segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O grande exercito de Deus!



O mês de Novembro já começa com uma grande festa, no dia 01 celebramos todos os santos e santas de Deus. Homens e mulheres, jovens e crianças que com coragem deram a sua vida pelo Senhor Jesus e por sua Igreja. Morrerem professando a fé.

Os Santos são o sinal vivo do amor de Deus no mundo, eles formam um grande exercito que combate com a mais poderosa de todas as armas a palavra do Senhor, defenderam com as suas vidas os direitos de Deus.

A Igreja tem pelos seus santos um grande amor e veneração, chamamos este culto de Dulia, que é uma veneração diferente da Latria que é adoração prestada somente a Deus. Desde os primórdios da Igreja que no calendário litúrgico consta o nome de Homens e mulheres que se entregaram a Deus até o fim. Eles com a sua vida nos mostram que a santidade não é algo impossível, que não está longe do nosso alcance, mas é algo que exige luta, pois o primeiro chamado que o Senhor nos faz é “Sede Santos”.

Os Santos foram homens e mulheres parecidos comigo e com você, tiveram seus pecados, seus defeitos, seus sofrimentos, seus temperamentos fortes, mas o que mais me encanta nos santos é que eles se deixaram trabalhar pelo Espirito Santo, eles lutaram com toda força contra o pecado, não se deixaram levar pela carne, nem pelo orgulho, mas começaram a trilhar um caminho chamado de conversão. Os santos foram santos sem negar sua humanidade, pois já dizia Santa Teresa de Avilá “Quanto mais santos, mais sociáveis.” Quanto mais santos mais humanos, quanto mais humanos mais santos. Os santos não esconderam suas limitações, mas, em tudo procuraram ser melhor.

Um grande segredo dos santos era seu amor e devoção a Nossa Senhora, eles viam nela o exemplo vivo de alguém que viveu somente para Deus. A Virgem Santa é o exemplo de santidade. Se você quer ser santo queira duas coisas: ter o coração e o olhar fixo em Deus, se esconda nele. E ter um profundo amor a Santíssima Virgem Maria, entrega teu coração a ela.

A Igreja coloca esta data para que possamos contemplar estas pessoas que já gozam do paraíso e um dia queremos ser como eles, ela não coloca apenas 1 como exemplo, mas coloca todos. São eles mártires, virgens, padres, bispos,religiosos e religiosas, fundadores e fundadoras de ordens religiosas, casais, solteiros, jovens, estudantes, médicos, crianças, leigos.

Santidade não é para um determinado carisma ou só para a vida religiosa, santidade abrange todas as realidades do mundo. Como é belo ver o Santo padre nos dias de hoje canonizando leigos que foram santos no mundo, no ritmo de suas vidas e onde estavam, lembremos alguns Beatos e santos leigos(Chiara Luce,José Moscate, Giana Bereta Mola, Albertina, Pier Giorgio Frasati, Charles de Focoud, Domingos Sávio, Laura Vicunã, Catarina de Sena, Rosa de Lima, Luiz e Zélia Martins, Chiara Lubic e tantos outros) e podemos lembrar alguns que já conhecemos e são de nossa devoção santos religiosos (Santa Teresinha do Menino Jesus, Teresa dos Andes, Clara de Assis, Luzia, Agueda, Felipe Neri, Bruno, Francisco de Assis,Dom Bosco, Margarida Maria, Brigida, Beatriz da Silva, Teresa de Avilá, Ângela de Mereci, Padre Pio, Agostinho, Vicente de Paulo, Elisabete da Trindade, Bernadete, Antônio de Pádua, Madre Teresa de Calcutá, Luisa de Marilac, Faustina e tantos outros grandes homens e mulheres que estão no céu) Antigamente tínhamos só santos religiosos e mártires, mas no nosso tempo podemos contemplar a santidade na vida de todas as pessoas que seguem o Cristo de diferentes formas,mas todas são importante, pois ser santo é questão de querer e contar com a graça que nunca nos abandona.

A santidade é para todos! Peça a Intercessão dos santos e santas, procura ler a vida deles, pois na vida dos santos encontramos força pra caminhada. O Catecismo da Igreja assim fala dos santos”Os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade [...]. Eles não cessam de interceder a nosso favor, diante do Pai, apresentando os méritos que na terra alcançaram, graças ao Mediador único entre Deus e os homens, Jesus Cristo [...]. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude fraterna”(CIC 956)

Que o exemplo de todos os santos nos ensine a sermos santos no dia a dia, e que um dia também o nosso nome esteja na lista deste grande exercito de Deus. Que a vida e o testemunho autentico deles sejam sementes que dê frutos de amor , esperança e paz. Que eles mostrem para este mundo paganizado a beleza de ser de Deus. Na amizade com os santos podemos encontrar a esperança que nos falta. Seja santo!!!!

Ou Santos ou nada!

SERVIR A DEUS, PORÉM COM HUMILDADE!!

A Paz de Cristo, meus irmãos amados!
” Ainda que vosso servo atente aos preceitos do Senhor, guardando-os com todo o cuidado, quem pode, entretanto, ver as próprias faltas ?
Purificai-me das que me são ocultas.
Preservai, também, vosso servo do orgulho; não domine ele sobre mim, então serei íntegro e limpo de falta grave!” ( Sl 18, 12-14)



Para quem crê e se empenha em guardar os preceitos do Senhor com todo o cuidado, em praticar o Evangelho no dia-a-dia, em ser fiel à Doutrina da Igreja, em anunciar Jesus Ressuscitado e denunciar o pecado, vejo que é necessário ter sempre diante dos olhos este trecho do salmo 18.

Nós que queremos e buscamos ser verdadeiros cristãos, não podemos nunca esquecer que somos portadores de uma natureza que traz uma tendência ao erro, ao orgulho, à vaidade, à rebeldia, ao egocentrismo, etc. Nós que somos engajados numa pastoral, num movimento, num grupo de oração, num ministério, precisamos nos lembrar disso de modo diário.

Percebi Deus falando comigo através do meu estudo bíblico, do meu diário espiritual, da minha leitura orante da Palavra de Deus, que eu preciso prestar mais atenção neste ponto, começando na minha vida de oração.



A oração que nasce de um coração realmente contrito e humilde, fecunda nossa alma, nossa mente, nossas palavras, nosso comportamento, com a Graça de Deus. Esta oração é comandada pelo Espírito Santo, e gera frutos de santidade em nosso ser! Este tipo de oração precisa fluir em nós durante toda a nossa vida, pois esta oração se torna um escudo para nós, inclusive nas batalhas espirituais!

”Deus dá a graça ao humilde, mas resiste ao soberbo!” Não há reavivamento espiritual sem humildade e contrição dos pecados!

Este trecho do salmo 18 nos ensina a orar desta forma, posso até tomar estes 3 versículos todos os dias em minha oração pessoal e orar com eles!

Eu, Ulisses, reconheço: o orgulho é uma terrível e forte tendência em minha natureza, em meu temperamento. Porém, Deus me chama a atenção, através da Palavra, para o fato de que reconhecer é indispensável, mas é insuficiente… Preciso vigiar e orar diariamente sobre isto. Preciso na prática colocar Deus no lugar que é só dEle dentro de mim, e na minha vida. Não posso permitir que minha vontade, meu ego, meu jeito de ser, pensar e querer, fique no centro da minha vida, ocupando o lugar de Jesus, da Vontade de Deus, do jeito do Espírito Santo agir e me conduzir no meio das tarefas e imprevistos cotidianos.



Por fim, não é meu esforço em vigiar e orar que me fará triunfar sobre o orgulho e outras imperfeições, mas é a Graça de Deus, e o Amor que Deus tem por mim. Só Ele pode me converter, me santificar, me curar, me libertar!

Muitas vezes, como o passar do tempo no serviço de Deus, acumulamos um conhecimento das coisas de Deus, até da Palavra de Deus, da Doutrina da Igreja, acumulamos experiência no trato com os problemas do ser humano, que sem perceber vamos nos ensoberbecendo, e começamos a pensar e a agir como juízes!

Sobre as pessoas de fora da nossa Igreja, começamos a conversar sobre elas olhando-as por cima, falamos que seguem outras doutrinas, não apenas como se fossem erros ou diferenças doutrinárias, mas como se fossem pobres coitados, seres inferiores, pessoas desprezíveis, uma classe de pessoas abaixo da nossa classe. Como diz a própria Palavra: o conhecimento incha, a caridade edifica! (Lógico que, o conhecimento em si não é mau.).



Há poucos dias via alguns irmãos que são gente muito boa, mas que ao discutir sobre o estilo de outras pessoas e movimentos da NOSSA PRÓPRIA IGREJA, discriminavam sem perceber! Diziam que estes não tinham estilo católico de verdade, que aqueles não cantavam ou não rezavam do jeito realmente católico! Porque o estilo católico de verdade é assim, assim, assim…

Ô Jesus, como caímos fácil em tentação! Nos arvoramos em juízes, queremos estabelecer regras e limites para a ação do Espírito Santo, sem perceber que a Igreja, mesmo com tanta riqueza de conhecimento, sabedoria, e doutrina, jamais faz isso!

Nós caímos sem perceber na tentação do jardim do Éden: Ser como Deus, conhecedores do bem e do mal! Nós colocamos nosso entendimento, nosso estilo, nossa experiência, como se fosse A GRANDE REFERÊNCIA para a Verdade! Mas, a grande referência é uma só: Jesus Cristo! O Verbo de Deus! A Palavra de Deus!

É nEle que fundamenta-se a grande graça de UNIDADE NA DIVERSIDADE vivida pela Igreja! É nEle que existe a unidade de estilos diferentes de movimentos, estilos de espiritualidades diferentes, estilos de cantar diferentes, estilos de anunciar o Evangelho diferentes! Ninguém é obrigado a se identificar com um estilo X ou Y, com o trabalho da pastoral X ou Y, com o estilo de oração X ou Y, mas isto não significa que estou autorizado por Deus a discriminar, a criticar, aquilo é fruto da ação de Deus, que é reconhecido e acolhido pela Igreja. Preciso ter atitude fraterna, no mínimo!



A grande tentação que, como minhas limitações de entendimento, percebo, é que com o passar dos anos queremos, inconscientemente, a UNIFORMIDADE, e não a UNIDADE NA DIVERSIDADE! Triste e pobre seria um cristianimo de uniformidade, onde todos fossem iguaizinhos no jeito de rezar, de cantar, de trabalhar nas paróquias, nos movimentos, nas pastorais, nos grupos de oração! Seria de uma artificialidade, de um farisaísmo, de uma pobreza, que graças a Deus nem existe, nem é possível de existir!

Basta ver como as culturas são diferentes! A maneira das pessoas da nossa Igreja de orar, de cantar, de servir, em cada país é diferente! Coloque um cristão africano orando ao lado de um cristão asiático, por sua vez ao lado de um cristão europeu, também ao lado de um cristão americano, etc, e veja a diferença! Seguem a mesma Palavra de Deus, a mesma Doutrina, no nosso caso, católica, o mesmo Papa, porém, observe como os estilos são gritantemente diferentes! É bênção isso! É unidade na diversidade de estilos!

Ok. Então, Jesus, te peço que comeces em mim. Só dá certo se começar em mim:

” Meu Senhor amado, que antes de me ocupar, de querer interferir, com os ciscos que estão nos olhos dos meus irmãos, do meu próximo, me capacite, me ajude, me faça perceber as traves que estão nos meus próprios olhos, para que eu colabore com Tua Graça, e não deixe o orgulho, a vaidade, o egocentrimo, a auto-suficiência tomar conta de mim! Meu Jesus, dá-me a Tua mente, os Teus pensamentos, os Teus sentimentos, as Tuas atitudes! Só Tu és o Juiz, eu não! Só Tu podes julgar, eu não! Eu não sou, nem nunca serei maior que a Tua Igreja! O que ela acolhe, eu quero acolher! O que ela aprova, eu aprovo! O que é “filho” dela, é Teu filho, é meu irmão, e eu devo amar e apoiar, mesmo que entre nós haja diferenças de estilo! Eu creio que Tua Igreja é conduzida verdadeiramente pelo Teu Espirito! Tudo isto te peço, para que Teu Nome seja Glorificado, e não nós! Amém!”

Deus nos abençoe, em Nome de Jesus Cristo, nosso Senh

O pecado da inveja

O invejoso é infeliz com a própria desgraça

Não é sem razão que a Igreja classifica a inveja como pecado capital. Muitos e muitos males provém dela. Diz o livro da Sabedoria que é por causa da inveja que o demônio levou ao pecado nossos primeiros pais no início da história da humanidade.
“Ora, Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sb 2,23-24).

Santo Agostinho dizia que “a inveja é o pecado diabólico por excelência”. E se referia a ela como “o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó”.

A inveja é companheira daquele que não suporta o sucesso dos outros e não se conforma em ver alguém melhor do que ele mesmo. Está sempre com aquelas pessoas soberbas, que querem sempre ser melhores do que as outras em tudo. Muitas vezes, ela também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de inveja e desejando-lhes o mal. Fica torcendo pelo mal do outro, e quando este fracassa, diz em seu interior: “bem feito!”.

O primeiro pecado dos filhos de Adão e Eva foi cometido por inveja. Caim matou o irmão Abel. Abel era pastor e Caim lavrador (cf. Gn 4). Pior do que um homicídio (assassinato de um homem), o crime de Caim, movido pela inveja, foi um fratricídio (assassinato de um irmão).
Também por causa da inveja os filhos do patriarca Jacó venderam o seu filho caçula, José, para os mercadores que o levaram para o Egito.

O caso mais triste que as Escrituras nos relatam, por causa da inveja, é o da morte de Jesus. O evangelista São Mateus deixa claro a razão que os levou a matar o Filho de Deus: “Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: ‘Qual quereis que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?’ Ele sabia que tinham entregue Jesus por inveja” (Mt 27,18).
Vemos, assim, a que ponto chega a inveja. Diante disto, temos que nos acautelar; uma vez movidos por ela, somos levados a praticar muitas injustiças. Quantas fofocas, maledicências, intrigas, brigas, rivalidades, calúnias e ódios acontecem por causa de uma inveja!

O pior de tudo para nós cristãos é constatar que ela se entranha até mesmo nas obras e nos filhos de Deus. Podemos dizer seguramente que muitas rivalidades e disputas que surgem também no coração da Igreja, tristemente são causadas pela inveja, pelo ciúme e despeito.

Ao invés de se alegrar com o sucesso do irmão no seu trabalho para o Reino de Deus, a pessoa fica remoendo a inveja, porque não consegue o mesmo sucesso. O que importa afinal, é o meu sucesso. O invejoso é infeliz com a própria desgraça e com a felicidade do outro.

Precisamos aprender a fazer com que a felicidade do próximo seja um motivo a mais para sermos felizes; não o contrário. A inveja é uma perversão.
Quando o menor sentimento de inveja brotar em nosso coração, precisamos cortá-lo de imediato, com a sábia atitude do “agire contra”; isto é, substituir o sentimento de desprezo por um sentimento de amor, num profundo desejo de que essa pessoa progrida ainda com o sucesso que não conseguimos alcançar. É preciso saber pedir perdão a Deus pelo mau sentimento em nós gerado.

Quem sabe, agindo assim, daremos um tapa na cara do tentador que deseja, a todo custo, semear o veneno da inveja em nossa alma, fomentando a intriga, a maledicência, a rivalidade entre os irmãos. Não o permitamos. São Paulo nos ensina a não dar oportunidade ao demônio para agir em nossa vida. “Não deis lugar ao demônio” (Ef 4,27).

Santo Agostinho nos ajuda a entender a gravidade da inveja: “Terrível mal da alma, vírus da mente e fulminante corrosivo do coração, é invejar os dons de Deus que o irmão possui, sentir-se desafortunado por causa da fortuna dos outros, atormentar-se com o êxito dos demais, cometer um crime no segredo do coração, entregando o espírito e os sentidos à tortura da ansiedade; destroçar-se com a própria fúria!”

Dizia São Leão Magno que “quando todos estivermos cheios de sentimentos de benevolência, o veneno da inveja há de desaparecer inteiramente”.
O mesmo santo doutor e Papa ensinava que ardem de inveja da perfeição dos outros; e, como os vícios desagradam as virtudes, armam-se de ódios contra aqueles cujos exemplos não seguem.

São João Crisóstomo (†404), o grande patriarca e doutor da Igreja, chamado de “boca de ouro”, mostra bem o perigo da inveja para a vida cristã:
“Nós nos combatemos mutuamente e é a inveja que nos arma uns contra os outros. Pois bem, alegrai-vos com o progresso do vosso irmão e imediatamente Deus será glorificado por vós”.

Prof. Felipe Aquino

domingo, 30 de outubro de 2011

O remédio contra a vaidade

Jesus, neste Evangelho, continua a sua polêmica com os fariseus conforme vimos há dois domingos.

Agora, Jesus se torna verdadeiramente mais incisivo. Ele torna-se até mesmo “acusador”. Até aqui, Cristo parecia estar na “defensiva”; agora Ele “parte para o ataque”. E o que Ele está realmente atacando aqui?

Poderíamos dizer que estamos diante de um grande confronto entre a comunidade cristã e os judeus (fariseus). Mas, se fizéssemos isso, estaríamos escapando do Evangelho de hoje, ou seja, aplicando-o para outras pessoas ao afirmarmos: “Ah! São os judeus culpados disso aqui; não temos nada a ver com isso!”

Na verdade, neste Evangelho, Jesus está pondo o dedo na ferida de todos nós. Também nós estamos dentro desta realidade da hipocrisia e da vaidade que Cristo quer denunciar. E em que consiste a hipocrisia?

A hipocrisia consiste em querer mostrar aquilo que eu não sou. É o pecado da simulação, ou seja, tenho dentro de mim um vazio, um nada, mas quero demostrar o que eu não sou. Pois bem, aqui nesta passagem, Jesus quer que saiamos desta atitude.

Qual é o caminho para sair desta simulação, desta hipocrisia vaidosa, na qual eu gosto de ser saudado, ocupar os primeiros lugares e ser sempre respeitado? O caminho é o da humilhação diante de Deus.

A virtude da humildade é muito difícil de ser vivida. Por quê? Porque se quisermos nos humilhar diante das outras pessoas, ela irá se converter em vaidade. Não é verdade?

Por exemplo: uma pessoa que se veste bem, que é vaidosa, mas que de repente diz: “Vou me livrar da vaidade” e começa a se cobrir de andrajos, de vestes cheias de remendos etc. Então, aquilo que antes era um ato de humildade passa a ser vaidade, porque a pessoa começa a se envaidecer da sua pobreza.

Uma pessoa que fala bem, que faz grandes discursos, pode se envaidecer por ser um orador. No entanto, se esta pessoa resolvesse ficar silenciosa, aquele mesmo silêncio que ela fez, porque procurava a humildade, pode se transformar agora em objeto de vaidade.“Vejam como eu sou silencioso e humilde!”

É assim que constatamos que a humildade é uma virtude muito difícil de ser vivida, pois tudo aquilo que fazemos para matar a vaidade acaba por alimentá-la, porque, quanto mais santos vamos ficando, mais vaidosos nos tornamos. Então, é algo quase desesperador!

Como fazer para sair desta armadilha? O único caminho é humilhar-se diante de Deus. Não adianta ficar se humilhando diante das pessoas, porque tudo se transformará em vaidade.

Humilhar-se diante de Deus é o seguinte: por exemplo, você tem uma certa santidade, tem uma conversão de vida, tem uma vida de oração. Faz jejuns, reza o Terço, comunga todos os dias… E aí? Você é santo?

Bom, se você comparar-se com outras pessoas, vai até encontrar pessoas menos santas do que você e vai se envaidecer. Se você olhar para os pagãos, para aqueles que não querem nada com Deus, para os ateus, você pode até envaidecer-se e achar-se “muito grande, bom e cheio de luz”.

Mas, se você se colocar diante do Senhor e fizer a “comparação” entre sua pequena santidade e a imensa santidade de Deus, então, de repente, você será humilhado. Humilhado completamente, porque a sua santidade não é nada.

Para fugirmos da vaidade, para não cairmos no “farisaísmo” de quem quer se apresentar como santo diante dos outros, só existe um caminho: humilhar-se diante de Deus.

Diante d’Ele nós nada somos. Pare de se comparar com as outras pessoas e comece a se “comparar” com o Senhor. Você verá o resultado!

É assim que entenderemos a razão de ser do Evangelho de hoje. Quem realmente é santo? Deus. Quem realmente é Mestre e Pai? Deus. Nós nada somos!

Quando realmente nos comparamos com Aquele que é imenso e eterno, aprendemos o caminho da humildade. Somente assim podemos fugir da vaidade, desta armadilha que está sempre pronta para nos “abocanhar”.

Por mais que queiramos ser santos, se continuarmos nos comparando com as outras pessoas, seremos vaidosos. Mas se nos “compararmos” com Deus, seremos humilhados. E o melhor remédio para a vaidade é a humilhação. Isso nos dará como fruto a virtude da humildade.

Padre Paulo Ricardo

Crises no casamento

O amor não é meramente movido por sentimentos… E como diz a canção do Ricardo Sá, amor é decisão. E para que esta decisão aconteça de forma amadurecida e fecunda, passamos pela necessária fase do namoro.

Por isso chamamos tanto a atenção para a necessidade de haver um namoro, em que possamos conhecer o outro em seus diversos aspectos gradualmente, o que nos levará a tomar a decisão certa. O que vemos no cenário atual são diversos casamentos se desfazendo equivocadamente justamente quando os sentimentos não são mais os mesmos do início. Não devemos confundir sentimento com amor.

O sentimento modifica ao longo do dia, pode ser um às 7 h da manhã, outro ao meio dia e assim por diante, em conformidade com os acontecimentos. Acordamos bem dispostos e de repente verificamos que está faltando água para o banho ou o leite para o café da manhã. Ficamos então descontentes e nos pautamos por estes sentimentos no decorrer do dia ou a decisão de superar qualquer obstáculo ao longo do dia nos impulsionará a ir adiante independente do que venha acontecer.

O autêntico amor é decisão, é estável, persevera diante dos acontecimentos, sejam eles favoráveis ou não. É fiel e exclusivo, até a morte. E neste contexto, as crises serão oportunidades de crescimento.

Você tem feito das crises do seu casamento uma oportunidade de crescimento?

sábado, 29 de outubro de 2011

NESTE DIA 06 DE NOVEMBRO, 7 ANOS DO PROGRAMA CONVERSANDO COM NOSSA SENHORA


Conversando com nossa senhora é um programa diferente, eclético, musical, feito com alegria e emoção, no proposito de deixar o seu domingo mais feliz e interativo, e por isso a 07 anos, vem sendo lider de audiencia nas tardes dominicais, atingindo cada vez mais um publico maior e fiel, trazendo até você uma mensagem possitiva de fé e esperança, venha! comemore!

São 07 anos de caminhada, e o nosso sucesso é você quem faz.

Obrigado ouvintes, saiba que a sua audiencia é o nosso presente.

SETE ANOS DE

Coragem

Otimismo

Noticia

Verdade

Entretenimento

Recreação

Seriedade

Amizade com todos os filhos de

Nossa senhora e

Deus

Obrigado pelo
Compromisso com vc
Ouvinete que nos permite a
Missão

Na virtude e com o
Orgulho de poder
Ser
Sempre seu
Amigo nas hondas do rádio

O Ano da Fé



No último dia 17 de Outubro, o Vaticano divulgou a Carta Apostólica “Porta Fidei” (Porta da Fé) na qual o Papa Bento XVI proclamou o Ano da Fé.

Este terá início em 11 de Outubro de 2012, data de comemoração dos cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II e de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica (Cf. João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum “11 de Outubro de 1992), e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013.

Não é a primeira vez que a Igreja celebra um Ano da Fé. O último foi em 1967, no pontificado de Paulo VI, motivado, já naquela época, pelas “grandes convulsões que se verificaram naquele ano”.

Assim também, hoje, o Papa Bento XVI, diz: “em nossos dias mais que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provem duma diversa mentalidade que, particularmente hoje, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre a fé e ciência autêntica”.

Este novo Ano da Fé, tem igualmente o objetivo de impulsionar os cristãos a aprofundarem o conhecimento sobre a Igreja, dissipando assim, a nuvem negra dos erros de doutrina. “A Igreja prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus. De modo a vencer pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades”.

O Sumo Pontífice refere-se ao Ano da Fé como, um “tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece” e “tempo de particular reflexão e redescoberta da fé”.

O documento trata ainda, que, para alcançarmos uma maior amplitude do dom da Fé, na sociedade e na pessoa em particular, cada crente deve “reavivar, purificar, confirmar, confessar” numa “dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé”. Devemos ter a “responsabilidade social daquilo que acreditamos”. Ou seja, é preciso declarar com a vida o Evangelho do Cristo, não ficarmos tímidos ou tomar partido da maioria, diante das questões contrárias a essência do ser humano e expressar com alegria nossa adesão a fé, pois somos detentores das palavras portadoras da verdade e da vida, que Jesus nos deixou. “Não podemos aceitar que o sal fique insípido e a luz fique escondida (cf.Mt 5, 13-16). Devemos adquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja”.

Várias vezes o Papa Bento insiste neste exemplo: “através do testemunho prestado pela vida dos crentes, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com sua própria vida no mundo, a Palavra da verdade que o Senhor Jesus nos deixou”, “nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção e esperança”.

Entretanto, para que o nosso testemunho esteja de acordo com a fé que professamos é preciso um empenho de nossa parte, particularmente nesse ano, em conhecer e propagar os conteúdos que a Igreja colheu nestes dois mil anos de história. Afinal, o mundo pede respostas cada vez mais racionais e acertadas. “estar com Ele (Jesus) introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita” e “o conhecimento dos conteúdos da fé é essencial para se dar o próprio assentimento, aderir plenamente com a inteligência e a vontade”.

Entre os principais meios, para se chegar a esse conhecimento da fé, o Papa cita:

Os textos deixados em herança pelo Concílio Vaticano II, “É necessário fazê-los ler de forma que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificativos e normativos do Magistério. ” Bento XVI fala fortemente sobre a importância do Concílio Vaticano II: “Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça que beneficiou a Igreja no século XX. Nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa”.

E também o Catecismo da Igreja Católica. Bento XVI considera-o como “subsídio precioso e indispensável. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Ali se apresenta não uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja”.

Devemos recorrer constantemente a esse documento, em nossas catequeses, em grupos de estudo e pastorais, como também na formação pessoal.

Ainda, salienta o Papa que, sobretudo, o Ano da Fé é um “repassar a história da nossa fé” para “tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor”. Este, com certeza será uma período de celebrarmos a nossas certezas e princípios, firmar valores para descobrirmos cada vez mais a felicidade e a honra de estar na única e verdadeira Igreja de Cristo.

Entremos portanto, pela Porta da Fé.

Segurança no Matrimônio

Na união conjugal encontram-se, frente a frente, duas pessoas sem máscaras. Cada uma é amada por si mesma, pelo que é, e não pelo que tem. Nenhum deles tem que justificar-se ou defender-se, nem ganhar a estima através do seu próprio desempenho. Uma mulher contou, depois de dezesseis anos de casada: “O meu marido disse-me sempre: “Casei-me contigo porque queria sentir a tua presença como algo de normal”. Isto não parece excessivamente afetuoso, mas o que quer dizer é: sinto-me bem contigo. Posso confiar em ti. É bom saber que não tenho de lutar constantemente por ti nem tenho que causar-te boa impressão”. Com isto também quer dizer: “Sem ti não sei compreender-me a mim mesmo. Tu pertences-me e eu pertenço-te”.

Um momento decisivo na trajetória amorosa de duas pessoas dá-se quando ambos notam que se pertencem mutuamente. Esta descoberta estabelece uma profunda intimidade e, por isso, tanto ele como ela sentirão um mesmo desejo: proteger e ser protegido.

Muitos casais felizes decidiram abandonar rapidamente o desejo de se impressionarem mutuamente. Cada qual pode ser tal como é com o outro, e descansar de tantas regras e desempenho de papéis impostos pela sociedade. Assim podem recuperar forças para novas tarefas. Que importam os problemas diários no local de trabalho se há uma pessoa a quem se pode contar todas as preocupações, e cujo amor vale mais do que todas as ofensas?

Evidentemente, nem sempre é fácil criar um sentimento de segurança dentro do casal. É preciso tempo e esforço, e não basta dedicar-se ao tema de vez em quando, nalguns momentos livres. Os desejos, as esperanças e os anseios tanto como as dificuldades psicológicas e as sensibilidades dos cônjuges devem ser levados a sério. Às vezes é necessário fugir do desagradável, superar situações embaraçosas e ter em conta a susceptibilidade do outro. Sem dúvida que também faz parte do amor, escutar com verdadeiro interesse tudo o que o outro deseja contar.

Há pouco tempo, um homem infeliz no seu casamento, dizia-me: “Já não gosto das viagens de negócios como gostava dantes, pois não tenho ninguém a quem contá-las, depois”. A disposição para ouvir, receber e tomar parte na vida do outro é certamente o maior presente que se pode dar a uma pessoa. Infelizmente há muitos que nos dão ouvidos e até nos dão conselhos, sem se interessarem verdadeiramente: Não levam a sério o que o outro lhes diz e nem sequer lhes interessa o que lhe responde.

Um sintoma freqüente da confiança é partilhar um segredo. Cada casal tem o seu, algo que só os cônjuges conhecem. Pode tratar-se de coisas extremamente insignificantes, por exemplo, o suplício que foi para ela a última festa de família, ou a vertigem de que ele sofre. Cada um mostra-se ao outro tal como é, sem sentir vergonha. Quanto mais intimidade houver na vida do casal, mais probabilidade há de que se guarde o segredo. Pelo contrário, aquele que faz mau uso do segredo, mostra que já não tem amor.

O grau de confiança de um casal depende em grande medida de que ambos os cônjuges tenham a sensação de ser o mais importante para o outro.

Conversando com mulheres divorciadas ouve-se com uma freqüência surpreendente: “O meu marido nunca me deu a entender que eu fosse algo de especial para ele; eu não significava para ele mais do que as outras pessoas: não se preocupava comigo, eu era-lhe indiferente”. Se somos informados de que o nosso avião sai com algumas horas de atraso e, em conseqüência chegaremos a casa muito mais tarde, corremos para o telefone mais perto para dizer a alguém que está à nossa espera, que não se preocupe. E se não temos ninguém a quem falar, porque ninguém nos espera, sentir-nos-emos, possivelmente, muito sós

Perdoar é divino

Toda vez que ouço o trecho do Evangelho no qual Jesus diz que devemos perdoar setenta vezes sete fico pensando no que significa perdoar sempre. É algo muito mais profundo do que simplesmente perdoar. Dizer a um cego de nascença como é o vermelho é muito difícil, ele nunca teve uma experiência de cores. Podemos fazer comparações com coisas que ele já tocou e sentiu, mas nunca poderá ter uma idéia exata da cor vermelha até que a experimente. Penso que assim é com o perdão. Posso ler e ouvir muitas coisas bonitas sobre o perdão, testemunhos comoventes, mas, enquanto eu não sentir na minha pele o que é perdoar, e perdoar de todo o coração, não saberei o que ele significa.

Ao contemplarmos, com atenta sensibilidade, as palavras e gestos de Jesus, chegamos à conclusão que o perdão era para ele o seu “lugar”, o seu “habitat”, pois Ele mesmo disse: “a boca fala da abundância do coração” e “pelos frutos se conhece a árvore”. Um homem “todo amor” só podia espalhar perdão ao seu redor. Sem o amor é impossível perdoar. Ao morrer na cruz perdoando seus acusadores, Jesus deu a uma lição de amor e de misericórdia e nos mostrou o segredo do perdão. “Eles não sabem o que fazem…” Estas palavras manifestam uma grande compaixão do Mestre por aqueles que lhe queriam tirar a vida. Não, eles não sabem o que fazem, pois se soubessem não o crucificariam. Também quem nos ofende nos magoa, nos faz algum mal não sabe o que faz. Não percebe toda a extensão e conseqüência de seu mal. Mas, afinal, o que é perdoar? Por que perdoar?

A palavra “perdão” significa, segundo o Dicionário Aurélio, remissão de pena, desculpa indulto.

Em outras palavras, é não querer punir o culpado, é a libertação do prisioneiro que está preso no próprio erro, através de um gesto não comum. “Errar é humano, perdoar é divino”, diz um ditado popular. Quem perdoa não fica diminuído, pelo contrário, cresce porque é capaz de renunciar a si mesmo, àquilo que parece ser seu direito, em favor de alguém. Mas, ao contrário das aparências, o grande favorecido é quem perdoou, porque quem perdoa está conquistando a própria paz interior.

Abraços

Sexo Na visão cristã

Sexo Na visão cristã, ele não é hoje
como muitos querem fazer crer

Guardar castidade significa fazer um reto uso das faculdades sexuais que Deus colocou no nosso corpo. A castidade é uma atitude correta diante do sexo, ou seja, conservar e usar as forças do sexo dentro do plano de Deus. Para isto é mister perceber qual é o sentido profundo e valor exato da sexualidade. Deus preceituou que o homem deixaria o pai e a mãe e se uniria à sua mulher, formando uma só carne (Gên 2,24). Ele havia dito: ‘Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliar igual a ele (Gen. 2,18). O Criador abençoou Noé e seus filhos e lhes ordenou: ‘Sede fecundos, multiplicai, enchei a terra’(Gên. 9,1).

O sexo está destinado, portanto, à união e ao crescimento no amor, possibilitando a criação de uma nova vida humana. Na visão cristã, o sexo não é como hoje muitos querem fazer crer, algo que se possa usar fora dos planos divinos. Ele foi feito para o matrimônio e o matrimônio foi elevado à sua prístina dignidade por Jesus Cristo, como está claríssimo no Evangelho (Mt 5,32).

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

São Simão e São Judas Tadeu

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.

São Simão:

Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa "zeloso".

Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia.

Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.

Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos.

Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.

São Judas Tadeu:

Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu".

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.

Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu.

Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.


São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

O horror da corrupção no Brasil

Nunca antes neste país vimos um estado tão intenso de corrupção instalado nos governos federal, estadual e municipal. Em apenas dez meses de governo já caíram seis ministros, sendo cinco deles por corrupção ministerial: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).

A leitura dos fatos é fácil: vários ministérios estão corrompidos; é o caso de se perguntar qual será o próximo ministro a cair por corrupção; caiu um a cada dois meses na média, uma marca recorde na história do país. A causa básica é que os ministérios do governo federal estão “loteados” entre os partidos que formam a base do governo, e esses Partidos se tornaram donos dos ministérios, como se fossem feudos, onde empregam seus filiados e praticam a corrupção livremente.

O governo fala em “faxina”, mas é difícil acreditar nisso, pois sai um ministro corrompido e entra outro do mesmo Partido; então, a mudança mais parece uma “cortina de fumaça” para enganar o povo, e fazer de conta que a faxina está sendo feita. O ministro dos Esportes que ora caiu, já estava no ministério desde 2006; mas como a corrupção só apareceu 5 anos depois. Quem nomeou esses ministros não sabia dessas coisas? Não tem responsabilidade também sobre este estado endêmico de corrupção?

A corrupção só se torna pública porque uma parte da Imprensa, corajosa, faz a denúncia; senão ela ficaria oculta. Tancredo Neves dizia que “a Imprensa é o pulmão da democracia”; e hoje a boa Imprensa parece ser a grande defensora da Pátria contra os corruptos traidores da Nação. É preciso que a Imprensa continue livre para mostrar toda a sujeira escondida nos órgãos públicos.

Quando o Presidente nacional da “Ordem dos Advogados do Brasil” (OAB), Dr. Ophir Cavalcante tomou posse em Brasília (01/02/2010), disse que: “O Brasil institucional, indispensável à democracia, carece de decência, pois não são os índices do PIB que expressam o avanço de um país, mas a conduta moral de seus dirigentes”.”Estamos nestas circunstâncias: ou nos reencontramos com a decência ou naufragaremos, pois nenhum país avança, nenhum país ingressa no Primeiro Mundo com as mãos sujas!”.

Quando eu era criança ouvia dizer que “ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”; hoje basta trocar a saúva pela corrupção.

Os cardeais de São Paulo, D. Damasceno, presidente da CNBB e D. Odilo Scherer, no dia de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro, deram um grito contra a corrupção. Eles convocaram o povo a se indignar e manifestar contra a corrupção.

D. Odilo disse que: “Quando não somos mais capazes de reagir e nos indignar diante da corrupção, é porque nosso senso ético também ficou corrompido”. “Quando o povo começa a se manifestar, a coisa melhora. É isso que precisa acontecer”.

D. Raymundo disse: “Sabemos de manifestações organizadas por redes sociais e defendemos que a população deve acompanhar os nossos homens públicos, sejam do Executivo ou do Legislativo. Quando há denúncias de corrupção, que sejam investigadas, [que se investigue] se há responsáveis ou não”.

A Revista VEJA (n.44, ed. 2240 – n. 43, pg. 78 , 26/10/2011) trouxe os números assustadores da corrupção hoje, e mostra “Dez motivos para se indignar com a corrupção”. São 85 bilhões por ano, 720 bilhões nos últimos 10 anos. Essa dinheirada seria suficiente para atender uma das alternativas seguintes: 1 – erradicar a miséria. 2 – custear 17 milhões de de sessões de quimioterapia. 3 -custear 34 milhões de diárias de uti nos melhores hospitais. 4 – construir 241 km de metrô. 5 – construir 36.000 km de rodovias. 6 -construir 1,5 milhões de casas. 7 – reduzir 1, 2% na taxa de juros. 8 – dar a cada brasileiro um premio de 443 reais. 9 – custear 2 milhões de bolsas de mestrado. 10 comprar 18 milhões de bolsas de luxo.

E a Revista mostra os números da corrupção em alguns ministérios. “Os ministérios campeões em irregularidades: Saúde – 2,2 bilhões; Integração Nacional – 1,1 bilhão; Educação – 700 milhões; Fazenda – 617 milhões; Trabalho e Emprego – 475 milhões; Planejamento – 440 milhões; Meio Ambiente – 260 milhões; Cultura – 184 milhões; Ciência e Tecnologia – 130 milhões; Previdência – 120 milhões”.

É o caso de se perguntar, por que o povo brasileiro faz passeatas gays com milhões de pessoas, caminhadas com Jesus com milhões de pessoas, e não faz passeatas assim contra a corrupção? A resposta dos entendidos é que “o povo está satisfeito com o governo”; mas como, com tanta corrupção? Alguns jornalistas apontam outras causas: “o Partido do governo, na prática, estatizou os movimentos sociais. Da UNE ao MST, passando pelas centrais sindicais, todos recebem dinheiro do governo. Foram aliciados. São entusiastas e sócios do poder, coniventes com os desmandos porque têm interesses a preservar”. (Fernando de Barros, E SILVA, Folha de SP – 29/6/2011).

Junte-se a isso, os políticos que são corruptos, as ONGs disfarçadas que tiram dinheiro do governo; essas forças aliciadas pelo governo não deixam a indignação tomar as ruas.

O pecado da corrupção é gravíssimo; é contra o sétimo mandamento: “não roubar”. Como cristãos temos que denunciá-lo como os cardeais fizeram, porque prejudica principalmente as pessoas mais pobres. É preciso relembrar aos corruptos que um dia, logo após a morte, cada um se apresentará diante de Deus para ser julgado por seus atos durante a vida (cf. Hb 9,27).

Precisamos sair da indiferença e da omissão. Vale relembrar mais uma vez as palavras do grande Martin Luther King nos eu famoso discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho): “Não tenho medo da violência dos maus, do grito dos corruptos… tenho medo do silêncio dos bons”.

Prof. Felipe Aquino

Amor e Casamento


“O casamento é, obviamente, uma das tendências mais naturais da natureza humana. Ora, se é assim, parece difícil imaginar que, em circunstâncias normais, seja natural que o casamento fracasse. Se tantos casamentos fracassam hoje em dia, talvez seja porque as circunstâncias que cercam o matrimônio já não são normais. Ao invés de o casamento estar fracassando para o homem, não será o homem que vem fracassando em relação ao casamento? Não sera que o erro, ao invés de residir no casamento, reside no homem moderno, e mais especialmente no modo como ele encara o casamento?”

Padre Cormac Burke no livro Amor e Casamento

São muito claras essas palavras, pois elas nos lembra da responsabilidade do “fracasso” do casamento ao homem e não a instituição matrimonial. Não é o casamento ou a família que tem fracassado para o homem de hoje, mas é o homem com sua “nova” maneira de ver, com uma nova linha de pensamentos, ideologias, modas, que tem fracassado para o matrimônio.

O não fracasso do casamento é algo até óbvio, pois nossa fé Católica nos ensina que o matrimônio é algo Divino, é um sacramento, é um sinal visível da graça invisível de Deus, ou seja, antes de ser algo natural, porque faz parte da natureza humana, o matrimônio é Vontade de Deus, e o que é Vontade de Deus não pode fracassar, não pode falhar!

O matrimônio sendo um sacramento deve ser sinal do que ele representa: a aliança que homem e mulher fazem diante do altar é um sinal da Aliança de Amor que o Senhor fez com o homem no altar da Cruz.

Ora, sabendo que “nada pode nos separar do amor do Senhor”(Rm 8, 35), sabendo que o Amor de Deus pelo homem não fracassou, é claro que o matrimônio não é uma Instituição falida ou fracassada, mesmo que pesquisas digam o contrario.

Se o teu casamento esta, aparentemente, fracassado, falido, se você esta querendo desistir da tua família, existe uma solução: Deus! Ele é a origem, ele é o Doador desse Dom, volte-se para Ele.

Se você tem visto que a tua família esta um caos, clame o Espírito Santo, pois como nos diz a Palavra do Senhor: “A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.” (Gn 1, 2) Clame ao Espírito Santo pedindo a Ele que venha ordenar o que esta desordenado no seio de tua família, pois o Espírito Santo tem o poder de renovar o teu matrimônio e essa renovação da tua família começa com a sua renovação!

Abraços

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jesus chora por Jerusalém e por cada um de nós

Após apresentar a denúncia de Jesus sobre a infidelidade de Israel, Lucas insere este diálogo envolvendo alguns fariseus e Jesus. Estes fariseus simulam proteger o Senhor das ameaças de Herodes, preposto do império romano, com autoridade sobre a Galileia.

Herodes já havia mandado matar João Batista, e Jesus, cuja prática se assemelhava à de João, estava também ameaçado. Com um forte propósito de terminar a Sua missão, Jesus diz: “Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: ‘Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho’”.

A resposta de Jesus é um recado a ser dado a Herodes por estes fariseus, que Jesus percebe estarem fazendo o jogo de Herodes. Jesus chama Herodes de raposa e, com uma frase repetida, afirma que continuará Seu ministério e Seu caminho rumo a Jerusalém.

A morte não O intimida. Sabe que está mais próxima a morte por parte dos chefes religiosos de Jerusalém do que por parte de Herodes. Com uma sentença em estilo profético, Jesus ainda faz a Jerusalém um apelo à conversão. Capital do Judaísmo, Jesus caracteriza Jerusalém como a cidade que mata os profetas.

Poderíamos assim dizer que Ele “nem estava aí” tanto pelo que Herodes haveria de lhe fazer quanto do que o povo dizia. Ele está a caminho de Jerusalém. Com o Seu ensinamento, revela a Sua rejeição pelo Judaísmo e a Sua acolhida por parte dos gentios. Mais do que a Herodes, Jesus sabe que paira sobre si a ameaça de morte por parte das autoridades religiosas com sede em Jerusalém. E então o clamor de indignação de Jesus:“Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!”

Os judeus eram os escolhidos de Deus. A este povo Ele tirou do Egito, conduziu-os à terra prometida e livrou-os dos inimigos. Sobretudo, a este povo Deus prometeu e enviou o Salvador Jesus. Porém, eles não foram gratos a Deus.

Os judeus desprezaram Jesus e não O aceitaram como o seu Salvador. Quando Ele esteve aqui na terra, dedicou muito tempo à cidade de Jerusalém. Durante três anos ensinou ao povo, no Templo, o amor de Deus e a necessidade do arrependimento.

Jesus se preocupou com este povo, porque viu que os seus corações estavam endurecidos. O povo de Jerusalém se tornara materialista, ocupando-se demais com as coisas do mundo e esquecendo-se do Senhor.

A preocupação com as coisas materiais era tão grande que haviam tornado até o próprio Templo uma casa de comércio. Em lugar de usar o Templo para a pregação da Palavra de Deus, usavam-no para fazer dinheiro, vendendo e comprando objetos.

Jesus chamou várias vezes este povo ao arrependimento, mostrando-lhes o perigo que estavam correndo e a necessidade de se voltarem para Deus. Porém, o povo permaneceu indiferente. Não se arrependeu, não reconheceu os seus pecados nem se voltou para Ele.

Jesus esperava que eles chorassem de arrependimento, mas como não choraram, Jesus chorou por eles. Chorou de pesar, de tristeza e compaixão.

Padre Bantu Mendonça

Diálogo inter-religioso, sinônimo da paz

No dia 27 de outubro, o Papa Bento XVI se reuniu em Assis, na Itália com cristãos de outras denominações e líderes de grandes tradições religiosas para rezar pela paz. Em janeiro desse ano, no seu discurso para o Dia Mundial da Paz, o Papa anunciou que participaria desse encontro e afirmou que as religiões têm a capacidade de ser fator importante de unidade e concórdia para toda humanidade.

Existe uma série de motivos para se dar atenção a essa reunião. O primeiro ponto significativo é o imagético. Em geral, quando se pensa em expressões religiosas diferentes ocupando um mesmo espaço, vem à tona a figura do conflito, não apenas no campo das ideias, mas por vezes o de violência extrema. Vendo representantes de diferentes manifestações religiosas juntos com um mesmo objetivo, torna-se possível visualizar a paz que essas denominações e tradições religiosas propõem.

Outro ponto de importância é de cunho antropológico, pois a proposta é de diálogo entre essas religiões. Se não há conversa com o outro acontece um fechamento que pode gerar medos e preconceitos. Mas num verdadeiro diálogo há uma predisposição de abertura ao próximo, acolhendo-o e respeitando a sua especificidade. E essa relação com o diferente proporciona, ao mesmo tempo, autoconhecimento. Justamente porque esse convívio religioso não significa perda de identidade, mas deixar-se conhecer, as características próprias são melhor entendidas e assim reforçadas.

Sendo assim, numa convivência, especialmente a religiosa, é tão importante a tolerância. É preciso conhecer o outro, identificar suas fronteiras e, dessa maneira, tolerar os limites. Com essa atitude, não se trata apenas de ser condescendente com algo que não se pode impedir, mas, sobretudo, de uma boa disposição em ouvir e refletir sobre opiniões diferentes – e a partir daí crescer num convívio que visa ao bem comum.

Assim, partimos para a importância sociológica desse diálogo inter-religioso. Conversar com outras religiões e denominações é dialogar com outras culturas, com outras sociedades. É perceber que o outro também possui riquezas e que, por isso, essas diferenças não são ameaças, mas valores que ampliam a visão de mundo para ambos os lados. Por isso, as religiões têm condições de oferecer à sociedade humana seus valores, promovendo a solidadriedade e a paz.

Alguns dos conflitos mundiais têm motivação religiosa e conflitos cotidianos, em lugares em que supostamente se vive a liberdade religiosa, também (como o preconceito, por exemplo). Esses líderes juntos e se dispondo dialogar, numa tentativa de perceber, superar e aprender com as diferenças e, sobretudo, em busca de propostas para a paz entre os homens – eis um grande exemplo para que o mundo todo se conscientize de que, independentemente da opção religiosa, somos todos irmãos!

A felicidade mora no lar

A maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família

“Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, no seio de minha família” (Tomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos da América).

A maior alegria é colhida na família, a cada dia. A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.

Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.
Até quando nos deixaremos enganar querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos indivíduos reconhecidos e amados e não apenas um número, um RG, um CPF.

É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado; sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.

Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam os casamentos e, consequentemente as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isso. Quando as famílias eram bem constituídas não eram tantos os jovens envolvidos com drogas, com a violência e com a depressão.

Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, nas quais os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isso que dá felicidade ao homem e à mulher.

Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.

A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. Essa fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, totalmente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isso seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.

A felicidade tem um preço; e na família temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo!

A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isso não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua felicidade.

Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isso depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a esse sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.

Prof. Feilpe Aquino

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A contaminação pela prática e busca do Oculto!

Existem diversas formas na qual o povo de Deus é contaminado pelas forças de Satanás e por vezes até mesmo pela inocência da pessoa e por falta de conhecimento!
A Palavra de Deus já afirma que o povo perece por falta de conhecimento…
Com isso pretendo descrever algumas atividades que levam a uma contaminação direta da pessoa com as obras das trevas, e que as pessoas ainda que tenham certo conhecimento de Deus, não sabem que estão entrando em terreno inimigo, e com isso se expondo de forma direta aos seus ataques, contaminando a si mesmo e por vezes toda a sua família!

Passes Espíritas: Os passes espíritas são um dos meios que mais o inimigo tem se utilizado para contaminar as pessoas que o buscam. Quando você recebe um passe espírita, você esta deixando que aquela ENTIDADE, que na verdade é o próprio demônio, tome posse de você e daquela situação na para a qual você veio buscar este passe.
Geralmente quando a pessoa recebe um passe, este passe é dado em algumas partes do corpo da pessoa, e que para cada parte do corpo existe um significado para os espíritas.
Geralmente as partes do corpo que recebem estes passes são: A Cabeça, as Costas, o Peito, os Braços e as Pernas.
Apesar de cada parte do corpo ter um significado para estes passe, no fundo você está se deixando escravizar por aquele espírito, por aquela entidade…por Satanás!

A Superstição e os Amuletos: A pessoa acaba se prendendo a um objeto, ou a um tipo de rito, e esquece de quem é o Senhor da vida, e quem é que esta no controle de tudo! E coloca a fé dela em algo morto, sem vida, desviando – se assim cada vez de Deus!
Entre esses amuletos e superstições podemos incluir: Figas, Patuás ( geralmente é um pedaço de pano ou um objeto consagrado a uma determinada entidade), dentes de alho, plantas, ervas, ferradura, pé de coelho; assim como não passar debaixo da escada, não deixar um gato preto atravessar a sua frente, cristais, sinos, incensos e por ai vai….

Oferendas Espíritas: Nestes tipos de oferendas existe uma grande contaminação espiritual na pessoa que se envolve com este tipo de magia. Há um envolvimento direto com a entidade na qual solicitou a pessoa algum tipo de oferenda, de oferta, para fazer aquilo o que a pessoa pediu a esta entidade, a este demônio! Existem diversos tipos de oferendas que dependendo de qual entidade você compactou o seu pedido, ele exige: Bebidas, cigarros, charutos, velas, comidas de diversos tipos, animais vivos, sangue de animais e por vezes o absurdo do sacrifício humano!
A oferenda sempre esta ligada a um ambiente: Cachoeira, encruzilhadas, cemitérios, pedreiras, rios, ruas, esquinas de ruas, matas, dentro das próprias casas ou ainda nos próprios terreiros…
Atenção: O nível de contaminação com este tipo de envolvimento com as trevas é muito grande, pois você esta deixando o demônio compactuar com você, um desejo, te atender em um desejo seu!
Há casos de verdadeiras possessões por causa deste tipo de envolvimento na qual a pessoa se envolveu!

No próximo artigo trarei a realidade na qual muitos dos que se dizem cristãos ainda buscam: O Benzimento! E mostrarei como os mesmos são feitos e os seus objetivos!

Quero deixar claro que quando exponho estas realidades acima, quero ALERTAR você, que muitas vezes por falta de conhecimento se envolve ou não sabe responder à outras pessoas que estão se envolvendo com estes tipos de práticas ocultas… Cada pessoa é livre e jamais minha intenção é julgar as pessoas que praticam tais obras.
Mas nosso dever como cristão que somos, é de também DENUNCIAR as maneiras que o Demônio tem se utilizado para nos prender…
Mas não esqueçamos: “Se o Senhor é por nós, quem será contra nós?” (RM 8,31)

Deus abençoe você, e até o próximo artigo!

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Combatendo a decepção

Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava?



Enfrentamos inúmeras situações em nossa história que, com ou sem a nossa autorização, acabam nos remetendo a este terrível sentimento: a decepção.

Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava? Quem já não esperou por realidades que não se concretizaram? Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou? A decepção é um sentimento presente na vida humana e, constantemente, precisaremos aprender a bem geri-lo em nossa história.

Todos nos decepcionamos em algum momento da vida, todos experienciaremos a infelicidade de não nos sentirmos os “prediletos” em algum momento de nossa trajetória na existência. Contudo, é preciso compreender que se esse sentimento não for trabalhado e superado em nós, poderá nos marcar com desastrosas conseqüências.

A decepção é um profundo veneno! Quando a mesma faz morada no coração tende a nos roubar o entusiasmo, a alegria e o ânimo, além de nos fazer desacreditar da vida e das pessoas em geral. Ela nos leva a pensar que nossas lutas são em vão, roubando assim o sentido de nossos esforços e crenças.

Diante das desventuras e decepções precisaremos sempre contra-atacar…

É preciso destruir definitivamente alguns antigos chavões como: “Homem é tudo igual, não leva nenhuma mulher a sério”, “Meus namoros nunca dão certo”, “Eu não paro em nenhum emprego”, “O casamento é ilusão, na prática não funciona…” É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção acaba fabricando em nós.

Não é porque uma mulher viveu uma experiência dolorosa com um determinado homem, que todos eles (homens) “não prestem”. Existem sim homens bons… é preciso recomeçar e não se tornar escravo (a) da decepção! Não é pelo fato do casamento de algum conhecido (até mesmo o seu) não ter dado certo que o casar-se seja uma utopia irreal.

Nem todas as pessoas são ruins e falsas, e não é porque você se decepcionou uma vez que irá se decepcionar sempre…

É preciso acreditar na vida, na família, nas pessoas, em Deus!

Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso tentar de novo, acreditar, recomeçar.

Amanhã poderá ser melhor, poderá sim… A cada novo dia que se inicia Deus nos dá a oportunidade de reescrevermos nossa história e, com Ele, poderemos sim dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.

Deus é fiel e, diante das desventuras que enfrentamos, Ele estará sempre pronto a abrir novos caminhos para que possamos recomeçar. É preciso acreditar… e não parar na decepção.

É preciso acreditar e não deixar a doçura presente nos dias se amargar…

Poderá ser diferente… é preciso acreditar, sempre!

Não basta querer. É preciso esforço da nossa parte!

No Evangelho de hoje, Jesus anuncia Sua mensagem de salvação ensinando de cidade em cidade, de povoado em povoado. Ao mesmo tempo, Ele se aproxima de Jerusalém, onde alguém lhe pergunta: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”

Esta é a pergunta curiosa do devoto fiel, evidentemente pondo-se no grupo dos salvos. É a tentação de sempre, daqueles que se julgam “proprietários” da salvação, especialmente os fariseus. Mas é também a tentação que temos nós, discípulos, quando perdemos a dimensão da espera. Quando acreditamos que “os muros da nossa cidade interior” são tão seguros a ponto de não precisar de vigilância.

É terrível para nós, discípulos, quando, depois de uma bela experiência com Deus, sentimos imediatamente que entramos num grupo “à parte” e começamos a olhar com autossuficiência aos outros, àqueles que não entendem, que não conhecem, que têm seguido outros percursos diferentes ao de Jesus.

“Para mantermos a vida de fé necessitamos fazer todo o esforço possível para passar pela porta estreita”, diz o Senhor. Com este símbolo, Jesus não tem a intenção de dizer que, devido ao monte de gente que quer a vida eterna, tenhamos que “empurrar uns aos outros” pra poder garantir nosso lugar. Não! Devemos nos esforçar sim; não basta querermos.

É verdade que não podemos nos salvar por nossas próprias forças, mas isto não acontece sem a nossa ação, com uma atitude de pura passividade. Deus nos salva, mas nos leva a sério como pessoas livres e responsáveis. Devemos nos esforçar e lutar, aproximando-se decididamente e conscientemente do Senhor para superar os obstáculos e testemunhá-lo com a nossa vida.

Com a afirmação sobre a porta que é fechada pelo dono da casa, Jesus quer nos dizer que devemos nos esforçar, porque nosso tempo é curto. Não podemos adiar “pra não sei quando” o esforço de viver em comunhão com Deus. Com a nossa morte, a porta será fechada e será decidido o nosso destino. Então, será muito tarde para querer chamar e bater.

Devemos levar também em conta que o nosso tempo, além de limitado não é do nosso controle. Não podemos viver uma vida segundo o nosso bel-prazer e adiar para a velhice a preocupação pela salvação. Não somos nós que fechamos a porta, mas Deus. Por isso, devemos estar sempre prontos.

Nas palavras do dono da casa, vemos uma ênfase na justiça, na orientação da vida segundo a vontade do Senhor. Não basta uma comunhão somente externa com Ele, tê-Lo conhecido, ter ouvido Seus ensinamentos, conhecer o Evangelho e o Cristianismo, pois corremos o risco de Ele nos dizer: “Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!”.

Quem não se orienta pela vontade de Deus, quem rejeita, conscientemente, a comunhão com Ele, já excluiu a si próprio da salvação. Esta sua decisão é respeitada e confirmada pelo Senhor. E seria triste chorar de desgosto e ranger os dentes de raiva por se dar conta do que foi perdido.

A boa notícia de Jesus não nos diz coisas agradáveis nem nos promete uma vida fácil e sem esforços. A boa nova contém algumas verdades incômodas, mas justas, porque não nos esconde nada, mas manifesta a verdade completa e nos indica a verdadeira via para a felicidade plena. Aquilo que conta, enfim, é o empenho com o qual se vive a própria existência cristã, testemunhando uma pertença a Cristo.

Jesus nos interpela. Para chegarmos ao Reino, à vida plena, à felicidade eterna – dom de Deus oferecido a todos – é preciso renunciar a uma vida baseada naqueles valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes e autossuficientes para seguir Jesus no Seu caminho de amor, de entrega e dom da vida.

Padre Bantu Mendonça

O Povo tem fome de Deus



O povo tem fome de Deus. Porém muitos tem procurado nos lugares errados, se perdendo no vício da drogas, no alcolismo, no sexo desregrado, na busca a todo custo de status intelectuais e financeiros, alguns vendem até o corpo para ter reconhecimento. Isto na verdade é uma forma de tentar saciar uma fome interior que nada no mundo não pode dar. Como diz a música do Walmir Alencar, “Não dá pra preeencher vazio com vazio.”

É narrado que em certo momentno da vida de São Francisco de Assis, as pessoas avançavam sobre ele como que querendo arrancar algo dele. O Autor diz que o povo tinha fome de Deus e viam Deus em Francisco.

Precisamos dar este Deus para o povo. Meus irmãos é preciso que as pessoas vejam Cristo em nós. Para que eles encontrem o verdadeiro alimento que sacia sua fome da alma. Sejamos verdadeiros cristãos, sejamos como “hóstias” a saciar o povo de Deus.

Que eu seja o primeiro a buscar ser este instrumentos do Senhor, Assim seja!

Escute o que ela não diz

Um homem percebeu que o seu casamento estava desmoronando. Ele e a esposa não se entendiam mais. Sempre as mesmas acusações, as mesmas reclamações, nenhuma explicação satisfazia. Num esforço sobre-humano o infeliz foi procurar um sábio e contou-lhe a situação. O sábio deu-lhe um simples remédio:

- Este ano procure escutar tudo o que a sua mulher disser, depois volte. Não era pouca coisa, mas o homem esforçou-se ao máximo. Muitas vezes desistiu da pressa e parou para ouvir o que a esposa tinha para lhe dizer. Inúmeras vezes conseguiu frear a sua língua para não responder na hora e ponderar melhor o que a outra afirmava. Aos poucos percebeu que a esposa tinha algumas idéias interessantes. Em muitos assuntos estava mais informada do que ele, e em outros era mesmo experta. Com o passar do tempo, ficou cada vez menos pesado escutar a companheira; com isso acabou redescobrindo muitos lados bons da esposa que havia esquecido. Após um ano voltou com o sábio. Ainda não estava plenamente feliz, porém o difícil remédio já estava dando os seus resultados. Relatou tudo ao sábio e perguntou-lhe qual seria o próximo passo. Este respondeu:

- Até aqui foi, mais ou menos, fácil; você escutou com mais atenção o que a sua esposa dizia. Agora, se quiser salvar mesmo o seu casamento, para o próximo ano, escute também o que ela não diz -.

A história acaba aqui, não sei como ficou o casamento daquele homem após o segundo ano, entretanto achei curioso o conselho do sábio, porque nos lembra algo de muito difícil, algo que nos parece quase impossível. Como ouvir o que os outros não dizem? Não é uma bobagem querer escutar o que nem é dito? De jeito nenhum.

Primeiro porque confiamos demais em nossas palavras, nos nossos raciocínios e discursos. Achamos que o que dizemos é tudo o que pensamos e sentimos. Nada mais falso! Na maioria das vezes é muito mais o que não expressamos, porque não conseguimos, não achamos importante, ou simplesmente porque preferimos que o assunto acabe por aí, engolindo os demais sentimentos e as demais explicações. Pela alegria e pela tristeza. Ficamos mudos para não ofender, por achar perda de tempo conversar mais. Outras vezes calamos, por não querer admitir que o outro, ou a outra, é melhor do que nós, que fez tudo bem feito, que deveríamos agradecer-lhe.

Podemos silenciar para não machucar, é verdade, mas podemos silenciar, também, para não querer louvar quem está perto de nós. Simplesmente por entender que fez o que devia fazer. Cumpriu uma obrigação, nada mais. Com o silêncio, perdemos a oportunidade de manifestar a nossa admiração, a nossa gratidão, a nossa alegria por ter aquela pessoa, – mãe, pai, marido, esposa, filho, colega, amigo – junto conosco. Nesse caso seria melhor falar.

Em outras situações, ter um pouco de criatividade em imaginar o que o outro -ou a outra- não diz, pode servir para evitar uma confusão, criar um clima de compreensão, resolver com um sorriso, ou um olhar, um possível mal- entendido. O silêncio pode esconder insatisfação, revolta, submissão, medo, desinteresse. Dificilmente, o ficar calados, revela amor.

Neste domingo, Dia dos Pais e início da semana da família, muitas palavras serão usadas para elogiar ou condenar os pais. Ouviremos homenagens, poesias, reflexões. Também debates, reclamações, acusações. Mais uma vez um mar de palavras. Algumas poderão fazer chorar de alegria e de comoção, outras de ressentimento e de raiva.

Muito mais palavras, porém, não serão ditas. Por não ter o pai por perto, por não conhecê-lo bem, por medo, por preguiça ou mesmo por indiferença.

Para ajudar as nossas famílias, devemos ter coragem de falar, com jeito, com carinho, com confiança. Devemos parar de pensar que é inútil uma boa conversa com o marido, com a esposa, com os filhos. Conversar com sinceridade e escutar com interesse. As duas atitudes andam juntas.

Contudo devemos desconfiar de muitas palavras. Devemos nos perguntar no silêncio, na escuta e na observação, o que poderíamos fazer mais e melhor para os outros. Sem palavras, mas com gestos concretos, com a presença e a atenção amorosa. Assim saberemos surpreender os que amamos: adiantando-nos com aquilo que, temos certeza, gostariam de ouvir ou receber, mesmo se não o manifestaram. Porém sem escutar o que nos dizem com o seu silêncio vai ser difícil acertar.

Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

O espírito da aliança matrimonial


Doar-se: A aliança matrimonial é uma entrega, uma doação. Não é pedir em primeiro lugar, senão dar-se. E este é o primeiro sentido da aliança matrimonial: eu me doo como marido, como esposa e recebo como resposta a doação de meu cônjuge. Em relação com a Virgem Maria é uma entrega filial; na vida matrimonial é uma entrega esponsalícia. Essa entrega esponsalícia é uma superação radical do egoísmo.

Amar é viver centrado no TU e não no EU. Se um diz: “Eu te quero”, pode significar duas coisas distintas. Se há verdadeiro amor significa: “Eu te quero para fazer-te feliz”, do contrário significa: “Eu te quero para que me faças feliz”.

Amar com autenticidade não é renunciar à própria felicidade, mas descobrir que minha felicidade maior é viver para fazer feliz ao outro. É a felicidade de Deus: Deus é feliz porque está sempre se doando às outras pessoas da Santíssima Trindade e a nós.
E o homem está chamado a encontrar uma felicidade semelhante à de Deus, que é a felicidade de se doar e se regalar aos demais.

Amar é estar sempre para o tu, só para o tu. Pertencer-se (consagrar-se).

A aliança matrimonial nos pede uma entrega total, não uma entrega parcial. É uma entrega de todo seu ser e para sempre.
E este espírito deve animar-nos matrimonialmente: uma entrega total e permanente. Isso cria em nós uma consciência de pertencer e de consagração. Nossa vida está consagrada a alguém e desde esse momento já não pode haver solidão. Essa consciência de consagração, de que eu não me pertenço, mas que pertenço à outra pessoa, isso é o que nos pede nossa aliança matrimonial: pertenço ao cônjuge, agora e para sempre.

Não somente queremos caminhar juntos, compartilhar toda a vida, fazer-nos responsáveis um pelo outro, mas existe também um direito mútuo. O outro tem direito a meu amor, meu apoio, meu tempo, tem direito a que eu lute para alcançar sua realização pessoal, sua felicidade, sua santidade.

Essa consciência de consagração, que nos dá a aliança matrimonial, deveria ser tão forte como a que tem um sacerdote ou uma religiosa que se consagraram a Deus. E assim como o sacerdote ou a pessoa consagrada usa um distintivo externo – um hábito, uma cruz – que lembra esse caráter de pertencer a alguém, da mesma forma também os esposos têm esse distintivo.

Este é o sentido de nosso anel de casamento, nosso anel matrimonial, nossa “aliança”. Não é um adorno, senão o símbolo de uma consagração, de pertencer. A pessoa que usa a aliança dá a conhecer seu caráter de comprometido, de aliado, não só diante do cônjuge, mas também diante dos demais. Que importantes são os símbolos e que grande significado tem este anel: recorda-nos o amor, a presença, a fidelidade do cônjuge em cada circunstância.

E o que se renova volta a reviver. Daí a importância de renovar com frequência nossa aliança de amor matrimonial. Há matrimônios que fazem isso todos os meses.

Padre Nicolás Schwizer

O Silêncio

Aprende com o silêncio
a ouvir os sons interiores da sua alma,
a calar-se nas discussões
e assim evitar tragédias e desafetos.

Aprende com o silêncio
a respeitar a opinião dos outros,
por mais contrária que seja da sua.

Aprende com o silêncio
que a solidão não é o pior castigo,
existem companhias bem piores…

Aprende com o silêncio
que a vida é boa,
que nós só precisamos olhar para o lado certo,
ouvir a música certa, ler o livro certo,
que pode ser qualquer livro,
desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio
que tudo tem um ciclo,
como as marés que insistem em ir e voltar,
os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa
sobre o seu próprio eixo…

Aprende com o silêncio
a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia,
enxergar em você as qualidades que possui,
equilibrar os defeitos que você tem
e sabe que precisa corrigir
e enxergar aqueles
que você ainda não descobriu.

Aprende com o silêncio a relaxar,
mesmo no pior trânsito,
na maior das cobranças,
na briga mais acalorada,
na discussão entre familiares.

Aprende com o silêncio a respeitar o seu ”eu”,
a valorizar o ser humano que você é,
a respeitar o Templo que é o seu corpo
e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio,
que gritar não traz respeito,
que ouvir ainda é melhor que muito falar.
E em respeito a você, eu me calo, me silencio,
para que você possa ouvir
o seu interior que quer lhe falar,
desejar-lhe um dia vitorioso
e confirmar que VOCÊ É ESPECIAL.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Matrimônio: Obra de Deus

1. Qual é a origem do matrimônio?
O matrimônio foi estabelecido por Deus. A Bíblia ensina que Deus depois de criar a Adão disse: “Não é bom que o homem estejá só. Façamos-lhe uma companheira semelhante a ele” (Gn 2,18). E acrescenta: “…por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a uma mulher, e se tornarão uma só carne”(Gn 2, 24). Assim ficou estabelecido o matrimônio no início da humanidade. Deus os abençoou dizendo-lhes: “Crescei, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 1, 28).

2. Qual é o papel da liberdade no matrimônio?
Todo homem e mulher são livres para casar-se ou não, porque Deus não obriga ninguém a contrair matrimônio, e este não se constitui sem o livre consentimento dos noivos. Porém uma vez que está estabelecida a aliança conjugal, o homem está sujeito às suas leis divinas pelas quais se rege o matrimonio e às suas propriedades essenciais.

3. Por que alguns afirmam que o matrimônio é uma invenção dos homens?
O caráter sagrado do matrimônio é reconhecido em todas as culturas, porém nos últimos tempos se difundiu uma visão do matrimônio sem referência a Deus, como se fosse uma questão de leis civis ou um assunto privado entre um homem e uma mulher. Isto é dito pelos que não conhecem nem amam a Deus, e pensam que a religião não deve ter influência em suas vidas.

4. Como estes erros exercem influência sobre o matrimônio na sociedade?
A causa deste erros é que as pessoas se afastam de Deus. Quando isto ocorre é difícil reconhecer a dignidade do matrimônio, e facilmente se cai na prática da infidelidade, o divórcio, o “amor livre” e outras uniões ilícitas ou irregulares. Também o amor matrimonial freqüentemente resulta profanado pelo egoísmo, o materialismo e a anti-concepção.

5. Esta conducta influencia na sociedade civil?
O afastamento pessoal de Deus e a ignorância da doutrina de Jesus Cristo influência na ruptura da grande quantidade de famílias e constitui uma das causas mais claras da decadência civil e moral de toda a sociedade.

Catecismo da Família e do Matrimônio
Padres Fernando Castro e Jaime Molina

Não duvidar daquilo que a Igreja ensina

O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito” (João 14,25).

Antes de Jesus sofrer a Sua Paixão, na noite da despedida, naquela última Santa Ceia memorável, deixou bem claro aos apóstolos que eles teriam a assistência permanente do Espírito Santo. Sinta-se um instante naquela Ceia e ouça-O falar naquela noite memorável da despedida: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito (Defensor), para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (João 14, 15-17).

Ora, como poderia a Igreja Católica se desviar do caminho de Deus se o Espírito da Verdade está nela e, com ela, desde o começo, e nela “permanece” sempre? Será que essa Promessa de Jesus não se cumpriu? Será que o Senhor mentiu naquela noite memorável? Não! Jesus foi enfático, o Espírito Santo não só “permanecerá convosco”, mais ainda: “estará em vós”, eternamente.

Na mesma noite da despedida, Jesus ainda disse aos apóstolos: “Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito” (João 14,25).

Ora, como pode a Igreja se enganar na sua missão de levar os homens a Deus se o Senhor lhe prometeu na última noite: o Espírito Santo “ensinar-vos-á todas as coisas”? Observe que Cristo colocou o verbo no futuro: “ensinar-vos-á”; quer dizer: todos os dias daquele dia em diante, até Ele voltar. Ele continua a ensinar a Igreja, e a Igreja aos homens.

Nem tudo que a Igreja acredita está na Bíblia, muitas coisas o Espírito Santo ensinou para ela [Igreja] no decorrer dos séculos: é a Sagrada Tradição. É por isso que cremos nos dogmas ensinados pela Igreja hoje e sempre.

Aqueles homens simples da Galileia não tinham condições de assimilar todas as verdades da fé, toda a teologia que hoje a Igreja conhece (dogmática, cristologia, liturgia, mariologia, pneumatologia, escatologia, exegese bíblica…), depois de muito estudo e reflexão. Jesus, então, lhes explicou que o Espírito Santo de Deus, o Espírito da Verdade, os guiaria à verdade no futuro. Como poderá, então, a Igreja errar se o Senhor lhe prometeu que o Seu Santo Espírito da Verdade “ensinar-vos-á toda a verdade”, desde o começo? Note que o verbo está no futuro.

Uma grande prova de que a Igreja Católica não erra, no essencial, é que, em toda a sua longa história de 2 mil anos, nunca um Papa revogou um ensinamento sobre a fé ou a moral de um antecessor seu. O mesmo aconteceu com os 21 Concílios ecumênicos (universais) que a Igreja já realizou; nunca um Concílio revogou um ensinamento de fé de outro anterior. Esta é a marca do Espírito Santo na Igreja: não há contradição.

“Fora da Igreja não há salvação”, diziam os Santos Padres dos primeiros séculos da Igreja. E o Catecismo da Igreja Católica (CIC) explica o que isso significa: “Toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é o seu Corpo” (CIC § 846). Logo, sem a Igreja não pode haver salvação. Mesmo os não cristãos, sem culpa, podem se salvar se viverem de acordo com sua consciência, são salvos por meio da graça concedida à Igreja. Aqueles que, conscientemente, rejeitarem a Igreja, rejeitarão também a salvação. Jesus afirmou aos apóstolos, hoje nossos bispos: “Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou” (Lc 10,16).

Só a eles o Senhor confiou o encargo de ensinar, sem erro, com a assistência do Espírito Santo. Por isso a Igreja é essencial.

A Igreja que Jesus fundou é a que “subsiste na Igreja Católica”, que tem 2 mil anos e nunca ficou sem um chefe, Sucessor de Pedro, que o Senhor escolheu.

Professor Felipe Aquino

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão


Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP).

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.

Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades".

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Segredo para a felicidade!

Ola Deus abençõe a todos.
Quero hoje partilhar com vocês algo que é muito importante.
Todos nós sem excessão nascemos para sermos felizes.
Isso é fato, mas como ser feliz em meio a tantos problemas e situações difíceis?
Como encontrar a felicidade?
São perguntas que se não estamos fazendo hoje para nós mesmos, com certeza já fizemos.
O youcat, (catecismo da igreja católica para os jovens), nos tras que o caminho da felicidade é viver as bem aventuranças citadas em MT 5,1-12,e também trás que não seremos completamente felizes aqui na terra, porque só encontraremos felicidade completa em Deus.
Ou seja, toda busca de felicidade precisa convergir para Deus.
Bom depois dessa dica preciosa de como sermos felizes, vamos analizar um pouco o que acontece no mundo de hoje.
Todos hoje querem ser felizes e fazem de tudo para serem felizes. Buscam sua felicidade na beleza, buscam nas pessoas, buscam nos prazeres, sejam eles egoistas ou não, buscam felicidade no poder, no comprar, no ter, no saber,etc ; O homem correr atrás da felicidade.
Por outro lado vemos muitos que já desistiram de serem felizes, e tem já em suas mentes e pior em seus corações que não conseguem, que não nasceram para serem felizes, que Deus não os ama, etc.
Parabéns para os que lutam e ânimo para os que desistiram, mas a felicidade não esta ai nessas coisas.
Ja dei a dica acima mas explicando um pouco melhor precicamos trilhar um caminho de busca de Deus, e atenção : só seremos felizes por completo em Deus e com ele na vida eterna
Os santos, sim esses que estão em nossos altares são exemplos de felicidade plena, e não tiveram uma vida confortável, mas isso que falei acima.
Então o que quero dizer com isso: que nós precisamos trilhar um caminho de seguimento a Jesus, que começa aos pés dele na sagrada eucarístia, e começando ali, em adoração, vamos então seguir os seus passos ( as bem aenturanças) e fatalmente passarmos pela Cruz e vamos certamente chegarmos à Santidade que é a plena felicidade.
Com isso não estou dizendo que você agora, precisa deixar sua faculdade, precisa deixar seu trabalho, precisa deixar de comprar, de vestir-se bem, de comer, de namorar, etc. Estou dizendo que a felicidade não esta nessas coisas, estou dizendo que tudo isso faz parte da vida, mas a felicidade esta em seguirmos Jesus, presente na eucaritia, passarmos pela cruz, presente no dia-a-dia e chegarmos a Santidade, que é possível experimentarmos ainda aqui na terra, não de forma plena como eu disse acima, mas é possível.
Jesus hoje nos chama a santidade e como disse o Beato João Paulo II, santos de calça Jeans, também tema do livro do Adriano Gonçalves do Revolução Jesus.
Santos de Calça jeans são aqueles que descobriram o valor da vida e o caminho da felicidade. Por isso se determinaram a viver uma vida sóbria, prudente, mas muito, muito feliz.
Bom para você que acha que tudo da errado. Bom eu concordo, as vezes tudo da errado sim, eu já senti isso na pele várias vezes. O Segredo é ir até Jesus e dizer eu quero ser feliz, pois o Senhor me quer feliz. E ai mesmo em meio a dor, devagar mas continuamente, vai seguindo os passos de Jesus. Você pode estar passando por uma cruz na sua vida e depois dela, fatalmente vem a felicidade. Siga os passos de Jesus sem medo. Levanta a cabeça.
Peço a Jesus agora, que nos de a graça de buscarmos a felicidade que esta em segui-lo.
“Jesus tú sabes que queremos e precisamos da felicidade, então vem em nosso auxílio hoje para que possamos encontrar em Tí, essa felicidade. Que possamos ter amor e coragem suficientes para te seguirmos e sermos santos (felizes) na nossa juventude. Vem Jesus agora ao nosso encontro. amém!”

Um coração ressuscitado bate em você!





A ânsia do Espírito Santo é fazer nosso coração semelhante ao de Jesus: manso, humilde, sereno, que louva ao Pai, que tem o dom de amar, que sabe perdoar e deu a vida para nos salvar. Ao contrário daquele outro coração: de pedra, magoado, frio, sem vida, que não sabe amar, perdoar, partilhar. Ele não vai desistir enquanto não mudar nosso coração.

O que não pode faltar é nossa correspondência. A semente tem em si toda a potência, até mesmo para ser um grande cedro, mas para que isso aconteça, ela precisa de terra que absorva as raízes, que lhe dê a seiva. O Espírito Santo não faz isso sem um solo, sem um terreno. Esse solo, esse terreno, somos nós.

A semente está na terra. O bom agricultor levanta, dorme, passam-se dias, semanas, meses e ele permanece pacientemente aguardando o nascer daquele fruto. Ele não vê o que acontece no interior da terra, mas sabe que pode confiar (cf. Mc 4,26). O mau agricultor é aquele que começa a remexer a terra, desconfiado, para ver se a semente germinou ou não… E acaba estragando tudo.

Deus confia na semente que Ele plantou. Podemos e devemos confiar também. Depois de semeada, entra dia, sai dia, entra semana, sai semana, entra mês, sai mês: a semente germina, lança raízes, crescem as folhas, os cachos, os frutos. Ali se aninham os pássaros. Não é apenas o dono que comerá seus frutos. Os pássaros também. Eles comerão os frutos e se aninharão. É preciso acreditar na ação do Espírito Santo. Acreditar no bom solo que você é. Um coração ressuscitado bate em você!

Deus o abençoe!

domingo, 23 de outubro de 2011

Papa Bento XVI eleva três santos aos altares

Neste domingo, na Praça de São Pedro, no dia em que a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões, o Papa Bento XVI, celebrou a solenidade que deu de presente a Igreja três novos santos: os italianos, Dom Guido Maria Conforti e padre Luis Guanella, e a espanhola, irmã Bonifácia Rodriguez de Castro.



.: Confira mais fotos da Solenidade
.: Confira íntegra da homilia do Papa

Durante a homilia, o Papa Bento XVI destacou, a luz da Liturgia de hoje, que a exigência principal para cada um de nós é que Deus esteja presente na nossa vida: “Ele deve, como diz a Escritura, penetrar todos os cantos do nosso ser e preencher-nos completamente”.

“Jesus leva a entender que a caridade pelo próximo é tão importante quando o amor a Deus. De fato, o sinal visível que o cristão pode mostrar para testemunhar ao mundo o amor de Deus é o amor pelos irmãos”, disse, assinalando que os três novos santos, canonizados hoje, se deixaram transformar pela caridade divina e a ela dedicaram sua existência.

Mencionou o Salmo 17 que diz que o Senhor é fiel ao seu consagrado e recordou a vida de São Guido Maria Conforti. “Desde quando, ainda criança, teve que superar a oposição do pai para entrar no Seminário, deu prova de um caráter firme no seguir a vontade de Deus, no corresponder por completo àquela caritas Christi que, na contemplação do Crucificado, o atraía a si”.

Falando de São Luís Guanella, sublinhou: “O testemunho humano e espiritual dele é, para toda a Igreja, um particular dom de graça. Durante a sua existência terrena, ele viveu com coragem e determinação o Evangelho da Caridade, o “grande mandamento” que também hoje a Palavra de Deus nos recordou”.

O Papa remeteu-se a Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses e comparou a metáfora dos trabalhos manuais na ação evangelizadora as virtudes de Santa Bonifácia Rodríguez de Castro: “Quando São Paulo escreve a carta, trabalhe para ganhar o pão; parece evidente, pelo tom e exemplos empregados, que é no trabalho que ele prega e encontra seus primeiros discípulos. Esta mesma intuição moveu a Santa Bonifacia, que desde o início soube aliar seu seguimento a Jesus Cristo com o esmerado trabalho cotidiano”.

“Te amo, Senhor, minha força”, conclui Bento XVI pedindo que a exemplo do amor dos novos santos para com Deus, os cristãos deixem-se guiar por seus ensinamentos. “Que a nossa existência torne-se testemunho de autêntico amor por Deus e pelo próximo”, finalizou.




Os novos santos

Guido Maria Conforti

- Nasceu em Ravadese (Parma, It) em 30/03/1865. Foi batizado no mesmo dia¬.
- Com 11 anos ingressou no seminário, mas uma doença atrasou dua ordenação
- Ainda seminarista, foi nomeado vice-reitor do seminário e orientou os jovens a santidade
- Ordenado em 1888
- Jovem sacerdote, nomeado diretor da Pia Obra da Congregação da Fé e, antes de completar 30 anos, chamado a ser vigário geral.
- Fundou a Pia Sociedade de São Francisco Xavier
- Em 1902, com 37 anos, foi chamado pelo Papa Leão XIII a dirigir Arquidiocese de Ravenna
- Em 1907, o Papa o fez bispo da Diocese de Parma, onde permaneceu por 24 anos e promoveu a instrução religiosa
- Morreu em 5 de novembro de 1931. Os milagres para sua beatificação foram verificados no Barundi e no Brasil
- Foi canonizado por João Paulo II em 17 de março de 1996

São Luís Guanella

- Nasceu em Frascicio, Campodolcino, Diocese de Como, em 19 de dezembro de 1842. Recebeu o Sacramento do Batismo no dia seguinte.
- Filho de cristãos exemplares, dedicados a família, ao trabalho do campo e pastoreio. Juntos recitavam o rosário e liam sobre a vida dos santos
- Foi ordenado sacerdote na Diocese de Como
- Por um triênio foi estar com Dom Bosco, em Turim
- Regressou para sua Diocese e fundou as “Filhas de Santa Maria da Providência”
- A expansão da obra deu origem a “Casa da Divina Providência” e para auxiliar na assistência aos pobres se reuniu a um grupo de sacerdotes: “Servos da Caridade”
- Frase deste santo: “Não se pode parar enquanto houver pobres a socorrer”
- As congregações se espandiram na Itália, países vizinhos e América do Norte
- Em 1915 ajudou as vítimas do terremoto no Abruzzo, na Itália
- Morreu em 24 de outubro de 1915. “ A morte é uma mãe que abraça seu filho (…) é o anjo que nos reconduz a pátria”.

Santa Bonifácia Rodriguez de Castro

- Nasceu em Salamanca, na Espanha, em 6 de junho de 1837
- é a primogênita de 6 irmãos
- Precisou trabalhar cedo, pro ocasião da morte de seu pai. Trabalhou fazendo terços e depois um simples laboratório de artesanato
- Seu testemunho começa nesta fase, quando suas amigas iam a sua casa- laboratório para se sentirem protegidas dos perigos da época. Elas a tinham como uma mestre-espiritual. Passavam parte do domingo rezando a Nossa Senhora e a São José
- Em 1970, partilhou com um jesuíta, sua experiência com estas jovens. Ele propôs que ela fundasse uma congregação. Se tornariam, em 10 de janeiro de 1874, as Servas de São José
- Passou por muitas provações, precisou unir-se a outra congregação
- Para resolver os problemas precisou fundar uma nova comunidade. Em Zamora, cumpre fielmente o objetivo de sua primeira congregação: recolher jovens abandonadas, dar trabalhos a domesticas, proporcionar uma vida digna para encontrar Deus
- Em 1901, Papa aprova sua congregação
- Morre em 18 de agosto de 1905