sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A graça de cooperarmos com Deus

‘Ano da Fé’ é tempo de estreitarmos os nossos laços de amizade com Jesus: «Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando» (Jo 13,14). E, como sabemos, o que difere o amigo de um simples servo executor de tarefa será sempre o conhecimento de causa.

Mas como, então, chegar a este nível de relacionamento, no qual a obediência passa a ser expressão de amor cheio de fé? O Evangelho de Mt 4,18-22 aponta-nos uma via segura, trilhada pelos primeiros escolhidos da Nova e Eterna Aliança.

No contexto da perícope citada, Jesus já havia iniciado o Seu ministério na Galileia, anunciando a proximidade do Reino dos Céus (cf. Mt 4,17), quando lança um olhar de eleição e conhecimento sobre a realidade de quem Ele queria compartilhando o Seu destino de vida e missão: «Jesus viu os dois irmãos: Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,18-19). Assim, o evangelista apresenta-nos diversos passos que podem ser traduzidos pelos verbos: ver, seguir e fazer.

Diferentemente dos mestres judeus que eram procurados pela cultura e santidade que apresentavam, o Sábio e Santo Jesus é quem toma a iniciativa de procurar as ovelhas para transformá-las em pastores e apóstolos, n’Ele o Pastor Eterno e Apóstolo do Pai.

Jesus, em tudo, comunicou o movimento da Trindade-Amor em relação à humanidade: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o Seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10). Por isso Ele, sem merecermos, nos dirige a Sua Palavra chamando, porque ama e, amando, porque chama: «Segui-me».

Estas palavras dirigidas aos primeiros continuam a penetrar a história da humanidade e os corações que se deixam conquistar por tão grande proximidade: «Tu me seduziste Senhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste» (Jr 20,7). Amor rico em promessas: «… eu farei de vós». Assim, no pessoal – «eu»- , Ele aceita bondosamente capacitar aqueles que são olhados e chamados.

Mas com que finalidade? Resposta: para participarmos do cumprimento das promessas de Deus novas e antigas: «Mas agora mando numerosos pescadores – oráculo do Senhor – para pescá-los. Meus olhos acompanham todo o seu caminhar» (Jr 16,16-17). Nas palavras neotestamentárias: «pescadores de homens».

Grande graça é podermos, como povo batizado, participarmos do comum dom e dever do apostolado, o qual tem uma origem divina como é próprio do mistério da Igreja Apostólica, assim ensina o Magistério oficial: «Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, por meio dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é “enviada” a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. “A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado”. E chamamos “apostolado” a “toda a atividade do Corpo Místico” tendente a “alargar o reino de Cristo à terra inteira”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863).

Por isso, os esforços para uma Nova Evangelização e Missões “ad Gentes” (aos povos distantes), não poderão cessar para a Igreja de Cristo. Contemos com o auxílio de todos os santos e santas que seguem como modelos autênticos de resposta correta e coerente às escolhas de Deus e nossos familiares (cf. CIC, nº 959). Eles (santos) seguem triunfantes no estado da Igreja Celeste como eficazes intercessores para uma milagrosa pescaria, a cada dia primada na qualidade.

Os homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar em nosso olhar, em nossas palavras e ações o reflexo d’Aquele Divino Pescador que, um dia, também nos chamou e nunca cessa de recordar-nos tão grande e imerecido dom do Espírito Santo.

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Explicando A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças

Hoje a Igreja celebra uma Aparição de Nossa Senhora em Paris: Nossa Senhora das Graças. A Virgem Maria disse a Santa Catarina: “Este globo que vês representam o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são os símbolos das Graças que derramo sobre as pessoas que me pedem”.



Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, o globo desaparece de suas mãos. Forma-se então um quadro de forma oval em que havia em letras de ouro as seguintes palavras:

Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”

Então Nossa Senhora revelou: “Faze cunhar uma medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem ao pescoço receberão grandes graças. As graças serão abundantes para os que a trouxerem com inteira confiança”.

“A medalha milagrosa é a compilação gráfica das grandezas de Maria e de sua história no plano de Salvação de Deus.”

M:
A letra M que sustém uma Cruz sobre uma barra horizontal entrelaçada nos braços do M. Eme de Maria, Mãe de Deus, altar da encarnação divina e participante das dores de Jesus na cruz; Mãe de todos nós.

A Cruz sobre a barra:
Altar da redenção, sinal da Salvação.

Dois corações:
O de Jesus, coroado de espinhos; O de Maria atravessado por uma espada, pela sua participação ativa e eminente na obra da Redenção, junto de seu Filho.

Doze estrelas:
Recordam o texto do Apocalipse:(cf. Ap 12,1) … e na sua cabeça uma coroa de doze estrelas Y, simbolizam as doze tribos de Israel, os doze apóstolos, os doze pilares da Fé.

Uma mulher Vestida de Luz:
Resplandecente, envolvida por luz e graças, significa a glória total.

A inscrição:
Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Mãos abertas:
Derramados rios de Graças pelo mundo, maternidade solicitada e operante.

Raios:
É específico da Virgem Milagrosa “Os raios que vês são símbolo das Graças que derramo sobre quem, mas pede”. É a expressão da sua mediação eficaz, intercede e distribui.

Globo branco sobre os pés que pisam a serpente:
Maria e o pecado são opostos. Vitória de Maria sobre o pecado e sobre o auto do pecado.

Ó Maria Concebida sem pecado rogai por nós que recorremos a vós!

Fonte: Blog Padre Luizinho

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Que fraquezas e pecados estão predominando em minha vida?

“Mantém o teu coração firme e sê constante, inclina teu ouvido e acolhe as palavras inteligentes, e não te afobes no tempo da contrariedade.” (Eclo 2,2)


Você saberia dizer agora mesmo qual é o pecado que tem predominado em sua vida?

Voce saberia dizer também que defeito tem predominado em você?

Tenho aprendido nestes últimos tempos que é muito importante que eu e que você tenhamos as respostas para estas perguntas acima. Ter estas respostas podem nos ajudar e muito em nosso caminho pessoal de conversão para Deus; e ainda pode nos ajudar a livrar os nossos pés de caminhos que querem nos tirar de Deus!

Existem pecados em nossas vidas que predominam, que insistem em voltar, e que ainda que confessemos os mesmos; acabamos caindo uma hora ou outra….
Nesta experiencia de não conseguir vencer determinado pecado, você precisa aprender algumas lições muito importantes:

- A primeira e importante lição é que você mesmo, por suas forças não conseguirá vencer nenhum pecado, nenhuma limitação… Você precisará lembrar-se constantemente que vencer um pecado ou uma situação de pecado é sempre uma ação da graça de Deus em você. Isso parece ser muito simples de ser entendido. Mas a verdade é que quando você compreende isso, também compreende que se você abandonar a sua vida de oração você cairá novamente. Se existe então uma situação de pecado em sua vida que você ainda não conseguiu superar, isso também significa que você não pode deixar de estar em Deus por meio da Oração! Não abandone a sua vida de oração por causa de pecados cometidos, isso é uma grande tentação! Isso é uma estratégia do demônio para fazer com que você se perca para sempre! Quedas e fraquezas e a nossa vida de oração precisam caminhar juntas!
É somente você pensar bem: Se eu caio constantemente em um determinado pecado, e para vence – lô preciso de Deus; como então posso abandonar a oração se ela é o meio mais eficaz de Deus agir em mim? Acredito que a primeira e mais importante lição é essa….

- A segunda lição que aprendo quando consigo determinar que pecados e que defeitos tem predominado em mim, é que também consigo identificar outras limitações que surgem na minha vida por consequência destes pecados e limitações. Por exemplo, se seu pecado é o pecado do adultério, por consequência dele você se afastará de Deus por não se achar digno de estar com Ele, você estará mais irritado com as pessoas e com as situações que circundam você, você estará indiferente a sua esposa(o) em casa, você sentirá um medo interior e coisas do tipo….
Um outro exemplo é se identifico que há em mim um grande sentimento de rejeição: Quando sinto isso acho que as pessoas estão querendo me deixar de lado ou estão me menosprezando, e isso faz com que eu queira me sobressair em algumas coisas que me estão a minha volta. Por isso começo a ser mais orgulhoso, a soberba começa a se despontar nas minhas reações, isso tudo porque tenho um sentimento de rejeição dentro de mim e não consigo supera – lo.
Então precisamos ficar atentos pois pecados e limitações que insistem em voltar, sempre nos arrastam para outros pecados e limitações…

-A terceira lição importante que aprendo quando descubro pecados e limitações que predominam em minha vida, é que posso então buscar a virtude oposta à eles para poder vence – los.
Isso é muito importante quando detectamos de maneira concreta que existe situações que não conseguimos vencer em nós.
Me lembro que anos atrás eu fiz esta experiência. Eu não conseguia ouvir o que a pessoa estava me falando até o final, e eu começava a falar, dar minha opinião e tudo o mais…Detectei que havia esta limitação em mim, e era uma limitação mesmo, então como vence – lá? Comecei a praticar ouvir mais e somente falar quando a pessoa terminava tudo o que estava falando…E coloquei um papel no monitor do computador onde eu trabalhava escrito: “PRECISO SABER OUVIR”…E todas as vezes que alguém me procurava para apresentar ou falar de um problema, eu me lebrava do papel e fazia o exercicio de ouvir mais….
E assim fiz e ainda faço com muitas coisas em relação ao meu dia a dia, em relação as coisas que vou descobrindo em mim.
Esta lição é importante porque quando não conseguimos arrancar pela raiz um pecado ou uma limitação em nós, fazemos o exercício de vencer o mal através de uma virtude que lhe seja oposta! Com isso não nos concentramos no mal em si, mas na virtude que precisamos praticar para vencer tal mal!
Por isso, hoje eu aconselho você a fazer esta mesma experiencia!

Deus abençoe voce!

Fonte: Blog Livres de todo mal

Você sabe como a Bíblia foi escrita?



Como foram escritos os primeiros livros da Bíblia?


Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 a.C.). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel. Até o século XVIII d.C., admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas, nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra.

A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte: O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII a.C.. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel. A partir de Salomão (972 – 932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 a.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:

1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo; mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972 – 932).

2. O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C., no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista. Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios, o código E foi levado para o reino de Judá, onde ouve a fusão com o código J, dando origem a um código JE.

3. O código (D) Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640 – 609 a.C.), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V a.C., quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.

4. O código Sacerdotal (P) – provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587 – 537a.C.) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do exílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança. Tudo indica que no século V a.C., um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje. Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 73 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo.

Foi num longo processo de discernimento que a Igreja, desde o tempo dos Apóstolos, foi “berçando” a Bíblia, e descobrindo os livros inspirados. Se você acredita no dogma da infalibilidade de Igreja, então pode acreditar na Bíblia como a Palavra de Deus. Mas se você não acredita, então a Bíblia perde a sua inerrância, isto é, ausência de erro.

Demorou alguns séculos para que a Igreja chegasse à forma final da Bíblia. Em vários Concílios, alguns regionais outros universais, a Igreja estudou o cânon da Bíblia; isto é, o seu índice.

Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (DV 8; CIC,120).

Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).

Prof. Felipe de Aquino

domingo, 25 de novembro de 2012

Jesus tem o direito de reinar em minha vida

Dizer “Cristo Rei” é quase uma redundância, pois Cristo, que significa “messias”, já supõe o significado de ser ungido rei. A repetição, porém, enfatiza e endossa o desejo de realçar o atributo do poderio absoluto, que mais caracteriza sua pessoa divina, expresso também pelo título de “Senhor”, outrossim, releva o múnus régio de Jesus.

A Liturgia de hoje nos ajuda a conhecer a natureza da realeza de Jesus, cujo reinado não é deste mundo (Jo 18,36) e que, por isso, não faz concorrência aos reinos terrestres. Aliás, durante seu ministério público, Jesus foge quando querem fazê-lo rei (Jo 6,15), evitando dar à sua missão messiânica um cunho político e terreno.

No entanto, Jesus é Rei. Ele mesmo o afirma diante de Pilatos em circunstâncias, humanamente falando, pouco régias (Jo 18,37). Cabe a Paulo comentar alguns dos aspectos desta realeza: Jesus é o único mediador da salvação de toda a criação; n’Ele todas as coisas encontram seu acabamento e consistência; por Ele todos os homens têm acesso a Deus Pai, participando da única família do Pai; é Ele o Primogênito de toda a criação, a imagem do Deus invisível, cujo desígnio criador e salvador depende d’Ele; é Ele o Redentor que reconcilia com Seu sacrifício os homens e, vencendo a morte, é elevado à direita de Deus, constituindo-se também primogênito dentre os mortos; finalmente, Ele é também a Cabeça do corpo, que é a Igreja, a qual conquistou com Seu sangue como propriedade ou povo que lhe pertence para realizar a sua vontade (Cl 1,15-20; Ef 1,20-23).

Em um mundo que se descristianiza e se seculariza, como expressar ainda o direito que Jesus tem de reinar? Como manifestar tal direito quando há batizados que se empenham e se responsabilizam pela história, sem nenhuma referência a Jesus e a Seu Evangelho? A resposta que é dada, pelo conjunto da Pastoral exercida pela Igreja, é o próprio sentido da solenidade de hoje. Os autênticos cristãos confessam ser Jesus o Senhor, por consequência, querem que Ele tenha Seu espaço de influência na história que ajudam a construir.

Vivendo o sacerdócio régio, comum a todos os batizados, os fiéis cristianizam o mundo, iluminando a consciência dos homens, libertando-a da escravidão do pecado, tornando-os aptos a descobrirem a beleza de Cristo. As sociedades, com suas estruturas, quando são fermentadas por genuínos cristãos, descobrem espaços contínuos para o estabelecimento do humanismo integral. Onde Cristo chega pela vivência dos fiéis, descortina-se um véu de esperança para o drama humano do sofrimento e da finitude.

Por todas as razões acima expostas, a Solenidade de Cristo Rei privilegia o protagonismo do laicato católico. Por isso, em muitos lugares, hoje é o “Dia do Leigo” ou se administra o Sacramento da Crisma para que, na força do Espírito, os confirmados em Cristo – jovens e adultos – proclamem seu reinado na Igreja, na família e na sociedade, pela palavra, pelo serviço e pelo testemunho.

Pilatos, já informado da situação, pergunta diretamente a Jesus: “Tu és o rei dos judeus?”. Jesus responde com outra pergunta, indaga ao interrogador qual é a origem dessa acusação que, neste ponto, se converte em aclamação. Pilatos não está interessado em estabelecer nenhum tipo de vínculo com Jesus, contudo, segundo a forma como o evangelista João conduz o fio do relato, a realeza de Cristo acaba sendo proclamada não por seus patrícios, mas pelos pagãos.

Indiretamente, Jesus responde de modo afirmativo à primeira pergunta de Pilatos, mas presta um esclarecimento que, certamente, nem Pilatos nem seus acusadores podem entender: “Meu reinado – ou também minha realeza – não é deste mundo”, mas deve ser entendida “não ao modo ou à maneira deste mundo”.

E a explicação continua: “Se minha realeza fosse ao estilo desta realidade, teria sido defendido por meu exército e não teria caído nas mãos dos judeus”.

Mas Pilatos quer uma resposta mais clara, um ‘sim’ ou um ‘não’. E mais uma vez interroga: “Então, tu és rei?”. De novo, São João põe nos lábios de um pagão a expressão que confirma a realeza de Jesus. Pilatos o disse e assim é. Mas, em seguida, Jesus corrige a característica dessa realeza: “Para isso vim, não para dominar nem para infundir terror, mas para servir a verdade”.

Assim, pois, o evangelista deixa claro em que consiste a dimensão messiânica e real de Jesus. Não se trata de um rei ao estilo dos reinos temporais, mas ao estilo do que já se havia entrevisto no Antigo Testamento: a entrega, o serviço ao projeto do Pai, que é, antes de tudo, a justiça. Isso é a verdade para João, o projeto do Pai encarnado em Jesus.

Infelizmente, com o correr do tempo, usou-se de subterfúgios com o conteúdo desse interrogatório, especialmente a resposta de Jesus sobre a origem de sua realeza. Algumas correntes cristológicas – que subsistem até hoje – defendem uma dimensão “espiritual” do reino de Jesus. Conforme isso, “meu reino não é deste mundo” desconecta Jesus e seu Evangelho de todo compromisso e de todo o contato com a ordem temporal, dessa realidade concreta em que vivemos, e o transfere para um mundo “espiritual”.

“Mundo”, para João, é uma forma sintética de referir-se a tudo o que contradiz o projeto divino, e que pode equiparar-se ao que ele deseja descrever também com a expressão “trevas” em oposição à “luz”. Assim, pode-se entender “meu reino não é deste mundo”, como “não é desses reinos que se opõem ao querer de Deus” e, nesse sentido, Jesus realizou toda a sua ação, não contradisse em nada a vontade do Pai.

Como me posiciono a respeito das ideologias e tendências que pretendem manipular a figura de Jesus, como se Ele fosse um chefe monárquico? Em meu trabalho apostólico, reforço essa ideologia ou a descarto? Com base em quais passagens da Escritura sustento minha posição?

Senhor Jesus, aceita-me como membro do Reino que vieste implantar na história humana, deixando que Deus seja o Senhor da minha vida.

Padre Bantu Mendonça

Como é o Céu?


O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele (§1024-1028)

Ninguém será capaz de descrever plenamente como é o Céu, pois é algo inefável, que não há palavras para explicar. São Paulo disse que aos coríntios que: “o que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. (1Cor 2,9).

Diz o nosso Catecismo que: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem “tal como ele é” (1Jo 3,2), face a face: (1Cor 13, 12; Ap 22, 4)”. (§1023)

Jesus Cristo deixou claro: “o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36), e falou muito do Céu: “De que vale o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a vida eterna” (Mc 18,36); “ajuntai tesouros no Céu onde a traça e o ladrão não entram…” (Mt 6,20); “os justos resplandecem no Céu” ( Mt 13, 43). Ao moço rico Jesus disse: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, e dá aos pobres, terás um tesouro no Céu” (Mt 18,21).

O Papa Bento XII (1334-1342), na encíclica “Benedictus Deus” confirmou o Céu como dogma de fé e que lá já estão os santos: “Com a nossa autoridade apostólica definimos que, segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo (…) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar, quando morreram, (…) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois da sua morte, tiverem acabado de fazê-lo, (…) antes mesmo da ressurreição nos seus corpos e de juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao Céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste com Cristo, admitidos na sociedade dos santo anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a face sem a mediação de nenhuma criatura” (LG 49).

O Papa Paulo VI, em 1967, e sua Profissão de Fé, “O Credo do Povo de Deus”, ratificou a realidade do Céu e a intercessão dos santos por nós: “Cremos que a multidão daqueles que estão reunidos em torno de Jesus e de Maria no Paraíso forma a Igreja do Céu, onde na beatitude eterna vêem a Deus como Ele é, e onde estão também, em graus diversos, associados com os Santos Anjos ao governo divino exercido pelo Cristo na glória, intercedendo por nós e ajudando nossa fraqueza por sua solicitude fraterna” (n. 29).


A grande força da Igreja nesses vinte séculos, que a fez vencer todas as formas de perseguição e tribulação, foi a certeza do Céu; a Igreja Católica sabe que a eternidade lhe pertence; por isso não se desespera nunca com as mazelas deste mundo. Santa Maria Egípcia, após a sua maravilhosa conversão, viveu no deserto, por mais de cinquenta anos, na mais dura penitência. Próximo da sua morte, São Zózimo lhe perguntou como ela pudera suportar, naquele lugar de horrores, uma vida tão austera. E a resposta foi essa: “Meu padre, com a esperança do Céu”. É essa “esperança do Céu” que precisa ser re-semeada sobre a terra. Para muitos o Céu já nem existe mais… Que tristeza!

Mas como é o Céu? O Catecismo nos ensina muitas coisas: “Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, os Anjos e todos os Bem aventurados, é denominada “o Céu”. O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva. Viver no Céu é “viver com Cristo” (Jo 14, 3; Fl 1,23; 1Ts 4, 17). Os eleitos vivem “nele”, mas lá conservam – ou melhor, lá encontram - sua verdadeira identidade, seu nome próprio (Ap 2, 17). Por sua morte e Ressurreição Jesus Cristo nos “abriu” o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua glorificação celeste os que creram nele e ficaram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele.” (§1024-1028)

A Igreja ensina que na glória do Céu os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus em relação aos outros homens e à criação inteira. Já reinam com Cristo; “com Ele reinarão pelos séculos dos séculos.” (Ap 22,5; Mt 25, 21. 23)

Na Oração Sacerdotal Jesus disse: “Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a Ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste.” (Jo 17, 3). Esta é uma excelente referência de como será o Céu: um conhecimento contínuo de Deus; e, como Deus é infinito, este conhecimento também o será, por toda a eternidade. No Céu não haverá fastio, não nos cansaremos de contemplar a cada instante a Face de Deus que sempre nos será nova. E o louvor, então, naturalmente, será incessante diante das maravilhas de Deus.

Alguns perguntam se no Céu veremos os nossos entes queridos; São Tomás de Aquino, responde: “A contemplação da Essência divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus. Assim era em relação a Nosso Senhor aqui na terra” (Suma Teológica 30,84). Disse Santo Agostinho, na “Cidade de Deus”, diz que os bem-aventurados “formarão uma cidade, onde terão todos uma só alma e um só coração, de tal sorte que, na perfeição dessa unidade, os pensamentos de cada um não serão ocultos aos outros”.

Jesus ensina que no Céu não haverá mais casamento, e que seremos como Anjos; isto é, a realidade da vida conjugal, sexual, etc. já não haverá, é uma realidade da terra. No Céu nossa alma desposará o próprio Senhor. São Francisco Xavier, lá das Indias, escrevia a Santo Inácio de Loyola, seu pai espiritual: “Dizeis, no excesso de vossa amizade por mim, que desejareis ardentemente ver-me ainda uma vez antes de morrer. De fato, não nos tornaremos a ver na terra senão por meio de cartas. Mas no Céu, ah! Se-lo-á face a face! E então como nos abraçaremos! “ (Cartas de São Francisco Xavier, 93, nº 3).

Prof. Felipe Aquino

sábado, 24 de novembro de 2012

Como superar as crises?

Tenho uma pergunta pra você. Como você lida com as suas dificuldades, com as crises que acontecem nas mais diversas áreas da sua vida? Tenho certeza que você pensaria um pouco e responderia nem saberia por onde conversar! Pois é, e quando se fala de relacionamento com o outro? Ai parece que as coisas são mas delicadas que se imagina.

É difícil mesmo poder ter em palavras tudo aquilo que estamos vivendo, temos visões e entendimentos diferentes, queremos ser entendidos e aceitos da forma que queremos e por isso nada e nenhum esforço de alguém será capaz de compreender e entender aquilo que na verdade nem eu e nem você entende.

As crises elas acontecem mais cedo ou mais tarde elas aparecem, faz parte do processo de maturidade e descoberta da nossas vida, o que não faz parte deste processo, deste tempo é fugir, sufocar, menosprezar ou até mesmo maquiar a situação. Por que mais cedo ou mais tarde ela vem como um avalanche na vida e arrasta tudo que aparentemente se é construído. Vivemos tensões sim mais o que fazemos com elas? Como elas podem nos ajudar a crescer e até mesmo a sermos felizes? Como posso crescer e viver bem com as diferenças de pensamentos de outra pessoa?

#TamosJuntos

Fonte: http://blog.cancaonova.com/radiodf/2012/11/24/como-superar-as-crises/

Por que a Bíblia católica é diferente da protestante?


Qual a diferença da Bíblia Católica e a protestante?

A bíblia protestante tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. A razão disso vem de longe.

No ano 100 da era cristã os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definirem a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começava a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os Judeus não aceitaram.

Nesse Sínodo os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte:

(1) deveria ter sido escrito na Terra Santa;



(2) escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;



(3) escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);



(4) sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.

Esses critérios eram nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados antes.

Acontece que em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma forte colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. Os judeus de Alexandria, através de 70 sábios judeus, traduziram os livros sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu assim a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta. E essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram.

Havia então no início do Cristianismo duas Bíblias judaicas: uma da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento usaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico.

O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passou para o uso dos cristãos.

Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos. Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15.

Nos séculos II a IV houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Finalmente a Igreja, ficou com a Bíblia completa da Versão dos Setenta, incluindo os sete livros.

Por outro lado, é importante saber também que muitos outros livros que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute.

Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (Patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.

Ora, será que o Papa S. Clemente se enganou, e com ele a Igreja? É claro que não. Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e do 2 Macabeus; Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.

Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo.

Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha.

No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel.

Sabemos que é o Espírito Santo quem guia a Igreja e fez com que na hesitação dos séculos II a IV a Igreja optasse pela Bíblia completa, a versão dos Setenta de Alexandria, o que vale até hoje para nós católicos.

Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.

Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes. Assim o Deus que outrora falou, mantém um permanente diálogo com a Esposa de seu dileto Filho, e o Espírito Santo, pelo qual a voz viva do Evangelho ressoa na Igreja e através da Igreja no mundo, leva os fiéis à verdade toda e faz habitar neles copiosamente a Palavra de Cristo” (DV,8).

Por fim, é preciso compreender que a Bíblia não define, ela mesma, o seu catálogo; isto é, não há um livro da Bíblia que diga qual é o Índice dela. Assim, este só pôde ter sido feito pela Tradição Apostólica oral que de geração em geração chegou até nós.

Se negarmos o valor indispensável da Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia.

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

10 Dicas de como conquista a Serenidade

OS 10 MANDAMENTOS DA SERENIDADE


1. Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver os problemas da minha vida todos de uma vez.

2. Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros:

-delicado nas minhas maneiras

-não criticar ninguém

-não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim.

3. Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.

4. Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos.

5. Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma.

6. Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

7. Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba.

8. Só por hoje farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão.

9. Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo se existisse só eu no mundo – ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

10. Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.

Papa João XXIII


Fonte: http://blog.cancaonova.com/mulher/10-dicas-de-como-conquista-a-serenidade/

Quem são os irmãos e irmãs de Jesus?

“Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12, 50).

Jesus Cristo estava falando às multidões e sua Mãe, Maria Santíssima, e seus irmãos estavam do lado de fora querendo falar com Ele. Alguém avisa Jesus que sua Mãe e seus irmãos estavam querendo falar com Ele. Ouvindo isso, Jesus aponta para os discípulos, que O ouviam, e diz: “Eis minha mãe e meus irmãos” (Mt 12, 49). Ao dizer isso, Jesus não estava desprezando seus primos, que na cultura judaica eram chamados de irmãos, muito menos a Virgem Maria. Mas, dizendo que os seus discípulos são sua mãe e seus irmãos, Cristo chama a atenção para uma realidade que eles ainda não podiam compreender.

Jesus queria ensinar a aquelas pessoas que entre Ele e os discípulos, que fazem a vontade do Pai, há um vínculo muito mais forte que os laços de sangue. Com isso, Cristo quis demonstrar que aqueles que fazem a vontade de Seu Pai, estabelecem laços espirituais com Ele. Quando fazemos a vontade do Pai, entramos para a grande família espiritual do Senhor. Nos unimos a Deus com laços mais fortes que os de sangue. Por isso, Nossa Senhora alcança uma graça ímpar na Igreja: ela é Mãe de Jesus segundo a carne, mas também se uniu espiritualmente a Jesus Cristo e à vontade salvífica do Pai.

Tal união com a vontade do Pai fez da Virgem Maria a maior cooperadora no projeto salvífico de Deus. Isso confere a ela uma dignidade e uma grandeza que ficou escondida por sua humildade. Ainda que ela tenha se feito pequena, não devemos desprezá-la dizendo que nem mesmo Jesus valorizou sua Mãe. O próprio Cristo, em perfeita comunhão com Sua Santíssima Mãe, não quis exaltar sua Mãe, porque sabia que esta não era a vontade dela. Mas, Ele muito bem sabia da sua grandeza e dignidade em relação a nós.

A Virgem Maria é aquela que nos aponta o seu Filho Jesus Cristo, por isso, ela não quer aparecer. Porém, nós precisamos agradecer a Deus, porque somos parte da geração que chama Nossa Senhora de bendita por causa das maravilhas que o Senhor fez nela (cf. Lc 12, 48). Depois de Cristo, Maria foi quem mais cooperou com o desígnio de salvação do Pai. Unida plenamente à obra do Filho, Maria continua a gerar Jesus no coração dos homens, para que estes cheguem à salvação.

Assim, a consagração total da Virgem Maria à vontade do Pai é também para nós um caminho de salvação. Somos chamados a nos consagrar a Jesus Cristo, único mediador entre Deus e os homens, pelas mãos da sua Mãe, Maria Santíssima. Pois, foi ela quem gerou o Filho e é também ele que deve gerar a cada um de nós, se queremos ser irmãos e irmãs de Jesus. Deixemo-nos gerar pela Virgem Maria, para que Jesus possa dizer de nós: “ esse é meu irmão, minha irmã” (Lc 12, 50b).

O gosto da profecia cristã

A Igreja nos convida a ouvirmos, meditarmos e daí tirarmos consequências práticas do acontecimento bíblico, agora narrado por São Lucas: Lc 19, 45-48.

Segundo este evangelista, a profética expulsão do Templo ocorreu no mesmo dia em que Jesus entra triunfantemente em Jerusalém, como meta de Sua viagem pascal (cf. Lc 19, 28-39). O mais curto relato dentre os Evangelhos não perdem, nem por isso, a riqueza e profundidade. Vem Espírito Santo e ajuda-nos a desbravarmos este tesouro!

No Evangelho, Jesus se revela como o Senhor e Mestre do templo da Cidade Santa, lugar onde São Lucas apresenta como ambiente próprio dos últimos feitos e ensinamentos do Salvador da humanidade.

Retornando à purificação do Templo, Jesus fundamenta o Seu ato na Palavra de Deus, proferida por Isaías e Jeremias, chamando-O de “novo” Moisés, Isaías e Jeremias, bem compreendendo que n’Ele e para Ele convergiram todas as promessas e profecias, tanto do Antigo como na Nova e Eterna Aliança.

Jesus Cristo é tudo para as Sagradas Escrituras. Mas e para cada um de nós? Resposta que a Igreja Católica reafirmou no Concílio Vaticano II: «A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à Sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos. Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre» (Gaudium et Spes, nº 10).

Por isso, neste Ano da Fé, precisamos pedir a graça de Deus para pensarmos e professarmos a nossa fé segundo a Igreja de Cristo, a qual segue na história sendo sinal e sacramento da Salvação presente e testemunhada na Palavra do Senhor. Ela atesta, desde o Antigo Testamento, a autoridade que, um dia, seria revelada por e em Jesus de Nazaré: «Porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos» (Is 56, 7).

É bom recordar que o espaço do Templo em que Jesus atuou era reservado aos gentios, mas precisava ser ponto de encontro dos povos com o Deus amoroso, que a ninguém despreza ou trata inferiorizando. Também Jesus citou uma parte do texto do profeta, talvez, mais contestado e corajoso da Antiga Aliança e, por isso, prefiguração do Missionário e Consagrado do Pai das Misericórdias: «Acaso esta casa consagrada ao meu nome tornou-se, a vosso ver, um esconderijo de ladrões?» (Jr 7, 11).

Neste sentido, é que o contato com a Palavra da Verdade sempre precisa promover uma autêntica conversão, como acontecia com aqueles que se encontravam com Jesus pela fé. Sobre isto também ensinou o Papa Bento XVI, na exortação apostólica sobre a Palavra de Deus: «De fato, é precisamente a pregação da Palavra divina que faz surgir a fé, pela qual aderimos de coração à verdade que nos foi revelada e entregamos todo o nosso ser a Cristo: “A fé vem da pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10, 17). Toda a história da salvação nos mostra, progressivamente, esta ligação íntima entre a Palavra de Deus e a fé que se realiza no encontro com Cristo» (Verbum Domini, nº25).

Deixar-se conquistar e purificar pela graça de Cristo, até que nosso pensar, falar, agir e reagir testemunhe-O como o centro de tudo, é uma meta possível de se alcançar, pela ação do Espírito Santo encarnada na nossa história e na disposição de irmos ao encontro dos outros, principalmente os mais desfavorecidos. Por isso, era autêntico o testemunho da Beata Teresa de Calcutá: «Jesus, meu Tudo em tudo!».

Minha vida já comunica esta verdade libertadora? A Providência Santíssima, que nos visita pela Palavra meditada, vivenciada e testemunhada, já foi sentida por mim como amargura aos pecados da minha vida e mel do meu consolo em Deus? Qual é a reação da Palavra de Deus em mim?

O livro da Revelação nos fornece um bom parâmetro: «Vai…“Pega e devora. Será amargo no estômago, mas na tua boca será doce como mel”. Peguei da mão do anjo o livrinho e o devorei. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. Então me foi dito: “Deves profetizar ainda contra muitos povos e nações, línguas e reis”» (Ap 10, 9-11).

Eis a Boa Nova de Jesus Cristo que, nem sempre, nos agrada ou está de acordo com as expectativas dos outros. Portanto, precisamos, neste Ano da Fé, nos esmerarmos em pedir humildemente ao Espírito Santo que o nosso profetizar aponte para o Profeta, Senhor, Mestre e centro da Igreja e do plano de Deus para a salvação do mundo.

Ele haverá de transformar todas as realidades e nos ensinar a cooperarmos, com e como Igreja d’Ele e para o mundo. Ainda que custe… «Eu vos digo: se eles se calarem, as pedras gritarão» (Lc 19, 40).

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

É legítimo matar alguém em legítima defesa?


O que a Igreja Católica diz sobre este assunto?


Algumas pessoas me perguntam se matar alguém para se defender, ou para defender a vida de pessoas inocentes, se é pecado. A Igreja ensina que, não havendo outra saída, pode-se matar o agressor injusto para defender a própria vida e a de outras pessoas inocentes; especialmente isso é válido para os que trabalham nas diversas polícias.

Evidentemente que todo esforço deve ser feito no sentido de não matar, mas, se não houver outra saída, paciência…

A Igreja Católica ensina que: “Se os meios não sangrentos bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa humana” (João Paulo II, enc. EV, 56 (1995); Cat. §2267).

O Catecismo da Igreja ensina no §2263 que: “A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente, que caracteriza o homicídio voluntário: “A ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor… (S. Tomás de Aquino, S. Th. II-II, 64,7). “Só se quer o primeiro; o outro não” (idem). Neste caso não se deseja matar o agressor, mas defender a própria vida e a de inocentes. Não há a intenção maldosa de matar.

A Igreja também ensina que: “O amor a si mesmo permanece um princípio fundamental da moralidade. Portanto, é legitimo fazer respeitar o próprio direito à vida. Quem defende sua vida não é culpável de homicídio, mesmo se for obrigado a matar o agressor” (§2264). O que não se pode é usar de violência mais do que necessário. “E não é necessário para a salvação omitir este ato de comedida proteção, para evitar matar o outro; porque, antes da de outrem, se está obrigado a cuidar da própria vida” (idem).

O Catecismo chega a dizer que: “A legítima defesa pode ser não somente um direito, mas um dever grave, para aquele que é responsável pela vida de outros, pelo bem comum da família ou da sociedade. Preservar o bem comum da sociedade exige que o agressor se prive das possibilidades de prejudicar a outrem… Por razões análogas os detentores de autoridade têm o direito de repelir pelas armas os agressores da comunidade civil pela qual são responsáveis” (§2265). Isto deixa claro pela Igreja que os profissionais que trabalham com a segurança das pessoas devem defendê-las mesmo usando da violência se for preciso para salvaguardar a vida dos inocentes.

Portanto, há que se fazer de tudo para não matar, mesmo ao agressor injusto, mas, se não houver outra saída para se defender a própria vida e a de pessoas inocentes, a vida a ser sacrificada deve ser a do agressor. Isto é o que a moral católica ensina como “mal menor”. Ele só pode ser alegado quando não se tem outra alternativa para se fazer o bem.

Prof. Felipe Aquino

Jesus voltará


A Igreja Católica não tem dúvida de que Jesus Cristo voltará na Parusia, para julgar os vivos e os mortos, como ensina o Credo.

“Desde a Ascensão, o desígnio de Deus entrou em sua consumação. Já estamos na “última hora”. (1 Jo 2,18; 1Pe 2,4) diz a Igreja.

O Concilio Vaticano II disse que: “A era final do mundo já chegou para nós, e a renovação do mundo está irrevogavelmente realizada e, de certo modo, já está antecipada nesta terra (LG 48) O Reino de Cristo já manifesta sua presença pelos sinais milagrosos (Mc 16,17-18) que acompanham seu anúncio pela Igreja”. (Mc 16,20)

O Catecismo ensina que o Reino de Cristo já está presente entre nós; ainda não está consumado “com poder e grande glória” (Lc 21,17; Mt 25,31) pela volta do Rei à terra. Esse Reino é ainda atacado pelos poderes maus, (2Ts 2,7) embora estes já tenham sido vencidos em sua bases pela Páscoa de Cristo. Enquanto tudo não for submetido a Ele (1Cor 15,18), “enquanto não houver novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça, a Igreja peregrina leva consigo em seus sacramentos e em suas instituições, que pertencem à idade presente, a figura deste mundo que passa e ela mesma vive entre as criaturas que gemem e sofrem como que dores de parto até o presente e aguardam a manifestação dos filhos de Deus”. (LG 48) Por este motivo os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia (1Cor 11,26) para apressar a volta de Cristo (2Pe 3,11-12) dizendo-lhe: “Vem, Senhor” (Ap 22,17.20; 1Cor 16,22). (Cat. §671)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Educação dos Filhos


As virtudes dos pais são os pais das virtudes dos filhos

O fator mais importante na educação é que os pais saibam conquistar os filhos; não com dinheiro, roupa da moda, tênis de marca, etc., mas com aquilo que eles são; isto é, a sua conduta, a sua moral íntegra, a sua vida honrada e responsável e seu bom exemplo. O filho precisa ter “orgulho” do seu pai, ter “admiração” pela sua mãe, ter prazer de estar com eles, ser seus amigos. Assim ele ouvirá os seus conselhos e as suas correções com facilidade. Mas para conquistar o teu filho você não precisa gastar muito dinheiro com ele, mas terá de gastar muito tempo e dedicação.

Vi certa vez uma frase, em um adesivo de automóvel, que dizia: Adote o seu filho, antes que o traficante o faça. De fato, se não conquistarmos os nossos filhos, com amor, carinho e correção sadia, eles poderão ir buscar isto nos braços de alguém que não convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga, na violência… fora de casa. Sobretudo é primordial o respeito para com o filho; levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas iniciativas boas, etc. Se você quer ser amigo do seu filho, então deve tornar-se amigo dos seus amigos, e nunca rejeitá-los. Acolha-os em sua casa.

Muitos pais erram ao mandarem os seus filhos para a casa dos outros para ficarem livres deles, ou para que não façam bagunça em casa; é um grande engano. Deixe que o seu filho traga os seus amigos para a sua casa; então, você os poderá conhecer e evitar as más companhias para eles.

Diante dos filhos os pais não devem ser super-heróis, que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que os seus pais também erram e que também têm o direito de serem perdoados; e, para isso, os pais precisam aprender a pedir perdão para os filhos quando erram em relação a eles. Não há fraqueza nisto, e muito menos isto enfraquecerá a sua autoridade de pai. Ao contrário, diante da humildade do pai e da sua sinceridade, a admiração do filho por ele crescerá. Tudo isto faz o pai “conquistar” o filho.



O educador francês André Bergè, diz que “os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”. Parafraseando-o podemos dizer também que “as virtudes dos pais são os pais das virtudes dos filhos”. Não é sem razão que o povo afirma que “filho de peixe é peixinho”. Isto faz crescer a nossa responsabilidade.

É importante que os pais saibam corrigir os filhos adequadamente, com firmeza é certo, mas sem humilhá-los. Não se pode bater no filho, não se pode repreendê-lo com nervosismo, ofendê-lo na frente dos seus amigos e irmãos. Isso tudo humilha o filho e o faz odiar os pais. Há pais que gritam com seus filhos e os ofendem e magoam na frente de outras pessoas; ora, esta criança ficará com ódio deste pai. E como este pai, ou esta mãe, poderá dar um bom conselho a este filho; ele se negará a segui-lo.

Conquiste o seu filho, não com dinheiro, mas com amor, vida honrada e presença na sua vida. E, sobretudo, leve-o para Deus, com você! São Paulo diz aos pais cristãos :”Pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor” (Ef 6,4).

Quanto mais as santas Leis de Deus em relação à família, forem desrespeitadas tanto mais famílias destruídas teremos, e tanto mais lágrimas rolarão dos olhos dos pais e dos filhos.

No capítulo 30 do Eclesiástico, a Palavra de Deus fala aos pais sobre a sua enorme responsabilidade na educação dos filhos. Ele diz: “Aquele que ama o seu filho corrige-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde” ( 30,1). Infelizmente são muitos os pais que não corrigem os seus filhos, ou porque são relapsos como pais, ou porque também precisam de correção, já que também não foram educados. Mais à frente ele diz: “Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feridas” (30,7).

A palavra é pesada, “estraga”, com “mimos”. A criança mimada torna-se problema; pensa que o mundo é dela, e que todos devem servi-la. Não há coisa pior para um filho. Isto ocorre muito com o filho-único, objeto de “todas” as atenções e cuidados dos pais, avós e tios. Aí é preciso uma atenção especial!

“Um cavalo indômito torna-se intratável, a criança entregue a si mesma torna-se temerária” (30,8).
Não pode haver mal maior do que deixar uma criança abandonada, materialmente, mas principalmente na sua educação. “Adula o teu filho e ele te causará medo”, diz o Eclesiástico (30,9).
“Não lhes dê toda a liberdade na juventude, não feches os olhos sobre as suas extravagâncias” (30,11).

Muitos pais, vendo os filhos errarem, não os corrige. Temos que ensinar o filho usar a liberdade com responsabilidade. Não dar-lhe “toda” liberdade. Sem responsabilidade e verdade, a liberdade se torna libertinagem e mau hábito perigoso. Se o trem sair dos dois trilhos, ele descarrila e tomba; se a liberdade não tiver normas se torna vandalismo.

Fonte: Prof. Felipe Aquino