quinta-feira, 28 de junho de 2012

Deixa Deus agir através dos teus sofrimentos…




Às vezes, você pensa que Deus não te ouve? Que o seu choro e a sua dor somem no vento? Não, Deus não é surdo. Sabe que Seus filhos têm medo, que nossa fé é pequena, a ansiedade grande, e que, muitas vezes, somos infiéis. Mas Ele, mesmo assim, nos ama incondicionalmente e nos acolhe em Sua infinita misericórdia.

Quantas vezes nos sentimos completamente incapazes de dizer ou fazer qualquer coisa para aliviar a nossa dor e a daqueles que sofrem. E aí perguntamos: “Deus, por que será que passo por isso, mesmo quando O busco com meu coração repleto de amor? Será que o Senhor está querendo me ensinar alguma coisa através das situações dolorosas?” Não seria isso totalmente antagônico, se Deus é sinônimo de vida e de vitória? Jesus nunca nos disse que não teríamos lutas neste mundo. Ao contrário, nos diz em Sua Palavra que no mundo sempre teremos aflições, mas que é preciso coragem, pois Ele venceu o mundo e quer nos dar a vitória! E o cristão que resolve buscar Deus em Sua plenitude, se aproxima d’Ele, mesmo na dor.

É no sofrimento que caímos com nosso rosto por terra. Geralmente não é na alegria, quando tudo vai bem. Deus nos prepara sempre. Se olharmos para a o início da nossa caminhada cristã – vamos observar que Ele nos carregou no colo nas piores situações –, como aprendemos com a famosa lição das “Pegadas na areia”, e que de alguma forma, nos deu a vitória. É Ele quem escolhe como ela será, quando irá acontecer e se estamos preparados ou não para recebê-la.

Deus recebe, acolhe e responde aos nossos pedidos. Mas no tempo d’Ele, porque Ele é o Senhor do nosso passado, do presente e também do futuro e, sabe o que passaremos lá na frente. Nossa ansiedade quer tudo para o agora, nosso coração enganoso faz escolhas erradas, e nossas opções, muitas vezes, não são as de Deus. Deveríamos ser prudentes e praticarmos Sua Palavra. Mas nossa natureza é dura. O Senhor sabe disso. Por isso sofremos. Confiar na dor é difícil, mas é preciso.

O mais bonito no agir de Deus é que quando confiamos n’Ele nesses momentos, Suas bênçãos nos chegam repentinamente, no momento menos esperado. Todo cristão deve crer que um dia todas as doenças, toda a dor, toda a tristeza, toda a frustração, todo o rancor serão curados e todos os dias maus – aqueles cruéis momentos em que esperamos, mesmo sem esperanças – serão recompensados. Mas, enquanto isso, descansemos no colo do Pai, pedindo-Lhe que entre com Sua providência divina em nossas vidas.

Basta darmos um único passo de fé. E não questionar onde Deus está quando somos acometidos pelos sofrimentos. Ele nos observa o tempo todo. E os permite para nos ensinar a repousar e a crer que Ele opera nas circunstâncias mais adversas. Deus trabalha assim. No silêncio. E quem somos nós para questioná-Lo? Unida em oração,



Ana Néri

Coloque suas preocupações nas mãos de Jesus

Estamos diante da cultura hebraica, herdeira da antiga cultura mesopotâmica, a qual considerava como lepra diversas afecções da pele, inclusive bolores que se manifestavam em roupas e paredes.

A lei judaica exigia que a lepra fosse considerada uma doença de excomunhão. Eis o porquê, depois da constatação da cura, de o curado ter de se apresentar ao sacerdote para ser purificado.

É nesse contexto que Jesus cita, expressamente, não só a cura, mas a purificação dos leprosos.

Mais do que a própria doença, o leproso também sofria a exclusão social, porque era considerado religiosamente impuro e pecador. Quem o tocasse se tornaria também impuro. A reintegração dele, após sua cura, era feita diante do sacerdote, mediante ofertas, de maneira semelhante a outros ritos de sacrifício por faltas contra a Lei, que eram qualificadas de pecado.

Nos nossos dias, há muitos leprosos feitos pela sociedade exclusivista. Eles clamam pela cura, querem se aproximar de Jesus, mas a situação social e até mesmo familiar os impede de fazê-lo.

No texto de hoje, o homem se aproxima em vez de se afastar, pois a pureza de Jesus é tão profunda que não pode ser atingida pelo contato exterior. O leproso, num ato de humildade e abandono, confiante e em sinal de adoração, suplicando se ajoelha: “Senhor, eu sei que pode me curar se quiser”.

Jesus, estendendo a mão, toca-o e lhe diz: “Sim, eu quero. Você está curado”. As palavras do Senhor marcam a iniciativa de se passar por cima da interdição da lei, a qual proibia qualquer contato com um leproso.

Ele não hesita em tocá-lo, ciente de que, longe de ser contaminado pelo leproso, é Ele quem purificará o impuro por Seu simples contato. Não é, aliás, do exterior que vem a impureza, mas sim do interior do coração. Não se trata de uma simples cura, mas de compaixão.

Cristo, com Sua prática libertadora e vivificante, acolhe este homem que se prostra diante d’Ele, tocando-o, livrando-o da doença e da exclusão. A acolhida e a identificação com o excluído restituem-lhe a dignidade, integrando-o na comunidade.

A quem entregar todas nossas perturbações? Os discípulos de Jesus colocam n’Ele todas as suas preocupações, pois só Ele é capaz de aliviá-los de suas dificuldades, aflições ou doenças. A pergunta que nos fazemos é: “Buscamos o Senhor com fé e total confiança como este leproso do Evangelho?” Ele não duvidou: “Senhor, eu sei que pode me curar se quiser”.

Assim como ele encontrou a cura pela fé, você também será alvo da misericórdia de Deus. Não diga que tudo está perdido, porque o Senhor já não o escuta, não o ouve nem o atende. Onde você pode apresentar as suas feridas ou à Quem pode entregar a sua difícil situação?

Você que vive a segunda união e quer comungar, mas não pode por causa de sua situação de vida, a resposta para você é: “Só em Deus encontrará refúgio, só n’Ele encontrá a paz, porque Ele o ama, acolhe-o e abraça.

Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brasil sem aborto

Diga NÃO ao aborto

A última pesquisa DataFolha em 2010 mostrou que o número de pessoas que são contra a morte de bebês é o mais alto no Brasil desde 1993: 71% dos entrevistados afirmam que a legislação sobre o aborto deve ficar como está.

No congresso nacional, metade dos parlamentares, fazem parte da Frente Parlamentar Pró-vida e ainda assim projetos para legalização do aborto não param de chegar.

Desta vez, a Marcha em Defesa da Vida traz uma causa justa e que preocupa. O Código Penal brasileiro classifica o aborto entre os crimes contra a vida, mas uma lei pode descriminalizar a morte de bebês.



Um anteprojeto de reforma do código penal será entregue nesta semana por uma comissão de juristas que foi formada pelo senado. Nos crimes contra a vida, a comissão acabou por flexibilizar as possibilidades de aborto. Pelo texto, o aborto seria legal até a décima segunda semana, quando o médico constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade.Também inclui o aborto em caso de anencefalia ou quando houver anomalias, ou seja, deficiências físicas que podem causar a dependência da pessoa.

Uma causa que não tem partido, nem religião… tem apenas a defesa de milhares de vidas que precisam ter direitos garantidos.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sejamos luz e sal para o mundo

Depois de ter apresentado Seu projeto aos discípulos, agora Jesus revela um novo estilo de vida para eles. Ele os chama a refletir sobre as propriedades do sal e da luz. Aqui quero partilhar somente contigo o que significa o sal e a luz que devemos ser.

O que é o sal que devo ser? Ele conserva, preserva, evita a deterioração e purifica. O cristão – como sal – cria sede espiritual nos outros e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a fonte da salvação.

O sal, antes de ser aplicado, é visível, porém, ao começar a agir – temperando, preservando e purificando – torna-se invisível. Somos também assim ou gostaríamos tanto de aparecer que murmuramos quando isso não acontece? Mesmo não aparecendo, a ação do sal é claramente sentida.

É sabido que a carne com vida não precisa ser salgada para preservar-se. Quando Jesus disse aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra”, deixou claro que a humanidade sem Deus está espiritualmente morta, perdida e prestes a perecer.

“Bom é o sal, mas se este se torna insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz uns para com os outros”. Quando Jesus afirmou que nós somos a “luz do mundo”, quis dizer, ao mesmo tempo, que o mundo está nas trevas e que Sua vontade em relação a nós é que sejamos um instrumento seu na evangelização do mundo.

Vejamos, agora, algumas propriedades da luz, que devemos observar:

Sua função é brilhar. Ela o faz sobre um criminoso e sobre uma criança inocente, sobre uma poça de lama e sobre uma flor. Assim também a nossa missão de luz do mundo é mostrar a luz do Evangelho sobre todos os povos, sem qualquer distinção.

A luz a que Jesus se referiu era uma lamparina alimentada por um pavio, mergulhada no azeite. Se faltasse o azeite, o pavio se queimaria e danificava a lâmpada. O mesmo ocorre com o verdadeiro cristão: ele depende sempre do óleo do Espírito Santo para difundir a luz de Cristo.

Mesmo que ela ilumine um monte de lixo, prossegue incontaminada em sua missão. Assim deve ser o cristão: viver neste mundo tenebroso sem se contaminar com seus pecados.

A luz tem progredido pelo tempo. Desde a luz da lenha até a luz fluorescente. E continua a progredir, acompanhando o desenvolvimento da tecnologia. De igual modo, o cristão deve brilhar mais e mais.

Brilhando com intensidade e sem interrupção, ele enxuga brejos, drena a umidade, cicatriza ferimentos e funciona como germicida. É o cristão que, de várias maneiras, abençoa este mundo não só espiritual, mas também materialmente. Qual a intensidade da sua luz? De pleno sol sem nuvens ou luz de eclipse? Continua brilhando ou ofuscada por causa dos problemas do dia a dia?

Padre Bantu Mendonça

Namorar à distância é possível?


O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra o amor. Se o amor que você traz a uma pessoa não te realiza é sinal de que você está buscando fazer a sua vontade e não em fazer o outro feliz, o amor sempre traz alegria e vida plena ao coração, porque quando se ama nem a distância ofusca o que é de Deus.
Venho partilhar com vocês sobre o namoro a distância, um tema bem comentado na atualidade mas, que precisa ser bem vivido.

Minha namorada Francis-Layne Costa está na missão da Canção Nova no Paraguay a 5 meses ela foi remanejada no dia 12 de Janeiro de 2012, fizemos 6 meses de caminho de namoro e depois enviamos uma carta para o conselho da comunidade e nosso namoro foi liberado, ficamos 5 meses na mesma missão aqui em Cachoeira Paulista, e dia 10 celebramos 10 meses de namoro. Mas essa é uma realidade que muitos missionários vivem aqui na Canção Nova, e não é um peso é uma graça que Deus dá para nos formar e amadurecer como pessoal e como casal de namorados.

Mas o que é isso, tem contra indicação, namorar longe dá certo?
Bom posso dizer que: “o amor só se revela quando é amado com amor verdadeiro ou seja, o estar longe não pode privar ou diminuir um sentimento até porque o amor verdadeiro traz o segredo da transformação” ( Padre Jonas Abib ). A distância me fez ser mais perceptível as pequenas coisas e também me mostrou ainda mais forte que o amor tem uma lei que é “ a de tornar feliz a quem se ama”.
Santo Agostinho tem uma frase que me leva a ser intenso em tudo que faço para demonstrar meu amor pela Fran, “O amor é meu peso, para qualquer lugar que vá, é ele quem me leva” amar é ser inteiro é estar vigilante e não amargurado pela distância ou pela saudade que insiste em querer fazer morada em nós. Por isso lhe digo a saudade é seu combustível ela está aí para lhe mostrar que você ama, pois a saudade sabe como fazer o amor crescer.

Com isso não estou querendo dizer que a distância é o melhor para o relacionamento até porque quem ama sempre quer estar perto mas, quero lhe mostrar que se você não souber viver esse tempo perderá os frutos que que o estar longe por um tempo proporciona.

Nestes 5 meses que estou namorando a distância, o diálogo cresceu muito o conhecimento um do outro também até porque a verdade neste tempo é fundamental e não tem como esconder o que está sentindo. Eu já chorei de saudade conversando com a Fran no skype, a distância dói e muitas vezes machuca mas ela não é condutora de tudo em nosso relacionamento, a saudade aponta que o amor está ali latente e vivo, mas estando perto o longe a saudade sempre se fará presente.
Trago aqui uma frase que disse para a Fran quando estava com muita mas muita saudade dela: Quando o amor encontra a saudade eles partilham os sentimentos mais puros, o amor nos faz ir além ou seja, ele nos tira da superficialidade e amor sempre se atualiza, os detalhes e as pequenas coisas fazem a diferença. E neste tempo de conhecimento que é o namoro e ainda mais a distância deixo aqui mais um grande ensinamento de meu pai fundador Monsenhor Jonas Abib: “O conhecer é a base de tudo” você só vai amar aquilo que você conhece.
Aprofunde em suas partilhas e deixe Deus guia-los não tenham medo de ir além pois como o Papa Bento XVI nos ensina “O verdadeiro amor promete o infinito”

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ó Precioso e admirável banquete, Alimento para nossa vida!

Aproximando a Solenidade de Corpus Christi, da presença real, Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus na Eucaristia. Tive a graça de estar em Lanciano em 2010 por ocasião do Ano Sacerdotal, foi uma experiência maravilhosa de ver o Milagre Eucarístico que há centenas de anos continua sendo uma prova viva da presença de Jesus na Eucaristia. Trago para vocês dois textos lindos sobre este Sacramento que é alimento de vida eterna para nós, algumas fotos e um vídeo:


Em adoração diante do Milagre Eucarístico em Lanciano – Itália

O dom do Novo Testamento concedido como herança


O sacrifício celeste instituído por Cristo é verdadeiramente um dom do Novo Testamento concedido como herança; é o dom que ele nos deixou como garantia da sua presença, na noite em que foi entregue para ser crucificado. Este é o viático da nossa peregrinação. É o alimento que nos sustenta nos caminhos desta vida até o dia em que, partindo deste mundo, formos ao encontro do Senhor. Pois ele mesmo disse: Se não comerdes a minha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós (cf. Jo 6,53).

Ele quis efetivamente com seus dons permanecer junto de nós; quis que as almas, remidas com o seu sangue precioso, se santificassem continuamente pelo memorial de sua Paixão. Por esse motivo, ordenou aos seus discípulos fiéis, constituídos como primeiros sacerdotes de sua Igreja, que sem cessar celebrassem estes mistérios da vida eterna. É necessário, portanto, que estes sacramentos sejam celebrados por todos os sacerdotes em cada Igreja do mundo inteiro, até que Cristo desça novamente dos céus. Deste modo, tanto os sacerdotes como todo o povo fiel, tendo diariamente ante os olhos o sacramento da Paixão de Cristo, tomando-o nas suas mãos e recebendo-o na boca e no coração, guardem indelével a memória de nossa redenção.

Com razão se considera o pão como uma imagem inteligível do Corpo de Cristo. De fato, assim como para fazer o pão é necessário reunir muitos grãos de trigo, transformá-los em farinha, amassar a farinha com água e cozê-la ao fogo, assim também o Corpo de Cristo reúne a multidão de todo o gênero humano e o leva à perfeita unidade de um só corpo por meio do fogo do Espírito Santo.

Cristo nasceu pelo poder do Espírito Santo. E porque convinha que nele se cumprisse toda a justiça, penetrou nas águas do batismo para santificá-las, e saiu do rio Jordão cheio do Espírito Santo que tinha descido sobre ele em forma de pomba. O evangelista dá testemunho disso dizendo: Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão (Lc 4,1).

Do mesmo modo, o vinho do seu sangue, proveniente de muitos cachos, quer dizer, feito das uvas da videira por ele plantada, espremido no lagar da cruz, fermenta por si mesmo em amplos recipientes que são os corações dos fiéis. Todos vós, pois, que fostes libertados do Egito e do poder do Faraó, isto é, do demônio, recebei com santa avidez de coração junto conosco, este sacrifício pascal portador de salvação. E assim, sejamos santificados até o mais íntimo de nosso ser por Jesus Cristo nosso Senhor, que cremos estar presente em seus sacramentos. Seu poder inestimável permanece por todos os séculos.

Dos Tratados de São Gaudêncio, bispo de Bréscia.
(Tract.2:CSEL68,30-32) (Séc.V).

Na Ceia derradeira Jesus tomou o pão,deu graças e o partiu, deu a eles e lhes disse: * Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de mim. Aleluia. É este o pão vivo descido dos céus; quem comer deste pão, viverá para sempre. Lc 22,19; Jo 6,58

Oração: Concedei ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Um novo céu e uma nova terra esperam por nós

Os saduceus fizeram uma pergunta a Jesus sobre a ressurreição, de forma irônica, provavelmente para chacotear os fariseus.

Jesus, entretanto, leva a sério a pergunta, por isso vai buscar a resposta no Pentateuco, aceito, sem discussão, por fariseus e saduceus; e a tira da boca de Deus em diálogo com o maior e mais considerado homem da história dos judeus: Moisés. Jesus lhes fala do episódio da sarça ardente, exatamente o momento em que começa toda a história da libertação dos hebreus e o nascimento deles como povo escolhido por Deus: “Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” (Cf. Ex 3,6). Deus não diz: “Eu fui o Deus de Abraão”, mas “Eu sou”. O que significa que Abraão, Isaac e Jacó estão vivos e continuam a adorar a Deus.

O alcance do argumento de Jesus era bem mais amplo do que aquele contexto de ressurreição que acreditavam os fariseus, pois para estes a ressurreição era um prolongamento da vida presente, uma espécie de plenitude dos prazeres terrenos.

Para Jesus, quem morre entra na vida eterna, na contemplação da vida divina. O mundo futuro não consiste na continuação da vida atual do corpo. Jesus, porém, não esclarece que tipo de corpo teremos, apenas afirma que seremos iguais aos anjos e faremos uma comunhão com Deus, ou seja, viveremos a vida do próprio Deus.

O mistério da ressurreição foi explicitado por Jesus, sobretudo com Sua própria Ressurreição. A partir da Páscoa, os apóstolos passaram a chamar-se “testemunhas do ressuscitado” e dela fizeram o centro de toda a pregação e o fundamento da fé cristã.

Se a Ressurreição consiste em estar sempre com o Senhor, o viver neste mundo exclusivamente para Ele e com Ele já tem o gosto da eternidade. A certeza da Ressurreição não deve ser apenas uma realidade que esperamos, mas que influencia, desde já, a nossa existência terrena. É o horizonte da Ressurreição que deve influenciar as nossas atitudes; é a certeza dela que nos dá a coragem de enfrentar as forças da morte que dominam o mundo do ter, do ser, do poder indiscriminado, de forma que o novo céu e a nova terra, que nos esperam, comecem a desenhar-se desde já.

Viemos do Deus da Vida e com a morte voltamos para Ele. Ela é o encontro maravilhoso com os amigos e parentes na visão beatífica do Pai. Para este encontro queremos nos preparar na companhia do nosso melhor amigo: Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida. Demos graças a Deus pelo dom da vida e a garantia da Ressurreição em Cristo Jesus.

Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Como ser fiel a Jesus Cristo?

Saiba qual o segredo de muitos santos e santas na sua fidelidade a Jesus Cristo.


São Luís Maria Grignion de Montfort, escritor do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, pregou na França pré-revolucionária. A Revolução Francesa, que começou em 1789, era contra o clero e contra a Igreja, a verdadeira religião. Ela queria um clero jacobino, que era a favor da revolução. Os padres da Revolução Francesa precisavam assinar que não eram fiéis ao Papa, mas fiéis ao governo revolucionário da França. Depois de criada a igreja revolucionária francesa, iniciou-se um ataque à religião, para que as pessoas deixassem de ser católicas.

Saiba como os católicos franceses resistiram às perseguições na época da Revolução Francesa e como isso pode nos ajudar nos dias de hoje.

Durante toda essa revolução na França, milhares de católicos foram mortos por serem católicos, por serem fiéis ao Papa, por terem uma verdadeira religião e uma devoção a Virgem Maria. A região onde São Luís Maria tinha pregado, região de pobres camponeses, foi agraciada por numerosíssimos mártires. Isso foi possível através da pregação desse Padre francês, São Luís Maria. Ele não pregava para grandes intelectuais, mas para pobres camponeses, caipiras franceses, que seguindo seu caminho de verdadeira devoção e entrega a Virgem Maria, se dispuseram a morrer por Jesus. Eis aí a prova cabal e concreta de que esse método de consagração funciona.

Os protestantes ficam escandalizados quando dizemos que vamos nos consagrar totalmente a Maria. Eles dizem: não façam isso, isso é idolatria. Vocês tem que se entregar a Jesus, somente a Jesus. Mas, esse método de São Luís Maria foi colocado à prova pela história. Seguindo o método de consagração total a Virgem Maria, ele conseguiu formar uma geração inteira, de homens e mulheres simples, que se entregaram totalmente a Jesus Cristo, a ponto de derramar seu sangue, para se opor ao ateísmo da Revolução Francesa, para se opor àqueles que queriam destruir a religião e a devoção a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Entregando-se a Virgem Maria, nesse método simples, esses pequenos camponeses foram formados como homens e mulheres de uma estatura espiritual que não tinha nada de pequeno. Aqueles camponeses humildes e pobres foram formados numa estatura tal, que se dispuseram a derramar o seu sangue por fidelidade ao Papa, por fidelidade à Igreja, por fidelidade à verdadeira religião.

É isso que nós propomos a vocês, precisamos nos entregar totalmente a Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos ser 100% de Cristo, porque ele é Nosso Senhor. Nós queremos combater toda a idolatria, queremos ser Cristo a ponto de derramar o nosso sangue por Ele. Queremos isso, mal qual é o caminho, qual é o método, como obteremos isso? Olhamos para nós e vemos que não temos fibra para isso. O tecido do qual sou feito não é de mártir. Se depender de mim eu serei um covarde e na primeira oportunidade eu vou trair Nosso Senhor Jesus Cristo, porque, como dizia Orígenes, “diante de uma tentação, o cristão ou sai idólatra, ou sai mártir”.

Quando eu e você somos tentados, nós caímos vergonhosamente. Todo pecado que cometemos é um pecado de quem foi colocado diante da escolha: ou você adora o falso deus, ou morre pelo Deus verdadeiro. A gente sempre escolhe adorar o falso Deus. Não somos gente feita para o martírio, não temos estrutura para isso. Nós somos um bando de covardes, um bando de miseráveis, um bando de traidores.

Queremos entrar na escola que conduz à santidade, à disposição de ser mártires. São Luís Maria realizou esse prodígio. Seu método foi testado pela história. Milhares de camponeses franceses se dispuseram a morrer pela santa religião católica, pela fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e ao Santo Padre o Papa. Se dispuseram a morrer diante de um governo que se opunha à verdadeira religião. Eles conseguiram isso entregando-se totalmente a Virgem Maria. A entrega total a Nossa Senhora não se opõe a entrega total a Jesus, mas, ao contrário, possibilita, é caminho para conseguir. Isso funciona porque historicamente funcionou.

Transcrição de parte da 1ª palestra do Padre Paulo Ricardo no Consagra-te 2011.
Fonte: padrepauloricardo.org

sábado, 2 de junho de 2012

Segundo dia do Papa Bento XVI em Milão

Neste sábado, 02, o Papa Bento XVI, que está em Milão, por ocasião do VII Encontro Mundial da Famílias, esteve na Catedral de Milão. Alí, se encontrou com religiosos e religiosas da arquidiocese. Em seguida, se dirigiu para o estágio San Ciro onde acolheu os crismando e seus familiares.

Às 17 horas (horário de Milão), o Santo Padre irá se encontrar com as autoridades. Para concluir a programação deste dia, às 20 horas, estará no Parco Nord Milano, onde as famílias vivem um dia de testemunhos.



Na catedral milanesa o Papa destacou: “Sem dúvida o amor por Jesus vale para todos os cristãos, mas ganha um significado singular para os sacerdotes celibatários e aqueles que possuem a vocação a vida consagrada: somente e sempre em Cristo se encontra a fonte e o modelo para repetir diariamente o ‘sim’ a vontade de Deus”. Comentou algumas citações bíblicas do rito litúrgico ambrosiano e também parte do discurso de Santo Ambrósio as vírgens: “Cristo é tudo para nós: se deseja curar novamente suas ferias, Ele é o médico; se estás angustiado com o mal estar da febre, Ele é fonte; se sente-se oprimido pela culpa, Ele é jistiça; se precisa de ajuda, Ele é potencia; se tem medo da morte, Ele é vida; se deseja o paraiso, Ele é o caminho; se predominam as trevas, Ele é luz; se está a procura de comida, Ele é o alimento” (Ibid., 16,99)


Seguindo para o estágio San Ciro foi acolhido por cerca de 70 mil pessoas, dentre jovens crismandos, seus catequistas e familiares, com muita alegria, dança e festa. Em seu discurso destacou: “Agora vocês são crescidos e podem dizer seu ‘sim’ livre e consciente. O sacramento da crisma confirma o batismo e infunde sobre vocês abundantemente o Espírito Santo. Agora vocês mesmos, cheios de gratidão, tem a possibilidade de acolher o grande presente que vos ajudará no caminho da vida a se transformar em testemunhas fiéis e corajosas de Jesus”.

A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!

Que alegria podermos, logo cedo, virmos à Santa Missa e cantar: “A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!”

A Liturgia de hoje nos convida à permanência. É necessário tomar cuidado, meus irmãos! Na primeira leitura, São Judas nos exorta a lembrarmos das palavras dos apóstolos, a recordamos seus ensinamentos.

Existem palavras que são contrárias a tudo aquilo que Jesus nos ensinou. Estas palavras nos desviam da sã doutrina. É necessário, pois, vigiar a respeito.

Todo o nosso ser precisa, logo cedo, buscar a Deus. E como é bom poder participar da Santa Missa com este intuito! O mais bonito é que Deus nos dá a chance, durante todo este dia que se inicia, de buscá-Lo, de procurá-Lo numa vivência de intimidade com Ele.

A nossa alma tem sede de Deus. É preciso saciar esta sede numa vida de comunhão com Cristo. Eis o segredo da felicidade! Deus quer nos dar vida plena, meus irmãos.

Fico triste ao presenciar certos pais que incentivam seus filhos, ainda pequenos, a dançar certas músicas mundanas e sensuais. Por que eles não ensinam seus filhos a dizer, desde agora: “A minha alma tem sede de vós, ó Senhor”?

Nós somos feitos para Deus. É uma enganação pensar que se pode caminhar sem Ele. Precisamos renunciar aos ensinamentos errados dessas falsas doutrinas que insistem em nos desviar desta via de felicidade que o Pai nos oferece.

Aqueles homens que questionam ao Senhor – no Evangelho de hoje – na realidade não estavam comprometidos com a Verdade.

Não podemos, meus irmãos, ser homens e mulheres não comprometidos com a Verdade. Sejamos verdadeiros! Sejamos comprometidos com a Verdade do Reino, pois a salvação vem do Senhor nosso Deus, Aquele que sempre volta o Seu olhar de amor a cada um de nós.

Peçamos a Deus essa graça – a partir da Santa Missa – de viver durante esse dia numa profunda comunhão com o Senhor. Dessa forma, seremos firmes e constantes na fé.

“A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!”, precisa ser um canto entoado durante todo esse dia. Um canto de reconhecimento, um canto que afirma: a verdadeira felicidade somente se encontra em Jesus Cristo.

Não vamos aderir a essas coisas falsas que o mundo nos oferece. Não abracemos a nada disso! Precisamos, pelo contrário, fazer essa experiência bonita com Deus. Fazer uma experiência com este Senhor que nos acolhe a todo momento.

Façamos um profundo exame de consciência para perceber se estamos ou não vivendo com coerência a nossa vocação. Não podemos dizer ‘não’ ao Senhor. Seria o mesmo que o enfermo dizer ‘não’ ao seu médico!

Com alegria, trilhemos por um caminho de conversão a partir deste profundo exame de consciência. O Senhor nos chama, meus irmãos! Ele está sempre a nos acolher. Neste dia, dirija-se a Ele com fé, cantando: “A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!”

Padre Júlio Cezar, Comunidade Canção Nova

O pecado traz a morte



Deus se alegra quando lutamos contra o pecado

“Sendo seus colaboradores, exortamo-vos a não receberdes em vão a graça de Deus” (2Cor 6,1). A graça de Deus é o Seu auxílio a nossa alma. O que nossa alma seria incapaz de fazer sozinha, a graça faz. Ela potencializa a nossa natureza dando a capacidade de fazer o sobrenatural.

A graça de Deus vem em socorro de nossas fraquezas. Não podemos receber a graça de Deus no vazio, deixar-se perder. Na vida espiritual o Senhor dá a graça a todos, mas nem todos a aproveitam e cooperam com ela. Se você colocar a semente numa terra fofa, e cuidar dela, vai dar um pé maravilhoso, mas Deus não irá capinar aquela horta, Deus fará o que você não pode fazer, que é fazer germinar, mas se você guardar a semente e não colocá-la na terra, Ele não poderá fazê-la crescer. Deus não ajuda o preguiçoso, não ajuda aquele que não quer trabalhar, pois Ele sabe que não estamos nos valorizando.

Não podemos deixar a graça passar em vão, pois pode ser que não tenhamos outra chance. “Quem deixa para fazer depois o que precisa fazer hoje, é porque não quer fazer nunca”. Não deixe para depois, não deixe a graça de Deus em vão.

Nós não podemos carregar o pecado na alma, sabendo que estamos em pecado. A conversão é algo para a vida inteira, teremos que trabalhar nossa conversão até o dia de nossa morte, pois Deus nos quer santos, Ele não quer menos do que isso de nós, pois Ele nos fez para a santidade. O pecado destruiu nossa santidade original, mas Deus nos quer santos, temos que entender isso com muita naturalidade, Deus nos criou para sermos santos.

“Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12,14). Sem a santidade ninguém pode ver a Deus, esse ver a Deus é viver na comunhão com o Senhor. Ninguém pode entrar na comunhão com Ele sem ser santo. A maioria de nós seremos santos depois de passarmos para o purgatório. Deus, na sua bondade, na sua misericórdia, dá uma chance para que sejamos purificados na eternidade. A alma no purgatório é como se estivesse numa cadeia, ela não consegue fazer nada para sua santificação, então quem faz é a Igreja na Santa Missa.

Nós temos essa vida inteira para buscar nossa santificação, nossa conversão, nossa salvação, e a Igreja nos oferece os meios para isso. A Igreja existe para que cheguemos à santidade. Tem pecado que não é fácil de deixarmos, na verdade vamos deixando o pecado na luta (cai, confessa e levanta), e o pecado vai enfraquecendo e Deus vai vencendo.

Duas coisas não podem acontecer na nossa vida espiritual: o desespero e o desânimo. Não podemos nos desesperar nem desanimar de lutar contra o pecado. O Catecismo da Igreja Católica chama o sacramento da confissão de sacramento de cura, cura de depressão, autopiedade, … A Palavra de Deus é intransigente com o pecado, a Palavra de Deus nos exorta, se for preciso vamos até o sangue na luta contra o pecado.

Outro auxilio é a Eucaristia, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”(Jo 6,56). Precisamos desse remédio todos os dias na luta contra o pecado, se não podemos ir à Missa todos os dias, pelo menos uma vez por semana precisamos ir.

Não vamos desanimar nunca, Deus se alegra quando lutamos contra o pecado.

Fonte: Prof. Felipe Aquino