quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ser grata à vocação

A vocação é um dom de Deus e todos nós somos chamados a uma missão que nos leva à compreensão da gratuidade do amor divino. A recusa ao chamado atrasa nossa caminhada em direção à luz e à verdade ditadas pelo nosso mestre maior. Todas as atividades profissionais, remuneradas ou voluntárias, representam uma missão e devem ser desempenhadas com dedicação e amor, porque não adiantaria uma pessoa que trabalha, por exemplo, em um escritório, dizer que faz o serviço com muita má vontade e mal feito, porque, na verdade, aquilo que gosta é trabalhar nos finais de semana ajudando em alguma pastoral. Todo serviço, do grande ao pequeno, é uma missão de servir ao próximo e, tudo que é bem feito com amor e respeito, retorna a nós como uma semente que plantamos. Vamos colher exatamente o fruto da semente plantada.

Ser catequista é uma missão que ajuda crianças, jovens e adultos no aprendizado religioso e moral, proporcionado uma melhor compreensão das escrituras e dos ensinamentos de Jesus. Sou catequista faz treze anos e há três na Escola CEI, Centro de Educação Integrada. Minha missão tem trazido muita alegria aos alunos, pais e professores da Escola, mas a ajuda é recíproca, pois tenho aprendido muito com eles e foi uma alegria vê-los todas as terças e quartas-feiras durante a preparação que durou um ano, com esta segunda turma de catequizandos, tempo suficiente para os sacramentos da Primeira Comunhão e Crisma.

No mês de setembro, fui à presença do senhor bispo solicitar a realização dos sacramentos. Dom Pedro Luiz, mais uma vez com sua simplicidade e atenção de bom pastor ouviu atentamente e marcou a data para o dia 10 de novembro, às 10 horas. Ele me perguntou onde seria a celebração e eu disse que gostaria que fosse na Igreja Nossa Senhora das Graças, haja vista que no ano anterior fomos acolhidos com muito carinho para a celebração, até então, inédita, em Franca, da primeira comunhão e crisma de portadores de necessidades especiais.

Marcada a data, fui atrás dos últimos detalhes, encontrando pessoas solidárias que me ajudaram na organização, entre elas: Jocelina, Wilker, Gabriela , o Frei Dito e a pastoral de música. Todos se prontificaram com dedicação, amor e carinho. O Frei Dito foi à escola CEI no dia 06 de novembro e deu a benção aos catequizandos, participando da confraternização que lá aconteceu.

Com muita emoção, diante da realização da cerimônia, eu agradecia a Deus, ã Paróquia Nossa Senhora das Graças e a todos os colaboradores que, juntamente com os pais, professores e diretora, tornava possível algo transformador na vida dos jovens adultos especiais.

Chegou o dia 10 de novembro, e logo que começaram a chegar os crismandos com seus pais, padrinhos e familiares, percebi a responsabilidade na construção de uma obra que não era minha, mas do arquiteto maior, que sempre nos confia um trabalho de amor e caridade.

Às 10 horas começou a missa, que teve como concelebrante: Frei Francisco e o Diácono Michel. Houve muita emoção com os cânticos, a acolhida e a homilia de Dom Pedro Luiz, que foi ímpar, com palavras tão adequadas a um momento tão especial.

Os pais e padrinhos ficaram atentos na hora da unção do crisma e da comunhão, sacramentos que confirmaram o desejo dos jovens e adultos especiais em seguir os ensinamentos de Jesus, desejo de participar das celebrações, da eucaristia como todos os católicos praticantes e sentirem-se inclusos na comunidade.

Ao terminar, foi lida uma poesia, escrita por um bispo da cidade mineira de Luz, Dom Belchior, a poesia chama-se “Vela” , que faz alusão ao que devemos ser. Em seguida, fiz uma homenagem a Dom Pedro Luiz, que deixou a Diocese neste mês, agradecendo-o por sua dedicação e interesse ao trabalho da catequese feito junto ao CEI e a importância do sacramento para os portadores de necessidades especiais. A diretora Leonádia e a Secretária de Ensino Leila Aidar também falaram da importância da celebração e fizeram agradecimentos ao bispo.

Este Bispo, que ficou conosco apenas três anos, deixou sementes plantadas em nossos corações e, agora, cabe a nós regá-las com boas obras, caridade e amor para que possamos evoluir espiritualmente. Devemos entender que estamos aqui para servir ao próximo e que somente quando fazemos o bem é que encontramos a verdadeira felicidade, ou seja, Deus.

Maria Inácia Araújo Carvalho

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

.. .eu pretendo ser feliz, sem prender-me ao que não fiz,. mas olhando o que é possivel...

Para ser feliz é preciso ser criativo..
Descobrir no meio de tudo ,
o que ainda pode ser feito!
O primeiro passo é jogar fora,
filtrar da nossa "água",todo lixo que produzimos...
Esquecer o que em nós não presta,para cada dia,
sentir que ficamos mais leves...
Não minta para você mesmo,DEUS age na sua verdade!
Seja inteiro em cada fragmento da vida ,
que está ao seu redor!
Seja seguidor de JESUS!
Viver os passos de JESUS,é a certeza da felicidade!
ELE nos dá disposição para sermos reformados...
E já começamos a ganhar virtudes ,
quando reconhecemos nossos defeitos!
O grande desafio,é descoboir que a vida,
é experiência concreta e não podemos fazer dela,
uma simulação...
Todos os dias recebemos dos céus mais um dia..
Mais um dia? Não,o dia!
A vida não pode ser repetição!
Ainda que tudo seja igual,você não precisa ser...
Quando a vida não conceder você inventa!
Ás vezes ,descobrimos que a maior parte
das nossas angústias,são eperanças...
É só modificar o jeito de olhar para elas...
Olhos com lentes de medo,são olhos pessimistas,
e muito pouco podem da vida!
Não vamos prestar muita atenção no que perdemos...
Vamos dar á vida uma nova oportunidade!
No coração Misericordioso de JESUS,
ainda existe lugar para cada um de NÒS!

Pe. Fábio de Melo

Elaborada por Inaura C. Costa,com fragmentos de livros,músicas,
palavras de vida,palestras,homilias,entrevistas direççao espiiritual
do pe. Fábio de Melo)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

... quero estar semeando o amor,ensinando o perdão, comungando o Teu Pão, que do céu nos mandaste,pra ser alimento.

Quantas vezes nos reunimos pelo alimento ,
e matamos a fome do corpo...
Mas não podemos esquecer do alimento espiritual!
O alimento espiritual é a vida em DEUS!
Vida com os irmãos,experiência de reunir a família...
De estar juntos,experiência de fraternidade,
de aliviar o peso uns dos outross...
Se somos Cristãos ,comumgamos JESUS,
precisamos assumir o compromisso de ser Eucaristia
no meio das pessoas...
No banquete da amizade, devemos ser o Pão!
.Que o outro ao se aproximar de nós, sacie sua fome espiritual!
Temos que ter consciência de que é Sagrado Viver...
Por isso é preciso despestar o dom da alegria,
que é preciso viver todos os dias e tornar mais leve,
a vida dos que vivem ao nosso lado!
Chega de sentimentos mesquinhos!
Precisamos ser alimento positivo,para nao causar infelicidade!...
Há pessoas que ao invés de cortar as arestas quando surgem,
fazem questão de mostrar que existem e fazê-las crescer...
Isso diabólico!
E muitas vezes são pessoas que se dizem Cristãs!
É o Cristianismo de fachada ,só de Igreja mas sem o Cristo!
Não têm amor,misericórdia.,compreensão,
verdade,fraternidade!
Não basta estar na Igreja,temos que ter JESUS dentro de nós!
É Sagrado Viver e por isso é preciso despertar esta Sacralidade..
Pergunte-se todos os dias :
Nos lugares que frequenta,você desperta o que é sagrado ou diabólico?
Responda,fazendo uma reflexão de sua vida!.
Você pode fazer um inferno de sua vida e da vida dos outros...
Mas pode antecipar no coração o desejo de trazer a Eternidade!
Desejo que as forças do Céu visitem o seu coração...
E fortalecido pelo CRISTO,seja capaz de transformar
as estruturas ao seu redor...
E que você possa ser para o outro o que o outro precisa:
alimento ESPIRITUAL!

Pe. Fábio de Melo

elaborada por Inaura C. Costa com fragmentos de livros,músicas,palavras de vida
homilias,direçaçi espiritual palkestras do pe.Fábio de Melo

domingo, 9 de dezembro de 2012

...Maria santa e fiel,ensina-nos a viver como escolhidos, olhos voltados para o céu,e por ele construir a nova vida...

Com Maria, a condição humana foi elevada!
Ela é o berço onde tudo começou!
JESUS,não foi colocado no mundo,não nasceu,
não entrou na experiência histórica, de qualquer jeito!
JESUS passou pela experiência de ter mãe, Maria!
Todas as verdades de fé que a Igreja ensina sobre Maria,
estão segurando junto, o Mistério da Encarnação,a Cristologia ...
São para reafirmar as verdades sobre JESUS!
Maria precisou manter os olhos voltados para o Céu ,
para dar conta da missão de ser a mãe do filho de DEUS...
De preparar a Humanidade de JESUS!
A personslidade,o jeito de ser de JESUS,
foi fruto de uma mulher, que o educou do jeito certo!
Honrou a missão de educar o Filho de DEUS !
O dom de Maria na vida de JESUS,foi o específico
da condiçaõ Humana, influenciando o que é Divino!
Maria conseguiu colocar no coração de JESUS,
um jeito raro de ser gente!.
Nossa Senhora ensinou JESUS,
a ter ternura,ter misericórdia dos fracos,
compadecer-se dos mais necessitados,
ter predileççao pelos i!nfelizes
e os fracasasdos do mundo!..
JESUS se construiu como pessoa, pronto para o céu...
Pela condiççao divina que tinha,mas também,
pela Humanidade bem trabalhada,bem equilibrada
que Maria Lhe deu...
Maria acompanhou toda a vida de JESUS...
Esteve ao Seu lado durante toda caminhada !
Na hora da morte de seu Filho estava ao pé´da Cruz...
Sofrendo,mas estava lá,dando seu amor até o fim!
MARIA, Mãe de DEUS e nossa Mãe,
motiva um jeito bonito de ser Mulher,
no mundo de HOJE!

Pe. Fábio de Melo

Quer receber estas mensagens no seu E-mail? escreva-se inauracasado@hotmail.com / rafaelleo@hotmail.com.br

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conto com sua ajuda


Este meu Grande amigo o Fabiano Ferreira Está concorrendo um VideoClipe mais para isso ele precisa que a foto dele seja a mais curtida e mais compartilhada, este é o link da fotohttps://www.facebook.com/photo.php?fbid=474904655893398&set=a.472969142753616.116159.186302001420333&type=1&theater convido a todos os meus amigos pra fazer isso. Vamos todos juntos. Conto com todos vocês.
Este é um link pra vcs convidarem todos os seus amigos
https://www.facebook.com/events/130635180425681/

Meus queridos leitos vamos entrar nesta campanha. Conto com todos vocês.

#TamosJuntos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Purgatório na Bíblia


Muitos me perguntam onde está na Bíblia o Purgatóri?

Ele é uma exigência da razão e mesmo da caridade de Deus por nós. A palavra “Purgatório” não existe na Bíblia, foi criada pela Igreja, mas a realidade, o “conceito doutrinário” deste estado de purificação existe amplamente na Sagrada Escritura como vamos ver. A Igreja não tem dúvida desta realidade por isso, desde o primeiro século reza pelo sufrágio das almas do Purgatório.

1 - São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31).

Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (Dial. 41,3). O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.

2 - O ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. “Então encontraram debaixo da túnica de cada um dos mortos objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisas proibidas pela Lei dos judeus. Ficou assim evidente a todos que haviam tombado por aquele motivos… puseram-me em oração, implorando que o pecado cometido encontrasse completo perdão… Depois [Judas] ajuntou, numa coleta individual, cerca de duas mil dracmas de prata, que enviou a Jerusalém para que se oferecesse um sacrifício propiciatório. Com ação tão bela e nobre ele tinha em consideração a ressurreição, porque, se não cresse na ressurreição dos mortos, teria sido coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Além disso, considerava a magnífica recompensa que está reservada àqueles que adormecem com sentimentos de piedade. Santo e pio pensamento! Por isso, mandou oferecer o sacrifício expiatório, para que os mortos fossem absolvidos do pecado” (2Mc 12,39-45).

O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: “Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s).Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé. Cometeram uma falta que não foi mortal.

Fica claro no texto de Macabeus que os judeus oravam pelos seus mortos e por eles ofereciam sacrifícios, e que os sacerdotes hebreus já naquele tempo aceitavam e ofereciam sacrifícios em expiação dos pecados dos falecidos e que esta prática estava apoiada sobre a crença na ressurreição dos mortos. E como o livro dos Macabeus pertence ao cânon dos livros inspirados, aqui também está uma base bíblica para a crença no Purgatório e para a oração em favor dos mortos.

3 - Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E S. Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.

4 - Na passagem de Mc 3,29, também há uma imagem nítida do Purgatório:”Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes.” (Lc 12,45-48). É uma referência clara ao que a Igreja chama de Purgatório. Após a morte, portanto, há um “estado” onde os “pouco fiéis” haverão de ser purificados.

5 - Outra passagem bíblica que dá margem a pensar no Purgatório é a de (Lc 12,58-59): “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.”

O Senhor Jesus ensina que devemos sempre entrar “em acordo” com o próximo, pois caso contrário, ao fim da vida seremos entregues ao juiz (Deus), nos colocará na “prisão” (Purgatório); dali não sairemos até termos pago à justiça divina toda nossa dívida, “até o último centavo”. Mas um dia haveremos de sair. A condenação neste caso não é eterna. A mesma parábola está´ em Mt 5, 22-26: “Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo” . A chave deste ensinamento se encontra na conclusão deste discurso de Jesus: “serás lançado na prisão”, e dali não se sai “enquanto não pagar o último centavo”.

6 - A Passagem de São Pedro 1Pe 3,18-19; 4,6, indica-nos também a realidade do Purgatório:”Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados (…) padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos na prisão, aqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes (…).” Nesta “prisão” ou “limbo” dos antepassados, onde os espíritos dos antigos estavam presos, e onde Jesus Cristo foi pregar durante o Sábado Santo, a Igreja viu uma figura do Purgatório. O texto indica que Cristo foi pregar “àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes”. Temos, portanto, um “estado” onde as almas dos antepassados aguardavam a salvação. Não é um lugar de tormento eterno, mas também não é um lugar de alegria eterna na presença de Deus, não é o céu. È um “lugar” onde os espíritos aguardavam a salvação e purificação comunicada pelo próprio Cristo.

Prof. Felipe Aquino

A Palavra de Jesus é sempre eficaz

Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade. Celebramos hoje a memória de São Francisco Xavier.

O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João, com diferenças sensíveis entre si.

O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.

Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus neste Evangelho é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.

Além deste episódio com o centurião, a cura à distância se dá apenas com outra pagã: a mulher cananeia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.

Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.

Foi a partir da fé deste centurião, que hoje – antes de comungarmos – professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.

É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre este homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz hoje meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.

Que São Francisco Xavier nos inspire o seu jeito certo de hoje evangelizar, tal como ele se inspirou em Cristo nosso Senhor.

Padre Bantu Mendonça

domingo, 2 de dezembro de 2012

Coroa do Advento

O Advento é um tempo especial em que preparamos e aguardamos a vinda de Jesus.

Significado dos símbolos:


FORMA CIRCULAR - O Círculo não tem principio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é Eterno.

AS RAMAS VERDES: Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida.

AS QUATRO VELAS: As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. São três velas roxas, uma vela rosa. Usamos também uma vela branca no meio.AS CORES DAS VELAS NA COROA DO ADVENTO:Verde, Roxa, Rosa e Branca, podendo também serem adotadas velas com as seguintes cores: Roxa, Vermelha, Rosa e Verde ou até também Roxa Escura, Roxa Clara, Rosa e Branca.

Geralmente na Igreja Católica a cor das velas segue a cor das vestes litúrgicas do sacerdote, sendo assim, a cor roxa é usada no primeiro, segundo e quarto domingos do Advento simbolizando a conversão e penitência e, a cor rosa no terceiro domingo (Gaudete) simbolizando a alegria em meio à expectativa da chegada de Jesus.

Na primeira semana é ESPERANÇA

Na segunda semana é a PAZ

Na terceira semana é a ALEGRIA (vela rosa)

Na quarta semana é o AMOR

A vela branca é Cristo e está no centro da coroa. Simboliza que Jesus é deve ser o centro em nossa Vida. Tudo por Jesus e com Jesus.

Vamos nos preparar para receber o menino Deus.

SUGESTÃO: Faça a coroa do advento em família, ensinando as crianças o sentido e o significado da Coroa do Advento.

Deus abençoe você!

O Advento e seu significado


O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire, que quer dizerchegar. Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória.

O tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro domingos, tal como hoje celebramos.



Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade.

Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O SENTIDO DO CASAMENTO




“ Quando Deus desejou que a humanidade existisse, criou o homem e a mulher, “ a sua imagem e semelhança”. E disse ao casal:” Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir a sua mulher e já não são mais que uma só carne”(Gn 2,24). Isso que dizer: serão uma só realidade, uma só vida, uma união perfeita.E Jesus elevou o casamento a dignidade de casamento e disse: “ Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.”(Mt. 19, 06). E após uni-los, Deus disse ao casal ;”Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn. 1,28).

Aqui está o sentido mais profundo do casamento. “Frutificai, crescei e multiplicai.” Deus quer que o casal, na união profunda do amor, cresça e multiplique nos seus filhos: e daí surge a família, a mais importante instituição da humanidade, a célula principal do plano de Deus. É muito significativo que Deus tenha dito ao casal: “crescei” e depois “multiplicai”. Isso mostra que a primeira dimensão do casamento é “crescimento” mútuo do casal realizado no seu amor fecundo e na unidade. Como é que o casal vai educar os filhos, se eles, antes não se educaram, não cresceram juntos?

O casamento não é uma aventura, nem um “tiro no escuro” como dizem alguns; e sim, um projeto sério de vida a dois em que cada um está comprometido em fazer o outro crescer. Se a esposa não se torna melhor por causa da presença do marido a seu lado, e vice e versa, então o casamento deles está vazio, pois não realiza sua primeira finalidade. O casamento não é para “curtir a vida a dois”, egoisticamente; ele é uma “missão”, existe para vivermos com alguém muito especial que queremos construir e com ele dar os filhos a Deus. É por isso que se diz: ”amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido.” Para ajudar o outro a crescer é preciso aceita-lo como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. A parir daí é possível então, com muita paciência e carinho, ajudar o companheiro à crescer; e crescer quer dizer “ atingir a maturidade como pessoa humana” no campo emocional, espiritual, moral e etc. A base do crescimento do casal é a unidade; e esta é a base formada no amor conjugal. O fato de dois estarem juntos há anos, não quer dizer que estejam unidos. A união do casal deve ser como a do “café com leite”, em que cada um “desaparece” e surge um novo café. Ninguém os consegue separar mais… Ambos estão ali, mas unidos a tal ponto que formam um novo café.

Assim deve ser a unidade do casal, devem formar uma só carne. Nada de mentiras, tapeações, fingimentos, brigas, discussões, infidelidades, planos separados etc. O “eu” deve ser substituído pelo “nosso”. Todos os atos da vida do casal devem ser realizados em harmonia, de comum acordo, como exige a unidade. Isso é casamento. Isso exige a presença de Deus na vida dos dois; pois só Deus é amor. E a sua graça nos capacita a amar.”


Autor: Prof. Felipe Aquino

Revista Canção Nova – Novembro de 2009 / nº 107

Você tem deixado de esperar Jesus?

Alguns dos discípulos de Cristo estavam comentando como o Templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: “Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.

“Mestre – perguntaram eles – quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que elas estão prestes a acontecer?” Ele respondeu: “Cuidado para não serem enganados, pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ‘O tempo está próximo’. Não os sigam. Quando ouvirem falar de guerras e rebeliões, não tenham medo. É necessário que primeiro aconteçam essas coisas, mas o fim não virá imediatamente”. Então lhes disse: “Nação se levantará contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu”.

Temos como objetivo fazer uma coisa muito gloriosa, que é anunciar o Evangelho do Reino de Deus por todo mundo. Há uma convicção muito clara em nosso coração de que Deus se agrada disso e nos capacita como instrumento, como um canal para honrar, glorificar e exaltar cada vez mais o Nome do Senhor. E temos também a convicção de que o Senhor tem permitido que este trabalho se realize para que almas perdidas venham a ser resgatadas e levadas ao caminho certo que são os passos do Senhor Jesus Cristo.

Muitos estão perdidos, preocupados com as coisas desse mundo. Estão cegos, não conhecem a Palavra. Mas Deus nos chamou para sermos luz. Deixe Deus usá-lo. Ele anseia por isso! Que você seja um canal de bênção para as pessoas. Vigie e ore em todo o tempo, para que não caia nas ciladas do demônio. Fique firme. Fortaleça o seu coração no Senhor, porque d’Ele procede todas as coisas. Ele o ama e quer usá-lo.

“Vigiai”. A atitude que Jesus espera de cada cristão, com relação à sua vinda, não é outra senão a vigilância. “E as coisas que vos digo, digo-as a todos: vigiai” (Mc 13,37). Estar vigilante é estar atento, é estar prestando atenção a todos os acontecimentos, a tudo que ocorre à sua volta, buscando ver nisto os sinais da proximidade da vinda de Jesus.

Apesar da exortação do próprio Senhor ser no sentido do cristão ter de vigiar durante todo o tempo, tem sido uma constante, na história da Igreja, movimentos que têm posto em segundo plano – quando não em último plano – a promessa da vinda de Jesus. Seja por meio da retirada total do tema do discurso eclesiástico, seja por decepções com as falsas profecias de designação de datas para o tão aguardado retorno, muitos cristãos têm negligenciado e deixado de esperar Jesus.

Uma vida cristã sem esta esperança é uma vida sem alento, sem perspectiva da eternidade, uma vida que passa a ser perigosamente envolvida com as coisas deste mundo e que tem grande probabilidade de ser sufocada por estas mesmas coisas, como ocorreu com a semente que brotou entre os espinhos (cf. Mt 13,22).

Os sinais da vinda do Senhor estão se cumprindo. Tudo indica que o retorno de Jesus é iminente. Esforcemo-nos, portanto, para que sejamos vigilantes. Tenhamos uma vida de oração, de santidade, cheia do Espírito Santo, com o verdadeiro e genuíno amor divino em nossos corações e com absoluta fidelidade e lealdade ao Senhor.

Não nos deixemos perturbar pelas falsas profecias, pelos que, mesmo entre nós, começam a esmorecer e a desacreditar da volta do Senhor, passando a buscar as coisas desta vida, mesmo em nome de sua religiosidade, mesmo em nome de Cristo.

Nunca percamos de vista que a razão de ser da nossa fé é a vida eterna, é o convívio para sempre com Nosso Senhor nas mansões celestiais. Vigiemos e, juntamente com o Espírito Santo, que nosso profundo desejo da alma seja dizer: “Ora, vem Senhor Jesus!”

Padre Bantu Mendonça