de ser você.

Você já percebeu que Deus é aquele amigo com quem podemos ser nós mesmos? Sem neura, sem disfarce, sem querer agradar, sem usar máscaras.

Saiba que a essência da oração é a verdade! A SUA verdade.

Te convido a fazer essa experiência: Diga AGORA a sua verdade pra Deus.

Deus é simples portanto nossa oração não precisa ser complexa. Vamos lá, é só dizer o que você traz como a sua verdade (medos, anseios, alegrias, satisfações, incompreensões, etc…).

Seja leal comigo e não leia o restante enquanto você não fizer isso. 2 minutos. Você topa?

Depois de dizer, leia o parágrafo abaixo.

E aí, foi difícil? Tenho certeza que não. “Ele procura-nos, antes de O procurarmos; Ele anseia por nós, Ele chama-nos” (Youcat – 470) Deus mesmo nos motiva a estar com Ele. Ele nos procura e quer estar conosco.

Agora, volto a perguntar: Qual a qualidade da sua oração? Tenho certeza que fazendo essa experiência de dizer a sua verdade deve ter dado “um ganho” na qualidade da sua oração. O motivo de não responder lá em cima era esse: dar mais qualidade já no dia de hoje.

Agora, o convite vai um pouco além: Faça isso o que você acabou de fazer todos os dias. 2 minutinhos por dia. Você vai ver o quanto sua amizade com Deus vai melhorar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Somente em Cristo encontramos a satisfação verdadeira

Jesus achava-se um dia numa reunião com os escribas e fariseus numa casa e, de repente, algo incrível começa a acontecer: ali, várias pessoas trouxeram um paralítico numa maca, para que o Senhor o curasse. Não havendo condições de entrarem no recinto, por este estar completamente lotado, nem existindo outra maneira de cumprirem a sua missão, os quatro homens, decididamente, levaram a maca até o telhado e, tirando as telhas, abriram um vão e a passaram, amarrada em cordas, descendo o paralítico diante de Cristo dentro da casa.

Jesus sensibilizou-se e foi disse ao homem: “Meu amigo, os teus pecados estão perdoados”.Os fariseus e escribas começaram a pensar: “Quem é este homem que profere tais blasfêmias?” E Jesus, lendo os seus pensamentos, disse: “O que é mais fácil dizer, os teus pecados estão perdoados ou… Levanta-te e anda? Para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar os pecados, disse para o paralítico: ‘Levanta-te, pega a tua maca e vai para a tua casa’”.

Imaginemos o que aconteceu quando o povo viu o paralítico, que vivia havia 40 anos numa cama, passar carregando a sua maca nas costas e, gritando sem parar. Claro que aos olhos daquela gente foi um fato muito grandioso e até incompreensível.

Como nós em nossos dias, se procurarmos seguir os ensinamentos de Jesus teremos a capacidade – com a ajuda da graça que recebemos desde o nosso batismo – de perceber a atuação do Espírito Santo de Deus, agindo no meio de nós em momentos sublimes de Sua ação, revelando-se por intermédio de acontecimentos iguais ou até maiores do que esse da cura do paralítico.

Este fato, narrado por Lucas, quer nos mostrar que a perseverança, alicerçada na fé nas palavras de Cristo, nos torna capazes de presenciar milagres como aquele que os amigos do paralítico conseguiram provocar, não se intimidando com a dificuldade de introduzir a maca dentro do recinto em que o Messias estava.

É essa a missão do cristão que tem fé, que crê em Jesus como Filho de Deus, que desceu dos céus para nos salvar. Por isso, Ele nos diz: “Se tiverdes a fé do tamanho de um grão de mostarda, conseguireis fazer coisas maiores das que Eu faço”.

Hoje temos liberdade de expressão e de culto religioso. Ninguém pode nos impedir ou perseguir por proclamarmos a nossa fé. Lá, naquele tempo, os cristãos eram perseguidos, presos e assassinados pelos meios mais absurdos e dolorosos, a fim de desestimular os outros. Mesmo assim, eles permaneceram na fé do Salvador, e a Igreja, fundada por Jesus Cristo, está mais viva do que nunca no mundo inteiro, graças à coragem daqueles que continuaram inspirados na luz do Espírito Santo.

Muitas vezes achamos difícil seguir as palavras de Jesus, mesmo nada havendo que nos proíba. Simplesmente somos impedidos pela nossa própria vontade, quando nos prendemos a uma existência fundamentada em princípios materialistas, visando às coisas criadas pelos homens, como o conforto, o dinheiro, a diversão, a “vida boa”. Tudo no sentido da satisfação pessoal, diferente daquela que Cristo nos ensina.

Jesus nos dá esta satisfação verdadeira que tem de ser capaz de atingir uma família, uma vila, um bairro, uma cidade, um Estado, um país… O mundo inteiro até! Cristo morreu por todos, não foi só por aquele povo com o qual conviveu. Foi para a humanidade inteira o Seu sacrifício como homem, para que pudesse sentir as dores atrozes e sofrer, como Deus, para redimir todos os pecados que poriam a perder todas as criaturas do Criador.

Não podemos acomodar a nossa vida só às coisas de que gostamos e queremos. É preciso saber aceitar, também, aquilo que não gostamos e não queremos, porque não conseguiremos fazer a vontade do Pai se só quisermos fazer a nossa vontade e não a vontade d’Ele.

Espírito Santo, que nos cura interiormente, toca o mais íntimo do nosso ser, para que nós consigamos superar nosso egoísmo e sejamos capazes de levar os benefícios de Deus a quem necessita.

Padre Bantu Mendonça

Que significa ser santo?



“A santidade, a plenitude da vida cristã não consiste em realizar empreendimentos extraordinários, mas em unir-se a Cristo, em viver os seus mistérios, em fazer nossas as suas atitudes, pensamentos e comportamentos. A medida da santidade é dada pela estatura que Cristo alcança em nós, desde quando, com a força do Espírito Santo, modelamos toda a nossa vida sobre a sua.” (Papa Bento XVI, Catequese 13/04/2011)

Meus irmãos, felizmente hoje encontramos biográfias mais humanas dos santos. Antigamente quando lia a vida dos santos, considerava impossível alcançar a santidade. Pois descreviam os santos como super heróis ou pessoas insensíveis que não sentia o peso da humanidade.

Olhar para esta lado humano dos santos me ajuda a caminhar na santidade, porque vejo que é possível, mesmo nos meus limites e fraquezas, alcançam as bens aventuranças. Percebo que a vida dos santos foram cheia de lutas, quedas, provações, desânimos, desertos, espinhos na carne…

Por isso, não desisto na luta pela santidade, porque ser santo não significa fazer coisas extraordinárias, levitar, bilocar, ter extases espirituais, fazer curas e milagres. Mas em unir-se a Cristo, em viver os seus mistérios, em fazer nossas as suas atitudes, pensamentos e comportamentos. A santidade consiste em viver o amor, que é fruto da graça do Espiríto Santo que age em nosso ser.

Meus irmãos, não desistam de buscar a santidade. Sabemos que a correnteza do mundo é forte demais, nos nossos limites e fraquezas nos unamos a Jesus Cristo. Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte. (Icor.12,10b)

Forte abraço, até a próxima!

Qual será o tamanho do meu coração?

Depende de sua capacidade de se aproximar das pessoas simples e ouvi-las sem medo ou pressa! Depende de sua habilidade em tratar amorosamente aqueles que o mundo despreza, as pessoas com as quais você tem dificuldade e medo.

O tamanho do seu coração tem relação direta com sua capacidade de simplificar as coisas, dizer a verdade e não se escandalizar com as limitações dos outros.

Seu coração mede quem você é!

Fonte: Ricardo Sá

domingo, 4 de dezembro de 2011

Cuidado com a teimosia

Não há sabedoria na teimosia que leva a desgraça

Duas Cabras brincavam alegremente sobre as pedras, na parte mais elevada de um vale montanhoso. Ocorre que se encontravam separadas, uma da outra, por um abismo, em cujo fundo corria um caudaloso rio que descia das montanhas.

O tronco de uma árvore caída era o único e estreito meio de cruzar de um lado ao outro do despenhadeiro, e nem mesmo dois pequenos esquilos eram capazes de cruzá-lo ao mesmo tempo, com segurança.



Aquele estreito e precário caminho era capaz de amedrontar mesmo o mais bravo dos pretendentes à travessia, Exceto aquelas Cabras.

Mas, o orgulho de cada uma delas, não permitiria que uma permanecesse diante da outra, sem que isso não representasse uma afronta aos seus domínios, mesmo estando separadas pela funda garganta.

Então resolveram, ao mesmo tempo, atravessarem o estreito caminho, para brigarem entre si, com o propósito de decidir qual delas deveria permanecer naquele local. E no meio da travessia as duas se encontraram, e começaram a se agredir mutuamente com seus poderosos chifres.

Desse modo, firmes na decisão de levar adiante o forte desejo pessoal de dominação, nenhuma das duas mostrava disposição em ceder caminho à adversária. Assim, pouco tempo depois, acabaram por cair na profunda grota, e logo foram arrastadas pela forte correnteza do rio.

Fonte: Seguidores do Caminho

É preciso que o mundo conheça e veja Jesus

Advento é tempo de grande compromisso com o projeto de Deus. A Celebração Eucarística é o lugar onde o povo oprimido pode ficar de pé e levantar a cabeça, porque a libertação está próxima.

O envio dos apóstolos marca a abertura do projeto universal da evangelização. É preciso que o mundo conheça e veja Jesus: Caminho, Verdade e Vida.

Que por meu e seu intermédio as pessoas sejam esperançosas, pois se trata de um plano cujo objetivo é haver vida em plenitude. É fundamental que as pessoas vejam Jesus no lugar onde moram, estudam e trabalham. Onde são chamados a ser cristãs. Que durante a sua vida terrena tenham os olhos da fé em Jesus Cristo.

A Igreja, nossa mãe, nos auxiliará a vislumbrarmos o Senhor. “Ver”, biblicamente, é tão importante quanto testemunhar, pois pretende-se atingir nossos amigos, vizinhos, parentes e até mesmo nossos inimigos. Oxalá que o bom Deus nos ajude a cumprir com sucesso esse projeto de evangelização.

Que haja disponibilidade e fidelidade da minha e da sua parte. Que abracemos este desejo divino de levar a Boa Nova aos nossos irmãos. Santa Maria, Rainha da evangelização, ajude-nos na missão de servir e de difundir a esperança, o amor e o Reino de Cristo.

Padre Bantu Mendonça

Advento

Meditando a chegada de Cristo, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados

O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim… Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, “a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”, está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.

Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?

No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?

No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.

No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.

A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.

Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).

Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação.



Prof.Felipe Aquino

sábado, 3 de dezembro de 2011

Quando você não sabe o que rezar

E sua alma chora…


Quando o coração aperta e a alma chora tudo parece longe, perdido sem solução. É neste momento que vem do fundo da alma as lágrimas, e a alma chora… o Senhor não deixa perder nem uma só gota de nossas lágrimas e elas tem o sabor da vitória de um Deus próximo que não nos deixa sozinhos mesmo que a noite seja escura e a tempestade avança e da a impressão que vamos perecer e as palavras fogem ao pensamento e não sabemos o que rezar. É preciso buscar na fé a certeza que o Senhor está presente, sustentando a cada dor, a cada lágrima a nossa alma.



“É muitas vezes pela fraqueza do espírito que este miserável corpo se queixa tão facilmente. Pede, pois, humildemente ao Senhor que te dê o espírito de compunção, e dize, com o profeta: Sustenta-me, Senhor, com o pão das lágrimas e a bebida copiosa do pranto. (Sl 79,6).” (Imitação de Cristo)

Fonte: Blog Seguidores do Caminho

“O Espírito Jovem É Algo Que Não Pode Ser Sufocado!”



Beato João Paulo II, na JMJ

“O espírito jovem é algo que não pode ser sufocado:
Vós sois jovens e o Papa é idoso,… E ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23.
Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações.

Juventude de espírito, juventude de espírito!… Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que NENHUMA dificuldade e NENHUM temor é tão grande a ponto de poder sufocar completamente a ESPERANÇA que jorra sem cessar no coração dos jovens.”

Papa João Paulo II (JMJ 2002)

É preciso que o mundo conheça e veja Jesus

Advento é tempo de grande compromisso com o projeto de Deus. A Celebração Eucarística é o lugar onde o povo oprimido pode ficar de pé e levantar a cabeça, porque a libertação está próxima.

O envio dos apóstolos marca a abertura do projeto universal da evangelização. É preciso que o mundo conheça e veja Jesus: Caminho, Verdade e Vida.

Que por meu e seu intermédio as pessoas sejam esperançosas, pois se trata de um plano cujo objetivo é haver vida em plenitude. É fundamental que as pessoas vejam Jesus no lugar onde moram, estudam e trabalham. Onde são chamados a ser cristãs. Que durante a sua vida terrena tenham os olhos da fé em Jesus Cristo.

A Igreja, nossa mãe, nos auxiliará a vislumbrarmos o Senhor. “Ver”, biblicamente, é tão importante quanto testemunhar, pois pretende-se atingir nossos amigos, vizinhos, parentes e até mesmo nossos inimigos. Oxalá que o bom Deus nos ajude a cumprir com sucesso esse projeto de evangelização.

Que haja disponibilidade e fidelidade da minha e da sua parte. Que abracemos este desejo divino de levar a Boa Nova aos nossos irmãos. Santa Maria, Rainha da evangelização, ajude-nos na missão de servir e de difundir a esperança, o amor e o Reino de Cristo.

Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jesus quer nos dar um novo olhar a partir do nosso coração

O local geográfico onde ocorreu a cura dos dois cegos não é citado. Alguns estudiosos das Sagradas Escrituras o situam em Cafarnaum, em vista de estar – em Mateus – logo a seguir à ressurreição da filha de Jairo, e se dividem quanto à “casa” a que se refere o narrador, que diz apenas “entrando em casa”. Todavia, supõe-se que seja na casa de Pedro ou então na casa de Mateus.

Essas deduções são feitas porque em Mateus 8,14 é dito “Foi à casa de Pedro”, e em Mateus 13,1 “Saiu de casa” ou “voltou a casa” (Mat 13,36 e 17,25). Logo, é a “sua casa”.

Não cremos que Jesus tenha abandonado a casa de Pedro, nem para trocá-la por uma mais rica (a de Mateus), nem por uma casa própria na qual teria o problema de quem lhe cuidasse das coisas, o que não faltava, com todo o amor, na casa de Pedro com a esposa deste e a de André, suas filhas e a própria sogra de Pedro, que fora curada por Jesus.

Pela cronologia geralmente aceita, a cura foi efetuada na Transjordânia, em sua estada depois da Festa da Dedicação.

Jesus passou os três anos de vida pública pregando o Reino do Pai e operando milagres em benefício daquele povo que sofria muito por pertencer a uma classe desprivilegiada, muito pobre e excluída, por isso, do convívio e costumes dos escribas e fariseus, descendentes do povo que Moisés (enviado por Deus), tirou da escravidão que viviam no Egito por 400 anos, para levá-los à Terra Prometida e que acabaram, depois de tantas alianças propostas por Deus, vivendo como pagãos.

Por isso Jesus veio, como extremo recurso, para salvar aquele povo de “cabeça dura” e, nessas andanças do Senhor, Ele não foi aceito no meio daquela gente que até hoje espera pelo Messias, pelo Salvador que já veio. Eles achavam que o Salvador deveria ser um grande, forte e poderoso homem, que chegaria montado num belo cavalo e que seria para eles o Salvador que Javé havia prometido aos seus antepassados, os quais viviam dentro de esquemas cheios de leis, mais de 5.000 leis impostas aos pobres, que não faziam parte do convívio com os ricos, senhores e doutos que os exploravam, massacravam, desprezavam e nem eram dignos de terem algum contato com eles.

Um dia, Jesus passava pelas ruas e em determinado local passa por dois cegos, à beira do caminho, que gritam chamando-Lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. O título “Filho de Davi” designava o Messias (cf. Salmo 17,23) e já fora empregado pela Cananeia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente um título que honrava a pessoa. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.

Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força de fazer isso. A resposta é singela: “Sim, Senhor”, “meu Senhor”. Em resposta, Cristo lhes diz: “faça-se a vós segundo a vossa crença”, e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os de que não contassem a ninguém o ocorrido. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido em toda a região.

Aqueles dois homens saíram gritando e glorificando a Deus pela graça recebida, por toda aquela região. Daí, Jesus, com as Suas pregações e o Seu amor, começa a mudar a vida de muita gente que passa a segui-Lo como discípulos; passando da apatia, que os dominava, para a certeza em suas esperanças revividas por aquele Homem que lhes falava ao coração e lhes trazia a alegria do Senhor.

Abriu-lhes os olhos para a realidade das promessas feitas por Deus aos seus antepassados; que começava a ser cumprida ali, em cada encontro. Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos.

O povo que O ouvia foi crescendo, crescendo, que mesmo Ele sendo crucificado todos assumiram o seu lugar na Sua vida. E, passado todo aquele tempo da missão de Jesus, todos enxergaram limpidamente, com exceção dos que foram responsáveis por Sua morte e que até hoje esperam o Messias, que já veio, chama-se Nosso Senhor Jesus Cristo e vive no meio de nós, pelo Seu Espírito Santo que Ele nos deixou como advogado e defensor.

Por isso, todos os dias e a cada Natal, nós cristãos fazemos memória e trazemos Jesus à terra, para Lhe demonstrarmos que O amamos, na comemoração do Seu nascimento, apesar de sermos fracos, pequenos, mas lutadores e perseverantes para chegarmos até o fim, para recebermos, através da Sua extrema Misericórdia, o lugar no céu, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.

Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de Tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de Teu Filho Jesus.

Padre Bantu Mendonça