É impressionante a urgência de Deus na mudança do nosso coração. Nós é que precisamos e é Ele que tem pressa, que se deixa devorar pela urgência de nos poder amar. É a intensidade de amor do esposo que anseia pela necessidade de amor com o seu Povo e com cada um de nós.
A oferta da salvação não é só por causa de nós e para nosso bem; é por causa de Deus, da generosidade do seu amor, do seu propósito de aliança com os homens, da manifestação da sua glória.
Como é pobre uma perspectiva de salvação vista apenas como busca de solução para a nossa vida! A salvação envolve profundamente Deus no seu desejo de dom, na delicadeza da sua ternura misericordiosa, na fecundidade do seu poder criador.
Deus tem urgência em que lhe abramos o coração, porque decidiu, desde toda a eternidade, ser Deus conosco, ser Deus em nós. É à força de um desígnio, a voragem de uma escolha de amor. É por isso que é muito triste para Deus a nossa recusa ou mesmo a lentidão da nossa resposta de conversão a Ele, acolhendo o seu amor.
Na Páscoa celebramos o momento em que um homem, Jesus Cristo, acolheu totalmente essa voragem de amor de Deus seu Pai. E no coração verdadeiramente novo de Jesus Cristo, está à esperança de uma mais total e profunda resposta dos homens ao amor de Deus. Só essa esperança fez com que Deus nos amasse infinitamente
sábado, 18 de setembro de 2010
A urgência de Deus
Presença de Cristo Salvador na Liturgia
Deus, que “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (I Tim 2,4), “tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos aos nossos pais pelos profetas” (Hebr 1,1), quando chegou à plenitude dos tempos, enviou o Seu Filho, Verbo feito carne, ungido pelo Espírito Santo, a evangelizar os pobres, curar os contritos de coração (Cfr. Is 61,1; Lc 4,18), como médico da carne e do espírito (S. Inácio de Antioquia aos Efésios, 7,8: F.X. Funk, Patres Apostolici, I, Tubinga, 1901, p.218), mediador entre Deus e os homens (Cfr. I Tim 2,5).
A sua humanidade foi, na unidade da pessoa do Verbo, o instrumento da nossa salvação. Por isso, em Cristo “se realizou plenamente a nossa reconciliação e se nos deu a plenitude do culto divino” (Sacramentário de Verona, ed. C. Mohlberg, Roma, 1956, nº1265, p.162).
Esta obra da redenção dos homens e da glorificação perfeita de Deus, prefigurada pelas suas grandes obras no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa Ascensão, em que “morrendo destruiu a nossa morte e ressurgindo restaurou a nossa vida” (Missal Romano, Prefácio Pascal).
Foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável de toda a Igreja (Cfr. S. Agostinho, Enarr. In Ps. CXXXVIII, 2: Corpus Christianorum XL, Tournai, 1956, p.1991; e a oração depois da segunda leitura de Sábado Santo antes da reforma da Semana Santa, no Missal Romano).
Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para que, pregando o Evangelho a toda a criatura (Cfr. Mc 16,15), anunciassem que o Filho de Deus, pela sua morte e Ressurreição, nos libertara do poder de Satanás (Cfr. At 26,18) e da morte e nos introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra de salvação que anunciavam, mediante o sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica.
Pelo Batismo são os homens enxertados no mistério pascal de Cristo: mortos com Ele, sepultados com Ele, com Ele ressuscitados (Cfr. Rom 6,4; Ef 2,6; Col 3,1; 2 Tim 2,11); recebem o espírito de adoção filial que “nos faz clamar: Abba, Pai” (Rom 8,15), transformando-se assim nos verdadeiros adoradores que o Pai procura (Cfr. Jo 4,23). E sempre que comem a Ceia do Senhor, anunciam igualmente a sua morte até Ele vir (Cfr. 1 Cor 11,26).
Por isso foram batizados no próprio dia de Pentecostes, em que a Igreja se manifestou ao mundo, os que receberam a palavra de Pedro. E “mantinham-se fiéis à doutrina dos Apóstolos, à participação na fração do pão e nas orações... louvando a Deus e sendo bem vistos pelo povo” (At 2, 41-47).
Desde então, nunca mais a Igreja deixou de se reunir em assembléia para celebrar o mistério pascal: lendo “ o que se referia a Ele em todas as Escrituras” (Lc 24,27), celebrando a Eucaristia, na qual “se torna presente o triunfo e a vitória da sua morte” (Conc. Trento, Sess. XIII, 11 Out. 1551), e dando graças “a Deus pelo Seu dom inefável (2 Cor 9,15)
Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – “O que oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que ofereceu na Cruz” (Conc. Trento, Sess. XXII, 17 Set. 1562)– quer, e sobretudo, sob as espécies eucarísticas.
Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza (Cfr. S. Agostinho, in Joannis Evangelium Tractatus VI). Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
Em tão grande obra, que permite que Deus seja perfeitamente glorificado e que os homens se santifiquem, Cristo associa sempre a si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o seu Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai.
Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo – cabeça e membros – presta a Deus o culto público integral.
Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação na Igreja.
in:Constituição “Sacrosanctum Concilium” sobre a Sagrada Liturgia
CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II
A esperança
Havia milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.
Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.
Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras se misturaram aos brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram?
Perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...
E o Senhor lhes disse
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.
Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?
Um anjo que estava perto retrucou:
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, aonde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa? - voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.
E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
A verdadeira amizade

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Valores reais
O nome do casal Curie, Pierre e Marie, estará para sempre associado à radioatividade. Desde o momento em que Marie Curie conseguiu isolar um precioso grama de Radium, a vida de ambos se modificou. |
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Setembro mês da Bíblia - Testamento de amor!

Nela, vamos encontrar os desejos e as intenções de Deus para conosco
"Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4,4).
A "Bíblia é o Livro dos livros. É a obra mais conhecida em todo o planeta. Também conta com o maior número de traduções dentre todas as obras existentes e está presente no maior número de nações. No entanto, nem sempre nos relacionamos com ela do jeito mais ideal. Estamos no início do mês de setembro, o conhecido e celebrado Mês da Bíblia. É mais uma oportunidade para examinarmos nossa vida e vermos qual é o valor que estamos dando a este livro tão especial e tão importante para todos os que seguem a Jesus, como Caminho, Verdade e Vida.
Bíblia: Testamento de amor!
Este livro é um verdadeiro testamento. E o que é um testamento? É uma carta na qual se colocam as coisas mais íntimas, mais sinceras e mais profundas. É onde se fala com o coração e são relatados os "últimos" desejos de alguém. É onde o pai "divide" os bens entre os filhos e amigos. É o meio pelo qual nós fazemos pedidos e recomendações.
A Bíblia é o Testamento de Amor, a Carta de Amor que Deus Pai deixou para toda a humanidade. É nela que nós vamos encontrar os desejos e as intenções de Deus para conosco. É nela que podemos encontrar as recomendações e os tesouros que Deus tem para nos oferecer. Se nós não abrirmos a ela e não lermos esta "Carta de Amor", não ficaremos sabendo da amizade íntima que Deus quer ter conosco "desde o nascer ao pôr-do-sol".
Pedindo sempre a luz do Espírito Santo e vencendo toda e qualquer preguiça, busquemos ler com fé o Livro Sagrado. E a cada letra, a cada palavra, vamos perceber e ouvir a Voz de Deus que fala ao nosso coração. Nenhuma pessoa consegue sobreviver sem "arroz e feijão", ou seja, sem alimento. Da mesma forma que nenhum seguidor do Senhor consegue viver sem o Alimento da Palavra. Quanto mais intimidade tivermos com ela, tanto mais intimidade teremos com o próprio Senhor. E aí veremos as graças acontecerem como verdadeiros rios de Água Viva, porque a Bíblia é o grande, único e verdadeiro Testamento de Amor.
fonte - canção nova
VIVA COM CRISTO

Vida com Cristo
Muitos pegam a Palavra do Senhor e escolhe as partes mais agradáveis (ressaltando que tudo que vem do Senhor é bom!) e as colocam em prática, esquecem de observá-la por inteiro e vivem doentes, umas vidas secas, tristes e vazias. E para complementar as faltas, correm para as coisas do mundo, adaptando-as e usando como adicional na vida espiritual. São na verdade homens vazios que não conhecem verdadeiramente a Deus, não têm intimidade com Ele e não crêem que isto pode acontecer, pois enxergam a Deus muito distante, praticamente inatingível. O conhecem apenas de ouvir falar, mas o contato real é inexistente.
Mas quando o conhecemos verdadeiramente, descobrimos que o Senhor não está encerrado nas páginas da Bíblia, porém, vive e age como agiu nos tempos bíblicos. O que falta são homens puros, santos e totalmente dispostos a pagar o preço de ser amigo do maior inimigo do mundo. Quando nos tornamos amigos, O conhecemos e somos influenciados pela sua forma de agir, forma esta, que em muitos casos destoam das práticas comuns aos homens. Uns exemplos vêem no Rei Davi, quando trouxe a arca de Obede-Edom para Jerusalém, sua alegria e comunhão com o Espírito Santo era tão grande que dançava entusiasmadamente, levando muitos a desprezá-lo, inclusive Mical, sua esposa. (2Sm 6. 10-23) Hoje, isto não mudou muito, quanto pastores, autoridades, membros de igreja não tem pecado por não compreender que devemos ser voluntários e totalmente maleáveis nas mãos do Espírito Santo, corajosos o suficiente para seguir em frente, lembrando-nos que somos SERVOS, portanto, desprovidos de vontade própria. Existimos para obedecer, jamais julgar a forma de agir de Deus.
Hoje vivemos em meio a uma geração de crentes escravos, infelizmente não do Senhor, mas das muitas ocupações, dos muitos afazeres. Um fato ocorrido com Jesus Cristo: determinado dia chegou o Mestre na casa de Marta e Maria, ali entrando a Maria correu e sentou-se aos seus pés e ouvia-lhes os ensinamentos e exortações, no entanto a Marta estava muito mais preocupada em oferecer ao Mestre uma boa hospedagem, e foi repreendida.( Lc 10.38-42) Muitos tem pecado exatamente por querer fazer muito para o Senhor e esquecem de parar para sentar-se com Ele, ouvir a sua voz e alegrar-se em sua companhia. Certamente é necessários nosso envolvimento com os afazeres, mas em todas as coisas deve haver o equilíbrio. Faz-me lembrar dos muitos crentes, que passam horas e horas estudando a palavra; aprendem grego, aramaico; enchem suas mentes com técnicas diversas de interpretação da Palavra. Mas esquece-se que isto pouco importa, o que Deus considera é o coração sincero e puro diante dEle, na verdade abomina estes que querem “Estudar a Deus”, pois ele mesmo afirma:
“... respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11:25) e ainda:
“Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? “(Rm 11:34). Portanto não vamos perder tempo em coisas dispensáveis. Vamos sim, ler, comer (Ez 3.1-3) a palavra, mas com os olhos do Espírito e assimilar seus muitos ensinamentos; isto na verdade é uma forma de sentar-se aos pés do Mestre e ouvir a sua voz. Não sejamos escravos das muitas letras, das obrigações e das extensas doutrinas de igrejas que em sua grande maioria são anti-bíblicas.
O ser ponderado, equilibrado é a vontade de Deus para a vida dos seus servos, na verdade Ele não veio para colocar jugo sobre ninguém, veio tirar os muitos fardos; notadamente diversas igrejas não tem entendido esta palavra e agem exatamente ao contrário. Mulheres não devem cortar os cabelos; as roupas devem ser longas; não podem sentar-se homens e mulheres juntos; não devem maquilar-se; etc., no outro extremo nos depara aqueles que consideram tudo certo, e não repreende os seus, quando usam as roupas indecentes, as pesadas maquilagens e demais práticas comuns aos ímpios. A vontade de Deus é haja equilíbrio nestas coisas, é o tirar o jugo pesado e estar na simplicidade segundo a vontade de Deus.
Além de tudo isto, há aqueles que são mestres em auto-justificação, quando houve ou lêem a verdade, corre para seus lares e diante dos homens e de Deus procuram justificativas plausíveis para seus erros, a este o Senhor adverte:
“... Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mt 4.7).
Cuidado por querer encaixar o pecado na vida diária diante do Senhor.
Por um tempo limitado estamos vivendo nesta terra, em meio ao agir do maligno, mas além da ordem de não nos contaminarmos com as práticas ímpias o Senhor diz ainda que devemos observar todas as coisas e colhermos as que são boas.
A gratidão deve encher nossos corações é o que deve sobressair; a ingratidão não deve fazer parte de nosso viver. Quem receber algo, seja o que for não devem ser ingratos.
Quem recebe uma roupa usada, por favor, não seja ingrato; o que recebe uma nova muito menos. Se outro recebe um vidro de remédio, não fique certo que ele tem a obrigação de dar-lhe, mas seja grato.
A ingratidão machuca dói no Senhor. Lembre-se dos seus muitos benfeitores e os honrem, agradem faça algo por cada um.
A rebeldia é condenada veja:
“ Guarda-te diante dele,... Porque não perdoará a vossa rebeldia; ...” Ex 23:21 - veja ainda Jr 28.16. Como há rebeldes na igreja, homem guiado pelos seus próprios desígnios, pastores que preferem escutar mestres terrenos a dá lugar ao Espírito Santo; os que perseveram no caminho pecaminoso, mesmo convicto desta situação. O lugar que os aguarda, “arde em chamas.”
Finalizando, vejamos o que o senhor diz sobre o que temos, nossas posses:
“... contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” Hb 13.5
De quem é a culpa pelos desacertos acontecidos na vida? Somente nossa, erramos pois não consideramos a vontade do Senhor, na maioria das vezes a vida é um caos; não crer na direção divina e não a busca; faz tudo com o próprio entendimento e geralmente as conseqüências são graves. Vivemos em um mundo espiritualizado, dirigidos pelos espíritos malignos e jamais teremos vitória de formos de peito aberto, precisamos estar cheios do Espírito Santo, vivendo no equilíbrio para podermos dar passos seguros, firmes.
De quem é a culpa dos muitos débitos?
Apenas do homem que não soube ouvir a voz do senhor que diz:
“... Contentai - vos com o que tendes.”
E lançou-se loucamente na armadilha financeira do maligno.
Igreja volte-se para o mestre, sejas simples como Ele o é, e verás a Sua glória!
Diz o Senhor. Amém!
Aspirante Salesiano Victor Rafael