terça-feira, 17 de maio de 2011

Não Viva sozinho com seu problema


Ninguém neste mundo é alto suficiente. Todos nós precisamos de auxílio e de amparo.

Às vezes, na decorrência de um problema, nos fechamos em nós mesmos, com vergonha do fato ou com receio de aparentar fraqueza diante dos outros. Há certa resistência de nossa parte – e todos temos essa auto defesa, mediante a imagem que as pessoas projetam à nosso respeito, por determinado testemunho ou área de nossa vida – queremos parecer fortes em pelo menos algum aspecto de nossa existência.

Uns não admitem a ninguém seu pecado, outros não confessam que a situação financeira decaiu, ainda outros, não dizem nada sobre sua doença. Mas o pior, é que, há muitas pessoas que vivenciam problemas simples, coisas corriqueiras e costumeiras a qualquer indivíduo, mas não se dão o direito de ter tal tipo de dificuldade.

Incompatibilidade de temperamento com outro alguém, um pesar vindo do passado que ainda traz conseqüências hoje, uma chaga aberta no coração por aparente fracasso, uma fase difícil que se esteja passando, mudanças de humor, desencontros no lar entre esposos ou filhos, são alguns dos exemplos do que é comum a todo mortal, mas que podemos estar enfrentando sozinhos estes problemas.

Seja lá qual for à tribulação é importante não vivermos nada isoladamente.

Você não é ilha!

É imprescindivel que tenhamos a quem recorrer, nem que, simplesmente para falar, contar o nosso ponto de vista sobre o fato. Pode até parecer que o problema seja insignificante aos olhos dos outros, mas, a medida que continuamos carregando tal fardo, ele se tornará mais pesado, por isso, que é essencial buscar ajuda.

Isto de modo algum vem a ser malediscência ou fofoca (desde que seja somente com quem pode lhe ajudar). É exercício do seu direito de ser pessoa, de ser gente, em admitir que algo afetou seu coração. Não temos que necessariamente ser fortes a toda prova, ninguém o conseguirá a vida inteira.

Antes de se acertar com a pessoa envolvida no problema ou de tomar alguma atitude, procure ajuda de um amigo, (peça segredo a ele), ou quem sabe, um psicologo, um confessor, alguém que tenha condições de analisar, fora da esfera em que nos encontramos e que possa dar uma opinião diferente a nossa concepção. Pense em quem se possa confiar.

Mesmo as pessoas mais sábias, mesmo os profissionais super entendidos sobre comportamento humano, os mais espirituosos cheios de virtudes, também eles precisam de ajuda, também estes buscam nos outros, soluções para os problemas que lhes afligem.

O ato de colocar para fora, dizer dos sentimentos, nos força a colocar nomes nas sensações, admitir o quanto mal que está nos fazendo, externalizar algo que estava preso dentro da alma, e isso dá uma dimensão mais aproximada do real, já produz efeitos em nós mesmos e também dará condições aquele que coloca-se como nosso ouvinte para interpretar melhor.

Ao refazermos os passos do acontecido, a reconstituição dos fatos através de nossas palavras é como se voltassemos a cena do crime para repassar as provas e reavaliar.

Nisso, nos damos a oportunidade de clarear as idéias, através de uma segunda opinião, da versão de alguém não envolvido emocionalmente na ocasião.

E a esperança voltará a ascender sua chama quando nos preenchemos com o conhecimento do que exatamente está ocorrendo dentro do nosso coração, pois, à partir do entendimento do que causou e de onde vem as consequencias do mal estar, saberemos o que fazer para nadar contra essa correnteza.

É impressionante como uma pessoa sai confiante após uma partilha, principalmente se ouve um progresso em relação ao entendimento, seja pelo simples desabafo ou se por sugestão de quem ouviu.

Não viva nenhum sofrimento sozinho. Partilhe! Tenha sempre uma pessoa com quem dividir suas aparentes fraquezas.

Deus o abençoe!

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