domingo, 28 de agosto de 2011

Carregar a cruz não significa resignar-se

Depois de Pedro ter reconhecido em Jesus o Cristo, provocou-se uma relação especial entre Jesus e ele, pois Jesus – por Sua vez – reconheceu e ratificou o primado de Pedro. No Evangelho de hoje vemos que para Pedro a relação – entre ele e Jesus – é ambígua. Desta forma, Pedro dá um ‘vacilo’ que foi bem aproveitado pelo demônio.

Jesus, porém, tenta contrapor à possibilidade de um profundo mal-entendido a verdade quanto à Sua missão. Era um esforço, para que ninguém, dentre os discípulos – e dentre nós – se iludisse com falsos triunfalismos. É preciso ter consciência de que o seguimento a Jesus não conduz a sucessos aplaudidos pela multidão, mas sim passa pela cruz, pelo sofrimento, pela Paixão, morte e ressurreição.

Na mente de Pedro a questão era simples: se Jesus é o Cristo, se as Escrituras apresentam a vitória final e definitiva de Deus sobre o mal e os inimigos dos homens de bem, consequentemente, Jesus terá sucesso. E, por isso, Pedro repreende a Jesus: “Que Deus não permita! Isso nunca vai acontecer com o Senhor!”

A resposta de Jesus não tardou a vir, recordando a Pedro qual é a lógica de Deus: “Longe de mim, Satanás!” Jesus mostra a Pedro quanto sua atitude estava perto da de Satanás, que atrai os homens com milagres e portentos, com sucesso e aprovação. Jesus mesmo fez experiência da sutil maldade do adversário e daquelas artimanhas que atraem o homem com a ilusão de resultados eficientes a curto prazo. Continuar por aquele caminho conduziria, com certeza, Pedro a se associar ao adversário.

As Sagradas Escrituras, inúmeras vezes, nos apresentam a fonte do pecado como ligada à decisão de um homem no momento em que escolhe prescindindo de Deus sem sequer ‘perguntar’ ou ‘ouvir’. Talvez, mais que a associação com Satanás, a Pedro tenha doído muito mais a expressão que encontramos no versículo seguinte: “Tu és para mim escândalo”;» trata-se de um hábil jogo de palavras de Jesus que recordava a Pedro – e a todo discípulo – que o novo nome que ele tinha recebido, ‘pedra’ (que era o atributo dado ao próprio Javé, a ‘rocha’ de Israel), poderia significar tanto uma pedra para construir quanto uma pedra que dificulta o caminho. Tudo depende da atitude que alguém toma quando caminha com Jesus. Então, à firme advertência a Pedro, Jesus acrescentava também um conselho, uma indicação para o caminho correto. A palavra ‘afasta-te’, significa algo mais importante: indica o gesto de quem se ‘deixa conduzir’, que fica atrás. Também tem o sentido de ‘prender-se ao jugo’.

Esta figura, a do boi que se deixa prender ao jugo, era querida por Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde” (Mt 11,29). É uma imagem emblemática, pois responde àquela presunção de saber ‘como e quando’ com a escolha de perder a própria autonomia, a independência como um boi ao lado de um outro. Significa escolher não antecipar o tempo e o caminho que Deus deseja que percorramos, mas percorrê-lo passo a passo com o tempo do outro.

Ter a certeza da vitória definitiva do amor sobre o egoísmo, do bem sobre o mal, não exime a ninguém de percorrer o mesmo caminho de Jesus, pois é o próprio caminho que gera a comunhão com Ele, não o resultado.

Quem tentou colocar emparelhados dois animais sabe muito bem que isto é dificílimo inicialmente, a não ser que os dois ‘aprendam’ a estar juntos, passo a passo, lentamente, obstáculo após obstáculo. Mas sempre unidos tanto quanto um boi está preso a outro. Nisto está a força que uma junta de boi produz, maior que a soma de cada um. Presunção ou humildade, confiança ou protesto, isto faz a diferença entre um discípulo de Cristo e um“inimigo da cruz de Cristo” (Fil 3,18), atributo que Paulo dispensa àqueles que desejam resultados. Assim, o jugo se transforma também em ‘cruz’ para Jesus, carregar o jugo é carregar a cruz.

Longe de toda visão piedosista ou melodramática com a qual ligamos um sentimento passivo e negativo à cruz, é preciso lembrar que, para Jesus, a cruz tinha um outro significado.

O cristão não é um “resignado” que deve “carregar” um peso como um destino que Deus faz recair sobre ele. Este não é o nosso Jesus! A cruz foi para Ele mais do que um símbolo de sofrimento, foi o símbolo do amor até o sofrimento.

Deste modo, as palavras de Jesus poderiam ressoar assim: assumam sobre vós aquilo que Eu assumi como sentido da minha vida, até o fim amem. Aqui está a vida! O medo de perder, fará perder de fato a vida.

Vida é proximidade com Deus, com Jesus, para aquilo que der e vier.

Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Oração do Casal


- Homem e mulher que deixam pai e mãe partem rumo ao belíssimo desafio da vivência da unidade, contam com a graça de estado do matrimônio. “Aquilo que Deus uniu, não o separe o homem” (Mc 10,9).
Só Deus é uno, só a Ele pertence o caráter de ser único, portanto somente Deus pode transmitir a unidade aos que O buscam e n’Ele crêem… “Que todos sejam um; como tu ó Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles estejam em nós” (Jo 17,22).
O matrimônio é um sacramento celebrado pelos cônjuges e abençoado pela Igreja, na pessoa do sacerdote. Porém, é essencial que ambas as partes, homem e mulher, tomem consciência de que, desde a bênção nupcial, a unidade entre eles se faz perfeita.
Percebe-se então, com clareza, que esse sacramento não é uma sociedade humana. Tampouco o é um reconhecimento, por parte da Igreja, de um casal que já vivia junto e passa a viver sob a bênção de Deus.
Desde o princípio, o homem e a mulher foram criados para serem unidos e viverem o mistério da unidade em Deus. Unidade semelhante àquela vivenciada pela Santíssima Trindade. É a experiência mística de aprender a amar ao seu “próximo mais próximo”, como a si mesmo.
Nesse relacionamento, onde Deus gera a unidade, existe continuamente uma batalha espiritual a dois. Um cônjuge está sempre erguendo o outro no momento de uma possível queda, pois Deus nunca permite que ambos caiam ao mesmo tempo.
Os cônjuges vêem a imagem de Jesus Cristo nas suas faces e assim aprendem a amar-se. No entanto, se existe uma batalha espiritual no relacionamento matrimonial, se o inimigo de Deus tenta de todas as maneiras destruir os casamentos, faz-se necessário que os esposos estejam sempre muito bem armados para se defenderem.
No mundo hodierno, dificilmente os cônjuges têm a consciência do que é o matrimônio. Normalmente, quando surge uma situação mais difícil ou mesmo uma pequena discordância de idéias, ambos reagem humanamente, tantas vezes assumindo posturas precipitadas, ignorando as armas que Deus põe em suas mãos, por ocasião do casamento.
Os casais têm a missão de fazer seu matrimônio cada vez mais santo. Para que esse objetivo seja atingido, faz-se necessário uma labuta incansável, uma lapidação da pedra bruta, do diamante, para que ele, transformando-se em brilhante, reflita Jesus Cristo para todos os que o cercam e d’Ele têm sede.
A vida espiritual é dinâmica. O Espírito Santo é a Espada Santa de todo casal. Quantas palavras incompreendidas e duras podem ser trocadas entre os esposos que ainda não sabem que sua união é sinal vivo e eficaz de Jesus!
Portanto, um casal precisa orar junto, tendo em vista o carisma de sua unidade. Homem e mulher, tornados um pelo sacramento do matrimônio, necessitam rezar. Essa oração não pode ser apenas pessoal, ela precisa acontecer no casal. A perfeita unidade da alma e do corpo cultiva-se pela oração.
Quantas vezes os casais propagam sua unidade intelectual e de corpos, mas não experimentam ainda a união de suas almas! Uma harmonia perfeita no casamento deve ser fundada, alicerçada em Jesus.
O casal que, reconhecendo sua pequenez enquanto pecadores, mas sua grandeza por sua filiação divina, coloca-se totalmente carente e despojado diante da única e verdadeira fonte de amor e sabedoria e lá derrama suas almas, viverá plenamente as graças de sua unidade. “Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
A oração do casal leva-o a perceber que seu matrimônio não se situa mais no plano humano. Esse modo de orar aprofunda pois a unidade do casal no mistério da unidade divina.
Se a oração do casal é algo tão maravilhoso, frutuoso e que tanto agrada ao coração de Deus, por que não acontece sempre? Muitas vezes, sob a desculpa de sono ou cansaço, os cônjuges são confundidos pelo inimigo de Deus e as justificativas, parecendo legítimas, adiam ou impedem que a graça se derrame mais e mais sobre os esposos.
Um casal unido em Jesus terá uma família fundada na Rocha. Satanás tenta impedir essa harmonia. Ao casal cabe enfrentar essa batalha, com a Espada Santa do Espírito e prostrar-se diariamente aos pés da cruz do seu Redentor, para clamar por sabedoria e unidade, gemer pela graça de poder perdoar-se mutuamente e acima de tudo de se amar de modo verdadeiro.
Os esposos que oram juntos, que recebem a Eucaristia em conjunto, fazem frutificar seus talentos e nutrem-se espiritualmente. Não mais caminharão tendo o mundo e seus valores como modelo, mas Cristo e, com destemor, enfrentarão todas as batalhas e desafios advindos do fato de viverem no mundo, sem a ele pertencerem.

A Felicidade Mora no Lar


A maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família

“Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, no seio de minha família” (Tomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos da América).

A maior alegria é colhida na família, a cada dia. A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.

Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.
Até quando nos deixaremos enganar querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos indivíduos reconhecidos e amados e não apenas um número, um RG, um CPF.

É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado; sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.

Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam os casamentos e, consequentemente as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isso. Quando as famílias eram bem constituídas não eram tantos os jovens envolvidos com drogas, com a violência e com a depressão.

Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, nas quais os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isso que dá felicidade ao homem e à mulher.

Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.

A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. Essa fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, totalmente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isso seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.

A felicidade tem um preço; e na família temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo!

A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isso não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua felicidade.

Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isso depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a esse sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.

Prof. Feilpe Aquino

Os Ajustes no Casamento



Casar sem se ajustar é o mesmo que comprar uma casa pronta e não fazer nenhum reparo. Mais cedo ou mais tarde descobrirão que o cômodo, não é necessariamente o melhor. O carpinteiro que colocou a porta principal da nova casa teve que fazer muitos ajustes até que a porta funcionasse. Mexeu no batente, na porta, nos gonzos e na fechadura. Depois veio o pintor. Os dois levaram quase três dias para ajustar uma porta pré fabricada. É que ela estava preparada, mas não estava pronta.

A ternura é a porta principal do casamento. Por ela entrará a felicidade dos dois e também muita coisa perniciosa. Dependerá do tipo de chave, de trave de segurança e do cuidado que terão com aquela porta. Quando alguém é cioso do que tem não deixa a porta escancarada. Mas para que a porta funcione os dois precisarão fazer ajustes.

Nada mais errado do que um casamento onde um, em nome do seu trabalho ou de sua profissão, ou do projeto que fez para ambos exige que o outro engula tudo. Afinal, dizem, ele (ou ela) está cuidando da felicidade do casal! É o seu ponto de vista, mas não é o dos dois. Quem casa quer amar e ser amado e isso exige gentilezas, atenção, cuidados, proximidade, presença, intimidade e momentos quase sagrados e só deles. E não pode ser nem pouco nem de qualquer jeito. Os ajustes do casamento são fundamentais para que os dois possam viver bem e segurar aquela relação.

Nossa sociedade supervalorizou o indivíduo em detrimento da comunidade. Mas é de comunidade que se trata quando alguém se casa. Quem quer que o outro se adapte, mas não faz nenhum esforço para que a pessoa com quem se casou se sinta bem, prometeu e não cumpriu sua parte do trato. A ternura é fundamental. Se não funcionar vai haver conflitos.

Padre Zezinho, SCJ

Vocação para o casamento

Vivemos num contexto social de muitas “éticas” até confrontantes. As desculpas para não se seguirem valores inerentes à natureza e a verdades objetivas são muitas. A título de ser moderno ou não retrógrado passa-se, não raro, por cima da verdade e do direito em função do modismo ou da satisfação pessoal. Compromissos com valores da dignidade humana, da família, do sexo, do respeito aos indefesos, do meio ambiente e do bem comum ficam para os que são formados e assumem a altivez de caráter como valor acima de outros interesses.


Na ordem afetiva, sentimental e sexual se fica muito à mercê da propaganda e dos desejos impulsionados pela libido e pela sensorialidade. Tais desejos nem sempre são canalizados por valores que orientam a pessoa à consecução da felicidade como conjugação do prazer momentâneo e aquele da realização de um ideal de vida. Fixando-se mais no animalesco do que no sentido da vida plenificado com valores éticos, morais e sociais, a pessoa está sujeita à irracionalidade do uso e da busca do prazer momentâneo como sendo isso absoluto. Nessa direção, a pessoa se torna insaciável e não encontra no prazer momentâneo um sentido mais elevado e realizador da vida.

Na trilha e na busca de sentido para a convivência matrimonial, pode haver ledo engano de realização humana, quando homem e mulher não se unirem em vista de uma real vocação conjugal. O impulso para o casamento, baseado unicamente no sensorial ou no desejo de os dois se gratificarem na complementaridade afetiva e sexual, frequentemente pode ser rompido com algum desequilíbrio de doação de um pelo outro. Havendo, porém, em ambos, a consciência e o pacto de mútua ajuda para conseguirem um ideal de vida por motivo de um sentido de vida maior, dá-se base de fecundidade na vocação matrimonial. Para isso, é preciso orientação e formação para o valor do casamento como verdadeira vocação. Preparação para tanto é fundamental.

Caso contrário, viveremos cada vez mais a panacéia de uniões que não levam à realização das pessoas que se casam, com as consequências muitas vezes danosas para tantos filhos! Não à toa Jesus Cristo fala da união para sempre do casamento entre homem e mulher, para a busca da felicidade, que está num ideal de vida buscado perenemente. A bênção divina está no bojo de tal encaminhamento. Mas é preciso, nessa direção, haver preparação, vontade e responsabilidade de construção da vida a dois para valer.

Nada, assim, vai tirar o casal do sério de uma vida de amor e doação autênticos. Meios coadjuvantes para isso encontramos na ordem natural e sobrenatural: diálogo, compreensão, boa vontade, colaboração, valorização do outro, perdão, oração, meditação na Palavra de Deus, sacramentos, aceitação das observações do outro, aconselhamento…

Muitos são os obstáculos para que o amor matrimonial corra nessa perspectiva. A influência do paganismo, da mediocridade, a falta de formação e influência de grandes meios de comunicação materialistas dificultam a juventude a se pautar na vida por valores acima apresentados. Aliás, na sociedade vemos duas vocações de fundamental importância: a família e a política. Justamente para as duas há muita falta de preparo! As consequências são óbvias!

A Palavra de Deus nos auxilia para valorizarmos a vocação matrimonial: “Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por Ela… Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo… Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne” (Ef 5, 25.28.31).

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros – MG

História sacerdotal do Papa Bento XVI

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

As linguagens do Amor





Gostaria de partilhar, um pequeno resumo que encontrei de um livro que foi mais um sinal da “Divina Providencia” que sempre vem em auxílio para que possamos viver o amor cada vez mais e melhor.
Segundo o autor do livro “As Cinco Linguagens do Amor”, Gary Chapman, as pessoas falam diferentes linguagens com vários dialetos, como nos idiomas.
As cinco linguagens do Amor da Criança

(…)A primeira linguagem é aquela que aprendemos com nossos familiares e amigos durante a infância. Crianças que não se sentem amadas desenvolvem uma linguagem distorcida e para se tornarem boas comunicadoras terão um pouco mais de trabalho, pois terão que limpar crenças e emoções conflitantes; ao passo que crianças que se sentem amadas, com certeza, têm uma primeira linguagem mais segura e saudável.

O amor entre duas pessoas requer a compreensão primeira de suas raízes emocionais. Psicólogos concluíram que se sentir amado é a principal necessidade do ser humano. Dr. Cross Campbell, especialista em psicologia infantil, diz que diversos problemas de comportamento de uma criança, adolescente ou adulto provêm de seu “tanque emocional” estar vazio.

Exemplo: muitos pais providenciam tudo em termos materiais, mas não percebem a enorme carência emocional que pode existir em seus filhos; então, quando esta criança cresce e fica adulta, passa a projetar suas carências nos relacionamentos (amizades, namoros, paixões, casamento) que temporariamente suprem essa necessidade.

As Cinco Linguagens são:

Primeira – Palavras de Afirmação
Segunda - Presentes
Terceira - Atos de Serviço
Quarta - Tempo de Qualidade
Quinta - Toque Físico

TV Canção Nova é a 1ª do Brasil que pode ser assistida pelo facebook




A TV Canção Nova é a primeira emissora de televisão nacional a disponibilizar sua programação para ser assistida pela internet, através do Facebook, a maior rede social do mundo. As transmissões tiveram início em junho e são feitas em tempo real por meio do aplicativo Fan Page. Além de assistir a toda programação da TV Canção Nova, os internautas que possuírem perfil no Facebook poderão divulgar a Canção Nova em suas páginas de relacionamento.

O objetivo da TV Canção Nova é aproximar ainda mais as pessoas do conteúdo cristão da programação. “A internet é uma ferramenta poderosa, que eliminou barreias geográficas. Com nossa programação sendo transmitida pelo Facebook, a audiência passa a não ter limites e nossa mensagem deverá chegar a lugares nunca imaginados”, ressalta a superintendente da emissora, Paula Guimarães.

O desenvolvimento do aplicativo está centrado no aproveitamento de conteúdos já produzidos pela Canção Nova, de modo a organizar e facilitar o acesso pelos jovens que fazem parte da rede social. “Um dos objetivos do aplicativo, também, foi aproveitar a idéia da TV Digital no que se refere à interatividade dos usuários”, destaca Rafael Guimarães, idealizador do projeto.

Mais de 15 mil pessoas já “curtiram” a TV Canção Nova no Facebook. Na página, já é possível encontrar diversos vídeos de entrevistas, encontros, programas passados e pregações. A presença da emissora no Facebook foi idealizada e implementada pela equipe de Tecnologia da Informação da Canção Nova. O aplicativo demorou uma semana para ser produzido, com dedicação integral, incluindo sua programação e design.

Para acompanhar a programação diretamente na página, acesse:facebook.com/cancaonovatv. Os programas também podem ser assistidos no site da TV Canção Nova, no endereço: tv.cancaonova.com.

Histórico TV Canção Nova

A TV Canção Nova está no ar há 22 anos com uma programação diferenciada que leva aos telespectadores conteúdos católicos 24 horas por dia. Seu sinal atinge todo o território nacional por parabólica, TV por assinatura (Sky canal 24, via Embratel, canal 119 e Oi TV, canal 9) e operadoras de TV a cabo. Em algumas cidades é possível sintonizar a TV Canção Nova em canal aberto e pela NET. São 350 retransmissoras da programação.

Sempre atenta e acompanhando as principais mudanças tecnológicas, a TV Canção Nova leva adiante a proposta de evangelizar. “Nossa missão é ‘ir e evangelizar’. Queremos alcançar quem mais precisa com nossa mensagem de amor e esperança”, finaliza Paula Guimarães.

Assessoria de imprensa da Canção Nova

TV Canção Nova, mais que uma TV, um programa de vida.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O que é ser casto? Por que ser casto? Como ser casto hoje?

Ser casto é muito mais do que ser virgem. No entanto, a pureza, ou castidade, inclui necessariamente a vivência da virgindade. Ser casto abrange toda a pureza de coração, de intenções e de desejo sincero de fazer a vontade de Deus. Inclui a determinação de não pecar (e isso não somente com relação ao sexo, mas em todas as áreas da vida). Inclui, ainda, uma compreensão madura do que seja a vida e a decisão de viver para cumprir a vontade de Deus.

Viver a pureza é uma grande graça, da qual hoje todos zombam abertamente. É correr o grande risco de ser incompreendido, chacoteado, caluniado, humilhado, maltratado. No entanto, vale a pena buscar esta graça. Vale a pena pedi-Ia a Deus e colaborar com toda a nossa vontade para que ela seja efetiva na nossa vida.

No meio do "Anti-tabu" do sexo, agressiva e desafiadoramente praticado nos dias de hoje como algo muito natural, a busca da vida pura é um desafio para jovens de têmpera. Os tolos e imaturos nem sequer o entendem. Aqueles, porém, que encaram a vida com a serena alegria dos que crêem em Deus abraçam o desafio com grande confiança de que a graça irá socorrê-los.

Falar de maneira genérica sobre a castidade nos levaria a todo um tratado sobre a vida santa, o que é muito além de nossas possibilidades e das desta revista. Como sabemos que o que mais questiona o jovem é a razão para a castidade com relação à vivência da sexualidade, é sobre ela que falaremos.

Baseando-se no texto de D. Rafael Cifuentes, vê-se que ele ressalta três pontos essenciais:

A pureza de vida é um mandamento evangélico.

Parece óbvio demais? Engano! Há educadores (desculpe, "educadores") que não mais entendem ou ensinam o sexto mandamento da lei de Deus. O "Não pecar contra a castidade" não faz parte de suas pregações ou é covardemente omitido. Conheço dezenas de casos de ensinos, pregações, aulas, debates, mesas redondas, onde o representante do pensamento cristão, de quem todos esperam respostas esclarecedoras e firmes, se perde em observações esquivas, omissões e relativismos. Com certeza, infelizmente, você conhece outras dezenas.

No entanto, a Palavra e a Doutrina continuam como antes. Não mudaram. Não mudou tampouco (ao contrário do que muitos meios de comunicação divulgaram) a visão da Igreja sobre o sexo pré-marital, a masturbação, o homossexualismo, o adultério, a fornicação, a luxúria. No Catecismo da Igreja Católica em língua francesa (sua língua original) estes conceitos continuam imutáveis. Pensando bem, quem se atreveria a mudar um mandamento da lei de Deus e, ao mesmo tempo, um mandamento evangélico ensidado por Jesus que diz: "bem-aventurados os puros porque verão a Deus?" (Mt 5,8).

Enganam-se os que pensam poder-se relativizar o que está bem claro tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, tanto na Doutrina quanto na Tradição e Magistério da Igreja. O problema é que hoje tem gente que nem a isso dá importância.

Enganam-se, também, os que pensam que o casamento seria uma "'quebra" da castidade ou uma "concessão" feita quanto a este mandamento. Muito pelo contrário: a noção correta de castidade envolve o mandamento evangélico da pureza que deve, obrigatoriamente, estar presente tanto no matrimônio quanto no sacerdócio ou no celibato. O conceito evangélico de pureza ultrapassa o de estado de vida.

O segundo ponto ressalta que "o mandamento é muitas vezes recalcado devido à mentalidade de hoje".

De fato. Tem-se medo de pensar diferente, de ser diferente da imensa maioria das pessoas, sejam jovens ou adultos. Tem-se medo de testemunhar o que pensa Deus a este respeito, o que a Igreja ensina, o que todo nós, no fundo no fundo, temos desejo de viver, pois Deus nos criou para sermos santos. O medo e a covardia, sem falar na ingratidão, nos levam a calar, a sermos omissos, a preferirmos a mentalidade do mundo à vontade de Deus. Desta forma, "recalcamos" o mandamento evangélico da pureza, isto é, abafamo-lo, ignoramo-lo, tratamos de relativizá-lo para sermos mais "normais", mais bem aceitos. Corremos até o risco de achar que se fizermos isso vamos ter mais facilidade de nos aproximar dos jovens e levá-los a Jesus. Terrível engano! Como se pode levar alguém a Jesus deixando-o em seu pecado? O método de Jesus era bem diferente. Ele se aproximava amorosamente do pecador, mas não admitia seu pecado. Claro, não condenou jamais o pecador e, no entanto, nunca deixou de condenar o pecado abertamente e a ordenar com clareza: "Vai e não peque mais" . Quanto mais a gente conhece a beleza de alma que Deus deu ao jovem, mais a gente se convence que o que ele quer é Jesus. Jesus como Ele é: verdadeiro; radical quanto à perfeição de vida, mas extremamente misericordioso para com o pecador; absolutamente radical quando se trata de redimir ou retratar o pecado (veja-se Zaqueu), mas extremamente flexível quanto à regeneração do homem aviltado por seus pecados. Jovem quer Jesus. Um Jesus corajoso, radical, misericordioso, livre, como o jovem deseja ser.

O terceiro ponto é contundente: este recalque do mandamento, seja por medo e covardia, seja na ilusão do ser aceito para "evangelizar", "produz distúrbios espirituais e psíquicos".

Nada mais previsível. Se Deus criou o homem pua o amor a Ele, a seus irmãos e a si mesmo, tudo o que venha deturpar esta finalidade última de amor e santificação deforma o homem. A isto se dá o nome de pecado.

O recalque do princípio evangélico da pureza visto aqui principalmente como o princípio de castidade, traz enormes prejuízo espirituais, especialmente devido à intemperança e ao vício. E, veja, aqui não estamos falando somente de coisas "'fortes" como relações sexuais antes do matrimônio ou masturbação e homossexualismo masculino ou feminino. Estamos falando de toda uma caminhada de relacionamento também no namoro e no noivado, caso a vocação do jovem seja a do matrimônio. Estamos falando também dos pensamentos, das fantasias, dos filmes e revistas, dos programas de televisão (mesmo aqueles que parecem meros programas de variedades, mas contêm centenas de sentidos duplos em cada palavra dos apresentadores) das conversas; da maneira de vestir; do comportamento sensual ao andar, falar, sentar; das diversões;, da busca desenfreada de mais prazer, de mais emoções, de mais "coisas novas".

Tudo o que, no campo da sexualidade, for uma manipulação do meu irmão para o meu próprio prazer é contrário à castidade, seja fora, seja dentro do matrimônio, fora ou dentro do namoro, na amizade ou no relacionamento superficial. O que for uma manipulação do outro ou de mim mesmo (pois só sou manipulado, usado, se o permitir, exceto no caso do estupro) vai, obviamente, ser ultraje para a minha alma e para o meu psiquismo. Mais que isso, vai produzir distúrbios espirituais como o vício, a incontinência, a falta de auto-domínio, o afastamento de Deus e da Igreja, o afastamento da oração e da Eucaristia, o esfriamento da alma, a falta de temor a Deus, a relativização dos valores evangélicos, só para citar alguns.

No campo dos distúrbios psíquicos teremos a insegurança, a dependência emocional do outro, a dependência emocional de sensações, a culpa, o medo, o sentimento de ser sujo, de não servir mais para nada, entre muitos outros prejuízos, por vezes, irreversíveis.
Mas qual a vantagem de um jovem viver a castidade? Por que ser casto?
Perguntar isso de maneira genérica equivaleria a perguntar qual a vantagem de ser santo. No entanto, se a pergunta se refere especificamente à castidade quanto à sexualidade, dentre as inúmeras vantagens pode-se destacar duas: a fomentação do amor e a liberdade para discernir a própria vocação. É ainda D. Rafael Cifuentes quem nos ensina:

"O coração humano está destinado a amar. Só no amor ele encontra o seu alimento. Quando não se lhe dá amor, ele procura, esfomeado, o primeiro que encontra: a excitação sexual, a descarga hormonal que o levam a uma insatisfação afetiva e a uma frustração amorosa. O coração humano necessita de um amor à altura da sua dignidade. "

Bastaria esta última frase, não é verdade? O seu coração não necessita de um amor degradante, passional, quase animalesco. O seu coração humano necessita de um amor à altura de sua dignidade de filho de Deus. Este amor verdadeiro é o alimento do seu coração e é o único que o leva a Deus. A vivência de uma sexualidade deturpada, pelo contrário, afastam-no de Deus e deixam o seu coração cada vez mais inquieto e faminto em busca de ilusões que o farão cada vez mais fraco e escravizado. Tem razão a Palavra de Deus quando diz, em Jeremias: "Meu povo me abandonou a mim, fonte de água viva, para cavar para si cisternas, cisternas fendidas, que não retêm a água (Jer 2,13)

O seu coração pode descobrir, na vivência tranqüila e corajosa da castidade - seja você homem ou mulher o amor que corresponda ao preceito de "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Desta maneira, você está colocando todo o seu ser, seu espírito, suas forças, na vivência do amor autêntico e, nesta vivência, com toda a certeza, vai ter um ambiente mais propício para descobrir a sua vocação. E, entenda, seja ela celibato, sacerdócio ou matrimônio, seu coração estará muito melhor preparado para descobri-la se estiver livre por amor e para o amor, ainda que namorando, ainda que com inúmeros amigos, ainda que vivendo como o mais normal dos jovens cristãos.

Sendo casto, você fomenta o amor real em você, você se prepara para assumir a vontade de Deus em sua vida. Estas duas coisas são suficientes para garantir a "inteireza"' e a felicidade permanente, serena e madura de qualquer um. Feliz aquele que não se deixar iludir pelos inúmeros prazeres e ofertas do mundo e aceitar o desafio de trilhar a estrada do amor para um amor maior.

Como viver a castidade hoje

Encontro somente uma resposta: como Maria, tendo coragem e fazendo uma opção radical de vida por Jesus e inteiramente apoiada na graça.

A coragem de optar radicalmente por Jesus, como Maria. Na fé. A coragem sustentada pela convicção de que Jesus é a resposta e de que a Igreja fala por Ele, ainda que o mundo pense o contrário, ainda que meus colegas não me aceitem, ainda que o mundo inteiro espere outra coisa de mim.

A coragem de apoiar-se inteiramente na graça de Deus e de abandonar-se com toda a confiança em Deus, sabendo que, ainda que você sofra, d'Ele vem a recompensa, pois Ele é um Deus fiel e sustentará você constantemente.

Viver a castidade hoje exige coragem e determinação. Exige convicção para vestir-se, comportar-se e pensar diferente de todo o mundo. Exige a determinação de ser fiel à vontade de Deus.

Isto, porém, não depende somente de você. A fonte desta coragem e determinação é a graça de Deus. Somente um encontro pessoal com Jesus ressuscitado vai dar a você a coragem e determinação que você não encontra em si mesmo. Somente uma graça especial deste mesmo Jesus levará você a fazer d'Ele o Senhor de sua vida, entregando-se sem medidas e cumprindo a vontade de Deus não por voluntarismo e muito menos por moralismo, mas por amor. Amor a quem amou você primeiro, amor a quem o sustenta e conduz, amor Àquele que transformou sua vida. Um jovem que conhece e ama Jesus assim vive a castidade e as outras virtudes apoiado na graça e encontra n'Ele a coragem de ser luz na escuridão. Aquele que não encontrou Jesus, porém, vai achar tudo muito bonito e vai fazer uma força enorme para viver tudo isso, mas, infelizmente, sozinho ele não conseguirá. Precisará da graça, da força da oração, do poder da Palavra, da graça poderosa da reconciliação e Eucaristia.

Maria contou com a graça de Deus como ninguém. Disse seu "sim" incondicional e foi fiel. Viveu de maneira diferente de todas as pessoas de todos os séculos, enquanto durar a humanidade, pois nela refletia-se de maneira singular o próprio Deus. Ser diferente não a abalava. Era uma mulher de fé. Especialmente, era uma mulher que sabia amar, que viveu plenamente sua sexualidade feminina e a maternidade que dela decorre na pureza, na castidade, na fidelidade e obediência a Deus. Quem, de fato, crê, não tem medo de ser diferente. Pelo contrário, sem agressões e vivendo com toda a simplicidade a graça de Deus, é diferente pelo mero fato de ter-se entregue a Ele. Da mesma forma, para quem ama de verdade, ser aceito ou não pelo mundo tem muito pouca, mas muito pouca importância mesmo. Importa Aquele a quem ama e para quem vive e aqueles para quem Ele ama e vive.

Deixo você com esta reflexão de D. 'Rafael sobre o poder da graça e da virtude da castidade sobre o amor humano:

"O amor humano, que vem da natureza, e o divino, que provém da graça, entrelaçam-se e complementam-se: a graça fortifica, eleva, sublima a natureza. É um privilégio único do ser humano que a vida sexual, que deriva da natureza, esteja impregnada pelo amor de Deus que deriva da graça. Dito de maneira mais clara, a energia sexual, a libido, é banhada, é tonificada pelo amor de Deus. O amor de Deus eleva de tal modo o instinto sexual que muda profundamente a sua contextura. Assim, é possível viver de modo estável e gostoso a virtude da castidade".

Fonte: http://diegotales.blogspot.com/

Catequese de Bento XVI sobre a JMJ 2011

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje gostaria de dedicar um breve pensamento de coração sobre os extraordinários dias passados em Madri, na 26ª Jornada Mundial da Juventude. Vocês sabem, foi um evento eclesial emocionante; cerca de dois milhões de jovens de todos os continentes viveram, com alegria, uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz.

Agradeço a Deus por este dom precioso, que dá esperança para o futuro da Igreja: jovens com o firme e sincero desejo de enraizar suas vidas em Cristo, permanecer firmes na fé, caminhar juntos na Igreja.

Um obrigado a todos aqueles que trabalharam generosamente por esta Jornada: o Cardeal Arcebispo de Madri, seus Auxiliares, os outros bispos da Espanha e de outras partes do mundo, o Pontifício Conselho para os Leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos… Renovo meu reconhecimento às Autoridades espanholas, às instituições e associações, aos voluntários e àqueles que oferecerem seu apoio na oração. Não posso esquecer a calorosa recepção que recebi de suas Majestades, os Reis da Espanha, como de todo o país.

Em poucas palavras naturalmente não posso descrever os momentos tão intensos que vivemos. Tenho em mente o entusiasmo irreprimível com o qual os jovens me receberam, no primeiro dia, na Praça de Cibeles, suas palavras cheias de expectativas, o forte desejo de se orientarem sobre a verdade mais profunda e de radicar-se nela, aquela verdade que Deus nos deu de conhecer em Cristo.

No imponente Monteiro de El Escorial, rico de história, espiritualidade e cultura, encontrei as jovens religiosas e os jovens docentes universitários. Primeiro, às jovens religiosas, recordei a beleza da vocação delas, vivida com fé, e a importância do serviço apostólico delas e seu testemunho profético. E permanece em mim a impressão do entusiasmo delas, de uma fé jovem, cheia de coragem em relação ao futuro, de vontade de servir assim a humanidade.

Aos professores recordei de ser verdadeiros formadores das novas gerações, guinado-se na busca da verdade não só com as palavras, mas também com a vida, cientes de que a verdade é o próprio Cristo. Encontrando Cristo, encontramos a verdade.

A noite, na celebração da Via Sacra, uma multidão variada de jovens reviveu com intensa participação as cenas da paixão e morte de Cristo: a cruz de Cristo dá muito mais do que o que é necessário, dá tudo, porque nos leva a Deus.

O dia seguinte, a Santa Missa na Catedral da Almudena, em Madri, com os seminaristas: os jovens que querem enraizar-se em Cristo para tornarem-se depois Seus ministros. Espero que cresçam as vocações ao sacerdócio!

Entre os presentes haviam alguns que tinham ouvido o chamado do Senhor justamente nas Jornadas da Juventude anteriores; estou certo que, também em Madri, o Senhor bateu às portas dos corações de muitos jovens para que o sigam com generosidade no ministério sacerdotal ou na vida religiosa.

A visita a um centro para jovens com diversas deficiências físicas me fez ver o grande respeito e amor que se nutre para cada pessoa e me deu a ocasião de agradecer aos milhares de voluntários que testemunham silenciosamente o Evangelho da caridade e da vida.

A Vigília de Oração, a noite, e a grande Celebração Eucarística conclusiva, no dia depois, foram dois momentos muito intensos: a noite uma multidão de jovens em festa, nada intimidados pela chuva e pelo vento, permaneceu em adoração silenciosa a Cristo presente na Eucaristia, para louvá-lo, agradecê-lo, pedir a ele ajuda e luz. E depois, no domingo, os jovens manifestaram a exuberância e a alegria de celebrar o Senhor na Palavra e na Eucaristia, para juntos sempre mais a Ele, reforçar sua fé e a vida cristã.

Num clima de entusiasmo encontrei os voluntários e os agradeci pela generosidade deles. E, na cerimônia de despedida, deixei o país levando no coração aqueles dias como um grande dom.

Queridos amigos, o encontro de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para a Espanha e para o mundo antes de tudo. Para a multidão de jovens, provenientes de cada ângulo da Terra, foi uma ocasião especial para refletir, dialogar, trocar experiências positivas e, sobretudo, rezar junto e renovar o empenho de radicar a própria vida em Cristo, Amigo fiel.

Estou certo que eles retornaram a suas casas e retornam com o firme propósito de ser fermento na massa, levando a esperança que nasce da fé. Da minha parte, continuo a acompanhá-los com a oração, para que permaneçam fiéis aos empenhos assumidos. À materna intercessão de Maria, confio os frutos desta Jornada.

E agora quero anunciar os temas das próximas Jornadas Mundias da Juventude. Aquela do próximo ano, que se desenvolverá nas dioceses, terá como tema: “Alegrai-vos sempre no Senhor!”, da Carta aos Filipenses (4,4); enquanto na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o tema será o mandamento de Jesus: “Ide e fazei discípulos todos os povo!” (cfr Mt 28,19). Desde já, confio às orações de todos para a preparação destes encontros muito importantes. Obrigado

O que fazer quando temos aridez espiritual?

A única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele

Muitas vezes, podemos passar por algum período de aridez espiritual, isto é, não temos vontade de rezar, torna-se difícil assistir a Santa Missa, a reza do Terço fica pesada, etc. Até mesmo a sagrada Comunhão se torna um sacrifício diante das dúvidas que podem atingir a nossa alma. Parece que o céu sumiu.
Como vencer esse estado de espírito no qual parece que Deus está longe e que nos falta a fé?
Primeiro é preciso verificar se esta situação não é tibieza, isto é, causada por nossa culpa em não perseverar no cuidado da vida espiritual, e, sobretudo, verificar se não há pecados graves em nossa alma, que possam estar afugentando dela a graça de Deus.
Se não houver pecados na alma, então, é preciso antes de tudo, calma, paciência e perseverança nos exercícios espirituais: oração, vida sacramental, caridade, penitência, etc. Mesmo sem vontade ou sem gosto, continuar, sem jamais parar, os exercícios espirituais.
Deus, às vezes, permite essas provações para que aprendamos a “buscar mais o Deus das consolações do que as consolações de Deus”, como disse um santo. São João da Cruz, místico que tanto experimentou o que chamou de “noite escura da fé”, afirmou que “o progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber.”
Muitas vezes, nos deleitamos nas orações gostosas, cheias de fervor sensível, como crianças quando comem doces. Mas quando vem a luta, deixamos a oração.
Veja o que nos diz a Palavra de Deus:
“Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige?… Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos… Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” (Hb 12,5-10).
Deus nos quer santos, e é também algumas vezes pela provação e pela aridez espiritual que Ele arranca as ervas daninhas do jardim de nossas almas. Coragem, alma querida de Deus! Jesus disse que Ele é a videira verdadeira, e Seu Pai o bom agricultor, que podará todo ramo bom que der fruto, para que produza mais fruto (cf. Jo 15,1-2).
Não podemos querer apenas o açúcar do pão e renegar o pão do sacrifício. Às vezes a meditação é difícil, a oração é penosa, distraída, surgem as noites e as trevas… Nessas horas é preciso silêncio, abandono, paciência. O Esposo há de voltar logo… Em breve vai raiar a aurora e os fantasmas vão sumir.
Quanto mais a noite fica escura, mais perto nos aproximamos da aurora. Deus sabe o que estamos passando, louvado seja o Seu santo Nome! É hora de abandono em Suas mãos paternas.
Em meio às trevas alguns sentem o coração como se fosse de gelo, não sentem mais amor a Jesus, perdem a piedade, se sentem condenados. Que desoladora confusão espiritual!
Nestas horas a única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele na fé; confiança e abandono, irmão! Só o Senhor sabe o caminho para sairmos deste matagal fechado e escuro.
Deus nos prepara para a contemplação pelas provas passivas, ensinam os santos. Ele as produz e a alma apenas tem que aceitar. É o duro caminho dos que querem a perfeição. Ele está purificando a alma; o Cirurgião Celeste está nos operando a alma.
São João da Cruz fala da famosa “noite dos sentidos” cheia de aridez e de provação, um verdadeiro martírio para a alma. Segundo o santo doutor, é Jesus que chama a alma a caminhar com Ele no deserto, mesmo queimando os pés e sendo queimado pelo sol, para se santificar.
Calma, alma querida de Deus, Ele faz isso porque o ama muito! O fogo bom não é aquele “fogo de palha”, alto e bonito, mas rápido, que logo se apaga; mas é o fogo baixo que pega na lenha grossa e permanece por muito tempo. O fogo de palha é só para começar…
É isso que está acontecendo; não se assuste; não se preocupe porque o gosto de rezar sumiu e se tornou um agora um sacrifício penoso… Fé não é sentimento e muito menos sentimentalismo; fé é adesão, com a mente, a Deus, às Suas verdades e às Suas determinações. Não se preocupe de estar ou não “sentindo” fé ou devoção; apenas viva-a; vá à Missa, ao grupo de oração, ao Terço, com ou sem vontade, com ou sem gosto, com ou sem sentimento. Assim, temos mais méritos ainda diante de Deus.
Nesta situação talvez você precise de um diretor espiritual, especialmente na Confissão, para uma boa orientação.

Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A mais bela profissão do homem é rezar e amar



Nasceu em Lião (França) no ano de 1786. Depois de superar muitas dificuldades, pôde ser ordenado sacerdote. Tendo-lhe sido confiada a paróquia de Ars, na diocese de Beley, osanto nela promoveu admiravelmente a vida cristã, através de uma pregação eficaz, com a mortificação, a oração e a caridade. Revelou especiais qualidades na administração do sacramento da penitência; por isso, acorriam fiéis de todas as partes para receber os santos conselhos que dava. Morreu em 1859.

Do Catecismo de São João Maria Vianney, presbítero

(Catéchisme sur la prière: A.Monnin, Esprit du Curé d’Ars, Paris1 899, pp.87-89)

(Séc.XIX)

A mais bela profissão do homem é rezar e amar

Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra.

A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar. Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender.

Nós nos havíamos tornado indignos de rezar. Deus, porém, na sua bondade, permitiu-nos falar com ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada.

Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol.

Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa vez, quando eu era pároco em Bresse, tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e – podeis crer! – o tempo não me parecia longo.

Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros.

Nós, ao invés, quantas vezes entramos na Igreja sem saber o que iremos pedir. E, no entanto, sempre que vamos ter com alguém, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Há até mesmo pessoas que parecem falar com Deus deste modo: “Só tenho duas palavras para vos dizer e logo ficar livre de vós.”. Muitas vezes penso nisto: quando vamos adorar a Deus, podemos alcançar tudo o que desejamos, se o pedirmos com fé viva e coração puro.

domingo, 21 de agosto de 2011

Papa confirma o Rio, sede da Jornada Mundial da JUVENTUDE em 2013




Mais um grande evento internacional para o Rio de Janeiro e o Brasil.O papa Bento XVI confirmou, na manhã deste domingo (21), em Madri, que o Rio de Janeiro será a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013, a de número XXVII. O evento foi antecipado em um ano para não coincidir com a realização da Copa do Mundo, no ano seguinte. O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes acompanharam a missa celebrada pelo papa, onde foi feito o anúncio.

O governador carioca já declarou que pretende transformar a Jornada Mundial da Juventude em um encontro ecumênico.“Como o nosso Cristo Redentor, estaremos de braços abertos, esperando essa multidão de jovens de todo o mundo em busca de paz, harmonia e solidariedade”, disse Cabral.

Ainda em 2013, a cidade-maravilhosa será uma das sedes da Copa das Confederações, evento preparatório para o Mundial de 2014, que também será disputada no Rio. Em 2016 é a vez dos Jogos Olímpicos que, pela primeira vez, serão disputados em um país da América do Sul.

O Rio será a segunda cidade latinoamericana a receber o evento, a outra foi Buenos Aires, com a primeira Jornada, em 1987. Cerca de 20 milhões de jovens acompanharam os encontros que, além do Vaticano, aconteceram na capital argentina, em Santiago de Compostela (España), na cidade de Czestochowa (Polonia), em Denver (Estados Unidos), Manila (Filipinas), París (França), Roma (Italia), Toronto (Canadá), Colonia (Alemanha) e Sydney (Austrália.

O Sumo Pontífice anunciou o Rio depois de rezar o ‘Angelus’, na solenidade que reuniu mais de 1 milhão de peregrinos no aeródromo madrilhenho de Quatro Vientes. A missa celebrada completou uma intensa série de atos religiosos no decorrer destes dias, e que teve seu ponto alto neste final de semana. Em razão do forte calor, 2,753 pessoas foram atendidas entre o sábado e domingo.

As Jornadas Mundiais da Juventude nasceram em 1984, por iniciativa do Papa João Paulo II. A inicial foi em Roma, marcando as celebrações do Ano Santo da Redenção. Passou a ser permanente e cada encontro internacional tem como lembra uma frase bíblica e todas contam com um hino, inspirando os jovens a refletir sobre o Evangelho. A cada tres anos acontece um evento de caráter mundial, onde a celebração se estende por uma semana, com manifestações religiosas, culturais e festivas e se completa com uma Eucaristia comandada pelo Papa.

A próxima visita do Papa ao Brasil indica também a atenção do Vaticano com o país onde vivem mais pessoas que professam a fé católica no mundo. Segundo dados da Santa Sé, antes da visita anterior do Pontífice, em 2007, eram 155,63 milhões, 84,5% da população naquele ano. A Conferencia Nacional de Bispos (CNBB), apontava 67% em 2005, enquanto o IBGE, nos dados de 2000, colocava o número de católicos em 125 milhões.

Santo do Dia - São Pio X

Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.

Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.

No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo. Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.

Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.

No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.

São Pio X, rogai por nós!

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora






No dia 15 de agosto a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. É a terceira e última solenidade de Maria durante o ano na Igreja universal.

Dia 8 de dezembro ela celebra a Imaculada Conceição e, dia 1º de janeiro, Nossa Senhora, Mãe de Deus. Pelo fato de o dia 15 de agosto não ser feriado, a Igreja celebra esta festa no domingo depois do dia 15. Sua Liturgia é muito rica.

Assunção de Nossa Senhora, ou Nossa Senhora assunta ao céu, ou ainda Nossa Senhora da Glória, está entre as festas de Nossa Senhora muito caras ao nosso povo. Faz parte da piedade popular do Catolicismo tradicional.

Esta é também a vitória de Maria, celebrada nesta festa da Assunção. Ela não obteve nenhuma medalha de ouro, nos jogos olímpicos; simplesmente está coroada de Doze estrelas, na fronte, por ter assumido e vencido, no seu papel de Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.

Na sua Assunção, Maria diz-nos agora: Olhai: a minha vida era dom de mim mesma. E agora esta vida perdida, de entrega e serviço, alcança a verdadeira vida: a vida eterna, a vida plena, a vida repleta de sol, circundada pela luz de Deus.

A vida não se conquista, tomando-a para si, mas oferecendo-a e multiplicando-a, pelos outros.

É necessário dizer não à cultura amplamente dominante da morte, que se manifesta, por exemplo, na droga, na fuga do real para o ilusório, para uma felicidade falsa, que se expressa na mentira, no engano, na injustiça, no desprezo do próximo e dos que mais sofrem; que se exprime numa sexualidade que se torna puro divertimento, sem responsabilidade.

A esta promessa de aparente felicidade, a esta pompa de uma vida aparente, que na realidade é apenas instrumento de morte, a esta anticultura dizemos não, para cultivar a cultura da vida.

A Assunção da Virgem Maria representa a fé da Igreja na obra da redenção. Entre as formas de redenção a Igreja reconhece uma forma radical de redenção: Unida ao Filho na vida e na morte, a Igreja sabe que Maria foi associada à glória do Filho Ressuscitado.

A Assunção é a Páscoa de Maria. Criatura da nossa raça e condição, Mãe da Igreja, a Igreja olha para Maria como figura do seu futuro e da sua pátria.

Só Deus pode dar uma recompensa justa aos serviços prestados aqui na terra; só ele pode tirar toda dor, enxugar todas as lágrimas, encher nossa vida de alegria.

A festa da Assunção de Maria nos faz crer que a vocação da humanidade é chegar à plena realização e à vitória definitiva sobre todas as mortes.

Celebrando a Assunção da Virgem Maria aos Céus, o Senhor renova em nós a aliança e nos dá um novo sentido para a nossa vida.

A Assunção de Maria valoriza muito o nosso corpo, templo do Espírito Santo, como manifestação de todo o nosso ser, aos olhos dos outros.

Fonte: www.parsantacruz.org.br

sábado, 20 de agosto de 2011

O Projeto de vida vivido a dois – Pe Wagner Ferreira



Pe Wagner Ferreira
O projeto de vida vivido a dois é muito precioso, tem uma eficacia fora do comum, você não vive sua vida cristã sozinho, isolado, Tem filhos que dão trabalho, e que a mãe já fica desesperada, querendo estourar com o filho, mas o pai vai conversa e acalma a esposa Calma agora não é hora de falar isso, temos que andar com a caridade, não podemos jogar na cara de nossos filhos os erros, os pecados, pois não irá resolver, quando compartilhamos o problema com alguém tudo tende a se resolver, é ai que a esposa e o marido são eficazes para santificar um ao outro em Deus
  • Ouça um trecho desta pregação:

Um toque de gozo e esperança

E disse Maria: “Enaltece minha alma ao Senhor. E meu espírito encheu-se de gozo no Deus, meu Salvador”. O Magnificat constitui um louvor em alta voz. Louvor de agradecimento a Deus, que é Senhor e Salvador. Um grito de ação de graças por um benefício recebido. Neste hino de louvor, Maria vê antecipadamente a ação salvífica divina. A razão é: “Porque fixou seu olhar na insignificância de sua escrava. Eis pois que a partir de agora chamar-me-ão ditosa, todas as gerações”. Fixou seu olhar significa observar, prestar atenção.

A primeira razão da ação de graças é, pois, a natureza transcendental ou divina de quem provém a eleição traduzida em benevolência: Deus. A segunda, é a pequenez da qual Ele se deixou conquistar, pois escolheu um ser insignificante como é uma escrava. É por isso que todas as gerações a chamarão bendita, ou seja, privilegiada de Deus.

“Porque fez para mim grandes coisas o Poderoso já que é sagrado seu nome”. O Poderosoera um dos títulos com os quais os judeus substituíam o nome santo. É com esse nome, – oPoderoso – que Jesus responde à conjura de Caifás (Mt 26,64). Só que nesta última circunstância, usa-se o substantivo poder. Sem especificar quais eram essas coisas, Maria termina com louvor dedicado a esse nome que era sagrado: já que Seu nome é sagrado. Isto pode significar que não pode ser pronunciado e que poderíamos traduzir por seu nome é único como divino. Sem dúvida que a base das grandes coisas feitas pelo poder divino era a maternidade especial de Maria, da qual Isabel era testemunha através do Espírito de profecia.

“Pois a misericórdia d’Ele se estende, de geração em geração, para os que O temem”.Vemos aqui a misericórdia divina que é infinita, perdura de geração em geração. O amor com que se ama a um desvalido ou necessitado para ajudá-lo transpassa os limites de uma geração.

Maria oferece uma definição da atuação divina que merece a pena considerar: Deus é misericórdia para os que O respeitam. Respeito e reverência que se traduz em obediência às leis de modo escrupuloso. A misericórdia é um ato de amor correspondente a quem se inclina ao mais fraco para ajudá-lo e consolá-lo. Esta é a linha geral que Maria descobriu em Deus, através da escolha particular de sua pessoa.

“Fez força no seu braço: desbaratou os arrogantes de pensamento no íntimo de seus corações”. Para melhor entender o versículo poderíamos traduzir: Seu braço mostrou-se poderoso ao desbaratar os arrogantes de pensamento no íntimo de seus corações. O arco dos poderosos é quebrado; os debilitados são cingidos de força (1 Sm 2,4), pois aos poderosos Ele rebaixou dos tronos e exaltou os de humilde condição. Aos famintos cumulou de bens e aos ricos despediu vazios.

Neste ponto Maria segue o Salmo 107,9 e o cântico de Ana: Os que viviam na fartura se empregam por comida. Os que tinham fome não precisam trabalhar (1 Sm 2,4-5). Maria acompanha a política de Jesus nas bem-aventuranças, de modo especial a redação de Lucas: Benditos os famintos… Ai de vós os saciados agora (Lc 6).

“Deus olhou e abraçou Israel, seu filho, para se recordar da misericórdia como falou aos nossos pais, Abraão e à sua prole pelos séculos” (cf. Gn 17,7).

Maria permaneceu com ela – Isabel – por três meses e voltou a sua casa [a Nazaré]. Sem dúvida que era o tempo que faltava para que Isabel desse à luz seu filho e Maria, consequentemente, ficou com sua parente até o momento do nascimento de João. Assim, se explicam os detalhes do mesmo: de que Lucas é narrador e Maria, sem dúvida, a testemunha.

Os Evangelhos deveriam ser relatos de salvação, referidos a fatos e ditos de Jesus. Mas este relato de hoje tem como protagonista Maria. Ela é a figura central, já que o Filho ainda era um feto que carregava no seio e dependia totalmente da Mãe. Isso nos indica que Maria está unida intrinsicamente a seu filho na história da Salvação. A devoção especial que a Igreja dedica a Maria tem como base este relato de Lucas. Ela forma parte de nossa salvação como Mãe do Senhor.

Maria é mais do que a arca do Senhor que Davi humildemente recebeu maravilhado (2 Sm 6,9). Ela é a Mãe do Senhor. Recebê-la como visita é um favor que nos iguala a Isabel. E escutar o Magnificat é entrar dentro dos planos da Providência Divina para encontrarmos um alívio a nossa pequenez e insignificância. Não em nossos méritos, mas nessas circunstâncias – aparentemente desfavoráveis – encontraremos a bondade divina expressa em misericórdia.

No nosso mundo, em que a maternidade parece estar fora de moda, o encontro entre as duas futuras mães é um toque de gozo e esperança, como a renovação da vida que sempre é acompanhada de penalidades mas que, indubitavelmente, termina em feliz regeneração.

Isabel, como profeta de Deus, dá a Maria o título máximo que a representa ao povo de Deus: “Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” Mãe do Senhor, que o Concílio de Éfeso expressou em termos mais filosóficos como Theótokos, que o povo aclama como Mãe de Deus. Venerá-la e recorrer a sua intercessão é seguir as linhas mestras que Lucas nos propõe no seu Evangelho.

Isabel a proclama como modelo entre as mulheres. Não é querendo tronos que estaremos na mira da misericórdia divina, mas sentindo nossa insignificância que veremos Sua bondade refletida como favor e benevolência em nossas vidas.

Reze a Quaresma de São Miguel Arcanjo

Inicio da Quaresma: Não podemos esquecer estamos rezando a partir de hoje a Quaresma de São Miguel, por isso, você pode acompanhar aqui no BLOG e noPODCAST todos os dias, de 15 de Agosto Solenidade da Assunção de Nossa Senhora (que no Brasil é celebrada no Domingo seguinte quando o dia 15 não cair em um Domingo) até a festa dos Santos Arcanjos no dia 29 de Setembro, marque nos favoritos na tela do seu PC. Providenciar um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa. Durante quarenta dias vamos nos unir numa rede de intercessão e clamar pelas nossas famílias e todas as nossas necessidades. Aqui em nossa casa deLavrinhas faremos 40 noites de Adoração ao Santíssimo Sacramento das 22h até as 07h da manhã começando cada vigília com a oração da Quaresma, você pode se unir a nós deixando em comentários os seus pedidos de orações.

Reze na integra com o Podcast:

* Acender uma vela abençoada diante de uma imagem ou estampa de São Miguel Arcanjo;
* Oferecer uma penitência durante os 40 dias;
* Fazer o sinal da cruz;
* Rezar estas orações todos os dias:

ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)

LADAINHA DE SÃO MIGUEL

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos. Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.

Ao final, reza-se:

Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.

Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.

Oração: Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção. É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.

Serão quarenta dias de Oração e intercessão junto a são Miguel Arcanjo, clique em comentários e deixe os seus pedidos de orações.

Clique e saiba: Como surgiu a Quaresma de São Miguel?

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Minha benção fraterna.

Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
http://twitter.com/padreluizinho

Sacerdote


O sacerdote é um homem escolhido por Cristo para pastorear o rebanho do Senhor. Configurado a Cristo pelo sacramento da ordem, o Presbítero é chamado a ser um homem de oração e vivência profunda do Evangelho. O seu modo de ser deve exprimir a vida de Jesus. É bem verdade que o Presbítero é dotado de fraquezas e fragilidades, porém conta com a força da Graça de Deus que o faz superar todo e qualquer obstáculo. A rica espiritualidade presbiteral sustenta a caminhada do padre como ministro do altar do Senhor. Não há presbiterado fiel e autêntico sem o cultivo de uma espiritualidade tão somente alicerçada no patrimônio místico dos grandes padres e do magistério eclesial.

Rompa com a mentira no seu relacionamento


Omitir a verdade pode nos custar caro

Você pode imaginar quão difícil é uma ruptura num relacionamento. É só olhar como as separações são doloridas e deixam marcas profundas nos cônjuges e nos filhos. Muitas dessas separações conjugais são frutos do pecado que casais acabam vivendo a dois: situações de mentira, desregramentos, afastamento de Deus, agressividade; desrespeito; palavras de ofensa um para com o outro e assim por diante.

É preciso romper com o pecado e não romper com o relacionamento. O pecado precisa ser extirpado da nossa relação. Tudo que corrompe aquilo que Deus criou por amor não pode mais fazer parte de nossa vida. Vejo que o pecado mais sutil e o que mais destrói matrimônios é a mentira. Mentir, enganar o outro ou até omitir alguma coisa pode custar caro, porque fere a dignidade da outra pessoa e põe em risco a confiança e a fidelidade. Escolher o caminho de não falar a verdade, mesmo que seja em pequenas coisas, é escolher pela traição da confiança que o cônjuge depositou em você. Isso mesmo! A mentira já é traição!

Jesus disse: “E a verdade vos libertará” (cf. João 8,32b). E é nesta perpectiva que os nossos relacionamentos podem amadurecer e tornar-se fecundos: quando uma pessoa pode confiar na outra, certa de que o (a) outro (a) está sempre lhe dizendo a verdade, que nada ficando às escuras, escondido, porque isso não é bom.

Para isso o primeiro passo é se decidir pela verdade, pela sua verdade, pois é nela que Deus pode agir e que as coisas vão tomando o rumo certo e se contrói uma vida feliz.

Fica a dica de hoje: rompa com o pecado da mentira no seu relacionamento. Decida-se por falar e viver sempre a partir da verdade, na luz, na graça de Deus.

Que o Senhor o abençoe neste propósito!

Diácono Paulo Lourenço

A hipocrisia é um obstáculo para a conversão interior

Estamos, na liturgia de hoje, diante de uma crítica à religião falseada pela ausência de ética verdadeira, o culto fantasiado em ritos que não expressam a experiência de Deus e Sua soberana vontade. Somente a vivência da aliança garante unir comportamento e culto, vida e religião, moral e mística. Esta fidelidade à aliança é a pregação profética dirigida aos sacerdotes e a crítica de Jesus aos escribas e fariseus.

Cristo denuncia a hipocrisia dos que se consideram mestres em Israel porque, conhecendo a crítica dos profetas, apresentam-se como justos – isto é, observantes, unindo a vida ao culto – mas, na realidade, atraem com sua observância a atenção dos homens para si mesmos e não para Deus, ao buscarem a admiração e o reconhecimento como pessoas dignas de honra.

A hipocrisia, portanto, diz respeito – ainda que de forma sutil – também à incoerência entre religião e ética, expressando a não autenticidade do culto ou de vida, quando há observância.

Jesus se mostrou intransigente contra a hipocrisia farisaica, porque atinge a fé na Sua pessoa e no Seu ministério. Só foi intolerante, em relação aos pecadores, contra os escribas e fariseus. Para convocá-los e denunciar-lhes a dureza de coração, afirma que os publicanos e as prostitutas os precederiam no Reino de Deus (cf. Mt 21,31). Em contrapartida, a hostilidade deles confirma que a hipocrisia é o pior obstáculo a impedir o caminho salvífico proposto por Jesus.

Jesus – que é a Luz – se torna, paradoxalmente, a cegueira do fariseu ao desvendar-lhe a hipocrisia. Podemos, portanto, afirmar que se trata de um visar os próprios interesses e não os de Deus, ainda que aparentemente afirmando-os. Essa hipocrisia impossibilitou, espantosamente, que homens religiosos e de estrita observância reconhecessem o Messias por eles esperado e que muitos outros também não O reconhecessem.

Por ser o ideal cristão muito elevado, a nossa justiça deve exceder a dos escribas e dos fariseus, e temos de ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Os fiéis a Cristo – independentemente da busca sincera ou não de coerência – podem ser vistos ou podem se ver como hipócritas, isto é, merecedores da repreensão de Jesus: “Fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não imiteis as suas ações, pois dizem e não fazem”.

Entretanto, há que se distinguir: uma coisa é não buscar a coerência de vida entre o que se crê e o que se celebra, fantasiando a religião, ritualizando os sacramentos, esvaziando a fé de seus compromissos; outra coisa é admitir a condição do homem fraco, falível e pecador que, mesmo buscando avidamente a coerência, descobre-se sempre em defasagem entre a mensagem e suas exigências e, por isso, vive a fé com humildade, em estado permanente de conversão e de busca constante do verdadeiro rosto de Deus.

Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Família, Pessoa e Sociedade

A Semana Nacional da Família faz parte do calendário das paróquias do Brasil. Com início em 1992 como resposta à inquietação, ao descontentamento e desejo de se fazer alguma coisa em defesa e promoção da família, no mês de agosto, por ser o mês vocacional, é celebrada a Semana Nacional da Família.

O tema central de 2011 é: “Família, Pessoa e Sociedade”. O próprio Papa Bento XVI, na audiência geral do dia 31 de agosto de 2008, na praça de São Pedro, destacou a importância da família para a edificação da sociedade e seu bem-estar e exortou a todos os cristãos a confiar em Deus como aquele que concede todos os bens e sustenta as famílias no seu cotidiano.

O Papa Bento XVI, em sua oração no Discurso Inaugural da V Conferência em Aparecida (2007), rezou pedindo para que as nossas famílias “continuem a ser berços onde nasce a vida humana abundante e generosamente, onde se acolhe, se ama, se respeite a vida desde a sua concepção até ao seu fim natural”.

Peçamos a Deus para que as nossas famílias sejam reflexo da Sagrada Família de Nazaré, pois
o amor entre Jesus, Maria e José era tão sublime, que podemos dizer que já viviam o Céu na Terra.

Que todos os lares confiem em Deus como Aquele que provê todas as necessidades das famílias!

Deus nos abençoe.

Rafael Léo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Inicia festa em preparação aos 200 anos do nascimento de Dom Bosco



Começa nesta terça-feira, 16, o primeiro ano do triênio em comemoração ao bicentenário do nascimento de Dom Bosco, a ser celebrado em 16 de agosto de 2015.

A preparação, proposta pelo reitor-mor da congregação, padre Pascual Chavez, é marcada por um itinerário de três etapas. Cada uma pretende desenvolver um aspecto do carisma de Dom Bosco, o fundador dos salesianos.

O período, que se inicia hoje e vai até 15 de agosto do ano que vem, tem como tema o conhecimento da história de Dom Bosco e de seu contexto, sua figura, sua experiência de vida e suas opções. O segundo ano temático irá se debruçar sobre a pedagogia salesiana, o sistema preventivo de Dom Bosco e o terceiro vai refletir sobre a espiritualidade do santo da juventude.

Dom Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815 em Turim, na Italia. Foi o sacerdote fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales, conhecida por Salesianos. Foi canonizado em 1934 e anos mais tarde, aclamado pelo Papa João Paulo II como o “Pai e Mestre da Juventude”. Desenvolveu a educação infantil e juvenil e o ensino profissional, sendo um dos criadores do sistema preventivo em educação. Seu dia é celebrado em 31 de janeiro.

Sobre os Salesianos

Os salesianos são uma organização internacional de pessoas dedicadas, em tempo integral, ao serviço dos jovens, especialmente os mais pobres e necessitados. Fundados por São João Bosco, um santo educador italiano do século 19, estão presentes em 128 países. Educação e evangelização estão no centro de sua missão. O projeto educativo-pastoral realizado por eles tem por objetivo a promoção integral da pessoa.

Sobre o Sistema preventivo

Com seu estilo educativo e a sua práxis pastoral, baseados na razão, na religião e na amabilidade esse sistema leva os adolescentes e os jovens à reflexão, ao encontro com Cristo e com os irmãos, à educação da fé e à sua celebração nos sacramentos, assim como ao compromisso apostólico, civil e profissional.