segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SERVIR A DEUS, PORÉM COM HUMILDADE!!

A Paz de Cristo, meus irmãos amados!
” Ainda que vosso servo atente aos preceitos do Senhor, guardando-os com todo o cuidado, quem pode, entretanto, ver as próprias faltas ?
Purificai-me das que me são ocultas.
Preservai, também, vosso servo do orgulho; não domine ele sobre mim, então serei íntegro e limpo de falta grave!” ( Sl 18, 12-14)



Para quem crê e se empenha em guardar os preceitos do Senhor com todo o cuidado, em praticar o Evangelho no dia-a-dia, em ser fiel à Doutrina da Igreja, em anunciar Jesus Ressuscitado e denunciar o pecado, vejo que é necessário ter sempre diante dos olhos este trecho do salmo 18.

Nós que queremos e buscamos ser verdadeiros cristãos, não podemos nunca esquecer que somos portadores de uma natureza que traz uma tendência ao erro, ao orgulho, à vaidade, à rebeldia, ao egocentrismo, etc. Nós que somos engajados numa pastoral, num movimento, num grupo de oração, num ministério, precisamos nos lembrar disso de modo diário.

Percebi Deus falando comigo através do meu estudo bíblico, do meu diário espiritual, da minha leitura orante da Palavra de Deus, que eu preciso prestar mais atenção neste ponto, começando na minha vida de oração.



A oração que nasce de um coração realmente contrito e humilde, fecunda nossa alma, nossa mente, nossas palavras, nosso comportamento, com a Graça de Deus. Esta oração é comandada pelo Espírito Santo, e gera frutos de santidade em nosso ser! Este tipo de oração precisa fluir em nós durante toda a nossa vida, pois esta oração se torna um escudo para nós, inclusive nas batalhas espirituais!

”Deus dá a graça ao humilde, mas resiste ao soberbo!” Não há reavivamento espiritual sem humildade e contrição dos pecados!

Este trecho do salmo 18 nos ensina a orar desta forma, posso até tomar estes 3 versículos todos os dias em minha oração pessoal e orar com eles!

Eu, Ulisses, reconheço: o orgulho é uma terrível e forte tendência em minha natureza, em meu temperamento. Porém, Deus me chama a atenção, através da Palavra, para o fato de que reconhecer é indispensável, mas é insuficiente… Preciso vigiar e orar diariamente sobre isto. Preciso na prática colocar Deus no lugar que é só dEle dentro de mim, e na minha vida. Não posso permitir que minha vontade, meu ego, meu jeito de ser, pensar e querer, fique no centro da minha vida, ocupando o lugar de Jesus, da Vontade de Deus, do jeito do Espírito Santo agir e me conduzir no meio das tarefas e imprevistos cotidianos.



Por fim, não é meu esforço em vigiar e orar que me fará triunfar sobre o orgulho e outras imperfeições, mas é a Graça de Deus, e o Amor que Deus tem por mim. Só Ele pode me converter, me santificar, me curar, me libertar!

Muitas vezes, como o passar do tempo no serviço de Deus, acumulamos um conhecimento das coisas de Deus, até da Palavra de Deus, da Doutrina da Igreja, acumulamos experiência no trato com os problemas do ser humano, que sem perceber vamos nos ensoberbecendo, e começamos a pensar e a agir como juízes!

Sobre as pessoas de fora da nossa Igreja, começamos a conversar sobre elas olhando-as por cima, falamos que seguem outras doutrinas, não apenas como se fossem erros ou diferenças doutrinárias, mas como se fossem pobres coitados, seres inferiores, pessoas desprezíveis, uma classe de pessoas abaixo da nossa classe. Como diz a própria Palavra: o conhecimento incha, a caridade edifica! (Lógico que, o conhecimento em si não é mau.).



Há poucos dias via alguns irmãos que são gente muito boa, mas que ao discutir sobre o estilo de outras pessoas e movimentos da NOSSA PRÓPRIA IGREJA, discriminavam sem perceber! Diziam que estes não tinham estilo católico de verdade, que aqueles não cantavam ou não rezavam do jeito realmente católico! Porque o estilo católico de verdade é assim, assim, assim…

Ô Jesus, como caímos fácil em tentação! Nos arvoramos em juízes, queremos estabelecer regras e limites para a ação do Espírito Santo, sem perceber que a Igreja, mesmo com tanta riqueza de conhecimento, sabedoria, e doutrina, jamais faz isso!

Nós caímos sem perceber na tentação do jardim do Éden: Ser como Deus, conhecedores do bem e do mal! Nós colocamos nosso entendimento, nosso estilo, nossa experiência, como se fosse A GRANDE REFERÊNCIA para a Verdade! Mas, a grande referência é uma só: Jesus Cristo! O Verbo de Deus! A Palavra de Deus!

É nEle que fundamenta-se a grande graça de UNIDADE NA DIVERSIDADE vivida pela Igreja! É nEle que existe a unidade de estilos diferentes de movimentos, estilos de espiritualidades diferentes, estilos de cantar diferentes, estilos de anunciar o Evangelho diferentes! Ninguém é obrigado a se identificar com um estilo X ou Y, com o trabalho da pastoral X ou Y, com o estilo de oração X ou Y, mas isto não significa que estou autorizado por Deus a discriminar, a criticar, aquilo é fruto da ação de Deus, que é reconhecido e acolhido pela Igreja. Preciso ter atitude fraterna, no mínimo!



A grande tentação que, como minhas limitações de entendimento, percebo, é que com o passar dos anos queremos, inconscientemente, a UNIFORMIDADE, e não a UNIDADE NA DIVERSIDADE! Triste e pobre seria um cristianimo de uniformidade, onde todos fossem iguaizinhos no jeito de rezar, de cantar, de trabalhar nas paróquias, nos movimentos, nas pastorais, nos grupos de oração! Seria de uma artificialidade, de um farisaísmo, de uma pobreza, que graças a Deus nem existe, nem é possível de existir!

Basta ver como as culturas são diferentes! A maneira das pessoas da nossa Igreja de orar, de cantar, de servir, em cada país é diferente! Coloque um cristão africano orando ao lado de um cristão asiático, por sua vez ao lado de um cristão europeu, também ao lado de um cristão americano, etc, e veja a diferença! Seguem a mesma Palavra de Deus, a mesma Doutrina, no nosso caso, católica, o mesmo Papa, porém, observe como os estilos são gritantemente diferentes! É bênção isso! É unidade na diversidade de estilos!

Ok. Então, Jesus, te peço que comeces em mim. Só dá certo se começar em mim:

” Meu Senhor amado, que antes de me ocupar, de querer interferir, com os ciscos que estão nos olhos dos meus irmãos, do meu próximo, me capacite, me ajude, me faça perceber as traves que estão nos meus próprios olhos, para que eu colabore com Tua Graça, e não deixe o orgulho, a vaidade, o egocentrimo, a auto-suficiência tomar conta de mim! Meu Jesus, dá-me a Tua mente, os Teus pensamentos, os Teus sentimentos, as Tuas atitudes! Só Tu és o Juiz, eu não! Só Tu podes julgar, eu não! Eu não sou, nem nunca serei maior que a Tua Igreja! O que ela acolhe, eu quero acolher! O que ela aprova, eu aprovo! O que é “filho” dela, é Teu filho, é meu irmão, e eu devo amar e apoiar, mesmo que entre nós haja diferenças de estilo! Eu creio que Tua Igreja é conduzida verdadeiramente pelo Teu Espirito! Tudo isto te peço, para que Teu Nome seja Glorificado, e não nós! Amém!”

Deus nos abençoe, em Nome de Jesus Cristo, nosso Senh

Nenhum comentário:

Postar um comentário