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sábado, 8 de março de 2014

A maravilhosa força de influência da Mulher




A mulher está no centro de uma batalha espiritual. E o texto bíblico confirma isso. O livro do Gênesis relata que no princípio, a serpente convenceu Eva a desobedecer o Senhor, e ela, por sua vez, foi quem apresentou o fruto ao homem.
Interpretações errôneas e especulações superficiais vão ver nisso uma primeira culpa da mulher. Alias, por vezes, temos o impulso de priorizar a busca por culpados ao invés de direcionar esforços em sanar o problema, ou até mesmo, em analisar mais a fundo talquestão. Pois bem, onde estava Adão quando sua Mulher foi tentada? Porque ele não se apresentava ao lado dela, protegendo-a? Portanto, ambos abriram uma porta à tentação. Somos igualmente culpados.

Mas, é interessante notar que Satanás, a antiga serpente, precisou envolver a mulher com uma conversa; primeiro faz uma pergunta ampliando a proibição “é verdade que Deus vos proibiu de comer do fruto de toda árvore do jardim?” (Gn 3, 1), como que, querendo fazê-la entender o “não” como privação da liberdade; depois contradiz a Deus e mente em relação às consequências “vós não morrereis!” (Gn 3, 4); fazendo-a olhar a desobediência como uma novidade boa “sereis como deuses” (Gn 3, 4). No entanto, a mulher não precisou de nada disso para convencer o homem. A Palavra diz que, simplesmente, ela “apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente” (Gn 3, 6).

Também, quando Deus perguntou a eles porque comeram do fruto, Adão não culpa diretamente a serpente, muito menos reconhece sua própria culpa, mas, indica como responsável a “mulher que puseste ao meu lado” (Gn 3, 12). E a partir de então, neste mundo permanecerá o embate entre a mulher e a serpente (cf. Gn 3, 15).

Perceba que, entre o inimigo de Deus e o homem está a mulher, intermediando.
A sensibilidade, percepção, intuição, a fé e os dons femininos, são capazes de detectar mais facilmente as coisas espirituais. Basta vermos quanto o número de mulheres na igreja sobressai ao de homens. Mas, o que chama também a atenção, é que as mulheres podem não saber, mas a força de influência que elas tem sobre os homens é muito grande.
Vejamos mais uma vez a Sagrada Escritura como mostra essa realidade.

Adão habitava o paraíso, convivia com Deus e passeava com Ele, tudo o que existia foi-lhecolocado a disposição. Adão deu nome aos animais. Na Bíblia, dar nome significa tomar posse, ou seja, todos os seres estavam submetidos ao seu domínio. No entanto, algo faltava ao homem, ele sentia-se incompleto, “não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada” (Gn 2, 20).

Quando Deus formou a mulher e levou-a para junto do homem, este homem se identificou no profundo do seu ser “osso de meus ossos e a carne de minha carne” (Gn 2, 23). Nisto vemos que é natural para o ser masculino encontrar essa complementariedade no feminino, uma identificação e um sentido de seu próprio ser.

Por isso, a serpente tentou a mulher, porque sabia que ela influenciaria o homem e os dois cairiam no pecado.
Não estou com isso, dizendo que o ser masculino é totalmente subjugado a mulher, como que dependente psiquicamente ou em qualquer outra de suas dimensões. Não é nada disso!

Contudo, a mulher por sua simples existência, já traz em si um significado para o homem. Ela tem uma via direta ao coração dele.
(Imagine uma mulher sozinha na estrada com o pneu do carro furado . Talvez hoje, com tantos perigos e violência, seja um pouco difícil de algum homem se arriscar em parar e ajudar, mas quem dos homens discorda que num primeiro pensamento, nos representa um perigo ver tal mulher nessa situação? Não! Por instinto, queremos parar e ajudar)
Em situações normais do dia a dia, a nossa tendência é sempre de acreditar e prestar solidariedade a mulher.
A interação do homem com a mulher, geralmente, é contrário ao movimento que se dá com outro homem em questão de confiança. Primeiro ele confia nela, depois é que verá se ela continuará fazendo jus a esse crédito. Com outro homem não, primeiro deve haver provas de fidelidade, de companheirismo, para posteriormente um confiar no outro.

Essa entrega do homem a mulher é algo intuitivo no homem, e muito além de ser só pelo interesse sexual, é antes por uma inclinação primitiva que vem do amago da alma masculina. Muito facilmente eles doam confiança e deixam-se influenciar em suas decisões, posturas diante da vida e em suas escolhas.

E por este mesmo motivo, muitas vezes, o demônio usa da mulher para continuar atingindo o homem. A astuta serpente torna atraente seu veneno e oferta a esposas, namoradas, mulheres nos ambientes de trabalho e estudo, para inebriar também ao ser masculino e jogar os dois na desobediência e no mal a si mesmos.

No livro de Provérbios, capítulo 31, fala um pouco do dom feminino de contribuir para o bem ou para a ruína de um homem.
A mulher tem essa força, de envolver, fazer jogo de sedução, convencer aos poucos um homem até finalmente ele cumprir todos os seus caprichos.
Por outro lado, ela pode ajudá-lo a acreditar em si mesmo, elevar seu espírito e despertar toda sua força e coragem. Mas, para trazer o melhor de um homem à tona, a mulher precisa ter um coração em Deus, um coração cheio de pureza. É sua reta intenção que o homem irá perceber e se amparar.
No instinto feminino, que quase toda mulher confessa ter, no desejo da maternidade (mesmo a espiritual) e de entrega de si (a um esposo bom e honesto, ou ao Senhor no celibato) já, pré-existem essas características da mulher virtuosa. Quanto mais essa mulher cultiva sua retidão e virtudes, mais feliz e realizada ela é.
O Senhor já depositou no ser feminino o dom de fazer um homem enxergar o bem dentro dele que ele mesmo não poderia ver sozinho, e ela encontra nisto também a sua felicidade.

Feliz dia da Mulher Virtuosa!

Sandro Arquejada – autor do Livro “As Cinco Fases do Namoro”

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A beleza e o valor do matrimônio



Ao receber um convite de casamento, a grande curiosidade dos familiares e amigos é ver a noiva entrando na Igreja ao som de uma bela melodia. Os olhos estão todos voltados para ela, mas não podemos deixar de perceber a expectativa e a alegria na expressão do noivo, que aguarda ansioso no altar. Mas de nada vale uma belíssima cerimônia religiosa, ornamentada por uma sofisticada decoração com flores e arranjos, se o sentimento não for verdadeiro e os noivos não compreenderem a importância do sacramento do matrimônio.
Esta união, chamada matrimônio, precisa ser, primeiro de tudo, um território santo. Por isso, o casal precisa reservar um tempo dos preparativos para o casamento para refletir sobre a união que estão prestes a firmar diante de Deus, porque a aliança conjugal é um modo de santificar o amor humano entre o homem e a mulher.
Segundo o sacerdote da Comunidade Canção Nova padre Reinaldo Cazumbá, o  casamento está fundamentado no amor de Cristo pela Igreja. Assim como Deus ama Sua Igreja, o homem e a mulher são convidados a viver esta união fortificada nos ensinamentos que o Senhor nos deixou. Por isso, é preciso que os dois se preparem, ao longo do namoro, para viver esta nova experiência. Assim, a Igreja propõe que, antes de casar, seja realizado o cursinho de noivos, a fim de orientar os noivos nessa nova jornada de suas vidas.
“É tão importante a união do casal, que Deus a elevou à categoria de ‘sacramento’. Jesus falou: “O que Deus uniu o homem não separa”. A Igreja oferece aos noivos uma preparação, mas, infelizmente, por causa dessa correria do tempo, o cursinho de noivos acaba sendo em um único fim de semana. É pouco tempo, mas um momento básico para a compreensão do matrimônio. Esse cursinho vai falar sobre o significado do casamento, explicar por que se casar, falar sobre a realidade da Igreja e como ela vê esse sacramento”, explicou padre Reinaldo.
Para o casal da cidade de Aparecida (SP), Marcele Marques e Elton Pacheco (ambos 26 anos), que namoraram cinco anos e são noivos há dois anos e três meses, esse tempo foi necessário para preparar e estruturar a vida a dois, a fim de que, juntos, tomassem esta decisão tão importante: casarem-se. Para padre Reinaldo é importante ressaltar que este sacramento foi instituído por Deus para o homem e a mulher, ou seja, eles se unirão em uma só carne para juntos viverem uma nova vida.
“Nós conversamos bastante, sabemos que é uma decisão para vida toda e que não será um mar de rosas sempre; afinal, são duas pessoas diferentes unindo-se para construir uma nova família. É claro que podemos ter ideias diferentes, e isso aconteceu até mesmo durante o namoro, mas sempre conseguimos pensar juntos e tomarmos a melhor decisão para todos”, testemunhou Marcele.
Quando o casal expressa o desejo de se casar é necessário que eles tenham certeza que foram escolhidos por Deus para viverem essa vocação. Portanto, o namoro e o noivado são a oportunidade de o casal conhecer o outro e enxergá-lo como seu companheiro. Os documentos da Igreja podem auxiliar e contribuir com a formação espiritual e o crescimento do relacionamento do casal para, juntos, formarem uma nova família.
“O matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. A Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do casamento e da família, procura vivê-lo fielmente; a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade, e também àqueles que estão impedidos de viver livremente o próprio projeto familiar. Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e ajudando os outros, a Igreja oferece o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimônio e da família” – (Exortação Apóstolica Familiaris Consortio – João Paulo II)
Ao preparar a cerimônia religiosa, os noivos não podem esquecer  que a essência do casamento é a união que será conferida a Deus; portanto, é bonito acompanhar e ver toda a preparação dos noivos para que este dia seja muito especial.
Para a noiva, Marcele, casar-se na Igreja sempre foi um sonho. Quando marcou a data para a realização da cerimônia religiosa, tinha a certeza de qual igreja seria escolhida, pois como ela e seu noivo sempre foram envolvidos e engajados em pastorais religiosas, gostariam de se casar onde se conheceram.
“Escolhemos a igreja de Santo Antônio por vários motivos: começamos a namorar na festa de Santo Antônio, nossos pais se casaram nessa igreja e também é a comunidade da qual participamos desde crianças. Quanto aos preparativos do casamento, já estão em andamento desde o começo do ano. A maioria dos serviços como buffet e decoração já estão acertados, mas sempre aparece uma coisa diferente, uma novidade. Aí, a gente fica pensando se vai ou não incluir isso no casamento”, disse Marcele.
O casamento para as mulheres é um momento especial e esperado por muitas pessoas; portanto, toda a escolha gera dúvidas e, muitas vezes, é conversada e repensada pelo casal. Para o noivo as escolhas são mais simples e as preocupações são outras, como disse Elton: “O homem não tem muitos preparativos, mas eu acompanho com ela todos as grandes decisões, mas os detalhes eu deixo por conta dela”, contou.
“Acho que toda menina cresce pensando em como será seu casamento. É um momento quase mágico! Por isso surgem muitas dúvidas em relação ao vestido, à decoração, qual música é a mais bonita, que acessórios usar e todos os detalhes, que são muitos; afinal, é um momento único. Não é como uma festa de aniversário, que você pode inventar uma coisa diferente a cada ano. A gente só vai se casar uma vez na vida e quer que tudo seja perfeito e lindo. A única certeza que eu tenho é que eu quero me casar com o Elton”, disse Marcele.
O sacerdote aconselha aos noivos que os padrinhos e madrinhas desta união sejam pessoas próximas, que possam ajudá-los a se manterem juntos na fé cristã e a sempre reafirmarem o compromisso com o sacramento do matrimônio.
“Nós escolhemos familiares e amigos que sempre estiveram próximos a nós e acompanharam a nossa história, pessoas com quem podemos contar para conversar e nos aconselhar; afinal, padrinhos não são enfeites de altar, são pessoas nas quais confiamos e que estão dispostas a nos ajudar na vivência do matrimônio”, disse o casal de noivos.
Padre Reinaldo aconselha os jovens, que pretendem se casar, a procurarem um sacerdote ou um casal com mais tempo de casado para que, juntos, possam refletir sobre os desafios e a realidade do sacramento do matrimônio.
“É preciso ter este acompanhamento e este discernimento. Os namorados que querem chegar ao matrimônio precisam se deixar acompanhar por um casal maduro, pelo sacerdote e pelas pessoas que tenham condições de dar, realmente, o discernimento àquele casal. Será que você quer só casar? É só isso? É preciso conscientizar-se que você vai viver um sacramento. E para aqueles jovens que querem abraçar o casamento, precisam entender que este relacionamento vai implicar muitas situações como amor, filhos, relacionamento com Deus,  vida a dois… E tudo isso necessita ser compreendido antes da decisão de se casar”, alertou o sacerdote.
O segredo para um relacionamento duradouro é espelhar-se em um casal maduro e nos ensinamentos que os documentos da Igreja fornecem aos cristãos, pois, desta forma, poderão viver, verdadeiramente, a vocação do matrimônio.


sábado, 1 de dezembro de 2012

O SENTIDO DO CASAMENTO




“ Quando Deus desejou que a humanidade existisse, criou o homem e a mulher, “ a sua imagem e semelhança”. E disse ao casal:” Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir a sua mulher e já não são mais que uma só carne”(Gn 2,24). Isso que dizer: serão uma só realidade, uma só vida, uma união perfeita.E Jesus elevou o casamento a dignidade de casamento e disse: “ Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.”(Mt. 19, 06). E após uni-los, Deus disse ao casal ;”Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn. 1,28).

Aqui está o sentido mais profundo do casamento. “Frutificai, crescei e multiplicai.” Deus quer que o casal, na união profunda do amor, cresça e multiplique nos seus filhos: e daí surge a família, a mais importante instituição da humanidade, a célula principal do plano de Deus. É muito significativo que Deus tenha dito ao casal: “crescei” e depois “multiplicai”. Isso mostra que a primeira dimensão do casamento é “crescimento” mútuo do casal realizado no seu amor fecundo e na unidade. Como é que o casal vai educar os filhos, se eles, antes não se educaram, não cresceram juntos?

O casamento não é uma aventura, nem um “tiro no escuro” como dizem alguns; e sim, um projeto sério de vida a dois em que cada um está comprometido em fazer o outro crescer. Se a esposa não se torna melhor por causa da presença do marido a seu lado, e vice e versa, então o casamento deles está vazio, pois não realiza sua primeira finalidade. O casamento não é para “curtir a vida a dois”, egoisticamente; ele é uma “missão”, existe para vivermos com alguém muito especial que queremos construir e com ele dar os filhos a Deus. É por isso que se diz: ”amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido.” Para ajudar o outro a crescer é preciso aceita-lo como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. A parir daí é possível então, com muita paciência e carinho, ajudar o companheiro à crescer; e crescer quer dizer “ atingir a maturidade como pessoa humana” no campo emocional, espiritual, moral e etc. A base do crescimento do casal é a unidade; e esta é a base formada no amor conjugal. O fato de dois estarem juntos há anos, não quer dizer que estejam unidos. A união do casal deve ser como a do “café com leite”, em que cada um “desaparece” e surge um novo café. Ninguém os consegue separar mais… Ambos estão ali, mas unidos a tal ponto que formam um novo café.

Assim deve ser a unidade do casal, devem formar uma só carne. Nada de mentiras, tapeações, fingimentos, brigas, discussões, infidelidades, planos separados etc. O “eu” deve ser substituído pelo “nosso”. Todos os atos da vida do casal devem ser realizados em harmonia, de comum acordo, como exige a unidade. Isso é casamento. Isso exige a presença de Deus na vida dos dois; pois só Deus é amor. E a sua graça nos capacita a amar.”


Autor: Prof. Felipe Aquino

Revista Canção Nova – Novembro de 2009 / nº 107

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Consagrar as Famílias a Nossa Senhora



Devemos consagrar nossa família à Virgem Maria

Nossa Senhora é Mãe da Igreja e de cada um de nós. Ela recebeu de Jesus aos pés da Cruz, cada cristão como filho. Mas, sobretudo ela é mãe protetora das famílias, pois cuidou da Sagrada família de Nazaré.

Ninguém como a Virgem Maria sabe consolar as mães sofredoras, as mulheres abandonadas e traídas, os pais angustiados com os problemas de seus filhos.

A Igreja ensina que a família é a célula vital da sociedade, desejada e idealizada por Deus para ser o “Santuário da Vida”, como disse João Paulo II; mas hoje a família está imensamente ameaçada por um conjunto de práticas imorais que contrariam a vontade e a lei de Deus: aborto, eutanásia, drogas, bebidas, manipulação de embriões humanos, casamento de pessoas do mesmo sexo, falsas famílias, divórcio, uniões sem matrimônio, “amor livre”, e muitos outros males. Quem salvará a família de tantas misérias e tristezas? A Virgem Maria.

Mais do que nunca hoje os pais precisam, diariamente, consagrar-se a Maria; bem como consagrar seus filhos, seu casamento, seu trabalho, seu lar. São muitas as misérias que hoje entram no lar trazendo o pecado, os maus comportamentos, os vícios, a pornografia, etc. Maria é Aquela que, desde os primórdios, recebeu de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás. Ela é a consoladora dos aflitos, auxiliadora dos cristãos, advogada nossa.

O lar precisa urgentemente ser protegido por Aquela que Deus escolheu para sua Mãe. Cada família cristã precisa hoje rezar o sagrado Terço de Nossa Senhora contemplando com devoção os sagrados mistérios da vida de Jesus. “Família que reza unida permanece unida”; é o antigo ensinamento da Igreja. O Terço de Nossa Senhora é a corrente com a qual ela prende o espírito do mal que quer destruir as famílias.

O Papa Leão XIII disse na encíclica “Magnae Dei Matris” (8 de dezembro de 1892): “Maria, muito melhor que qualquer outra mãe, conhece e vê os socorros de que necessitamos para viver, os perigos públicos e particulares que nos ameaçam, as angústias e males que nos oprimem, e, sobretudo, a luta encarniçada que havemos de sustentar com os inimigos da salvação. Nestas e noutras dificuldades da vida, melhor do que ninguém, pode ela generosamente e deseja ardentemente proporcionar a seus filhos queridos consolação, força e toda espécie de auxílios”.

O Concílio Vaticano II quando falou da maternidade espiritual de Maria, disse: “Por sua maternal caridade cuida dos irmãos de seu Filho, que peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria (LG, n. 61).


Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, em seu clássico “Glórias de Maria”, afirma: “Deus quer que pelas mãos de Maria nos cheguem todas as graças… A ninguém isso pareça contrário à sã teologia. Pois Santo Agostinho, autor dessa proposição, estabelece como sentença, geralmente aceita, que Maria tem cooperado por sua caridade para o nascimento espiritual de todos os membros da Igreja”.

Muitos santos falaram dessa mediação de Maria junto a Deus. São Bernardo, doutor da Igreja, assim diz: “Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se, portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que isto nos vem por suas mãos”.

São Bernardino de Sena, disse: “Todos os dons virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer”. São Boaventura (1218-1274), bispo e doutor da Igreja, ensinou que: “Deus depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós”.

São Roberto Belarmino (1542-1621), bispo e doutor da Igreja, nos ensinou que: “Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como o colo desse corpo místico”.

Há muitas maneiras da família se consagrar a Nossa Senhora e viver debaixo de sua proteção. São Luiz de Montfort, no seu “Tratado da verdadeira devoção a Virgem Maria”, nos ensina a “fazer tudo por Maria, com Maria, em Maria e para Maria”.

A família consagrada a Maria não deixa de rezar o Terço, de imitar suas virtudes, de implorar sua proteção, de celebrar suas festas litúrgicas, de cultuar suas imagens e de cumprir o que ela pediu: “Fazei tudo que Ele vos disser”.

Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Partilho um artigo de dom Redovino: 'Sem castidade, não há amor!'




Um assunto sempre à tona: Amor e Castidade.
Neste artigo, dom Redovino Rizzardo, bispo de Dourados, mostra como é importante viver o amor, acima de tudo. À partir de um fato e uma notícia divulgada, podemos analisar um todo, abrindo nossos olhos para o que é essencial e o que é corriqueiro.
Sem julgamentos e preconceitos, mas sempre e acima de tudo, o amor!
Um abraço!

 Por
Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (RS)


Em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, no dia 20 de maio, Maria da Graça Meneghel, a popular Xuxa, em meio a muita emoção, contou que foi abusada sexualmente na adolescência: “Não foi apenas uma pessoa, mas várias. Parou quando eu tinha 13 anos. Eu tinha medo de falar, pois temia passar por tudo isso novamente. Uma dessas pessoas era o melhor amigo do meu pai, que queria ser meu padrinho; outra, um cara que ia casar com minha avó; o terceiro, um professor”.
Perguntada por que isso aconteceu com ela, respondeu que, talvez por ser alta, chamava a atenção dos homens e, por muitos anos, se sentiu culpada pelo que acontecia: “Sempre achei que eu estava fazendo alguma coisa errada: ou era minha roupa ou era o que eu fazia que atraía a atenção. Essas coisas me doem, me machucam. Quando eu me lembro de tudo o que aconteceu, que eu nada podia fazer porque não sabia, não tinha experiência, me dá vontade chorar. O que uma criança pode fazer?”.

Para ela, a violência que assola hoje a sociedade começa sempre – ou quase sempre – dentro do lar: “Descobri que 80% das crianças que estão nas ruas se prostituindo – a palavra nem seria essa, porque elas não sabem o que fazem –, roubando e se drogando, sofreram algum tipo de abuso e de violência dentro de casa. Foi isso que fez com que elas saíssem por aí”.

Dentre as pessoas que comentaram o assunto na internet, uma me chamou a atenção pela inclemência: “Com suas maneiras provocantes de se vestir e de se exibir, ainda se queixa que foi abusada? Você teve o que quis! Primeiro seduz, depois se queixa! Você faz como muitas outras mulheres: abusam da sensualidade para atrair os homens e, depois, choram!”.
As críticas se acentuaram no dia 27 de junho, quando se soube que o Superior Tribunal de Justiça deu ganho de causa ao Google na ação que Xuxa lhe moveu em 2010, por ter publicado fotos e vídeos em que ela aparece nua em cenas de sexo.
A sociedade atual acabou erotizada como nunca antes acontecera. Tudo gira a partir e em torno do sexo, visto muito mais como uma ocasião de prazer egoísta e passageiro do que fruto ou incentivo de relações sadias, que constroem e plenificam as pessoas. Não será também esta uma das causas do crescimento assombroso dos casos de estupro, de pedofilia, de divórcio e, inclusive, de roubos e assassinatos?
De acordo com os antigos escolásticos, “salus ex integra parte – a saúde é sempre integral”. Se o olho está doente, é todo o corpo que fica prejudicado. Se alguém é escravo de seus instintos sexuais, dificilmente saberá controlar-se em outros aspectos da vida familiar, social e econômica.
É o que perceberam os Bispos Latino-Americanos, em sua Conferência de Aparecida, em 2007:
“O consumismo hedonista e individualista que coloca a vida humana em função de um prazer imediato e sem limites, obscurece o sentido da vida e a degrada.
A vitalidade que Cristo oferece nos convida a ampliar nossos horizontes e a reconhecer que, abraçando a cruz cotidiana, entramos nas dimensões mais profundas da existência. Jesus Cristo nos oferece muito mais do que esperamos. À Samaritana, ele não dá apenas a água do poço. À multidão faminta, ele concede muito mais do que o alívio da fome. Entrega-se a si mesmo como a vida em abundância”.
Por mais cafona que isso possa parecer, se ainda suspiramos por um mundo justo e fraterno, será preciso voltar a acreditar na castidade. É o que demonstra o “Catecismo da Igreja Católica”:
“Castidade é a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher. A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação”.
Para Xuxa, a violência das ruas tem a sua origem na falta de amor em casa. Só faltou acrescentar – mas, talvez, ela jamais teria coragem de o afirmar: sem castidade, não existe amor! A não ser que, por amor, se entenda a carência existencial que se tenta saciar com a dissolução dos costumes, raiz da corrupção que inferniza hoje a sociedade.

terça-feira, 8 de maio de 2012

“SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO”

Tantas vezes ouvi este ditado e, hoje, quero manifestar a minha interpretação. Será que isto é ruim? A expressão padecer traz esta conotação negativa, pesada mas na verdade não é bem assim…

As mães vivem uma certo desconforto desde a gestação (enjôos, azia, inchaço…). No parto com suas dores próprias, depois nos primeiros dias a adaptação e interpretação do choro, o sono, o cansaço…

São situações reais que parecem eternas pela intensidade mas, de repente, passam e … alguns meses depois, o padecimento é outro: voltar ao trabalho e deixar o filho, afinal ninguém vai saber cuidar do filho como a mãe… doce ilusão!

Mais adiante, a entrada na escola. “Quem será o professor?”, “Será que vai acompanhar?”, “O que vai comer no lanche?”, “Quem serão os colegas?” “E se alguém bater no meu filho?”

Nós insistimos em viver a vida dos filhos e com isto “padecemos” pois não temos o mesmo entendimento das crianças.

E quando chega a adolescência? Nossa! Aí entra outra fase. Só mudam as preocupações, filho criado, trabalho dobrado…

Mas e aquilo que plantamos na educação deles, não valeu a pena? As mães de hoje são, na sua maioria, frutos da geração de transição do feminismo e do sexo, drogas e rock´n roll. Achar o equilíbrio não é fácil. Anterior a nós houve a geração de pais que acreditavam que a liberdade era a melhor opção de educação para os filhos vivendo o “é proibido proibir”.

Hoje já percebemos que os limites são necessários na formação de qualquer ser humano. E por isso, às vezes, dar um “não” ao filho chega a ser um padecimento pois sabemos que ele ou ela queria muito tal coisa ou tal situação mas percebemos que não é o melhor naquele momento e isto gera um certo desconforto no relacionamento entre mãe e filho(a).

Aí mais do que padecer é compadecer, é sofrer, pois apesar de estar consciente da decisão tomada não gostamos de ver nosso (a) filho(a) triste. E mais uma vez, apesar
de toda intensidade veremos que passa!

Assim como nós que hoje, neste papel de mãe reconhecemos e aceitamos a postura que as nossas mães tiveram conosco. E pensamos: “elas estavam certas…”

Olhando tudo isto parece que o ditado está certo… ser mãe é padecer no paraíso. Agora é preciso dizer que tudo isto vale a pena!

Veja bem: vale a pena e não valeu ou está valendo… ser mãe vale por toda a vida?

A presença, a realização, as conquistas, as alegrias, as tristezas de um(a) filho(a) não tem preço. Este é o nosso paraíso: a maternidade! As mães são capazes de abrir mão, renunciar a várias coisas na vida, somente não conseguem renunciar a maternidade. Esta é inegociável!

Parabéns a todas as mães, avós, tias, madrinhas, sogras… que de uma forma ou outra são mães em nossas vidas!

Maria, Mãe de Jesus e da Igreja nos ensine e conduza na vivência da maternidade segundo o coração de Deus!

sábado, 3 de março de 2012

SOBRE AMOR, ROSAS E ESPINHOS (Padre Fábio de Melo)

Amor, que é amor, dura a vida inteira.
Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições.
Sem perdão não há amor.
Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto".

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração os quais sozinhos jamais poderíamos enxergar.

O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo.
Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo nem tampouco fora do cultivo.
Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir.
Cada roseira tem seu estatuto, suas regras... Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas... Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá de saber que com ela vão inúmeros espinhos. Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Com Maria oremos pelas familias

Senhor, nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença em nosso lar.

Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso de fé na Igreja e de participar da vida de nossa comunidade.

Ensinai-nos a viver a vossa palavra e o Vosso mandamento de Amor, a exemplo da FAMÍLIA DE NAZARÉ.

Concedei-nos a capacidade de compreendermos nossas diferenças de idade, de sexo, de caráter, para nos ajudarmos mutuamente, perdoarmos nossos erros e vivermos em harmonia.

Dai-nos, Senhor, saúde, trabalho e um lar onde possamos viver felizes.

Ensinai-nos a partilhar o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, e dai-nos a graça de aceitar com fé e serenidade a doença e a morte quando se aproximem de nossa família.

Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação de nossos filhos quando quiserdes chamar a Vosso serviço.

Que em nossa família reine a confiança, a fidelidade, o respeito mútuo, para que o amor se fortifique e nos una cada vez mais.

Permanecei em nossa família, Senhor, e abençoai nosso lar hoje e sempre. Amém!

domingo, 13 de novembro de 2011

Não desista de amar

Esta é a história de um jovem que tinha um caráter muito mal. Seu pai lhe deu um pacote de pregos e lhe disse que cada vez que perdesse a paciência, deveria pregar um prego atrás da porta. Rapidamente a porta ficava repleta de pregos. Porém, à medida que ia aprendendo a controlar o seu gênio, colocava cada vez menos pregos atrás da porta. Descobriu que podia controlar o seu gênio, pois a ação de pregar o fazia refletir sobre sua má atitude.
Chegou finalmente o dia em que pôde controlar seu caráter e já não tinha motivo para pregar. Depois de informar ao seu pai, ele sugeriu que retirasse um prego a cada dia que conseguisse controlar seu caráter. Os dias passaram e o jovem pôde finalmente anunciar ao seu pai que não havia mais pregos que retirar da porta. Seu pai lhe disse:

‘Você trabalhou duro meu filho, mas olha todos estes furos na porta. Nunca mais será a mesma. Cada vez que você perde a paciência, deixa cicatrizes exatamente iguais às que você vê aqui. Você pode insultar uma pessoa e retirar o que disse, mas a ferida permanece e o mal se espalha. Uma ofensa verbal é tão prejudicial como uma ofensa física. Agora é preciso trabalhar muito mais para que a porta fique como nova. Você deve reparar cada furo e dificilmente conseguirá que fique como nova’.

Não podemos matar as pessoas com o nosso temperamento ou muito menos achar que todos devem nos aturar ou nos engolir por que tivemos uma história difícil… Deus nos dar a graça do seu Espírito para que a cada dia possamos dar respostas diferentes e tomar novas atitudes.

Não basta deixar de pecar. Deve-se reparar. Tudo pode ser curado com a graça de Deus, mas requer muito sacrifício e reparação. Precisa-se de um coração aberto disposto a amar e a cada dia querer recomeçar.

Não desista de amar, pois o amor supera tudo, e o melhor remédio para muitas feridas que trazemos dentro de nós só poderá ser curada através do amor.

Que o Espírito do Senhor possa nos ensinar a amar a cada dia!

Deus abençoe

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

De que adianta ser rebelde?



“Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação.” (Rm. 13, 1-2)

Ser rebelde é seguir o caminho de Lúcifer, um grande anjo de luz que foi precipitado do Céu por São Miguel por motivo da sua rebeldia contra Deus. Não respeitar as autoridades constítuidas por Deus e ir contra a vontade de Deus. Não adianta ficar se queixando, murmurando, se rebelando. Se você tem certeza que certa Autoridade está errada, seja humildade em partilhar com a pessoa, alertá-la com amor daquilo que talvez esteja errado.

O que acontece na verdade, é que o inimigo vai plantando a insatisfação e a revolta em nosso coração orgulhoso e insubmisso, de maneira que vamos nos tornando rebeldes, provocando verdadeiras rebeliões na Igreja do Senhor. Irmãos, não sejamos servos do demônio dentro da Casa de Deus.

Quem obedece não erra…

domingo, 6 de novembro de 2011

Você tem tempo para seu filho?



Você muito tempo ou pouco tempo com seu filhos?
Se não quisermos colher frutos amargos, o quanto antes deve avaliar se nesse tempo está sendo presença.
E seu filho já cresceu? A primeira coisa a fazer é abandonar a postura de derrota. Nosso Deus é poderoso, e para ele nada é impossível, mas uma coisa importante: a ação de Deus na vida de um filho, passa pela ação dos pais.
É preciso recomeçar, renunciando todo sentimento de culpa. Pontualizar onde errou e fazer uma boa confissão, Depois rever nossas posturas somos pais que trabalhamos fora e porque passamos muito tempo longe deles quando estamos perto vamos corrigir? Mas corrigir não vai fazer mal nenhum a seus filhos.
Não é verdade que 99% de nós pais estamos em casa com nossos filhos vendo TV, lendo cuidando de alguma coisa do nosso interesse pessoal a maior parte do tempo com eles, e só uma pequena parte interagindo, e quase sempre só quando nos incomodam?
Segundo Vanier, a arte de educar exige renúncia, perseverança e presença. Jesus é o melhor exemplo da eficácia do poder curativo e libertador do amor. É por isso que obras como as de Madre Teresa de Calcutá, Padre Pio e tantos santas e santas que foram pais e mães espirituais, ultrapassaram os muros e espalharam seus ramos e frutos por todo o mundo. A eficácia de nossa missão de educar nossos filhos, de forma que essa educação se perpetue na educação que darão a nossos netos e ultrapasse os muros de nossas casas, transformando a comunidade em que vivemos num lugar melhor, está na medida em que amamos com o coração de Jesus.
“Crê no Senhor Jesus e tu e tua casa serão Salva.”
Adelita Frulane – Comunidade Canção Nova

E você? Tem sido presença na vida de seus filhos? Deixe seu comentário com a sua opnião.

sábado, 5 de novembro de 2011

Beleza do Matrimônio

Como comunicar a beleza do Matrimônio aos homens e as mulheres do nosso tempo?

Uma boa pergunta!Como comunicar aos homens de hoje a beleza do matrimônio? Vemos como muitos jovens casam tarde na igreja, porque têm receio do que é definitivo: aliás, adiam até o casamento civil. Hoje, o que é definitivo para muitos jovens, e também aos menos jovens, parece um vínculo contra a liberdade. E o seu primeiro desejo é a liberdade. Têm medo que no final não dê certo. Vêem muitos matrimônios fracassados e têm receio que esta forma jurídica, como eles a sentem, seja um peso exterior que extingue o amor.
É preciso fazer compreender que não se trata de um vínculo jurídico, de um peso que se realiza com o matrimônio. Ao contrário, a profundidade e a beleza estão precisamente naquilo que é definitivo. Só assim ele pode fazer amadurecer o amor e toda a sua beleza. Mas, como comunicar isto? Parece um problema comum a todos.
O testemunho de uma família é verdadeiramente mais forte do que todas as palavras. Elas apresentam antes de tudo a riqueza da experiência com o amor: o doar-se, o ajudar-se também no sofrimento, mostra a força que uma família alicerçada na vontade de Deus tem. Como é enriquecedor ver testemunhos de casais que quase chegaram ao divórcio. Mas conseguiram aprender a viver estas dificuldades juntos. Precisaram de superação nestes momentos.
Hoje precisamos perceber que a verdadeira beleza precisa também do contraste. O obscuro e o luminoso completam-se. Até as uvas, para amadurecer precisam não só do sol, mas também da chuva, não só do dia, mas também da noite.
Precisamos perceber que devemos aprender com sofrimento. Devemos suportar transcender este sofrimento. Só assim, a vida torna-se mais rica.

Deus abençoe

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O grande valor da comunhão espiritual

O caminho para quem não pode comungar sacramentalmente


A comunhão espiritual é um ato de desejo interior, consciencioso e sério, de receber a Sagrada Comunhão e, mais especificamente, de se unir ao Senhor. Ela pode ser feita por palavras ou por pensamentos interiores que levam a uma íntima união com Cristo. Jesus não deixará de lhe conceder Suas copiosas bênçãos.

A comunhão espiritual é o caminho para as pessoas que não podem recebê-la sacramentalmente na Missa, mas podem recebê-la espiritualmente. Na hora santa ou quando entrar numa igreja, quando estiver em casa ou no trabalho, e até mesmo nas situações de dificuldade pelas quais se passa na vida, reze: “Senhor, que de Vós jamais me aparte” (Jo 6,35), pois “Quem come deste pão viverá eternamente” (Jo 6,58).

No dia de hoje, faça com frequência a comunhão espiritual como desejo de maior união e intimidade com Deus. Ela é e pode ser até o único meio de união e intimidade com o Senhor para quem não guardou uma hora de jejum eucarístico ou para aqueles que vivem numa situação de irregularidade perante a Igreja, ou até para quem pratica outra religião.

É bom cultivar o desejo da plena união com Cristo, por exemplo, através da prática da comunhão espiritual recordada por João Paulo II e recomendada por santos mestres de vida espiritual (SC,55). Uma visita ao Santíssimo Sacramento é uma boa oportunidade para se fazer esse tipo de comunhão.

Nos Documentos da Igreja, um dos melhores meios para que os divorciados recasados possam participar ativamente da comunidade cristã é, segundo o ensinamento da Igreja, a comunhão espiritual.

A Congregação para a Doutrina da Fé, Carta aos Bispos de 1994, n.6, orienta que “os fiéis devem ser ajudados na compreensão mais profunda do valor da participação ao sacrifício de Cristo na Missa, da comunhão espiritual, da oração, da meditação da Palavra de Deus, das obras de caridade e de justiça”.

“A prática da comunhão espiritual, tão querida à tradição católica, pode e deve ser, em maior medida, promovida e explicada para ajudar os fiéis a melhor se comunicarem sacramentalmente. Isso para servir de verdadeiro conforto aos que não podem receber a comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo por diferentes razões.

Pensamos que esta prática ajudaria as pessoas sozinhas, em particular os deficientes, idosos, presos e refugiados. Conhecemos – afirmam os bispos do Sínodo – a tristeza daqueles que não podem ter acesso à comunhão sacramental devido a uma situação familiar não conforme com o mandamento do Senhor (cf. Mt 19, 3-9).

Alguns divorciados, que voltaram a se casar, aceitam com sofrimento não poder receber a comunhão sacramental e oferecem-no a Deus. Outros não compreendem esta restrição e vivem uma frustração interior. Reafirmamos que, mesmo que na irregularidade da sua situação (cf. CIC 2384), essas pessoas não estão excluídos da vida da Igreja. Pedimos a eles que participem na Santa Missa dominical e se dediquem assiduamente à escuta da Palavra do Senhor para que ela possa alimentar a sua vida de fé, de caridade e partilha” (Mensagem da XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos ao povo de Deus. Cidade do Vaticano, 21 de outubro de 2005).

A Exortação Apostólica pós-sinodal “Sacramentum caritatis”, de 22 de fevereiro de 2007, confirma: “Mesmo quando não for possível abeirar-se da comunhão sacramental, a participação na Santa Missa permanece necessária, válida, significativa e frutuosa; neste caso, é bom cultivar o desejo da plena união com Cristo através da prática da comunhão espiritual, recordada por João Paulo II (170) e recomendada por santos mestres de vida espiritual” (171) SC,55).

O valor da comunhão espiritual como caminho extrassacramentário da graça encontra apoio no fato de que a Igreja “com firme confiança crê que, mesmo aqueles que se afastaram do mandamento do Senhor e vivem agora neste estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na oração, na penitência e na caridade FC 84” (cf. G. Muraro, I divorziati risposati nella comunitá cristiana, Cinisello Balsamo, Paoline,1994 in Sc. Catt. art. cit. 564-565).

Os casais em segunda união são aconselhados a fazer a comunhão espiritual na Santa Missa, devidamente dispostos e desejosos de receber o Corpo de Cristo por uma oração sincera. Se sua fé e amor forem tão intenso e apaixonado, é possível talvez que eles obtenham maior proveito espiritual do que aqueles que, por rotina e sem piedade alguma, recebem a sagrada hóstia em nossas celebrações sem nenhuma convicção e adequada preparação espiritual.

sábado, 29 de outubro de 2011

Segurança no Matrimônio

Na união conjugal encontram-se, frente a frente, duas pessoas sem máscaras. Cada uma é amada por si mesma, pelo que é, e não pelo que tem. Nenhum deles tem que justificar-se ou defender-se, nem ganhar a estima através do seu próprio desempenho. Uma mulher contou, depois de dezesseis anos de casada: “O meu marido disse-me sempre: “Casei-me contigo porque queria sentir a tua presença como algo de normal”. Isto não parece excessivamente afetuoso, mas o que quer dizer é: sinto-me bem contigo. Posso confiar em ti. É bom saber que não tenho de lutar constantemente por ti nem tenho que causar-te boa impressão”. Com isto também quer dizer: “Sem ti não sei compreender-me a mim mesmo. Tu pertences-me e eu pertenço-te”.

Um momento decisivo na trajetória amorosa de duas pessoas dá-se quando ambos notam que se pertencem mutuamente. Esta descoberta estabelece uma profunda intimidade e, por isso, tanto ele como ela sentirão um mesmo desejo: proteger e ser protegido.

Muitos casais felizes decidiram abandonar rapidamente o desejo de se impressionarem mutuamente. Cada qual pode ser tal como é com o outro, e descansar de tantas regras e desempenho de papéis impostos pela sociedade. Assim podem recuperar forças para novas tarefas. Que importam os problemas diários no local de trabalho se há uma pessoa a quem se pode contar todas as preocupações, e cujo amor vale mais do que todas as ofensas?

Evidentemente, nem sempre é fácil criar um sentimento de segurança dentro do casal. É preciso tempo e esforço, e não basta dedicar-se ao tema de vez em quando, nalguns momentos livres. Os desejos, as esperanças e os anseios tanto como as dificuldades psicológicas e as sensibilidades dos cônjuges devem ser levados a sério. Às vezes é necessário fugir do desagradável, superar situações embaraçosas e ter em conta a susceptibilidade do outro. Sem dúvida que também faz parte do amor, escutar com verdadeiro interesse tudo o que o outro deseja contar.

Há pouco tempo, um homem infeliz no seu casamento, dizia-me: “Já não gosto das viagens de negócios como gostava dantes, pois não tenho ninguém a quem contá-las, depois”. A disposição para ouvir, receber e tomar parte na vida do outro é certamente o maior presente que se pode dar a uma pessoa. Infelizmente há muitos que nos dão ouvidos e até nos dão conselhos, sem se interessarem verdadeiramente: Não levam a sério o que o outro lhes diz e nem sequer lhes interessa o que lhe responde.

Um sintoma freqüente da confiança é partilhar um segredo. Cada casal tem o seu, algo que só os cônjuges conhecem. Pode tratar-se de coisas extremamente insignificantes, por exemplo, o suplício que foi para ela a última festa de família, ou a vertigem de que ele sofre. Cada um mostra-se ao outro tal como é, sem sentir vergonha. Quanto mais intimidade houver na vida do casal, mais probabilidade há de que se guarde o segredo. Pelo contrário, aquele que faz mau uso do segredo, mostra que já não tem amor.

O grau de confiança de um casal depende em grande medida de que ambos os cônjuges tenham a sensação de ser o mais importante para o outro.

Conversando com mulheres divorciadas ouve-se com uma freqüência surpreendente: “O meu marido nunca me deu a entender que eu fosse algo de especial para ele; eu não significava para ele mais do que as outras pessoas: não se preocupava comigo, eu era-lhe indiferente”. Se somos informados de que o nosso avião sai com algumas horas de atraso e, em conseqüência chegaremos a casa muito mais tarde, corremos para o telefone mais perto para dizer a alguém que está à nossa espera, que não se preocupe. E se não temos ninguém a quem falar, porque ninguém nos espera, sentir-nos-emos, possivelmente, muito sós

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Amor e Casamento


“O casamento é, obviamente, uma das tendências mais naturais da natureza humana. Ora, se é assim, parece difícil imaginar que, em circunstâncias normais, seja natural que o casamento fracasse. Se tantos casamentos fracassam hoje em dia, talvez seja porque as circunstâncias que cercam o matrimônio já não são normais. Ao invés de o casamento estar fracassando para o homem, não será o homem que vem fracassando em relação ao casamento? Não sera que o erro, ao invés de residir no casamento, reside no homem moderno, e mais especialmente no modo como ele encara o casamento?”

Padre Cormac Burke no livro Amor e Casamento

São muito claras essas palavras, pois elas nos lembra da responsabilidade do “fracasso” do casamento ao homem e não a instituição matrimonial. Não é o casamento ou a família que tem fracassado para o homem de hoje, mas é o homem com sua “nova” maneira de ver, com uma nova linha de pensamentos, ideologias, modas, que tem fracassado para o matrimônio.

O não fracasso do casamento é algo até óbvio, pois nossa fé Católica nos ensina que o matrimônio é algo Divino, é um sacramento, é um sinal visível da graça invisível de Deus, ou seja, antes de ser algo natural, porque faz parte da natureza humana, o matrimônio é Vontade de Deus, e o que é Vontade de Deus não pode fracassar, não pode falhar!

O matrimônio sendo um sacramento deve ser sinal do que ele representa: a aliança que homem e mulher fazem diante do altar é um sinal da Aliança de Amor que o Senhor fez com o homem no altar da Cruz.

Ora, sabendo que “nada pode nos separar do amor do Senhor”(Rm 8, 35), sabendo que o Amor de Deus pelo homem não fracassou, é claro que o matrimônio não é uma Instituição falida ou fracassada, mesmo que pesquisas digam o contrario.

Se o teu casamento esta, aparentemente, fracassado, falido, se você esta querendo desistir da tua família, existe uma solução: Deus! Ele é a origem, ele é o Doador desse Dom, volte-se para Ele.

Se você tem visto que a tua família esta um caos, clame o Espírito Santo, pois como nos diz a Palavra do Senhor: “A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.” (Gn 1, 2) Clame ao Espírito Santo pedindo a Ele que venha ordenar o que esta desordenado no seio de tua família, pois o Espírito Santo tem o poder de renovar o teu matrimônio e essa renovação da tua família começa com a sua renovação!

Abraços

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A felicidade mora no lar

A maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família

“Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, no seio de minha família” (Tomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos da América).

A maior alegria é colhida na família, a cada dia. A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.

Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.
Até quando nos deixaremos enganar querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos indivíduos reconhecidos e amados e não apenas um número, um RG, um CPF.

É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado; sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.

Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam os casamentos e, consequentemente as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isso. Quando as famílias eram bem constituídas não eram tantos os jovens envolvidos com drogas, com a violência e com a depressão.

Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, nas quais os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isso que dá felicidade ao homem e à mulher.

Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.

A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. Essa fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, totalmente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isso seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.

A felicidade tem um preço; e na família temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo!

A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isso não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua felicidade.

Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isso depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a esse sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.

Prof. Feilpe Aquino

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O espírito da aliança matrimonial


Doar-se: A aliança matrimonial é uma entrega, uma doação. Não é pedir em primeiro lugar, senão dar-se. E este é o primeiro sentido da aliança matrimonial: eu me doo como marido, como esposa e recebo como resposta a doação de meu cônjuge. Em relação com a Virgem Maria é uma entrega filial; na vida matrimonial é uma entrega esponsalícia. Essa entrega esponsalícia é uma superação radical do egoísmo.

Amar é viver centrado no TU e não no EU. Se um diz: “Eu te quero”, pode significar duas coisas distintas. Se há verdadeiro amor significa: “Eu te quero para fazer-te feliz”, do contrário significa: “Eu te quero para que me faças feliz”.

Amar com autenticidade não é renunciar à própria felicidade, mas descobrir que minha felicidade maior é viver para fazer feliz ao outro. É a felicidade de Deus: Deus é feliz porque está sempre se doando às outras pessoas da Santíssima Trindade e a nós.
E o homem está chamado a encontrar uma felicidade semelhante à de Deus, que é a felicidade de se doar e se regalar aos demais.

Amar é estar sempre para o tu, só para o tu. Pertencer-se (consagrar-se).

A aliança matrimonial nos pede uma entrega total, não uma entrega parcial. É uma entrega de todo seu ser e para sempre.
E este espírito deve animar-nos matrimonialmente: uma entrega total e permanente. Isso cria em nós uma consciência de pertencer e de consagração. Nossa vida está consagrada a alguém e desde esse momento já não pode haver solidão. Essa consciência de consagração, de que eu não me pertenço, mas que pertenço à outra pessoa, isso é o que nos pede nossa aliança matrimonial: pertenço ao cônjuge, agora e para sempre.

Não somente queremos caminhar juntos, compartilhar toda a vida, fazer-nos responsáveis um pelo outro, mas existe também um direito mútuo. O outro tem direito a meu amor, meu apoio, meu tempo, tem direito a que eu lute para alcançar sua realização pessoal, sua felicidade, sua santidade.

Essa consciência de consagração, que nos dá a aliança matrimonial, deveria ser tão forte como a que tem um sacerdote ou uma religiosa que se consagraram a Deus. E assim como o sacerdote ou a pessoa consagrada usa um distintivo externo – um hábito, uma cruz – que lembra esse caráter de pertencer a alguém, da mesma forma também os esposos têm esse distintivo.

Este é o sentido de nosso anel de casamento, nosso anel matrimonial, nossa “aliança”. Não é um adorno, senão o símbolo de uma consagração, de pertencer. A pessoa que usa a aliança dá a conhecer seu caráter de comprometido, de aliado, não só diante do cônjuge, mas também diante dos demais. Que importantes são os símbolos e que grande significado tem este anel: recorda-nos o amor, a presença, a fidelidade do cônjuge em cada circunstância.

E o que se renova volta a reviver. Daí a importância de renovar com frequência nossa aliança de amor matrimonial. Há matrimônios que fazem isso todos os meses.

Padre Nicolás Schwizer

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Matrimônio: Obra de Deus

1. Qual é a origem do matrimônio?
O matrimônio foi estabelecido por Deus. A Bíblia ensina que Deus depois de criar a Adão disse: “Não é bom que o homem estejá só. Façamos-lhe uma companheira semelhante a ele” (Gn 2,18). E acrescenta: “…por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a uma mulher, e se tornarão uma só carne”(Gn 2, 24). Assim ficou estabelecido o matrimônio no início da humanidade. Deus os abençoou dizendo-lhes: “Crescei, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 1, 28).

2. Qual é o papel da liberdade no matrimônio?
Todo homem e mulher são livres para casar-se ou não, porque Deus não obriga ninguém a contrair matrimônio, e este não se constitui sem o livre consentimento dos noivos. Porém uma vez que está estabelecida a aliança conjugal, o homem está sujeito às suas leis divinas pelas quais se rege o matrimonio e às suas propriedades essenciais.

3. Por que alguns afirmam que o matrimônio é uma invenção dos homens?
O caráter sagrado do matrimônio é reconhecido em todas as culturas, porém nos últimos tempos se difundiu uma visão do matrimônio sem referência a Deus, como se fosse uma questão de leis civis ou um assunto privado entre um homem e uma mulher. Isto é dito pelos que não conhecem nem amam a Deus, e pensam que a religião não deve ter influência em suas vidas.

4. Como estes erros exercem influência sobre o matrimônio na sociedade?
A causa deste erros é que as pessoas se afastam de Deus. Quando isto ocorre é difícil reconhecer a dignidade do matrimônio, e facilmente se cai na prática da infidelidade, o divórcio, o “amor livre” e outras uniões ilícitas ou irregulares. Também o amor matrimonial freqüentemente resulta profanado pelo egoísmo, o materialismo e a anti-concepção.

5. Esta conducta influencia na sociedade civil?
O afastamento pessoal de Deus e a ignorância da doutrina de Jesus Cristo influência na ruptura da grande quantidade de famílias e constitui uma das causas mais claras da decadência civil e moral de toda a sociedade.

Catecismo da Família e do Matrimônio
Padres Fernando Castro e Jaime Molina

domingo, 18 de setembro de 2011

Meu filho maior de idade. E agora?

Quantos conflitos, quantas agitações são vivenciadas nas fases que antecedem a maior idade?

Nas vésperas de completar quatorze anos de vida matrimonial, eu e Carla demos uma parada para refletir “a espera da maior idade”.Olhar para trás e verificar na nossa história de vida as idades que foram importantes e que lembramos até hoje nos ajuda a compreender as reações dos nossos filhos, exemplos: O primeiro beijo, a primeira ida ao cinema, à primeira viagem sem os pais, a primeira vez que sai à noite, a idade do salto e da maquiagem, alistar para o exército, a primeira mesada, o primeiro emprego, movimentação da conta bancária, a primeira eleição para presidente da república, primeira vez no carnaval à noite, tirar carteira de motorista para poder dirigir e, teoricamente, ser independente… As idades: 15, 18 e 21, qual é a mais esperada?

Mudam os anos, séculos, mas, no fundo, os anseios da criança/adolescente/jovem são os mesmos, talvez com outros nomes. Nossos filhos são repetições dos nossos anseios e atitudes. Então, qual era o critério para mudar de fase? A cada ano algo novo era liberado? Ou vieram de uma vez?

A certeza que temos é que somos conseqüência das etapas vividas, não puladas. O importante é que cada família descubra o seu critério baseado em valores morais e cristãos; não existe regra geral, apenas bom senso. É um caminho a ser construído com diálogo entre pais e filhos onde o respeito, obediência e submissão estejam claros assim como os valores a serem preservados pela família. Sempre é hora dos pais semearem “o bom conselho” nos corações dos filhos, independentemente da idade.

A era digital chegou e com ela as facilidades de acesso ao mundo moderno. Todas as pessoas têm o certo e o errado, a mentira e a verdade, o fácil e o difícil aberto diante deles através da internet e demais mídias sociais.

Estabelecer limites, administrar as esperas é mais complicado, pois tudo está à disposição. Nesta fase receber um “não ou um espere,” é difícil, mas essencial porque dá têmpera, coragem para enfrentar os desafios da vida adulta que virão. É o processo onde aquilo que pareceu negativo se torna positivo, a pessoa amadurece e cresce.

É uma fase intensa da vida e por isso parece muito longa, mas, na verdade é apenas um período onde o jovem quer resolver toda a sua vida, do financeiro ao grande amor.

Claro que ter um tempo para a cada coisa ajuda viver bem este processo.

Assim como a gestação de uma criança que leva nove meses para concluir, o mesmo acontece em cada fase da vida, algumas vezes vividas prematuramente, em algumas é necessário força para ajudar a sair, ainda outras uma intervenção cirúrgica ou, naturalmente.

O importante é perseverar aquilo que foi definido no diálogo entre pais e filhos.

Os valores defendidos pela sua família serão os alicerces para as próximas gerações!

Não desanime, existe um momento para cada coisa. Viva bem o seu momento!

Tem Jeito!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O papel da mãe na criação dos filhos

Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. É por causa da importância dessa tarefa, que nos deu o quarto Mandamento: “honrar pai e mãe”. Sem a educação dos pais os filhos se perdem; é por isso que as nossas cadeias estão cheias de jovens e a droga consome a muitos, além do mundo do crime.

Nada é tão grande neste mundo como construir um ser humano. As máquinas acabarão um dia, mas o nosso filho jamais.

É pela educação que o ser humano conquista e desenvolve as suas faculdades; e Deus quis que isto fosse feito antes de tudo pelos pais, e de modo especial pela mãe. Hoje sobretudo, onde muitas mães são obrigadas a criar sozinhas os seus filhos, porque são “órfãos de pais vivos”, essa missão se torna mais importante e árdua ainda. Neste caso o papel da mãe triplica de importância, porque ela tem que fazer o papel do pai e dela mesma.

Ghandi dizia que “a verdadeira educação consiste em pôr a descoberto o melhor de uma pessoa.” Para isto é preciso a arte de educar, a mais difícil e mais bela de todas.

Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse a seus alunos: “aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!” Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, fez o belo trabalho. Então os alunos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando”. Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça.

Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus.”

Educar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.

Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se recebe só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve dizer: “ele é analfabeto, mas é muito educado”. Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros como gente; não saber cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir.

O livro do Eclesiástico diz aos pais: “Aquele que ama o seu filho, corrige-o com freqüência, para que se alegre com isso mais tarde…” (Eclo 30,1).

A educação visa sobretudo colocar o homem no caminho do bem e da virtude, do qual ele sempre tende a se desviar. É aos pais que cabe sobretudo dar início a esta tarefa na vida dos filhos. A Igreja nos ensina que :

“Pela graça do Sacramento do matrimônio os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os seus filhos. Por isso os iniciarão desde a tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os filhos os “primeiros arautos” (LG,11). Associá-los-ão desde a primeira infância à vida da Igreja. (CIC, 2225)

A tarefa de educar, como dizia D. Bosco, “é obra do coração”, é obra do amor, por isso tem muito a ver com a mãe. Sem o carinho e a atenção da mãe a criança certamente crescerá carente de afeto e desorientada para a vida.

O povo diz que atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher, mas é preciso não esquecer que “esta mulher” mais do que a esposa, é a mãe.

É no colo da mãe que a criança precisa aprender o que é a fé, aprender a rezar e a amar a Deus e as pessoas.

É no colo da mãe que o homem de amanhã deve aprender o que é a retidão, o caráter, a honestidade, a bondade, a pureza de coração.

É no colo da mãe que a criança aprende a respeitar as pessoas, a ser gentil com os mais velhos, a ser humilde e simples e não desprezar ninguém.

É no colo da mãe que o filho aprende a caridade, a vida pura da castidade, o domínio de todas as paixões desordenadas e a rejeitar todos os vícios.

É a mãe, com seu jeito doce e suave, que vai retirando da sua plantinha que cresce a erva daninha da preguiça, da desobediência, da mal-criação, dos gestos e palavras inconvenientes. É ela que vai lhe ensinando a perdoar, a superar os momentos de raiva sem revidar, a não ter inveja dos outros que têm mais bens e dinheiro.

É a mãe que nas primeiras tarefas do lar lhe ensina o caminho redentor do trabalho e a responsabilidade.

Até o filho de Deus quis precisar de uma Mãe para cumprir a sua missão de salvar a humanidade; e Ele fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná exatamente porque ela lhe pediu. Por isso, cada mãe é um sinal de Maria, que ensina seu filho a viver de acordo com a vontade de Deus.

Neste mundo, às vezes perverso, que penetra sorrateiro em nossas casas, e insiste numa sistemática pregação de anti-valores por algumas tvs, mais do que nunca é necessário uma mãe atenta para combater tudo aquilo que prejudica a educação dos seus filhos.

Mais do que nunca ela precisa saber conquistar os seus filhos, não por aquilo que lhes dá, mas por aquilo que é para eles: amiga de todas as horas, consoladora. Saiba sempre corrigir o seu filho, mas que nunca seja com grosseria, com gritos ou com humilhações. E jamais na frente dos outros.

Se você conquistar o seu filho a ponto dele ter um sagrado orgulho de te-la como sua mãe, então, você poderá fazer dele o que desejar.