sábado, 31 de março de 2012

O demônio tem mais poder a noite ou em determinada época do ano?

A força do demônio é e sempre será limitada pela ordem de Deus!

Quem nos responde esta pergunta é o Padre Jose Fortea. Ele é um padre com o Ministério de Exorcismo em sua diocese em Mari, Espanha! Também é o responsável por estar acompanhando um dos casos mais graves de possessão diabólica da Espanha.


Vamos então a resposta:

“O poder do demônio sobre nós depende somente da permissão de Deus e da nossa fraqueza. Deus pode não permitir que alguém seja tentado, ou que alguém não seja tentado além de suas forças. Por outro lado, quanto mais fraca for uma pessoa, mais poder e influencias tem a tentação sobre ela.

Mas estes esclarecimentos devem deixar claro que a hora do dia, a data e o lugar são indiferentes! Eles constituem somente o ambiente da tentação, sem que estes influenciem em nada.

Embora seja verdade que se peque mais a noite já por estar mais cansados e por não ter a mente ocupado com os nossos trabalhos.

Também o dispor de tempo livre, nos ajuda a fazer mais bem ou mais mal, de podermos nos dedicar a oração, as obras de caridade, etc…ou então o de podermos nos dedicar a luxuria, as rixas familiares, ao jogo, a bebida e etc…

Este esquema pode parecer simplista, mas a experiência nos mostra que por vezes os esquemas simplistas funcionam!”

Fonte: Blog Livres de todo mal

Tenhamos cuidado com os nossos pensamentos e palavras

A mensagem central de hoje – e de todo o Evangelho de São João – é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito para que não morra todo aquele que nele crê, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). A presença de Jesus, como Luz do mundo, divide os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.

Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a fama d’Ele e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, pois questionavam a pessoa de Cristo. Até que, finalmente, os sacerdotes e os fariseus convocaram o Conselho. Desde aquele momento, resolveram tirar-Lhe a vida. Decidiram matar Jesus.

Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem, por curar e ressuscitar pessoas, por aconselhar os homens a seguir o caminho reto, a não se preocuparem com o dia de amanhã e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. O que mais indignou os sumos sacerdotes foi Jesus dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas, na verdade, eles queriam “apagar” o concorrente. Então, aquele Conselho foi um pré-julgamento de Jesus, no qual o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.

Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades, seja no emprego, por ciúmes dos colegas que são mais capazes do que nós, ou por aquele “cara forte que arrasa” quando chega na área.

Jesus era consciente de que um efeito, ainda que não desejado, do Seu trabalho fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do Templo e de todos os que se consideravam “donos da verdade”.

Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da Nova e Eterna Aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa decisão pela Luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar pela Luz e abandonar a morte.

Que essa Quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovarmos nossos corações e, assim, podemos viver a Páscoa do Senhor, que deseja nos devolver a alegria de viver.

Precisamos tomar cuidado para não fazer como os líderes judaicos daquele tempo. Tenhamos cuidado com os nossos pensamentos e palavras, e lembremos, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”

Padre Bantu Mendonça
Fonte: Blog Canção Nova

sexta-feira, 30 de março de 2012

O Rosto Pascal da Igreja

Páscoa é avitória da vida sobre a morte, trazendo a esperança e a grande oportunidadepara a criatura humana assumir uma vida nova, uma vida diferente. Na Igreja,“memória”, “presença” e “profecia” é um trinômio que só se compreende a partirda Páscoa, tendo o Senhor Ressuscitado como o centro.


Nós cristãos,que moramos nesta cidade de Fortaleza, devemos ter uma ação concreta, queresponda aos anseios de todos os que aqui vivem. Dom Aloísio, na carta pastoralsobre o uso e a posse do solo urbano de 31.05.1989, afirmava: “A cidade deveser para o homem e não o homem para a cidade. Deve ser um espaço de convivênciasolidária para todos os que nela moram, convivência que seja resultante daconvergência de esforços para tornar a cidade mais humana e também cristã” –uma cidade, de verdade, mais pascal.

A Páscoa deveser um processo que se realiza e que acontece, através do compromisso ético, naação pastoral, no trabalho, no convívio social e nas mais diferenciadasatividades das pessoas que t6em fé e que acreditam no futuro da humanidade e que“O Cristo, Nossa Páscoa”, com toda sua força, renova e deixa repleta de graça aface da terra, concretamente na nossa cidade de Fortaleza.

Em 1968, osbispos da América Latina, reunidos na 2ª Conferência de Medellín, Colômbia que,na abertura, contou com a presença do Papa Paulo VI, comprometeu-se quemostrariam ao mundo o rosto de uma Igreja pascal, querendo dizer ao mundo queela era capaz de caminhar com a humanidade, peregrina e missionária nahistória, querendo concretamente libertar o seu povo e ser sinal do Reino deDeus e do seu projeto de amor (cf. Medellín, 5, 15).

Em Medellín, “libertação” era a palavra chavee a mais importante. O grande desafio de todos nós é apresentar ao mundohodierno, sinais de que somos cristãos apaixonados pelo projeto pascal de Jesus,e que “não se constrói sem sacrifício, sem renúncia de si mesmo, sem cruz”(Cardeal Lorscheider).

A liturgia daPáscoa (Vigília Pascal), no dizer de Santo Agostinho, é a “Mãe de todas ascelebrações” que, com seus ritos antigos, com toda sua beleza, sua profundidadepoética e ao mesmo tempo profética, deve nos estimular e desafiar. Ficar só norito, seria muito triste ao coração de Deus.

A Páscoa deveser um grito, um clamor, um anúncio e a proclamação, numa só fé, da busca de ummundo novo que tem seu início na esperança e no amor de Deus, que quer a pessoahumana realizada e de bem com a vida. Quando é que teremos uma Igrejaverdadeiramente pascal? Somos desafiados a construir essa Igreja, pela força egraça, que nasce da Páscoa.Feliz Páscoa!


Pe Geovane Saraiva,Pároco de Santo Afonso


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O Rosto Pascal da Igreja

"VINDE, ESPÍRITO CRIADOR": Pe. Cantalamessa explica o trabalho ordenador do Espírito Santo

Na sua terceira pregação de Quaresma Padre Raniero Cantalamessa mostrou a obra iluminante e criadora do Espírito Santo.Referindo-se aos ensinamentos de São Basílio, o Grande, (329-379), o pregador da Casa Pontifícia explicou que o Espírito Santo "não pertence ao mundo das criaturas, mas ao do Criador e a prova é que o seu contato nos santifica, nos diviniza, o que não poderia fazer se não fosse ele mesmo Deus".
Ambrósio disse a este respeito que "Quando o Espírito começou a pairar sobre ele, o criado ainda não tinha nenhuma beleza. Em vez disso, quando a criação recebeu a operação do Espírito, obteve todo este esplendor de beleza que a fez brilhar como 'mundo' ".
"Em outras palavras - disse o padre Cantalamessa - o Espírito Santo é aquele que transforma a criação, do caos para o cosmos, que faz dela algo belo, ordenado, limpo: um “mundo" (mundus), precisamente, segundo o significado original desta palavra e desta palavra grega cosmos".
Segundo o Pregador da Casa Pontifícia “a ação criadora de Deus não se limita ao instante inicial, como se acreditava na visão deísta ou mecanicista do universo. Deus não 'foi' uma vez, mas sempre "é" criador ".
"Isso significa - acrescentou - que o Espírito Santo é aquele que muda continuamente o universo, a Igreja e cada pessoa, do caos para o cosmos, isto é: da desordem para a ordem, da confusão para a harmonia, da deformidade para a beleza, do velho para o novo".
Em breve, o Espírito Santo é aquele que sempre "cria e renova a face da terra" (cf. Sl 104, 30).
São Basílio diz que através do Espírito Santo "os corações se elevam, os fracos são levados pela mão, aqueles que progridem chegam à perfeição".
"Ele - escreveu São Basílio – iluminando os que foram purificados de toda mancha, torna-os espirituais através da comunhão com ele. E como os corpos claros e transparentes, quando um raio os atinge, se tornam eles próprios brilhantes e refletem outro raio, assim as almas portadoras do Espírito Santo são iluminadas pelo Espírito; elas mesmas se tornam plenamente espirituais e repassam sobre os outros a graça”.
Para explicar o trabalho de purificação conduzido pelo Espírito Santo, o padre Cantalamessa usou o exemplo da escultura.
Leonardo da Vinci dizia que a escultura é a arte do tirar. Conta-se que Michelangelo viu um bloco de mármore bruto coberto de poeira e lama. Parou para observá-lo, depois, como que iluminado súbitamente por um clarão, disse aos presentes: "Nesta massa de pedra está escondido um anjo: quero retirá-lo daí!" E começou a trabalhar com um cinzel para moldar o anjo que havia vislumbrado.
Assim é também conosco, sublinhou o Pregador da Casa Pontifícia: "Nós ainda somos massas de pedra bruta, com muita “terra” encima e muitos pedaços inúteis. Deus Pai nos olha e diz: "Neste pedaço de pedra está escondida a imagem do meu Filho; quero tirá-la daí, para que brilhe para sempre comigo no paraíso!" E para isso usa o cinzel da cruz, nos poda ( cf. Jo. 15,2)
"Se queremos brilhar também nós, como os Bronzes de Riace depois da sua restauração – comentou – a Quaresma é o tempo oportuno para colocar mãos à obra na empresa”.
No final da Pregação de Quaresma, padre Cantalamessa propôs recitar o primeiro verso do hino "Veni Creator" pedindo ao Espírito Santo "para fazer passar também o nosso mundo e a nossa alma do caos para o cosmos, da feiura do pecado para a beleza da graça".

[Tradução Thácio Siqueira]


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"VINDE, ESPÍRITO CRIADOR"

quarta-feira, 28 de março de 2012

À medida que servimos a Deus somos livres

O Evangelho de hoje, dentre tantas coisas, nos traz o caminho de santidade que passa pelo seguimento a Cristo, pois esse é, na realidade, um caminho na liberdade e na verdade.

De fato, Jesus diz: “Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á” (João 8,31-32).

Propor a santidade de vida nada mais é do que oferecer o caminho da autenticidade e da liberdade. À luz da fé, ser santo é viver a verdade total, não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; ele considera tanto a realidade terrena como a sobrenatural, contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive a pureza de intenções, considerando todos os aspectos da própria existência.

O aspecto mais importante é que quem deseja a santidade abre-se para Deus, o bem supremo e fonte verdadeira. Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Depois da Sua Morte e Ressurreição, o Senhor prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito da Verdade” (Jo 16,13).

Diante de Pilatos, Jesus disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18,37). Seguindo radicalmente a Cristo, caminhamos na autenticidade total.

A santidade de vida e a abertura à graça nos ajudam, na realidade, a compreender mais profundamente as verdades de Deus. São Paulo escreve: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1Cor 2,14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1Jo 3,6).

Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela Sua graça. Só a experiência do silêncio e da oração oferecem o horizonte adequado, nos quais pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente ao mistério de Deus. Por este motivo, com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz sobre Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.

No Evangelho, Jesus fala da liberdade espiritual. Na realidade, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Auxilia-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos dependentes nem permanecermos escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado; mas nos estimula e nos torna capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.

Jesus, no Evangelho de hoje, responde aos judeus de maneira clara: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que, hoje, são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres para desejar valores maiores.

Contudo, quem de nós não experimentou – e não experimenta em maior ou menor medida – a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho, que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal, escreveu com convicção: “Ouso dizer que à medida que servimos a Deus somos livres, enquanto que, à medida que servimos a lei do pecado, somos escravos”.

Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente por meio da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isso de maneira clara no Evangelho que ouvimos: “Por conseguinte, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”.

O caminho de santidade é para a liberdade espiritual, que pode se manifestar “até em condições de constrição exterior”, como nos ensina o Papa João Paulo II, na Carta Encíclica “Redemptor Hominis”, 12.

A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação a toda verdade acerca do homem e do mundo”, continua Sua Santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: “a verdade libertar-vos-á”.

Peçamos ao Senhor que nos ajude a aceitar, seriamente, o convite à santidade nas nossas condições de vida cotidiana, que não é mais que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.

Padre Bantu Mendonça
Fonte: canção nova

segunda-feira, 26 de março de 2012

Anunciação do Senhor

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.

Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".

domingo, 25 de março de 2012

Até que ponto assumimos o compromisso de viver como cristãos?

Estamos quase no fim da Quaresma. Como discípulos, somos convidados a dedicar nossas vidas à missão do anúncio da esperança e à comunicação do amor e da vida, que é a glória de Deus. A “lei no coração”, anunciada por Jeremias, é o mandamento do amor comunicado por Jesus que une a todos e traz a paz.

Nesse tempo de graça, estamos nos dias finais para aqueles que souberem acolher o convite de Deus em considerar a “saúde” de sua vida interior. Graças, da mesma forma, para toda comunidade, pois, com certeza, muitos de nós levaram a sério a proposta de cultivar a vida interior a partir do Evangelho, que indica uma mentalidade e um modo de viver e conviver com as pessoas. Trata-se, portanto, de uma celebração especial no sentido de que somos convidados a selar, a assinar esse empenho de cultivar a vida interior na ótica do Evangelho.

É hora de nos questionarmos: “Até que ponto assumimos o compromisso de viver como cristãos? Até que ponto estamos comprometidos com o plano divino de colocar o Espírito de Deus entre nós pela realização do projeto do Reino?”.

Em que você coloca o seu coração? Com quem estabelece relações? Fazer aliança com Deus e viver de acordo com o projeto divino faz com que as nossas relações sejam firmes e douradoras, pois se trata de um compromisso assinado com a vida, com aquilo que representa a centralidade dela: o coração amoroso de Deus Pai.

Ser infiel a essa união é o mesmo que “rasgar” a vida, desperdiçá-la, perdê-la como diz Jesus no Evangelho: “Quem quiser ganhar a vida, vai perdê-la”. Quem quiser colocar, no seu coração, outro projeto que não seja o de Deus, perderá o sentido de viver. É por isso que, antes de iniciar a celebração, fazemos o ato penitencial.

Colocar Deus no coração, no centro da existência pessoal, não é tarefa fácil para nenhum de nós. Em nossos dias, as situações parecem mais confusas que outrora. Somos como aqueles que estavam com Jesus e ouviram a voz divina, mas não souberam identificá-la, achando que fosse voz de anjos, trovões ou algo assim. Há tantas vozes que falam e acabam nos confundindo ao invés de nos ajudar a identificar o projeto de Deus.

É preciso considerar a resposta que Jesus deu aos gregos, os quais queriam ver o Senhor para entender bem o sentido de “colocar Deus como centro da vida interior”. Se aqueles gregos queriam ver um Jesus “famoso”, “milagreiro” ou “pregador”, tiveram uma bela decepção!

Jesus fala que o compromisso com o plano divino é exigente, a ponto de termos de morrer para viver de outro modo. Isso exige desapego da própria vida, assumindo a mentalidade do Evangelho, ou seja, tomando para sim um compromisso exigente e só realizável por quem tem o Espírito de Deus dentro de si.

O Plano de Deus foi plenamente realizado por Jesus. Hoje, ainda continua a ser realizado pelos discípulos de Cristo que têm o Espírito Santo em seu coração, por aqueles que levam a sério a aliança assinada no dia do batismo, também por aqueles que não são cristãos “de nome”, mas assumem a mentalidade do Evangelho e fazem dele o seu modo de viver e agir.

Concluo com as seguintes perguntas: O que está no centro de sua vida interior? Qual a coisa mais importante que está em seu coração? O Espírito de Deus ou uma outra mentalidade ajustada a este mundo? Vamos pensar nisso, durante essa semana, para tomar uma decisão sincera sobre nosso modo de ser cristão a partir da Semana Santa.

Quaresma é tempo de preparação para a Páscoa. Duas são as atitudes fundamentais desse tempo para você e para mim: a conversão do coração e a solidariedade aos necessitados. A oração é o melhor meio para orientar a vida nesse caminho.

Padre Bantu Mendonça
Fonte: Blog Canção Nova

Passos para discernirmos a ação do demônio

Os sinais da ação do Mal…

Como conseguir discernir se de fato estamos diante de uma pessoa que esta sofrendo algum tipo de ataque direto do demônio? Existe um caminho a seguir para se chegar à esta conclusão?

Estas são as perguntas mais frequentes que geralmente fazemos para se chegar a um discernimento mais preciso do que esta acontecendo com uma pessoa que diz sofrer ataques diretos do demônio.

Mas antes de dar alguns conselhos sobre como podemos chegar a um discernimento mais preciso, é bom lembrar o que escrevi há alguns meses atrás sobre os tipos de ataques e de influências que o demônio pode ter sobre uma pessoa. (Tipos de Ações Diabólicas)

Descrevi estes tipos de ações como ações extraordinárias, na qual nem todos estão sempre sujeitos. Diferente das ações ordinárias na qual todos nós passamos que é a Tentação.

Como ações Extraordinárias descrevi estas:

- Distúrbios Externos

- Possessões Diabólicas

- Vexações Diabólicas

- Obsessões Diabólicas

- Infestações Diabólicas

- Sujeições Diabólicas

Tendo em mente estes tipos de ações do Inimigo é importante que interroguemos os familiares ou a pessoa que se apresentou para receber Oração de Libertação ou o Exorcismo ( somente relembrando que no caso de Exorcismo, somente um Sacerdote devidamente autorizado pelo seu Bispo pode proceder com o mesmo.) se existem realmente razões válidas para que se proceda com tais orações. Para isso é preciso estabelecer um diagnóstico. Podemos então começar com os sintomas que a pessoa ou os seus familiares dizem estar sendo vitimas.

Começamos então pelos sintomas dos Males Físicos:

- Na grande maioria das vezes as regiões mais atingidas por influências maléficas são a cabeça e o estômago. Geralmente a pessoa pode sofrer de dores de cabeça agudas e intensas por muitos dias, meses e até por anos; e os medicamentos se mostram ineficazes nestes casos. Ainda relacionado à cabeça e também aos jovens; é peculiar um sintoma que acontece no jovem que sofre algum tipo de influência maléfica uma rejeição brusca pelos estudos. Crianças e jovens que até ali nunca tiveram nenhuma dificuldade nos estudos e até mesmo gostavam de ir à escola de repente começam a detestar os estudos, o ambiente de escola, começam a ter muitas dificuldades de aprender, falta de concentração, suas memórias se tornam falhas e por isso não querem mais estudar, se tornam rebeldes e indisciplinadas. Uma observação importante: aqui não se trata de pessoas que não gostam de estudar ou somente estão passando por alguma dificuldade nos estudos, mas estou dizendo de uma mudança muito brusca no seu comportamento.

- A boca do estômago também é um ponto geralmente atingido por influências maléficas. Dores quase que insuportáveis e constantes, e todo o tratamento se mostra ineficaz á estas dores. Muito comum é vermos estas dores na boca do estômago se deslocar por vezes para o intestino, para os rins, ovários; e os médicos não conseguem uma explicação para o mesmo.

- Um dos sintomas mais típicos da necessidade de Oração de Libertação ou exorcismo é a aversão ao Sagrado: Pessoas que deixaram de rezar, embora tinham uma vida de oração; já não querem mais ir a igreja, participar das Santas Missas, e experimentam um sinal externos de raiva em relação as coisas de Deus, chegando até mesmo se tornarem violentas quando o assunto é Deus e as coisas sagradas, assim como aos objetos sagrados.

O Ritual do Exorcismo ainda nos da como auxílio alguns sinais suspeitos, algumas manifestações mais espetaculares, mas que particularmente só as vi acontecer quando começamos a proceder com as Orações de Libertação ou em meio ao Ritual do Exorcismo, e não antes.

Elas são: Falar ou compreender línguas diferentes, sem que a pessoa nem mesmo tenha tido contato com essa língua, por exemplo, o Latim. Outro fato é da pessoa conhecer coisas futuras ou secretas, e ainda demonstrarem uma força sobre-humana.

Ainda durante as orações é comum acontecer casos de grande violência, comportamentos estranhos, blasfêmias e xingamentos.

Uma coisa importante a se destacar é que quando estas pessoas se dirigirem a nós, precisamos perguntar se as mesmas já recorreram aos médicos e se submeteram aos tratamentos que os mesmos recomendaram. Se sim, é muito provável que os medicamentos se tornaram ineficazes diante de uma real influência maléfica, mas mesmo assim não temos autorização de recomendar as pessoas a deixarem de tomar qualquer tipo de medicamento. E iremos perceber que após algumas orações a pessoa sentirá certo alívio em relação aos males reclamados. Nem sempre terão a cura total, pois isso dependerá do grau na qual esta pessoa esta sofrendo estas influências e da quantidade de orações que ela precisará receber para a total cura e libertação.

Espero que eu possa ter ajudado há esclarecer um pouco mais sobre como agirmos diante das pessoas que se apresentarem a nós reclamando de problemas espirituais.

Fonte Blog Canção Nova

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Sacerdote



Ah! Quão belo quão divino e cheio de grandeza é o Sacerdote! Participe e completa a paternidade de Deus pai.
Depois de fazer o verbo se encarnar sobre o altar, dá às almas este mesmo Verbo, eternamente gerado pelo Pai! E dá ao Pai o seu divino filho, que o Glorifica por meio de todos os mistérios de sua vida de Homem-Deus.
Ah! O Pai ama o Sacerdote, e nele se compraz quando o vê celebrando o Augusto Mistério!
O espírito Santa ama o Sacerdote, porque é o instrumento de que se serve para gerar nas almas a vida divina e renovar, em suas mãos, a obra admirável da Encarnação operada no seio de Maria. O Espírito Santo está nele e com ele; faz-lhe palpitar o coração, opera por suas mãos, fala por seus lábios quando ele anuncia a palavra de Deus, e, de um modo mais eficaz e sublime, quando ele pronuncia as palavras da Consagração.
E Nosso Senhora Jesus Cristo? Ah! Ele ama o Sacerdote, e o ama acima de tudo, pois que lhe concedeu todo o poder sobre a sua Pessoa, que somente pode viver com os homens, trabalhar entre eles e acerca-se dos pecadores, por intermédio do Sacerdote! Nosso Senhor não pode passar sem o seu Sacerdote!
O Sacerdote é o homem do Coração de Nosso Senhor, que o ama sobre todas as coisas. Foi por amor que o tornou Sacerdote; é o fruto de suas mãos e de seu Coração. O Sacerdote brota das chagas de Jesus Cristo. A maior Graça que Deus concede a um povo é o Sacerdote, o Sacerdote segundo o seu Coração.


São Pedro Julião Eymard, Flores da Eucaristia.

Quais critérios você estabelece para reconhecer Jesus?

No Evangelho de hoje, João nos destaca – diferente do que os sinóticos fazem – o conflito entre Jesus e os judeus, pois, nos Evangelhos sinóticos, o Senhor restringiu-se aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. Mas isso por que este Evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, talvez não. Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel (reino do norte) e Judá (reino davídico do sul). O messias esperado pelo Judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião. Portanto, tratar-se-ia de uma salvação que atingiria todos os homens e mulheres do mundo inteiro, já que os destinatários da salvação o rejeitaram.

A atividade de Jesus denuncia o agir perverso da sociedade e, por isso, provoca ódio. Seus parentes pensam no sucesso, as autoridades O procuram, pois vêem n’Ele um perigo. E o povo expressa opinião diversa a respeito do Senhor: uns julgam-nO a partir das obras que Ele realiza; outros, a partir de leis e estruturas estabelecidas. Assim, a presença de Jesus é sinal de contradição que vai revelando a face das pessoas.

Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas rejeitavam o messianismo de Jesus e procuravam-nO para prendê-Lo e matá-Lo, pois para eles Jesus era uma ameaça. No meio do povo, a divisão continuava e o tema da discussão era a origem do tal Messias. Uns não aceitavam Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem do verdadeiro redentor; outros – que já são muitos – acreditavam que Ele era o Redentor, porque prestavam atenção às Suas práticas redentoras e viam nisso um sinal da presença de Deus.

Jesus, descartando qualquer aspiração ao poder, revela-se como o enviado que comunica a verdadeira vinda de Seu Pai. Desafiando-os diz: “Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não O conhecem. Mas eu O conheço, porque venho d’Ele e fui mandado por Ele”.

Assim, Jesus mostra o verdadeiro critério para que reconheçamos o Salvador. Não é o lugar de Sua origem, mas o fato d’Ele ser o enviado de Deus, cuja atividade deve ser reconhecida pelas obras que faz.

Depois de tudo o que você leu e tocou sobre o Verbo Divino feito homem para a nossa salvação, quais critérios você estabelece para reconhecer Jesus?

“Pai, ajude-nos a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois Sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas Palavras e nos sinais que Ele realizou.

Padre Bantu Mendonça

Fonte: Blog Canção Nova

terça-feira, 20 de março de 2012

Pichada a Catedral de João Pessoa

Nossa Catedral Basílica (recém-pintada) amanheceu pichada com jargões: legalização do aborto; machismo mata.
Quem pratica esse tipo de barbarismo?
Algum grupo de pressão pró-aborto? Enquanto essa gente utiliza o expediente do terrorismo emocional, pichando o templo religioso, milhares de voluntárias da Pastoral da Criança promovem a vida e a esperança, assumindo práticas de saúde preventiva às gestantes, aos nascituros, à mãe, à criança, bem como às pessoas idosas, envolvendo as famílias nas políticas de proteção à vida.
Nossas voluntárias não saem às escondidas para reivindicar a morte de inocentes. Nossas lideranças trabalham incansavelmente à luz do dia visitando as famílias que vivem em condições precárias nos bolsões de pobreza. Nosso objetivo é salvar vidas e não eliminá-las arbitrariamente. Semelhante trabalho de proteção à vida realiza a Pastoral da Pessoa Idosa.
Uma característica de fidelidade ao Mestre é o martírio, o testemunho dos valores contidos no Evangelho de Jesus.
A propósito, a rejeição ao aborto no Brasil aumentou em 17 anos. De acordo com a pesquisa Datafolha no final de 2011, 71% da população afirma que a legislação brasileira sobre o tema deve ficar como está. Somente 7% diz que a prática deveria ser descriminalizada. Desde 1993 a porcentagem dos que defendem que a lei continue como está subiu 17 pontos percentuais (de 54% a 71%). Quem defende a ideia de que o aborto seja permitido em mais situações caiu de 23% para 11%. Os que apoiam a descriminalização caiu de 18% para 7%. Por isso os projetos pró-aborto tramitam há tempo na Câmara e não conseguem adesão dos parlamentares, com medo de perda de votos..
Nosso povo não aceita a imposição do aborto, em nome da bandeira de grupos de pressão feminista ou de outras siglas ideológicas de gênero.
Por falar em siglas, a Liga Brasileira de Lésbicas conseguiu com que Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) retirasse os crucifixos e outros símbolos religiosos das repartições da Justiça do Estado com a justificativa de que o estado é laico.
Grupos de pressão apregoam a tolerância, entretanto, demonstram a sua absoluta intransigência ao marcar uma posição fundamentalista pela eliminação dos símbolos cristãos. Não toleram quem contrarie sua ideologia de gênero. Contradição de complexadas incontroláveis. Ora, o Estado brasileiro é laico, porem, o povo não é ateu. Nosso povo aceita a autonomia das realidades temporais.. Nem o Estado que igrejas a reboque e vice-versa. O povo não pratica nem aceita a imposição do ateísmo.
Nosso povo em sua maioria cristã, praticante ou não, rejeita aqueles/as que insistem em agredir os valores e símbolos que traduzem fé, amor, verdade, vida. Por isso também não aceita uma lei que legalize o aborto provocado livremente.
A “res pubblica” significa a salvaguarda dos bens da coletividade, bens públicos. Entre as várias dimensões dos bens se encontra a liberdade de expressão religiosa. A República brasileira nem se apropria de instituições que professam determinado credo, nem persegue pessoas que professam valores de fé, desde que não prejudique os direitos dos outros e a tranquilidade da ordem pública.

Dom Aldo Pagotto

Arcebispo Metropolitano da Paraíba

Fonte: Blog Felipe Aquino

João Paulo II e o Segredo de Fátima

 
João Paulo II, por sua vez, pediu o envelope com a terceira parte do « segredo », após o atentado de 13 de Maio de 1981, e dois envelopes: um branco, com o texto original da Irmã Lúcia em língua portuguesa; outro cor-de-laranja, com a tradução do « segredo » em língua italiana. No dia 11 de Agosto seguinte, o Senhor D. Martínez Somalo devolveu os dois envelopes ao Arquivo do Santo Ofício. Como é sabido, o Papa João Paulo II pensou imediatamente na consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria e compôs ele mesmo uma oração para o designado « Ato de Entrega », que seria celebrado na Basílica de Santa Maria Maior a 7 de Junho de 1981, solenidade de Pentecostes, dia escolhido para comemorar os 1600 anos do primeiro Concílio Constantinopolitano e os 1550 anos do Concílio de Éfeso. O Papa, forçadamente ausente, enviou uma radiomensagem com a sua alocução. Transcrevemos a parte do texto, onde se refere exatamente o ato de entrega: « Ó Mãe dos homens e dos povos, Vós conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo, acolhei o nosso brado, dirigido no Espírito Santo diretamente ao vosso Coração, e abraçai com o amor da Mãe e da Serva do Senhor aqueles que mais esperam por este abraço e, ao mesmo tempo, aqueles cuja entrega também Vós esperais de maneira particular. Tomai sob a vossa proteção materna a família humana inteira, que, com enlevo afetuoso, nós Vos confiamos, ó Mãe. Que se aproxime para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da esperança ». Mas, para responder mais plenamente aos pedidos de Nossa Senhora, o Santo Padre quis, durante o Ano Santo da Redenção, tornar mais explícito o ato de entrega de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima no dia 13 de Maio de 1982. E, no dia 25 de Março de 1984, quando se recorda o fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, na Praça de S. Pedro, em união espiritual com todos os Bispos do mundo precedentemente « convocados », o Papa entrega ao Imaculado Coração de Maria os homens e os povos, com expressões que lembram as palavras ardorosas pronunciadas em 1981: « E por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso Coração: Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. “À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação! ». Depois o Papa continua com maior veemência e concretização de referências, quase comentando a Mensagem de Fátima nas suas predições infelizmente cumpridas: « Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Eu consagro-Me por eles — foram as suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade” (Jo 17, 19). Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação. A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história e que, de facto, despertou nos nossos tempos. Oh quão profundamente sentimos a necessidade de consagração pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na realidade, a obra redentora de Cristo deve ser participada pelo mundo por meio da Igreja. A decisão tomada pelo Santo Padre João Paulo II de tornar pública a terceira parte do « segredo » de Fátima encerra um pedaço de história, marcado por trágicas veleidades humanas de poder e de iniquidade, mas permeada pelo amor misericordioso de Deus e pela vigilância cuidadosa da Mãe de Jesus e da Igreja. Ação de Deus, Senhor da história, e corresponsabilidade do homem, no exercício dramático e fecundo da sua liberdade, são os dois alicerces sobre os quais se constrói a história da humanidade. Ao aparecer em Fátima, Nossa Senhora faz-nos apelo a estes valores esquecidos, a este futuro do homem em Deus, do qual somos parte ativa e responsável. (Tarcisio Bertone, SDB Arcebispo emérito de Vercelli Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé)

Senhor, não tenho quem me ajude!

Segundo São João, por cinco vezes Jesus foi para Jerusalém por ocasião da grande festa do Templo. Enquanto para alguns a ida a Jerusalém é motivada pela participação nos ritos judaicos – para comer e beber -, para Jesus o motivo é outro. É o anúncio do Seu projeto.

O Senhor quer lançar “mãos à obra” em relação à vontade de Deus, Seu Pai. Quer dar a conhecer a todo o mundo que está chegando a hora em que o príncipe deste mundo será derrotado. Novos céus e a nova terra estão para chegar e os verdadeiros adoradores já não dependerão das paredes do Templo de Jerusalém, tão pouco das sinagogas. Eles hão de adorar o Pai “em espírito e verdade”.

Numa dessas idas e vindas ao Templo – precisamente na Porta das Ovelhas, lugar no qual costumavam estar os pagãos, negociadores, cambistas e outros -, Jesus se dá conta da enfermidade que infernizava a vida de um homem. Curando um paralítico ali presente, Ele revela ser fonte de amor e vida para todos. Em contrapartida, os judeus promotores da festa religiosa perseguem Jesus por Sua prática misericordiosa e restauradora.

Muitas vezes, as pessoas que sofrem diferentes formas de mal possuem uma fé muito grande no poder de Deus, mas, de alguma forma, são impedidas de chegar até Ele e receber as Suas graças, condição indispensável para a superação de seus males e sofrimentos.

É o caso do paralítico que acreditava no poder de Deus e na cura que viria pela ação do anjo ao agitar a água, mas era impedido pelos outros que entravam primeiro na piscina. Assim também acontece hoje, quando criamos uma série de regras e preceitos humanos que dificultam a participação de muitos na vida divina e num relacionamento pessoal com Jesus, fonte de todas as graças que nos dão vida em abundância.

Apresente-se também a Jesus e diga para Ele: “Senhor, não tenho quem me ajude! Enquanto eu vou, outros descem antes de mim.”

E Ele, que tudo pode, dirá a você: “Levante-se! Pegue a sua maca e vá para a casa, pois sua fé o salvou”.

Padre Bantu Mendonça
Fonte: Blog Canção Nova/  http://blog.cancaonova.com/homilia/2012/03/20/senhor-nao-tenho-quem-me-ajude/

segunda-feira, 19 de março de 2012

São José, modelo de santidade para os homens!

A Igreja hoje abre um espaço no tempo da Quaresma para celebrar uma solenidade, a festa do ultimo dos patriarcas, guardião dos maiores tesouros de Deus Pai a Virgem Maria e Jesus Salvador. São José é patrono universal da Igreja, Esposo de Maria e pai de Jesus. Ele teve a sublime missão de guardar, zelar, amar e defender a Virgem Maria e a Cristo o nosso Salvador. Neste tempo de Quaresma riquíssimo em espiritualidade é propicio meditarmos e rezarmos com este grande homem de Deus.



Nestes nossos tempos fracos e pobres em referências autenticas de homens de verdade, forjados no caráter pela justiça, temor de Deus, da castidade e paternidade responsável, cheia de ternura e força do ser masculino, São José nos é apresentado hoje como modelo para todo homem. Seus valores, virtudes e sua fé podem ser imitados por todo menino, rapaz ou homem feito que busquem a realização e fidelidade à sua vocação de ser guardião e defensor da humanidade. Os evangelhos destacam algumas qualidades do homem José:

“Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado” (cf. Mateus 1,16. 18-21.24ª).

Justo, respeitou Maria, humano, tinha medos e dúvidas, mas também um homem cheio de fé e confiança em Deus. Casto e submisso, ou seja, obediente à missão que o Senhor lhe confiou, guardar Maria e ser Pai de Jesus. Responsável, trabalhador e apaixonado pela sua família. Protegeu sua mulher e seu filho quando perseguidos.

Guarda fiel e providente

É esta a regra geral de todas as graças especiais concedidas a qualquer criatura racional: quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão. Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis por que o Senhor lhe disse: Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor! (Mt 25,21).

Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: acaso não é ele o homem especialmente escolhido, por quem e sob cuja proteção se realizou a entrada de Cristo no mundo de modo digno e honesto? Se, portanto, toda a santa Igreja tem uma dívida para com a Virgem Mãe, por ter recebido a Cristo por meio dela, assim também, depois dela, deve a São José uma singular graça e reverência.

Ele encerra o Antigo Testamento; nele a dignidade dos patriarcas e dos profetas obtém o fruto prometido. Mas ele foi o único que realmente possuiu aquilo que a bondade divina lhes tinha prometido. E não duvidemos que a familiaridade, o respeito e a sublimíssima dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como um filho para com seu pai, certamente também nada disso lhe negou no céu, mas antes, completou e aperfeiçoou.

Por isso, não é sem razão que o Senhor lhe declara: Vem participar da alegria do teu Senhor! Embora a alegria da felicidade eterna penetre no coração do homem, o Senhor preferiu dizer: Vem participar da alegria. Quis assim insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o envolve de todos os lados e o absorve e submerge como um abismo sem fim.

Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com vossas orações junto de vosso Filho adotivo; tornai-nos também propícia vossa Esposa, a santíssima Virgem, mãe daquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim. Amém.

Dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero.
(Sermo 2, de S. Ioseph: Opera 7,16. 27-30) (Séc. XV).

Deus me fez, como se eu fosse o pai do rei e me fez senhor de toda a sua casa. Para salvar a muitos povos me exaltou. O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação.
Cf. Gn 45,8; 50,20; Sl 104(105), 21; Sl 117(118), 14.

Oração: Deus todo-poderoso, pelas preces de São José, a quem confiastes as primícias da Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvação. Concedei-nos ainda Senhor pela Vossa fidelidade as virtudes e qualidades de vosso querido amigo e guardião São José, para que sejamos homens mais justos e santos para nossas familias e para a humanidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

quarta-feira, 14 de março de 2012

Vídeo publicitário da JMJ Rio 2013 será divulgado em todo mundo



O clima de “a jornada já começou” tomou conta da escadaria do Santuário da Penha, no Rio de Janeiro no domingo, 11. Mais de 200 jovens foram recrutados para participar da gravação de um vídeo institucional para a divulgação da JMJ Rio2013 em nível internacional.

Luiz Carlos Pugialli, produtor do vídeo e presidente da Comissão Governamental para a JMJ Rio2013, explicou que uma cópia será encaminhada para cada Embaixada e para todos os meios de comunicações católicos. Um vídeo, de um minuto, também será editado e entregue às TVs abertas. “Os jovens demonstraram muito compromisso, alegria e serviço à Igreja”, ressaltou Luiz Carlos.

Segundo ele, o Santuário foi escolhido como cenário por três motivos: por ser um cartão-postal, por ter a religiosidade como marca principal e por lembrar dois símbolos da jornada: a cruz e a devoção mariana.

“Desse local se pode ver toda essa paisagem, ver o Cristo e o Pão de Açúcar. A cidade que vai receber a JMJ inspirou o nosso dia”, afirma o estudante Lucas Vítor Amaral, de 18 anos.

Fotos:
Andressa Gonçalves
Filippe Gonçalves

Texto na íntegra: noticias.cancaonova.com

segunda-feira, 12 de março de 2012

Namoro

O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou “fisgado” pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.

O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem humorada, feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física que ela.

Infelizmente, a nossa sociedade troca a “cultura da alma” pela “cultura do corpo”. A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc., como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano – embora importante – o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é “invisível aos olhos”.

O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará, isso o tempo não poderá destruir. É o que vale.

Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma “jóia” falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que “nem tudo que reluz é ouro”. Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.

A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem os “amores” mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos “Shampoos” ; mas isto não é o mais importante, porque acaba.

A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – e, por isso, não podemos gasta-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4000 anos do Egito, o Coliseu romano de 2000 anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.

Prf. Filipe Aquino

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Eucaristia edifica a Igreja



Existe um influxo causal da Eucaristia nas próprias origens da Igreja. Os evangelistas especificam que foram os Doze, os Apóstolos, que estiveram reunidos com Jesus na Última Ceia (cf. Mt 26,20; Mc 14,17; Lc 22,14). Trata-se de um detalhe de notável importância, porque os Apóstolos foram à semente do novo Israel e ao mesmo tempo a origem da sagrada Hierarquia».

1 Ao oferecer-lhes o seu corpo e sangue como alimento, Cristo envolvia-os misteriosamente no sacrifício que iria consumar-se dentro de poucas horas no Calvário. De modo análogo à aliança do Sinai, que foi selada com um sacrifício e a aspersão do sangue,2 os gestos e as palavras de Jesus na Última Ceia lançavam os alicerces da nova comunidade messiânica, povo da nova aliança.

No Cenáculo, os Apóstolos, tendo aceitado o convite de Jesus: «Tomai, comei [...]. Bebei dele todos» (Mt 26, 26.27), entraram pela primeira vez em comunhão sacramental com Ele. Desde então e até ao fim dos séculos, a Igreja edifica-se através da comunhão sacramental com o Filho de Deus imolado por nós: «Fazei isto em minha memória [...].Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em minha memória» (1 Cor 11, 24-25; cf. Lc 22, 19) .

A incorporação em Cristo, realizada pelo Batismo, renova-se e consolida-se continuamente através da participação no sacrifício eucarístico, sobretudo na sua forma plena que é a comunhão sacramental. Podemos dizer não só que cada um de nós recebe Cristo, mas também que Cristo recebe cada um de nós. Ele intensifica a sua amizade conosco: «Chamei-vos amigos» (Jo 15, 14). Mais ainda, nós vivemos por Ele: «O que Me come viverá por Mim» (Jo 6,57). Na comunhão eucarística, realiza-se de modo sublime a inabitação mútua de Cristo e do discípulo: «Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós» (Jo 15,4).

Bem Aventurado João Paulo II

Fonte:http://servosdaeucaristiasse.blogspot.com/

terça-feira, 6 de março de 2012

Cuidemos para que nossos atos e palavras não entrem em contradição

No Evangelho, Jesus censura os escribas e os fariseus, homens responsáveis pelo ensino da Escritura e da Lei, porque eram hipócritas. Arrogavam-se “mestres” tal como Moisés para impor medidas pesadas aos outros, mas eles não as cumpriam. Fingiam ser bons cumpridores da Lei e, para tal, metiam algumas palavras essenciais dessa Lei em pequenos estojos e os colocavam no braço esquerdo ou na fronte – as chamadas “filactérias” -, alargavam as pontas dos mantos que colocavam sobre os ombros para fazer oração; as bordas eram muito compridas por vaidade.

Jesus critica, veementemente, a pretensão desses homens à posse exclusiva da verdade, a sua incoerência, o seu exibicionismo, a sua insensibilidade ao amor e à misericórdia.

O texto de hoje é um convite a todos nós, para que não deixemos que atitudes semelhantes às dos escribas e fariseus se introduzam em nosso meio e destruam a fraternidade, fundamento da comunidade.

Jesus nos fala para fazermos e observarmos tudo o que os mestres da Lei e os fariseus dizem, pois eles têm bastante conhecimento da Palavra de Deus e falam com propriedade sobre o que deve ser feito de acordo com a vontade do Pai. Mas o Senhor conhece o coração de cada pessoa e, com coerência, nos pede que sigamos os ensinamentos deles, mas não imitemos suas atitudes, pois seus ensinamentos e atitudes se contradizem.

Estejamos atentos, pois quando ouvirmos alguém nos falando o que deve ser feito de bom, não devemos deixar de fazê-lo só porque quem falou não tem “moral” ou “credibilidade” sobre determinada atitude.

Por outro lado, é muito fácil dizer aos outros o que fazer e de que forma agir, mostrar os erros cometidos, mesmo quando eles estão presentes em nós mesmos. O interessante é que sempre falamos com propriedade, pois sabemos realmente que essa ou aquela situação são erradas e que devemos agir de um modo diferente. Entretanto, nós não as corrigimos em nossas próprias vidas. Desta forma, dar testemunho do que falamos torna-se algo difícil.

Quando estamos servindo a Deus, é necessário darmos um testemunho fiel de nossas palavras para que as pessoas reflitam sobre nosso modo de agir, já que uma atitude vale mais que mil palavras. Se você diz para seu filho: “Não beba, porque vai lhe fazer mal”. Mas, no dia seguinte, você está com um copo de bebida na mão. Seu filho não vai dar credibilidade ao que você falou, mas no exemplo que você deu!

Ao ler o Evangelho de hoje, lembramo-nos logo do famoso ditado popular que diz: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. É fundamental nos colocarmos naquilo que fazemos, até porque as nossas obras dirão aquilo que somos. “Se vos amardes uns aos outros, o mundo reconhecerá que sois meus discípulos”, disse Jesus.

Pessoas que muito falam e pouco fazem criam uma “capa de ilusões”. Fazem com que as outras pessoas pensem que ela é o que diz ser e que pratica o que diz fazer. Mas, no fundo, esta pessoa é vazia por dentro, pois não tem nada de verdadeiro na vida dela. Tudo não passa de “palavras soltas ao vento”. Querem aparecer, serem reconhecidas publicamente, mas nem elas mesmas se conhecem. Desejam ser chamadas de “mestres”, mas, nisto, Jesus nos adverte: “não existe outro mestre, pai ou guia, que não seja o próprio Deus”.

Cristo também nos deixa uma mensagem que nos fará verdadeiramente importantes para Deus: “O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

Padre Bantu Mendonça

Fonte: Blog Canção Nova

sábado, 3 de março de 2012

ROTEIRO PARA ADORAÇÃO EUCARÍSTICA


(Chegada em silêncio. Após a chegada canta-se um refrão meditativo, após alguns momentos acendem-se as velas preparadas no altar.)

1. SAUDAÇÃO

P- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
T- Amém!
P- A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
T- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

2. MOTIVAÇÃO

P- Reunidos para este momento de oração e adoração do Cristo presente no Sacramento Eucarístico, queremos recordar que esta presença decorre da Celebração Eucarística e a ela nos deve encaminhar. A piedade que nos leva à adoração da Santíssima Eucaristia move-nos também a participar radicalmente do mistério pascal.
Permanecendo diante do Cristo Senhor, gozamos da íntima familiaridade com Ele, e abrindo-lhe o coração, pedimos por nós mesmos e por todos, pela paz e salvação do mundo. Oferecendo com Cristo toda nossa vida ao Pai, pela força do Espírito Santo, pedimos o aumento da nossa fé, esperança e caridade. Alimentamos assim, as disposições que nos levam a celebrar com a devida devoção, o memorial do Senhor e a receber com freqüência o Pão que nos foi dado pelo Pai.
Reconhecendo a grandiosidade e a maravilha da obra criadora, elevemos nosso louvor e gratidão a Deus, entoando o cântico das criaturas:

3. HINO

Onipotente e bom Senhor, * a ti a honra, glória e louvor; * Todas as bênçãos de ti nos vêm * e todo o povo te diz: Amém!

Louvado sejas nas criaturas, * primeiro o sol lá nas alturas. * Clareia o dia, grande esplendor, * radiante imagem de ti, Senhor. * Louvado sejas pela irmã lua, * no céu criaste, é obra tua.

Pelas estrelas claras e belas * Tu és a fonte do brilho delas. * Louvado sejas pelo irmão vento * e pelas nuvens, o ar e o tempo, * E pela chuva que cai no chão * nos dás sustento, Deus da Criação.

Louvado sejas, meu bom Senhor, * pela irmã água e seu valor. * Preciosa e casta, humilde e boa, * se corre, um canto a ti entoa. * Louvado sejas, ó meu Senhor, * pelo irmão fogo e seu calor.

Clareia a noite, robusto e forte * belo e alegre, bendita sorte. * Sejas louvado pela irmã terra, * mãe que sustenta e nos governa * Produz os frutos, nos dá o pão * com flores e ervas sorri o chão.

Louvado sejas, meu bom Senhor, * pelas pessoas que em teu amor, * Perdoam e sofrem tribulação, * felicidade em ti encontrarão. * Louvado sejas pela irmã morte * que vem a todos, ao fraco e ao forte.

Feliz aquele que te amar, * a morte eterna não o matará. * Bem-aventurado quem guarda a paz * pois o Altíssimo o satisfaz. * Vamos louvar e agradecer, * com humildade, ao Senhor bendizer.


4. RECONHECENDO AS PRESENÇAS DE CRISTO

L- “A obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, que tem o seu prelúdio nas maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a o Cristo Senhor, especialmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão. Por este mistério, Cristo morrendo, destruiu a nossa morte e, ressurgindo, deu-nos a vida. Pois, do lado de Cristo agonizante sobre a cruz nasceu o admirável sacramento da Igreja. Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja.” (SC 5).

Todas as vezes que nos reunimos Ele está presente no meio de nós: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles.” (Mt 18,20). Somos o seu corpo, Ele age em nossas ações, “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20). Por isso, em todos os momentos Ele está conosco, mesmo quando é noite, não estamos sós.

Refrão cantado:
Fica conosco Senhor, é tarde e a noite já vem.
Fica conosco Senhor, somos teus seguidores também.

L- “Cristo está presente na sua Palavra, pois é Ele que fala quando na Igreja se lêem as Sagradas Escrituras.” (SC 7). Portanto, quando ouvimos as Escrituras Ele nos fala e aquece nosso coração.

Refrão cantado:
Fala Senhor, fala da vida,
Só tu tens Palavra eterna, queremos ouvir!

L- Jesus Cristo está presente na pessoa do pobre e excluído. Todas as vezes que fazemos algo por estes, é ao próprio Cristo que o fazemos. (Cf. Mt25,40).


Refrão cantado:
Entre nós está e não o conhecemos,
Entre nós está e nós o desprezamos.

L- Presente na Assembléia reunida, na Palavra proclamada e no pobre, Jesus Cristo está presente de modo especial no Pão Eucaristizado.

5. CANTO PARA EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO
(Enquanto se canta realiza-se a exposição do Santíssimo Sacramento)

/:Eu vim para que todos tenham vida,
que todos tenham vida plenamente.:/

Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor,
Reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão.
Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.

Quem comer o pão da vida viverá eternamente.
Tenho pena deste povo que não tem o comer.
Onde está um irmão com fome, eu estou com fome nele.

Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males.
Hoje és minha presença junto a todo sofredor.
Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.

Entreguei a minha vida pela salvação de todos.
Reconstrói, protege a vida de indefesos e inocentes.
Onde morre o teu irmão, eu estou morrendo nele.

P- Graças e louvores se dêem a todo o momento.
T- Ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento.

6. MOMENTO DE SILÊNCIO
(Após a exposição do Santíssimo faz-se alguns minutos de silêncio, a seguir canta-se a aclamação e segue-se a proclamação do Evangelho)

7. ACLAMAÇÃO E PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
(Lc 24, 13-35)
(A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, p. 85)

8. REFLEXÃO ABERTA OU HOMILIA
(Quem preside faz breve reflexão e motiva para a reflexão pessoal e possível partilha)

9. PRECES

P- Nossa oração diante do Cristo Senhor, presente na Eucaristia, prolonga a união que obtemos ao comungar e renova a aliança que nos impele a viver de acordo com o que recebemos pela fé e pelo Sacramento na celebração da Eucaristia. Elevemos espontaneamente nossas preces ao Senhor.

Respostas cantadas:
Escuta-nos, Senhor da Glória!

(Preces espontâneas)

P- Ajudai-nos Senhor a vivermos com gratidão toda a nossa vida na força do alimento celeste, participando na morte e na ressurreição do Senhor. Que sejamos solícitos em praticarmos boas obras e agradar-vos, impregnando o mundo de espírito cristão e transformando-nos em testemunhas de Cristo em tudo, no meio da comunidade humana. Nós vos elevamos toda esta oração rezando juntos como Jesus nos ensinou:
Pai-Nosso...

10. CANTO E BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO

(A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, p. 60)

Tão sublime sacramento adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a fé por suplemento os sentidos completar.

Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno amor.
Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém!

(Quem preside faz a oração, de pé, em seguida dá a bênção com o Santíssimo. Enquanto o repõe no sacrário a assembléia canta um canto de aclamação e louvor ao Senhor).

11. CANTO FINAL

Deus infinito, nós te louvamos * e nos submetemos ao teu poder. * As criaturas no seu mistério, * Mostram a grandeza de quem lhe deu o ser. * Todos os povos sonham e vivem * nesta esperança de encontrar a paz. * Suas histórias todas apontam * para o mesmo rumo onde tu estás.

Santo, Santo, Santo, (2x)
Todo Poderoso é o nosso Deus.

Senhor Jesus Cristo, nós te louvamos * e te agradecemos teu imenso amor. Teu nascimento, teu sofrimento, * Trouxe vida nova onde existe a dor. * Nós te adoramos e acreditamos * que és o Filho santo do nosso Criador. * E professamos tua verdade, * que na humanidade plantou tamanho amor...

Deus infinito, teu santo Espírito * renova o mundo sem jamais cessar. * Nossa esperança, nossos projetos * só se realizam quando ele falar. * Todo-poderoso, somos o teu povo * que na esperança vive a caminhar. * Dá que sejamos teu povo santo * que fará do mundo teu trono e teu altar.

SOBRE AMOR, ROSAS E ESPINHOS (Padre Fábio de Melo)

Amor, que é amor, dura a vida inteira.
Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições.
Sem perdão não há amor.
Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto".

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração os quais sozinhos jamais poderíamos enxergar.

O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo.
Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo nem tampouco fora do cultivo.
Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir.
Cada roseira tem seu estatuto, suas regras... Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas... Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá de saber que com ela vão inúmeros espinhos. Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não.

Liturgia e vocação

O que é liturgia? Segundo o Pequeno Di­cionário da Língua Portuguesa, liturgia é: "Complexo de cerimônias eclesiásticas; rito". Mas, se formos analisar etimologicamente a pa­lavra (do grego: leitl de laós = povo + ourgía/­de ergon = ação, dá liturgia), descobriremos que ela significa: "ação, serviço que se presta ao povo, ao público, à coletividade, à comuni­dade, serviço público, serviço fraterno". E aí já vemos que liturgia é bem mais do que pura e simplesmente "rito" ou "cerimônia eclesiásti­ca". É servir. É serviço. Liturgo é aquele que ser­ve, que ama, que se doa pelo bem dos de­mais. . .

Sabemos que não foi em primeiro lugar para fazer "cerimônias" no deserto que o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito. O povo foi libertado do Egito para, no deserto, es­cutar a voz de Deus, isto é, aprender a fazer como Deus faz (= amar!) e ser fiel ao seu amor. Veja a respeito o que dizem os profetas: Amós 6, 21-25; Isaías 1,11-17; Jeremias 7,22-23. Não foi em primeiro lugar para "oferecer sacrifícios" (culto ritual) que Deus chamou o ser humano. Deus o chamou (vocação!) para um culto muito maior. Deus o chamou para cultivar (culto!) aquilo que Deus é: amor, serviço, doação, litur­gia. Esta é a vocação do homem: ser liturgo (= serviçal). E só assim é que o homem será feliz, realizado, porque só assim o homem se fará "homem de Deus" (cf. Jr 7,23).

Não foi isso que Jesus Cristo fez? Ao má­ximo! Radicalmente! Jesus se doou totalmente. Fazendo em tudo a vontade do Pai, serviu até o fim ao ser humano. E o máximo de seu serviço (li­turgia) ao Pai e ao Homem se dá na Cruz, onde realmente acontece a máxima entrega. Ofere­ceu assim um "único sacrifício", um único cul­to agradável ao Pai, o único culto (serviço) que foi capaz de ligar novamente o Homem com Deus (of. Hb 10,4-14). Por que? Porque es­teve até o fim no cultivo (culto) da vontade do Pai (of. Jo 4,34; Lc 2,49; 4,1-13) e do serviço ao homem (of. Mc 10,45; Lc 22,27; Jo 13,15ss). Por­isso ele vive e é exaltado como Senhor (of. f1 2,5-11). Cristo aparece, pois, como Liturgo por excelência, não fazendo "ritos" e "cerimônias" no templo, mas oferecendo-se a si mesmo, doando-se até a morte e morte de Cruz em res­gaste de uma multidão. Nele cumpre-se a su­prema vocação do homem: liturgia, serviço. Nele e por ele que vive em nós (cf. Gl 2,20), cumpre-se nossa única vocação (chamado) que nos tornará felizes e realizados: liturgia no sen­tido mais originário da palavra.

Lembro-me daquela palavra de Paulo aos romanos, falando da verdadeira religião. Qual é a verdadeira religião? Paulo responde: "Que apresenteis vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus, à maneira de um cul­to espiritual. Não vos acomodeis a este mundo, mas reformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que saibais aquilatar qual é a von­tade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito" (Rm 12,1-2; cf. F1 2,1-11; Ef 5,1-2; Tg 1,27). Aliás, na própria Liturgia cele­brada (Eucaristia), onde Cristo perpetua a sua doação total, nós dizemos: "Que ele faça de nós uma oferenda perfeita. . ." (Oração Eu­carística III). Ou: "que. . . nos tornemos em Cristo um sacrifício vivo.. ." (Oração Eucarística IV).

Ora, a vocação religiosa: o que é? Doa­ção de si a serviço da comunidade humana. Ninguém torna-se religioso para si! A pessoa coloca todas as suas potencialidades a serviço de uma multidão. "Oferenda perfeita". "Sa­crifício vivo". Liturgia viva! Vocação religiosa: possibilidade da máxima vivência litúrgica! Culto realmente agradável ao Pai. Destes ado­radores é que o Pai quer...

E a Missa, como é que fica? Não devemos então fazer "cerimônias" e "ritos"?... O caso é que a Missa não é pura e simplesmente "ceri­mônia", "rito". Ela, no rito é muito mais: é pre­sença do Liturgo Cristo. "Fazei isto em memó­ria de mim", diz o Liturgo. "Isto" o quê? Este ri­to! Que rito? Esta ceia! Este pão e este vinho! Aí proclamareis a minha presença viva doando-­me como "Pão que alimenta e que dá vida" e como "Vinho que. . . salva e dá coragem". Por­tanto: a Missa, mais do que pura e simplesmen­te "rito", é, no rito, o lugar da presença máxima da vocação do homem realizada em Cristo como doação-serviço-liturgia (= Redenção/Li­bertação). Conseqüentemente é na Liturgia eu­carística (serviço atual de Cristo ao homem) que a nossa vocação cristã (litúrgica) encontra sua máxima expressão. . . É ali que sempre de novo a liturgia do homem se encontra com a Liturgia de Deus. A vocação do homem se encontra com o chamado salvífico de Deus proclamando ao mundo que a morte foi vencida pela Vida.

Perguntas para os grupos:

1. Qual a ligação que existe entre Liturgia e Vocação?

2. Como celebrar na Liturgia as diversas vocações que existem na Igreja?

3. É possível viver uma vocação sem viver profundamente a Liturgia?

Qual amor você considera perfeito?

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos’. Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que o perseguem, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu”, nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.

Jesus, hoje, nos exorta, longamente, para que respondamos ao ódio com amor. Este texto nos ajuda a compreender que Mateus vê, no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.

As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver:

A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e Sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos: os que são amigos e os que não o são; fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles.

A segunda forma de viver não põe um grupo de homens em primeiro lugar, mas o próprio Deus que, por Seu lado, não reage de acordo com a maneira como O tratam. Pelo contrário, “Ele é bom até para os ingratos e os maus” (Lucas 6,35).

Assim, Jesus chama a atenção para a característica essencial do nosso Deus, fonte transbordante de bondade, que não se deixa condicionar pela maldade de quem está à Sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, o Senhor continua fiel a Si próprio, pois só pode amar. Isto é verdadeiro desde o primeiro instante. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: “Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos” (Isaías 55,7-8).

O profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor lhe dizer: “Não desafogarei o furor da minha cólera, porque sou Deus e não um homem” (Oséias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.): “Não nos trata de acordo com os nossos pecados nem nos castiga segundo as nossas culpas” (Salmo 103,10).

A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de Deus ser fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!” (Lucas 6,36). Pela vinda do Seu Filho até nós, esta fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, “filhos do Altíssimo” (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor.

Vivendo uma compaixão universal e perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.

Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.

Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres. Da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu considero perfeito: o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.

Padre Bantu Mendonça
Fonte. Blog Canção Nova

Tempo de Conversão

Somos chamados a conversão a cada momento de nossas vidas muito mais agora no período quaresmal. Esse tempo é muito especial para nós Católicos. Nossa Igreja é detentora de todas as graças que Cristo conquistou na Cruz e cabe a Ela distribuir essas graças para que seus filhos sejam enriquecidos no Amor. Assim vemos o tempo da quaresma como um tempo em que cada um deve empenhar para que essas graças os atinjam e com isso serem fortalecidos no caminho para a Casa do Pai.

Observando a questão do dilúvio, em sua trama, vemos Deus “desiludido” com os pecados de seu povo e decide destruir sua própria criação. Certamente é um tipo de linguagem para nos mostrar o quanto o pecado destrói o homem e o desfigura da imagem com seu criador. Mas Deus em um ato de misericórdia chama Noé e sua família para começar um mundo novo, faz aliança com Noé de não mais destruir sua criação. Olhando para o dilúvio vemos que a água foi o canal usado por Deus para a destruição do pecado e das águas trouxe nova vida para a humanidade. No Dilúvio temos a prefiguração do Batismo que Jesus nos trouxe. Mergulhado na água batismal o fiel passa pela morte e ressuscita para uma nova vida, agora não mais como um pagão, pecador, condenado a morte eterna, mas como filho de Deus, purificado de seu pecado e cheio do Espírito Santo que como seu templo possa exercer um novo papel na humanidade. Como filho de Deus e herdeiro do Céu possam transformar o mundo. Por isso que Jesus em seu início de vida pública proclama “O Reino de Deus está no meio de vós” assim não podemos mais ter atitudes de pagãos, de bastardos, de condenados vivendo uma vida frívola a mercê dos vícios, da prostituição - aqui entendida como toda forma de consumismo que arrasta o homem para longe da Vida.

Vemos também que esta Vida Nova é fruto de uma opção radical que passa por renúncias, por sofrimento, buscando afastar de toda espécie de vícios e prazeres carnais e se empenhar na busca das virtudes que elevam o homem a plenitude do Ser, a recuperar a imagem do criador. Quem nos mostra isso de forma brilhante é São Paulo e que para nós é um termômetro em nossas vidas. Veja bem: “Ora, as obras da carnesão estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito”. (Gal 5, 19-25). (grifo nosso). Portanto podemos direcionar nossa conduta nesse mundo, mas certamente não conseguimos fazer isso sozinho para isso o “Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis”. (Rom 8, 26). Nada nos falta para ser bom e transformar o mundo. Comece hoje, não deixe para depois, aproveite as abundantes graças que nossa Igreja derrama sobre nós nessa quaresma, faça penitência, jejum, esmolas e ore mais que o habitual, dê mais tempo para o Senhor, fique mais em silêncio, tire algumas horas do dia, da semana e fique na escuta de Deus. Toda pessoa apaixonada tem muito que conversar com a pessoa amada, nem que for para jogar conversa fora, nem que for para falar palavras de carícias. Então seja apaixonada (o) pelo Senhor e dedique muito tempo, mas muito tempo a Ele.

“Senhor, nesta quaresma, quero ser para ti um pouco do que és para mim. Dá-me Teu Espírito”.





Somos chamados a conversão a cada momento de nossas vidas muito mais agora no período quaresmal. Esse tempo é muito especial para nós Católicos. Nossa Igreja é detentora de todas as graças que Cristo conquistou na Cruz e cabe a Ela distribuir essas graças para que seus filhos sejam enriquecidos no Amor. Assim vemos o tempo da quaresma como um tempo em que cada um deve empenhar para que essas graças os atinjam e com isso serem fortalecidos no caminho para a Casa do Pai.

Observando a questão do dilúvio, em sua trama, vemos Deus “desiludido” com os pecados de seu povo e decide destruir sua própria criação. Certamente é um tipo de linguagem para nos mostrar o quanto o pecado destrói o homem e o desfigura da imagem com seu criador. Mas Deus em um ato de misericórdia chama Noé e sua família para começar um mundo novo, faz aliança com Noé de não mais destruir sua criação. Olhando para o dilúvio vemos que a água foi o canal usado por Deus para a destruição do pecado e das águas trouxe nova vida para a humanidade. No Dilúvio temos a prefiguração do Batismo que Jesus nos trouxe. Mergulhado na água batismal o fiel passa pela morte e ressuscita para uma nova vida, agora não mais como um pagão, pecador, condenado a morte eterna, mas como filho de Deus, purificado de seu pecado e cheio do Espírito Santo que como seu templo possa exercer um novo papel na humanidade. Como filho de Deus e herdeiro do Céu possam transformar o mundo. Por isso que Jesus em seu início de vida pública proclama “O Reino de Deus está no meio de vós” assim não podemos mais ter atitudes de pagãos, de bastardos, de condenados vivendo uma vida frívola a mercê dos vícios, da prostituição - aqui entendida como toda forma de consumismo que arrasta o homem para longe da Vida.

Vemos também que esta Vida Nova é fruto de uma opção radical que passa por renúncias, por sofrimento, buscando afastar de toda espécie de vícios e prazeres carnais e se empenhar na busca das virtudes que elevam o homem a plenitude do Ser, a recuperar a imagem do criador. Quem nos mostra isso de forma brilhante é São Paulo e que para nós é um termômetro em nossas vidas. Veja bem: “Ora, as obras da carnesão estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito”. (Gal 5, 19-25). (grifo nosso). Portanto podemos direcionar nossa conduta nesse mundo, mas certamente não conseguimos fazer isso sozinho para isso o “Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis”. (Rom 8, 26). Nada nos falta para ser bom e transformar o mundo. Comece hoje, não deixe para depois, aproveite as abundantes graças que nossa Igreja derrama sobre nós nessa quaresma, faça penitência, jejum, esmolas e ore mais que o habitual, dê mais tempo para o Senhor, fique mais em silêncio, tire algumas horas do dia, da semana e fique na escuta de Deus. Toda pessoa apaixonada tem muito que conversar com a pessoa amada, nem que for para jogar conversa fora, nem que for para falar palavras de carícias. Então seja apaixonada (o) pelo Senhor e dedique muito tempo, mas muito tempo a Ele.

“Senhor, nesta quaresma, quero ser para ti um pouco do que és para mim. Dá-me Teu Espírito”.
Ir. Rafael Léo Rodrigues, nsse